O dia havia amanhecido chuvoso em Star City.

 Sem dúvidas despedidas são difíceis, principalmente quando se trata de alguém que amamos.

 Todos ficaram envolta do buraco já cavado no chão. A música que saia do violino, que antes encantava a todos, agora fazia com que lagrimas de dor caísse entre as pessoas presentes.

 Laurel Lance, uma jovem determinada e alegre, teve sua vida interrompida num grave acidente de carro. Seu Sedan branco capotou no meio da pista a deixando gravemente ferida.

 _Do pó viestes ao pó voltarás... -O padre começava a falar, mas Oliver já não prestava mais atenção.Estava completamente perdido entre suas lembranças.

Oliver dançava com algumas garotas na festa que seu amigo Thomas costumava dar em sua casa.

   Estava totalmente chato, já havia dormido com a maioria das garotas que estava naquela festa, não valeria a pena repetir a dose.

—Oliver?-Uma voz familiar chamou fazendo-o virar.

—Sara! -Ele disse indo abraçar a velha amiga-Quanto tempo em baixinha?

—Baixinha é sua bunda-Ela falou dando um tapa em seu braço. -Vem, quero te apresentar a uma pessoa. -Sarah o levou até o bar.

—Esta é minha irmã, Laurel-Ela falou chamando a loira que estava de costas para eles.

 Quando seus olhos se cruzaram Oliver suspirou alto. Seu sorriso era lindo e seus olhos estavam totalmente brilhantes. Sem sombra de duvidas era a mulher mais bela daquela festa.

 Tinha certeza que depois daquele encontro sua vida nunca mais seria a mesma.

—Olie?Olie?- Thea chamava o tirando de seus devaneios.

—O quê?-Oliver perguntou ainda meio aéreo.

—Sua vez de se despedir. -Thea, sua irmã caçula, disse colocando a mão em seu ombro, na tentativa de lhe passar confiança.

   O loiro pegou a flor com um homem de preto que segurava um "buquê" de tulipas brancas, as favoritas de Laurel. Caminhou até o caixão que já havia sido colocado dentro da cova.

—Laurel, eu sinto muito. A culpa é minha, prometi que te protegeria de tudo, e não cumpri minha promessa. Eu te amo, meu amor. - As lágrimas já cobriam todo seu rosto.

  Após jogar a tulipa no túmulo, ele saiu correndo do cemitério. Não poderia continuar ali, não poderia ver o amor de sua vida ser enterrado a sete palmos abaixo da terra, não podia aceitar o fato de Laurel ter sido tirada dele sem ele nem mesmo ter com impedir.

 As ruas de Star City estavam completamente vazias, era como se todos estivessem de luto também.

—Laurel eu estou falando serio, eu te amo-Oliver dizia pegando uma taça de vinho.

—E você acha que eu realmente vou cair nessa?-Ela falou revirando os olhos.

—Por que você não acredita em mim?-Ele perguntou um pouco chateado.

—Eu te conheço Oliver, sei que não consegue se apaixonar por ninguém. Sei que a única coisa que procura é uma vagina para você se enfiar dentro, sei que nem lembra o nome das garotas com quem você transa-Laurel  alterou um pouco a voz, não conseguia acreditar que aquelas palavras eram reais.

—Você é diferente Laurel. Eu não rastejo por nenhuma mulher, olha para mim agora, implorando por um pouco de atenção. Eu sei que passo longe de ser o cara que você merece, mas eu te amo de verdade e preciso que acredite em mim. Você me mudou Laurel, me deixa provar isso-Oliver falava enquanto aproximava seus corpos.

—Como?-Ela perguntou hipnotizada por aquele homem.

Então Ele a beijou. Um beijo calmo, porém cheio de desejo e amor, um beijo que provava mais do que qualquer outra coisa.

 Oliver desceu do carro e correu, correu até suas pernas não aguentarem mais, caiu de joelhos na grama ao lado da avenida. Não sabia onde estava e isso não importava.

Lembranças doem, lembranças causam feridas, e a dor, a dor é insuportável.

Mas o que Oliver ainda não sabe, é que feridas cicatrizam e a dor um dia cessa.