Eu Amo Te Odiar escrita por Harper Queen


Capítulo 8
Território inimigo (parte 3)


Notas iniciais do capítulo

Oieee pessoinhas!! Mais uma sexta aqui publicando mais capítulo babadeiro pra vocês!

Quero agradecer a linda recomendação da Nickmars, muito obrigada mesmo, flor! E da Lissy Queen, que me infartou de vez e fez mais que uma recomendação e realmente me deixou mais do que feliz, muitíssimo obrigada, ainda mais vindo de você ♥.


E também estou feliz com o número de comentários da fic aumentando também, vocês são maravilhosos. É cada elogio que me faz suspirar de felicidade, então comentem muitãoo que sempre estarei lá para responder.

Hoje encerra os capítulos ambientados na Rússia, e a partir do próximo estaremos de volta a Starling. Sem mais delongas, o capítulo de vocês, nos vemos lá em baixo :)



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Oliver Queen:

Não consigo acreditar que finalmente esse beijo saiu! E que maravilhoso beijo. Ainda estou extasiado e completamente sem reação pelo o que está acontecendo entre nós e como estamos nos descobrindo através dos beijos e dos toques. É até cômico que conseguíssemos essa façanha somente aqui na Rússia já que sempre que tentávamos algo éramos interrompidos pela nossa querida família. É até estranho nos referirmos as mesmas pessoas como família sem sermos parentes. Mas no momento em que conheci Felicity, eu percebi na hora que não poderia me afastar dela. Ela tem uma luz dentro de si que me ilumina tanto, seja por seu sorriso ou com o seu balbucio incontrolável. E isso me deixa de um jeito que nunca pensei que fosse possível... Me deixa mais do que feliz! E quando ela falou que eu iria me afastar mais tarde dela, eu realmente achei que ela poderia estar louca, porque não havia possibilidade nenhuma disso acontecer. Eu não vejo agora e nem nunca a minha vida sem essa loira baixinha por perto. E pensar nela longe de mim, já faz meu coração apertar e nem quero pensar nisso. Eu preciso dela na minha vida, não quero voltar a ser o antigo Oliver, ela me faz querer ser uma boa pessoa, para ela e para todos.

Eu nunca me aproximei desse jeito com qualquer pessoa, ela mexe comigo de uma forma que não sei explicar. É como se meu coração fosse sair pela boca toda vez que eu a vejo. E sempre aquela estranha sensação de borboletas no estômago quando estou com Felicity. Como posso sentir essas coisas se nos conhecemos há tão pouco tempo? Como essa loirinha me conquistou em seus pequenos gestos e eu nem percebi? Ela é tão pura e única... Ela realmente é o meu anjo, minha Felicity.....  Eu...eu poderia estar me apaixonando por ela? Essa é uma dúvida crucial que não sai da minha cabeça. Mas se tem uma coisa que eu acabei de descobrir sobre, é que ela é muito viciante.

Principalmente seu beijo.

Continuo devorando sua boca com devoção, nossas línguas explorando cada detalhe do beijo, e o gosto de frutas vermelhas da sua boca junto com o seu perfume de rosas me faz querer tomá-la para mim em algum lugar e nunca mais sair. E mesmo com nossos corpos estando grudado, eu preciso senti-la ainda mais.

Não consigo conter um gemido quando ela morde meu lábio inferior e logo depois passa a língua em cima. Definitivamente essa mulher quer me enlouquecer. Como pode me aquecer com apenas um beijo? Ouço um limpar de garganta próxima da gente e Felicity logo se afasta ofegante.

“Lamento interromper senhor Queen, mas fui informado que a apresentação já vai começar.” um segurança fala e aceno positivamente enquanto sinto Felicity começar a tremer em meus braços. Me viro instantaneamente para ver que ela praticamente está azul de tanto frio.

“Você tá congelando!” eu digo tirando o casaco e colocando em seus ombros para esquentá-la.

“Você vai ficar com frio.” ela diz quando começar a andar de volta pro salão.

“Não vou não, você já me esquentou há alguns minutos.” eu digo sorrindo enquanto ela cora.

“Não ria Queen, você tem batom por todo rosto.” ela diz.

“Oh, você também Smoak.” eu digo limpando meu rosto e ela faz o mesmo.

“Então... conseguiu confirmar sua suspeita?” ela diz e eu aceno que sim.

“Sim, Isabel solicitou apenas a presença de alguns acionistas pra reunião mais cedo. E coincidentemente a maioria que votou a favor dela.” eu falo.

“Isso quer dizer que...” ela diz se virando pra mim.

“Que ela não pode lançar o projeto hoje porque nem todo mundo votou.” eu digo.

“E você pretende fazer o que? Você não vai confrontá-la né?” ela diz preocupada.

“Felicity preciso fazer isso e você sabe. Quanto mais adiarmos o lançamento do projeto, melhor.” eu digo suavemente e ela assente hesitante.

“Ok, vamos. Como pretende fazer?” ela murmura.

“Certo, vou falar quando Isabel estiver começando a apresentar o projeto e fazer aquela entrada dramática mandando interromper.” eu digo andando.

