A Pena da Cura escrita por ShiroiChou


Capítulo 19
Capítulo 19 - Robô e a cidade nova.


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura!



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Encontrar flores dentro de uma caverna submersa não estava em seus planos, mas isso realmente não importava. Tinha dois objetivos no momento: primeiro salvar a loira, depois fazer polvo frito para a janta.

Seguiu o único corredor que tinha no local, prestando atenção para qualquer barulho que ouvisse. Estava tentando seguir o cheiro da loira, mas por ela ter se molhando ele estava bem fraco, sendo um pouco difícil de identificar.

Quando o caminho começou a se dividir ele não teve nenhuma dúvida, escolheu o único que estava com o chão molhado, indicando que alguém passou por lá.

Em certo momento ele parou no lugar ao ouvir o barulho de metal caindo no chão. Correu o mais rápido possível na direção do som, temendo o pior.

Virou na esquerda e viu um lugar bem iluminado, além de sentir o cheiro de sopa. Resolveu desacelerar e ir devagar, andando a passos leves tentando não fazer barulho.

Entrou no local e logo se desesperou com o que viu: o polvo estava levando Lucy para a panela. Rapidamente se transformou em raio e, poucos segundos antes dela mergulhar na sopa, Laxus a pegou.

— Oe, você está bem?

— LAXUS! Graças a Deus, muito obrigada por me salvar — deu um beijo na bochecha dele.

— Não há de quê — se envergonhou. — Vamos dar o fora daqui!

— Não podemos!

— Por que não?

— A parte do cajado, eu me assustei e derrubei ela quando a gaiola caiu — apontou para um canto da sala.

— Eu distraio o bicho, e você pega ela. Vou fazer polvo frito!

— Ele é um robô!

— Como?

— Ele é feito de metal, eu tentei bater nele...

— Tem mais alguma coisa que eu não saiba? — a olhou surpreso.

— Acho que só...

— Ok, vamos começar.

Lucy correu rapidamente até o cilindro de ouro no canto da sala, o pegando. Laxus por outro lado nem pen duas vezes, e já partiu para cima do polvo.

Desviou dos golpes da criatura, tentando encontrar alguma rachadura ou abertura onde poderia lançar algum ataque. Enquanto olhava, percebeu que no lado esquerdo do pescoço (polvo tem pescoço?) tinha alguns fios expostos.

— Punho do Dragão do Raio — pulou na direção da criatura, acertando em cheio seu punho envolto em raios no local escolhido.

A criatura cambaleou para o lado, as partes roxas da sua cabeça quebraram com o impacto, restando apenas o exoesqueleto exposto (já tá virando FNAF isso aqui).

Com raiva, o polvo começou a bater com seus tentáculos no chão na tentativa de acertar o loiro. Enquanto isso, Lucy já tinha saído da sala, colocado o cilindro em um lugar “seguro” e voltado para ajudar, mas não precisou.

O polvo começou a se contorcer, pois o ataque de Laxus ainda fazia efeito em si, o eletrocutando por dentro.

— Cadê a parte? — Laxus perguntou.

— Eu deixei ali fora.

— Vamos pegar ela, vou nos teletransportar para o barco — a puxou, começando a correr.

— E se ele nos seguir?

— Se eles nos seguir quem se ferra é ele, pois vai entrar em contato com a água ainda em curto circuito — sorriu maldosamente.

— Que cruel — pegou o cilindro do chão. — Pronto — fechou olhos.

Laxus os levou para a estação, não pretendia ficar mais tempo no meio da floresta, afinal já tinha anoitecido. Quanto antes pegassem o trem, antes teriam o cajado completo.

No início Lucy estranhou, mas ao observar o loiro, se deu conta de que ele estava com uma roupa do Mundo Celestial e logo entendeu que Virgo deve ter o ajudado, além de ter guardado sua mochila.

Pegaram o trem para a Cidade das Luvas. Não sabiam onde ficava nem como era, a única coisa que tinham certeza é que precisavam ir até lá.

Sentaram— se no primeiro vagão, quase todos estavam vazios, talvez pelo horário. Era quase de noite, a região onde estava não era muito movimentada.

