Akai Ito - Will we ever be togrther? escrita por Amiya Kurai


Capítulo 1
Capítulo 1




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 Por algum tempo a minha vida foi um segredo para a minha própria nação, mas eu escolhi escrever o meu destino, afinal de contas, destino não se trata do que é lhe dado e sim do que você toma com suas próprias mãos.

Meu nome é Toph, sou única filha de uma nobre família de Gaoling, no Reino da Terra, a família Beifong; infelizmente para o meus pais eu nasci com um grande defeito: Ser cega, e por causa disso, sempre fui muito bem protegida, rodeada por guardas 24 horas por dia, 7 dias por semana, mas lógico que sempre há um ponto cego em qualquer tipo de segurança.

Quando eu era bem mais nova, na minha primeira infância, enquanto eu passeava nos jardins de minha propriedade, me perdi dos meus pais e acabei entrando em uma caverna da qual simplesmente não conseguia sair de maneira alguma e, claro, como qualquer criança na minha idade entrei em desespero. O fato engraçado foi que ao invés de meus pais, quem veio ao meu resgate foram as toupeiras texugo, que me ensinaram a enxergar de outra forma, com a dobra de terra, foi com certeza a melhor sensação da minha vida! Pela primeira vez eu via tudo com tremenda clareza, sabia exatamente onde pôr meus pés, conseguia sentir as pessoas, animais e objetos a minha volta.

É claro que, como o fato era desconhecido por meus pais, eu ainda continuava com meus protetores, aliás para os meus pais, a minha cegueira era o pior tipo de defeito que eu poderia ter nascido, eles sentiam que eu seria incapaz de me virar ou me proteger sozinha, que eu sempre dependeria de alguém para poder sobreviver e por isso, além da minha guarda pessoal, a minha existência era desconhecida pelo meu próprio povo de Gaoling. Por causa de todos esses fatores eu quis provar para mim mesma que eu era sim capaz de ser independente, apesar do meu “defeito” e na minha busca por independência eu resolvi competir em lutas de dobra de terra e me apelidei de “ Bandida cega”. Foi em um desses torneios onde conheci Dedos leves e seus amigos, Sokka e Katara, eles vieram atrás de mim para que eu me tornasse a mestra de terra de Aang... Bom, mas essa parte da história todos vocês conhecem não é mesmo? Acabei me juntando ao grupo para me aventurar pelo mundo, para mostrar aos meus pais que eu não precisava de toda aquela estúpida proteção que eles me davam, e que eu era bem capaz de me virar sozinha como qualquer outra pessoa “normal”.

Apesar do meu motivo egoísta, eu acabei desenvolvendo um grande laço com todos, mesmo que no começo tenhamos nos estranhado, como no caso de Katara.

Katara era uma insuportável no real, ela nunca nos deixava fazer o que queríamos, vivia importunando com suas morais chatas, com seu calendário rígido de treinos e viagens, sempre querendo mandar em tudo e todos e o pior, toda vez que eu me confrontava com ela, Dedos Leves estava do lado dela, era incrível como ele era parcial nesse assunto. No começo eu achei que era implicância mesmo comigo, e que eu só importava para eles como alguém para ensinar a dobra de terra para Dedos Leves, afinal eles queriam o melhor para o Avatar, mas com o tempo eu percebi que a parcialidade de Dedos Leves em questão a Katara, não era implicância ou descaso comigo, e sim o amor que ele sentia por Katara, e ela, não implicava comigo por ser chata ou por não gostar de mim, e sim exatamente pelo contrário, por que ela se importava, não só comigo, mas com todos nós, ela sempre quis o melhor para todos e se esforçava muito para isso. Sokka sempre me pareceu diferente dos dois, embora eu não goste de admitir, eu me sentia extremamente segura em sua companhia.

Apesar de viajarmos o mundo fazíamos muitas paradas, e foi em uma dessas que comecei a estreitar meus laços com Sokka; enquanto Aang se encarregava de conseguir lenhas e suprimentos e Katara arrumava nosso acampamento, Sokka e eu saímos para fazer uma boquinha de comidas nativas.

— Com o Momo nos seguindo Katara vai nos achar mais rápido do que um falcão negro da nação do fogo.

—Ai, relaxa Sokka, até parece que a mãezona vai notar nosso sumiço antes do anoitecer, vai demorar horas para ela terminar tudo – senti com as vibrações da terra que a árvore mais próxima era uma castanheira, senti os esquilos, e as castanhas caindo no chão.

— Vamos subir Sokka, aqui ela não nos encontra e também não passamos fome – disse com um grande sorriso no rosto.

Mal terminando a frase já comecei a subir, e é lógico que o Sokka precisou de uma ajudinha, então, não pensei duas vezes ao dar um “empurrãozinho de leve” para cima com a minha dobra para ele conseguir chegar.

Passamos a tarde toda conversando e rindo e comendo castanhas, tanto que Sokka já estava deitado, com a barriga estufada em um tronco, contando histórias de coisas que haviam acontecido com ele, das quais eu ria tanto que chegava a perder o fôlego, perder castanhas da minha boca e engasgar; foi nesse momento que eu percebi que nunca havia, na minha vida, me divertido tanto assim com alguém.

—Ei Toph –  Sokka me tirou de meus pensamentos – acho melhor a gente voltar, a lua já subiu ao céu.

— Óh, desculpe. Não vi que tinha anoitecido - caçoei - Se demorarmos mais um minuto você sabe como vamos ser recebidos – eu falava isso enquanto andava, percebi que Sokka não me acompanhava

—Sokka? – Parei e fiquei quieta por um instante

—Yue... – o ouvi murmurar

—Yue? – Retruquei grosseiramente – O que é Yue Sokka? Você está bem? Andou bebendo águas estranhas novamente? – Falei com ele com um certo deboche.

Senti Sokka começar a andar lentamente, porém indiferente a todas as minhas palavras. Segui ele sem falar mais nada o resto do caminho, perdida em meus devaneios e tentando entender o que fez, de uma hora para outra, Sokka se calar.

> Continua


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