“Precisa mesmo da sua entrada triunfal? Quero dizer, não é porque você tem o Queen no nome que tem que agir verdadeiramente como uma rainha.” ela diz levantando uma das sobrancelhas.

“Porque não? Eu ainda sou Oliver Queen.” eu digo sorrindo e ela revira os olhos.

Andamos até o salão principal onde Isabel já está no palco falando sobre o projeto.

“Huh huh parece que estamos atrasados.” ela diz preocupada.

“Melhor ainda.” eu digo indo até o palco.

“....e o modelo a ser lançado tem total administração do setor cibernét...” interrompo sua fala.

“Queiram desculpar meus modos senhoras e senhores, mas eu vou ter que infelizmente interromper este lançamento e a sua fala senhorita Rochev.” eu falo com a minha maior cara de debochado.

“O que pensa que está fazendo?” Isabel fala se dirigindo a mim com um olhar furioso.

“Impedindo o prosseguimento do lançamento do Alpha, achei que tivesse ficado claro na minha fala anterior.” falo tomando da mão dela o microfone enquanto ela exala ódio. “Eu preciso comunicar para vocês a minha mais nova descoberta sobre o pequeno esquecimento da senhorita Rochev em comunicar apenas alguns acionistas para a reunião da QC mais cedo. Onde foi discutido a aprovação do projeto em questão e que iria ser apresentado esta noite.” eu digo e há um falatório de todos. “E sei que muitos dos aqui presentes não estava nem sabendo dessa reunião, desse modo, exijo que o Alpha não possa ser lançado até que haja uma reunião real com todos os acionistas e aí, após uma possível aprovação, ele poderá ser lançado.” murmuro por fim enquanto há um murmuro de todos na plateia concordando com as minhas  palavras. Olho para Isabel que está com uma cara de que se pudesse cuspir fogo, me carbonizaria agora. Vejo Chase se aproximar dela e falar algo no seu ouvido. Ela logo força um sorriso apertado e toma o microfone de mim.

“Peço que..... perdoem minha pequena falha, eu havia esquecido totalmente da existência dos demais acionistas. E devido a isso....o Alpha não será lançado esta noite.” ela diz com os dentes cerrados. “Convoco a todos para uma reunião amanhã cedo para discutirmos isso.” ela diz me entregando o microfone.

“Espero que o seu pequeno lapso de memória não se repita Isabel, quase lançamos um projeto sem a aprovação da maioria. O que me chama atenção é você querer que o Alpha saísse imediatamente do papel....Mas por que tanta dedicação? Algum interresse a mais?” eu digo a encarando.

“O que está insinuando Oliver? Que eu fiz de propósito?” ela diz cerrando os olhos.

“De forma alguma, só é intrigante que você não tenha esquecido exatamente dos acionistas que lhe apoiaram aprovando o projeto...É extremamente curioso a propósito, vou perguntar para a  senhorita Smoak se ela poderia investigar isso....já você não tem o que esconder e apenas foi um lapso de memória.” eu digo sorrindo falso.

“Esta noite você vai ter coisas que serão mais importantes do que me investigar, acredite.” ela diz passando por mim com o seu olhar entojado.

Suspiro aliviado e logo desço do palco procurando por Felicity no meio da multidão. Tento passar pelas pessoas que vem falar comigo, mas apenas murmuro que estou de saída. Me viro abruptamente quando ouço uma gritaria e logo após homens armados invadindo o evento enquanto os barulhos de tiro ecoam pelo salão. Minha mente na mesma hora se direciona a uma pessoa.

“Felicity...” murmuro quase inaudível entrando em pânico.

Felicity Smoak:

Vejo Oliver discutindo com Isabel ainda em cima do palco e pela cara da bruxa ele enfim conseguiu impedir o lançamento do projeto sinistro. Minha atenção logo é roubada por observar Chase descer quase que imediatamente do palco entrando em uma passagem que eu nem sabia que existia. O sigo até encostar na  porta e logo após ouvir estrondos muito altos, algo parecido com....tiros.

OH MEU DEUS TIROS!

OLIVER!!!!!

“Oliver!!!” eu grito desesperada sentindo meus olhos começarem a marejar.Tento procurá-lo mais os tiros continuam e eu há muitas pessoas correndo e gritando. Olho para o lado e vejo corpos estirados no chão completamente ensanguentados e ofego. Meu corpo sente adrenalina e começa a querer a se mover. Começo a gritar para as pessoas indicando a passagem que eu encontrei, afinal se eu não posso sair pelo menos eu vou ajudar algumas pessoas à saírem. Eu só preciso encontrar Oliver e a gente sai daqui!

Começo a me mover com cuidado procurando por ele, mas não o encontro em lugar nenhum. Deus, e se ele já estiver ferido? Estirado no chão... sozinho... sangrando. Balanço a cabeça para espantar esses pensamentos. Oliver está bem! Ele tem que estar!