— Quase esqueci, aqui suas chaves — a entregou.

— Obrigada, pensei que estivessem com a Virgo — sorriu agradecida.

— Eu também, mas parece que ela as colocou dentro do bolso dessa roupa.

— Bem a cara dela — riu.

Depois disso não conversaram mais nada, apenas dormiram tranquilamente. A viagem ia ser longa.

—- // --

— FINALMENTE NÓS CHEGAMOS! Anda logo, não aguento mais andar de trem, vai que ele dá a partida com a gente aqui! — Lucy puxava Laxus para fora, tinham passado o dia anterior viajando de trem.

— Quanta pressa, virou Dragon Slayer para odiar trem? — riu.

— Felizmente não, ficar enjoada em transportes deve ser horrível, mas passar um dia inteiro dentro de um não estava nos meus planos.

— Eu me senti em casa, menos pelos assentos desconfortáveis. Fora isso foi tranquilo — sorriu.

— Realmente foi uma boa experiência... Que eu não quero ter de novo nem tão cedo — riu, antes de observar os arredores.

A cidade onde estavam era meio... Estranha. Todos, de bebês a idosos, usavam luvas. Na saída da estação o que mais tinha eram lojas de luvas. Quem tentasse passar sem estar usando um par era barrado pelos seguranças.

— Agora entendi o nome da cidade... Por que será que não pode andar por ai sem luva? Tá calor — a loira parou na primeira loja, procurando luvas sem dedos, mas não tinha.

— Porque o fundador da cidade morreu ao encostar em plantas venenosas, e eles estão espalhadas por toda cidade. Não queremos que aconteçam mais tragédias — um senhor explicou simpaticamente.

— Ah, então é por isso... Obrigada por nos explicar — sorriu. — Vamos levar essas duas — entregou as luvas para o senhor, pagando em seguida.

Com as mãos devidamente vestidas, os dois saíram da estação para procurar alguma pousada. Porém não tinha, acharam de tudo menos uma pousada.

— Como uma cidade tão grande não tem uma pousada ai? — Lucy já estava cansada.

— Bem... Ali parece ser uma pousada — apontou para o fim da rua.

Os dois foram até lá e descobriram que sim, era uma pousada só que diferente. Ao invés de alugarem quartos, eles alugavam casas.

— Bom dia meus jovens, em que posso ajudar? — um senhor perguntou.

— Bom dia senhor, gostaríamos de uma casa com dois quartos — a loira respondeu educadamente.

— Lamento senhorita, mas temos casas apenas com um quarto, essa cidade é conhecida por receber muitos casais...

— Aceitamos — Laxus foi direto.

— O que? — estava surpresa.

— Estamos cansados e só achamos essa pousada. É nossa única opção.

— Você tem razão...

— Maravilha! A casa de vocês é aquela última do lado direito. Boa estadia — sorriu, entregando as chaves.

— Obrigada — a loira pegou as chaves, sendo seguida por Laxus até o local indicado.

— Happy? — o senhor, ou melhor, Tamandra chamou, usando uma lácrima.

— Aye, aconteceu algo? — o gatinho atendeu.

— Você nem imagina o que eu acabei de fazer! Usei minha magia de ilusão para induzir eles até uma pousada só de casais — dançou feliz.

— Sério? Isso parece bem interessante, queria estar ai para zoar eles... — disse meio tristonho.

— Mas você ainda pode me ajudar, eu sei que está nos arredores da cidade. Preciso que me traga duas flores rosas brilhantes, você saberá quais são assim que ver.

— Ok, mas para que a senhora vai usar elas?— perguntou curioso.

— Para uma poção do amor — sorriu.

— Ah, agora eu entendi — sorriu sapeca. — Vou buscar elas o mais rápido possível!

— Certo. Boa sorte, e tenha cuidado!

— Aye, pode deixar — e desligou.— Vocês mal perdem por esperar meus jovens — Tamandra sorriu, antes de voltar para seu disfarce.


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Notas finais do capítulo

Até o próximo :3



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