Os tiros continuam e por um momento eu acho que já estou surda. São muitos disparos e muitos homens vestidos de preto encapuzados. Se não estivéssemos em uma situação dessas, diria que é obra de um bom filme de ação que a qualquer hora vai acabar. Mas não, isso é real! Tem pessoas mortas aqui e não consigo controlar o soluço de choro ao ver. Vejo um homem se aproximar e me escondo debaixo de uma mesa prendendo a respiração enquanto eu fazia uma reza nos meus pensamentos. Me agarro ao paletó de Oliver que ainda estava comigo sentindo seu cheiro para me tranquilizar que ele estava bem e iria me encontrar.

Ele começa a tirar para todos os cantos e eu cubro meus ouvidos com força chorando silenciosamente esperando que esse pesadelo logo acabe. Ouço barulho de vidro quebrando e vejo pessoas com um uniforme que não é da polícia entrando atirando nos homens de preto enquanto os demais evacuavam algumas pessoas do salão.

 Começo a me mover quando ouço  uma senhora me chamar e logo caindo no meu colo enquanto eu ofego por ar. Olho para a mancha em vermelho se espalhando no seu vestido e eu me desespero ainda mais.

“Ca-calma, a senhora vai ficar bem...A ajuda vai chegar.” eu falo soluçando não sabendo o que fazer.

“Está tu-tudo bem.” ela diz com voz fraca. “Só ajude.... meu filho sair por favor...meu marido ainda está aqui....entregue ele para o pai.” ela diz com dificuldade apontando para o garotinho amedrontado debaixo da mesa.

“Eu faço isso, a senhora então tente ficar consciente. Eu vou buscar ajuda...” eu falo mas ela balança a cabeça negativamente e fecha os olhos.

“Não não não, acorde senhora! Senhora!” eu digo pegando seu pulso, mas não tem mais nenhum. Ofego quando o seu corpo desliza para o chão e eu olho para o menino que começa a gritar pela mãe. Vou até ele e o pego em meus braços enquanto ele chora descontrolavelmente. Enterro sua cabecinha no meu pescoço para não ver os corpos estirados no chão e logo a polícia entra e um oficial me guia para fora do salão. Dou uma última olhada no local procurando por Oliver, mas não há sinais dele. Peço com todas as minhas forças pra que ele já esteja lá fora....seguro.

Assim que chego lá fora, logo sinto o vento frio de Moscou, mas não me importo, meu corpo ignora totalmente, porque  preciso encontrá-lo. Observo as várias ambulâncias e a polícia em peso nas ruas onde já estão isolando o local. Vejo um homem vir até mim desesperado chamando pelo filho e o menino se vira na mesma hora pulando no colo do pai.

“E-eu sinto muito... A mãe dele...” eu digo tristemente e ele assente chorando.

 “Obrigada moça... por trazer meu filho.” ele diz me dando um último olhar de agradecimento enquanto eu assinto.

Logo desço a escadaria e meu olhar encontra Oliver que estava agachado ajudando na ambulância.

“OLIVER!” eu grito por ele com alivio quando seu olhar me procura e logo se encontra com o meu. Ele instantaneamente se levanta e começa a correr em minha direção. Começo a descer apressadamente indo em sua direção. Assim que estamos perto eu pulo nos seus braços chorando descompassadamente.

“Deus, Felicity! Eu fiquei desesperado quando não te encontrei.” ele diz enterrando seu rosto no meu pescoço me enviando uma sensação de segurança.

“Você está aqui.” eu digo puxando para trás e tocando seu rosto chorando. “Eu achei que você tivesse ferido... eu não te encontrava em lugar nenhum... e eu via aqueles corpos lá no chão e eu ficava pensando que o motivo por eu não estar te encontrando, era porque você poderia estar morto.” eu digo o abraçando novamente precisando senti-lo.

“Shhh, está tudo bem agora.” ele diz me confortando. “Você está bem?” ele pergunta se afastando para olhar meu rosto. Mas quando olha para a cintura do meu vestido ele arregala os olhos.

“Felicity você está sangrando! Você precisa de uma ambulância.” ele diz desesperado e eu olho para o local  logo balançando a cabeça negativamente.

“Não.... não é meu sangue. Eu tentei ajudar uma senhora, mas ela morreu nos meus braços logo em seguida. Foi horrível.” eu digo lembrando.

“Ei ei, vem cá.” ele diz me pegando de novo em seus braços.

“Oliver ela me pediu para ajudar a tirar o filho dela de lá. O garotinho viu a mãe morrendo. Ele devia ter a idade da Mavi! E ele viu a mãe morrer assim.... e eu não pude fazer nada. Foi horrível!” eu digo soluçando enquanto ele traça padrões de carinho na minha costa.

“Eu entendi shhh, eu tenho você...” ele diz suavemente e ficamos assim um bom tempo até eu me acalmar. “Fiquei com tanto medo de te perder hoje...Quando eu te procurei pelo salão e não encontrava, eu me desesperei totalmente Felicity. Eu só pensava em te encontrar, achei que o pior tinha acontecido.” ele diz e eu limpo suas lágrimas.

“Estou bem Oliver. Estamos bem.” eu falo tranquilizando- o. “O que eram eles?” digo fungando.

“Não se sabe, a polícia acabou de chegar. Acham que pode ser ataque terrorista, mas eu duvido.” ele diz.

“Por que? Você acha que foram contratados?” eu digo arregalando os olhos.

“Eu posso estar errado, mas o meu instinto diz que isso não foi ao acaso. Estava programado. Isabel me falou algo antes de descer do palco...disse que eu teria coisas mais importantes pra me preocupar esta noite.” ele fala.

“Você acha que ela sabia? Oh meu Deus por isso Chase saiu...” eu digo juntando os pontos.

“Espera...Você viu Chase saindo antes do tiroteio começar?” Oliver pergunta.

“Sim, eu até comecei a segui-lo, mas quando eu entrei na passagem estreita eu ouvi os tiros e voltei.” eu digo.

“Você o que? Felicity você poderia ter saído do tiroteio e não saiu? Ficou louca?” ele diz.

“Eu precisava voltar, você estava lá. Se fosse ao contrário você não me abandonaria.” eu argumento.

“É claro que não te deixaria, mas você não devia ter feito isso. E se algo te acontecesse? Se um deles te encontrasse e....” ele fala.

“Eu não pensei muito ok? Eu só conseguia pensar que você ainda estava lá e eu precisava te encontrar. Eu até mostrei a passagem pras pessoas que estavam do meu lado. Então não me culpe, eu só não podia te deixar.” eu digo encolhendo os ombros.

“Deus Felicity, você ainda vai me matar! Nunca mais faça isso. Você se salva, está me entendo?” ele diz arrancando acariciando meu rosto e um pequeno sorriso surge no meu. Sinto a adrenalina baixar e estremeço quando um vento mais forte bate e me encolho.

“Vem vamos sair daqui.” ele diz e eu assinto quando ele coloca o casaco de volta no meu ombro enquanto eu me inclinava no seu peito para irmos andando.

“Tem muita gente lá dentro...” eu falo tristemente enquanto ele suspira.

“Sim... Pelo o que entendi tinha cerca de 250 pessoas no evento. Foram encontrados pelo menos 35 corpos até então....” ele fala com a voz embargada e eu ofego.

“E não tem nenhum sinal da Isabel e do Chase? Como eles puderam fugir disso enquanto sabiam que pessoas estariam aqui... eu sei que isso é um jogo de interesses, mas isso são vidas, Oliver.” murmuro contra o seu peito.

“Isso não impede eles, tudo são interesses...” ele diz olhando para mim e eu acaricio o seu rosto.

“Precisamos descansar.” eu digo fungando no seu peito e ele acena que sim.

(...)

“Eu sei, eu sei....eu já disse, Thea estamos bem.” Oliver diz pela milésima vez no telefone.

Enfim chegamos no hotel conseguindo bloquear os paparazzi que por incrível que pareça, ainda estavam em peso no local. Então assim que chegamos no quarto foi um extremo alívio. Nossa noite tinha tudo para a ser a mais perfeita, e até foi em parte. Tivemos dois beijos maravilhosos, mas aí veio o tiroteio e tudo foi por água abaixo. Foi o momento mais aterrorizante da minha vida, seja por ter sido uma possibilidade real de ter morrido ou por não saber onde Oliver estava e se estava bem. Saio dos meus devaneios quando sinto ele tocar meu ombro mostrando que encerrou a ligação. Eu fui a primeira a falar com Thea, já que Mavi não parava de chorar e só se acalmou com depois de falar comigo e depois de assegurar que estava bem.

“Tudo certo? Você parecia estar longe.” ele diz suavemente e eu me surpreendo com a facilidade que ele tem de me acalmar.

“Sim, é só que foi uma noite muito agitada.” eu falo, mas não sei se foi pelo tiroteio ou pelo beijo. Desvio o olhar para o vestido que estava em local separado ainda com a grande mancha de sangue. “Eu estraguei aquele vestido...” suspiro tristemente.

“É só um vestido Felicity. O importante é que você está bem.” ele diz eu concordo.

“Eu sei....mas foi você que me deu. Não queria me desfazer dele.” eu digo e ele dá um pequeno sorriso.

“Tome isso como uma promessa que te darei outro.” ele diz pegando algumas almofadas e jogando no sofá.

“Você não pode ficar me dando vestidos Oliver.” eu reviro os olhos.

“Verdade...” ele diz pensativo. “Que tal dessa vez sapatos?” ele fala e eu balanço a cabeça sorrindo.

“Você não tem jei...” paro de falar quando percebo onde ele está deitado. “O que você acha que tá fazendo aí?” pergunto curiosa.

“Tentando fazer uma coisa que as pessoas fazem essa hora, acho que se chama dormir.” ele fala como se fosse a coisa mais obvia do mundo.

“Perguntei sobre você estar deitado no sofá, mal-educado.”eu digo levantando uma das sobrancelhas.

“Eu vou dormir.” diz.

“E porque no sofá? Quero dizer, a menos que você não queira dormir comigo...” digo e logo arregalo os olhos. “E quando falo dormir digo sem conotação sexual e sim apenas dormir..... dormir.... na cama. E se você não quiser por causa de como acordamos de manhã eu entendo, mas não é porque eu tenha te agarrado, porque eu não te agarrei. Não tenho culpa se você é todo cheio de músculos que me prendem na cama e não falo isso como lado bom. E eu não estou dizendo que seus músculos são ruins até porque eles são ótimos travesseiros para mim....e eu vou me calar em 3,2,1.” eu fecho os olhos corando.

“Você sabe, uma mulher nunca implorou tanto pra dormir comigo.” ele diz e agora percebo que o cretino estava rindo.

“Idiota.” murmuro a única coisa que vem à minha mente. Meu idiota.

DÁ ONDE ISSO VEIO?

Deitamos na cama, dessa vez, um de frente pro outro apenas nos olhando. Ele parece pensativo e eu aproveito para analisar seu rosto. Como ele pode parecer ainda mais bonito? Seus grandes olhos azuis mesmo em um parcial escuro do ambiente ainda se destacavam quase que por completo. A sua barba rala com todos os pelos cortados alinhadamente em uma perfeição fascinante chamavam logo minha atenção parando em sua boca até ele começar a falar.

“Essa noite tinha tudo pra ser perfeita...” ele suspira.

“Eu sei...mas pelo menos conseguimos impedir o Alpha de ser lançado. Já é algo bom.” falo suavemente.

“Não falei pelo Alpha, e sim por você.” ele diz e meu coração se derrete. “Estava tudo perfeito até o beijo....e aí veio o tiroteio e eu não conseguia te procurar e por um momento eu achei que iria ficar louco, porque eu não te achava Felicity. Quando eu te vi descendo aquelas escadas, eu enfim pude respirar de novo e sentir você viva.” ele diz e eu percebo que estamos de mãos dadas.

“Eu também fiquei muito assustada, mas olha, já passou e estamos bem e...aqui.” eu digo suavemente. “E nos vamos falar, você sabe, sobre...o beijo?” eu pergunto corando.

“Vamos, mas agora não, descanse primeiro.” ele diz beijando minha testa enquanto eu fecho os olhos suspirando.

“Você tem que dormir também.” eu digo e ele concorda. “Boa noite, Oliver.” eu murmuro meio sonolenta.

“Boa noite, meu anjo.” ele diz e eu sorrio até eu me entregar ao sono e ao cansaço.

(...)

“Chegamos gente!” eu grito enquanto Oliver carrega as malas até o meio do apartamento. Enfim chegamos em Starling após uma viagem super cansativa e eu estou louca pra ver meu bebê.

“Onde eles estão?” Oliver pergunta confuso.

“Mavi...? Thea? Vocês estão aí?... Tommy?” eu grito mais uma vez. Começo a me deslocar para subir as escadas quando me assusto com barulho de vidro quebrar e me viro para ver pessoas encapuzadas atirando para todos os lados. Cubro meus ouvido e me abaixo.

NÃO! DE NOVO NÃO!

São muitos tiro, mas enfim eles cessam e eu olho para cima encontrando Mavi com uma grande mancha vermelha no abdômen.

“Mavi!!!” eu grito correndo até ela. “Não não não, querida....não.” eu digo soluçando.

“Mamãe....quem eram esses homens maus?” ela diz suavemente. “O Oliver está morto mamãe.” ela diz olhando para atrás de mim. Viro abruptamente vendo Oliver no chão com uma poça de sangue se fazendo ao seu redor. Grito de horror e olho para Thea que está tocando no rosto do irmão.

“Oliver....Thea o que....” eu falo não controlando mais as lágrimas

“Porque meu irmão está morto Felicity?” Thea diz chorando se virando para mim logo depois de cair no em um baque duro no chão me fazendo ofegar ao ver o sangue dela se espalhando pelo peito.

“O que está acontecendo Felicity? Porque todos estão mortos?” Tommy diz andando até mim com muito sangue escorrendo da sua cabeça. Ofego tentando repetir pra mim mesma que isso é apenas um pesadelo e olho para Mavi que já está sem vida no chão. Choro compulsivamente e Tommy logo cai do meu lado morto.

“Não não não!!! Vocês não podem morrer... Não assim...” grito e sinto uma voz longe chamando meu nome.

“Felicity...” uma voz me chama longe.

“Felicity querida, acorde....É só um pesadelo....” ouço a voz calma de Oliver me sacudindo me trazendo de volta a realidade. Abro meus olhos encharcados de lágrimas para ver que ainda estou  no quarto com Oliver.

“Ei ei só foi um pesadelo...está tudo bem.” Oliver diz suavemente e eu pulo nos seus braços chorando.

“F-foi horrível Oli- oli-ver.” eu digo soluçando. “Mavi, Thea, Tommy e....você estavam todos mortos e eu não podia fazer nada...” falo contra seu peito enquanto ele faz um carinho reconfortante na minha costa.

“Shhhh está tudo bem agora, foi apenas um pesadelo...” ele diz beijando o topo da minha cabeça.

“Havia tanto sangue...” eu digo e logo balanço a cabeça tentando me livrar desses pensamentos.

“Ei olhe pra mim.” ele diz pegando meu rosto com as duas mãos. “Já passou querida, você está aqui e todos estão seguros.” ele diz limpando minhas lágrimas. Ficamos assim até eu me acalmar e até eu conseguir parar de soluçar.

“Vem... vamos dormir um pouco.” ele diz deitando comigo me puxando para seus braços. Me agarro nele e sinto o seu cheiro viciante na camisa e aos poucos vou voltando ao normal.

“Molhei toda a sua camisa.” digo fungando me ajustando no seu peito.

“Não se preocupe com isso, está tudo bem.” ele diz beijando o topo da minha cabeça e percebo que ele sempre faz isso não só para me acalmar, como também para si acalmar. “Eu....também já tive muitos pesadelos assim...” Oliver diz e olho para cima para ver seu rosto. “Coincidência ou não eu os tinha aqui na Rússia, sempre com o meu pai, às vezes com a minha mãe ou Thea me pedindo para voltar para casa porque elas estavam em perigo, porque para mim elas estavam em perigo e eu criava isso na minha cabeça... Mas aí eu acordava e percebia que não era real, então eu tentava pensar totalmente o oposto, que eles estavam bem e que eu também iria ficar...” ele fala suavemente e eu percebo o quanto ele sofreu nesses cinco anos sozinho.

“Sinto muito Oliver. Por tudo de ruim que você teve que passar...” digo e ele apenas balança a cabeça.

“Está tudo bem, eu aprendi a controlar sabe, agora eles não vem com tanta frequência. Depois disso eu comecei a pensar em coisas boas e eu sonhava coisas boas, rever minha mãe, abraçar Thea, tomar bebidas com Tommy, até dar uns socos nele de vez em quando...” ele diz  e nós rimos. “E então eles pararam...” ele diz suavemente e eu me aconchego mais nele. Ele também parece querer mais contato e me aperta mais pra perto de si.

“Oliver?” eu pergunto depois de um tempo.

“Hum...” ele murmura.

“Sempre que quiser me contar algo sobre o seu passado, eu vou está aqui para ouvir, ok?” eu digo hesitante pela sua resposta.

“Certo.” ele diz suavemente. “Mas agora durma.” ele diz no seu maior estilo mandão e eu sorrio com uma sensação de conforto dormindo em seus braços e sem mais pesadelos.

(...)

Me mexo virando de lado para o outro procurando o meu travesseiro de músculos, mas apenas tateio a cama e não encontro Oliver. Abro meus olhos lentamente para ver que só eu estava na cama envolta do grosso edredom que Oliver fez questão de deixar todo envolta de mim. Ouço a voz dele na varanda onde provavelmente seria uma ligação. Sento na cama o esperando e como se eu o tivesse chamado ele aparece desligando o celular e voltando para o quarto quando eu o vejo na sua mais perfeita glória sem camisa mostrando todos os seus lindos músculos.

“Bom dia.” ele diz sorrindo e minha boca fica seca.

ELE NÃO TAVA COM FRIO LÁ FORA NÃO???

“Bo-bom dia.” eu digo engolindo pesadamente.

QUAL É FELICITY O CARA É O CALOR EM PESSOA COMO ESTARIA COM FRIO SE ELE JÁ É QUENTE NO HABITUAL?

“Você me acha quente?” ele diz sorrindo malicioso.

EU VOU DESLIGAR MEU CÉREBRO, PAREM DE FALAR!

“Não... É que é curioso que você não esteja com frio estando... assim sem a camisa mostrando o quanto perfeito você é...” digo e logo arregalo os olhos. “O que você não precisava saber obviamente, e isso só vai me deixar ainda mais corada... então eu vou me calar agora.” eu digo suspirando.

“Vivi aqui por cinco anos Felicity, me acostumei com esse frio. Não se preocupe, eu e meu corpo perfeito não estamos com tanto frio.” ele diz e eu reviro os olhos. Ele pega a camisa e logo coloca ajudando meu autocontrole. Ele deixa o celular na mesa e suspira pesadamente.

“Está tudo bem? Você parece preocupado.” eu pergunto hesitante.

“É que...  eu sei quem entrou ontem naquele evento, não os encapuzados, os outros. Você lembra que eu te disse que eles não eram a polícia?” ele diz.

“Sim... quem eram eles?” eu digo.

“A ARGUS.” ele diz e eu arregalo os olhos.

“Eles existem mesmo? Oh céus, eu não acredito!” eu digo chocada.

“Espera, você não sabia que eles realmente existiam? Você sabe sobre as máfias, mas na sobre a ARGUS?” ele diz confuso.

“Hey eu também não sou Deus. Não posso também saber sobre tudo e tudos...” eu falo. “E como você conhece a ARGUS?” eu pergunto e ele desvia o olhar. “Seu passado... você já trabalhou para eles...” eu concluo me aproximando.

“Sim, eu precisava de uma informação no meu tempo aqui na Rússia e em troca eu teria prestar alguns favores à eles.” ele diz se sentando. “Naquela época eles eram bem mais individualistas, não se preocupavam com os outros apenas com negócios e serviços prestados.” ele fala.

“Então se eles só estavam por interesse, porque ajudaram ontem?” pergunto.

“Porque eles têm uma nova diretora, ela é esposa de um grande amigo que também trabalha lá, foi ele que me ligou pra falar”. Digamos que a diretora que assumiu está querendo resolver investigando casos que a Amanda havia arquivado.

“E um desses casos seria a morte do seu pai?” eu digo e ele acena que sim.

“Ok, então você tá dizendo que a ARGUS entrou e salvou a gente ontem porque está interessada em fazer uma boa causa para a humanidade?” digo.

“Eu estou dizendo que se a ARGUS está nessa para incriminar quem está por trás do meu pai, significa que temos um aliado. Não bem nessas palavras, mas isso mostra que não estamos de lados apostos, então podemos ter ajuda.” ele diz e eu balanço a cabeça.

“E o que te faz pensar que a ARGUS vai te ajudar e não querer algo em troca?” eu digo.

“É por isso que eu meu amigo me ligou, ele quer me encontrar.” ele diz.

“Mas não temos que ir pra QC?” digo olhando para o relógio.

“Vamos encontrá-lo e logo depois iremos para empresa.” ele diz se levantando.

“Oliver... e se isso for uma armadilha?” pergunto hesitante.

“Hey confie em mim, eu nunca te colocaria em risco se não soubesse que é seguro. Você vai ver, John é confiável.” ele diz e eu dou um pequeno sorriso.

“Ok, nós vamos, mas podemos comer antes...eu estou morrendo de fome!” eu peço com uma cara de cão abandonado.

“Seu pedido é uma ordem.”ele diz indo ligar pro serviço de quarto enquanto fui tomar banho.

ACHO QUE PODE ISSO PODE SER CONFIÁVEL....

(...)

“Ok isso não é nem um pouco confiável... Nós vamos morrer” digo olhando para os lados.

“Felicity fica calma, não vamos morrer. Vem aqui é o lugar.” ele diz entrando em um lugar que parecia ser um bar.

Oliver se dirige até uma mesa que tem um homem moreno alto sentando mais parecido com um urso de tanto músculo.

ESSES HOMENS COMEM FERMENTO OU O QUE?

Ele começa a rir e Oliver se junta a ele.

“Oh céus eu disse isso em voz alta.” eu digo jogando as mãos no rosto querendo me enterrar.

“John essa é Felicity Smoak, uma grande amiga e minha assistente nas horas vagas.” ele diz e eu lanço um olhar assassino pra ele. “Felicity este é John Diggle, um amigo de longa data.” ele murmura por fim e o cumprimento e logo nos sentamos caindo em um bom papo.

Deu para perceber nesse pequeno espaço de tempo que o que Oliver falou sobre ele era tudo verdade mesmo, ele parecia ser bem confiável. Ele começou a explicar mais sobre o que a ARGUS anda fazendo a partir de agora.

“Então deixa eu vê se entendi. A sua esposa assumiu o cargo da antiga diretora que era o capeta em pessoa... e por causa disso ela quer participar de alguns casos que já foram arquivados por querer ajudar alguns casos como boa ação?” eu digo confusa.

“Não é bem uma boa ação, ela quer solucionar casos que a Amanda julgava ser desnecessário e sem utilidade pra ARGUS. Casos que realmente são intrigantes.” ele diz.

“Como a morte do meu pai.” Oliver diz e ele confirma.

“Certo, mas não querendo ofender nem nada, mas como vamos saber que vocês não vão querer algo em troca? Quero dizer, vocês vão ajudar e não vão querer nenhum favor?” eu digo.

“Felicity, Lyla não é assim. Amanda era, e ela não está interessada no Oliver e sim nas pessoas envolvidas do outro lado, como Isabel Rochev. Achamos que ela pode estar envolvida em outros problemas, então se solucionássemos esse, acabaríamos com os outros.” ele diz.

“Certo, e como a ARGUS sabia o que iria acontecer ontem?” Oliver pergunta.

“Não é a minha área essa parte, mas pelo o que eu pude entender interceptaram um sinal de comando para aquelas pessoas que entraram atirando. E logo a ARGUS entrou em posição... só não foram rápidos o suficiente, muita gente morreu ontem...Fico aliviado por terem conseguido sair.” ele diz e eu dou pequeno sorriso.

“Digg isso realmente é o que parece? Você tem certeza que a ARGUS não vai seguir outros métodos, você sabe do que eu estou falando, preciso saber se isso é seguro.” Oliver diz.

“Te dou minha palavra, não te informaria sobre isso se não tivesse certo das intenções deles.” Diggle fala.

 “Você mora aqui, senhor Diggle?” eu pergunto.

“Oh nada de senhor Diggle, parece que já sou um velho, apenas John ou Digg já está ótimo. Mas respondendo a sua pergunta eu não moro aqui, moro em Starling, estou aqui por uma missão e uma delas era encontrar o Oliver.” ele diz. “O que me lembra de te mostrar como está a baby Sara, eu tenho uma foto aqui.” ele diz.

Ele nos entrega uma foto com uma bebê muito fofa e dentro da foto há um pequeno pendrive. Olho para ele que fez um sinal para Oliver.

“Porque tem um pendrive aqui?” eu pergunto sussurrando.

“Acho que pode ter alguém seguindo vocês.” ele diz e eu arregalo os olhos.

“Disfarce Felicity....Oh Sara está tão grande, dá última vez que a vi ela nem andava.” Oliver diz.

“Se nem eu acredito que ela já está tão grande, imagine você que não a viu há meses.” John diz.

 “Sua filha é realmente muito fofa John, essas bochechas gordas me faz lembrar da minha pequena com essa idade.” eu digo.

“Sério que já tem uma filha?” ele pergunta surpreso.

“Sim, mas essa é uma história que fica pra outro dia.” eu digo. “Não é melhor irmos?” pergunto apreensiva e Oliver assente.

“Certo... então precisamos ir, ainda temos que passar na QC daqui. Voltamos para Starling ainda esta manhã.” Oliver diz e cumprimenta o parceiro.

“Cuide-se John, eu ligo assim que analisarmos.” Oliver fala fazendo referência ao pendrive que está comigo.

“Você também Queen. Felicity foi uma prazer conhecê-la.” ele diz.

“O prazer foi meu, até John.” eu digo e logo saímos do bar e entramos no carro.

“Acho que já posso respirar....você acha mesmo que tinha alguém nos seguindo?” eu pergunto.

“Sim, se tem uma coisa que eu aprendi aqui na Rússia, é que você nunca está sozinho, sempre tem alguém de olho em você. Principalmente Isabel.” ele diz e eu suspiro olhando para o pendrive na minha mão enquanto Oliver acelera em direção à QC.

(...)

“Estamos completamente devastados com a atrocidade ocorrida ontem. Muitos de nossos acionistas e funcionários da empresa morreram de forma tão bruta e desumana. E para honrar a memória deles, a Queen Consolidated declara hoje um dia de luto para demonstrar respeito com as vítimas. E como sou uma pessoa muito benevolente, digo que a empresa está de braços abertos para apoiar as famílias deixadas e prestar todo o apoio para as mesmas. Muito obrigada.” Isabel termina seu discurso limpando uma lágrimas que ela fez um esforço enorme para conseguir expressar.

“Cara de pau, como ela pode ainda discursar depois do ela fez Oliver?” pergunto indignada.

“Isabel não tem escrúpulos Felicity, ela não está nem aí pra essas pessoas, mas ela sempre vai aparecer nessa pose de bem feitora porque é assim que ela convence.” Oliver diz me confortando apertando minha mão.

“Oliver que bom vê-lo, fico muito feliz por não ter se ferido ontem. O mesmo vale para a senhorita Smoak, vocês não...se machucaram.” ela diz forçando um sorriso e eu cerro os olhos para ela.

“Por que não explica por onde esteve, não te vi lá fora. Por onde você saiu ontem Isabel?” Oliver pergunta encarando.

“Eu estava com o Adrian na hora que tudo aconteceu e por pura sorte estávamos bem perto da porta.” ela diz sorrindo.

“Estranho...eu vi quando o seu namorado saiu e não lembro de ter te visto com ele. E ele não saiu pela porta da frente, foi em uma pequena passagem e bem antes de acontecer.” digo e ela me lança um olhar mortal.

“Acho que as suas lembranças estão claramente confusas senhorita Smoak. Eu estava com o meu namorado, ele pode confirmar.” ela diz.

“Muito conveniente para ambos disserem que estavam juntos. Mas se tem tanta convicção, não se importaria de Felicity dar um depoimento à polícia, creio que eles devem querer muito escutar essa pequena observação que ela viu.” Oliver diz e ela dá uma risada.

“Oh Oliver o caso já foi encerrado, foi nada mais do um ataque terrorista. Por que mais um grupo invadiria uma festa beneficente a não ser grupos radicais?” ela diz triunfante.

“Eu não sei me diga você, por que alguém teria tanto interesse em eliminar acionistas que iriam votar no dia seguinte em um projeto importante cuja opiniões são diferentes da CEO da Rússia? Não acho que isso foi um ataque, e sim um tiro certeiro.” Oliver diz irradiando raiva.

“Está insinuando algo Oliver?Por que não demoraria minutos para que eu chamasse meus advogados e mandassem te prender por calúnia. E não acho que quer outro escândalo em cima da empresa certo?” ela diz.

“Você acha que é imbatível não é mesmo? Acha que pode enfrentar tudo e todos, mas deixa eu te dizer uma coisa, olhe como fala comigo porque tudo isso ainda é meu e por mais que eu ache que você é calculista, você não é burra de querer perder o posto na empresa. Então saiba que só ainda está aqui porque não posso desfalcar a empresa dessa maneira, caso contrário, você já estaria na rua e quero ver até onde essa sua arrogância iria te levar.” Oliver diz e meu queixo cai.

TOMA ESSA ISABITCH!!!

Ela limpa a garganta e logo muda de expressão. “Espero que faça uma boa viagem de volta Oliver, sei que tem péssimas lembranças da Rússia, mas não vamos deixar essa desavença afetar nossa amizade.” ela força uma simpatia. “Passar bem, pra você e pra sua... mais nova vadia.” ela diz sussurrando.

AHHHH É AGORA QUE EU ARRANCO ESSE APLIQUE BARATO DA CABEÇA DELA!!!

Oliver puxa o braço dela com força fazendo ela se virar para gente.

“Fale dessa forma com ela novamente e vai perder bem mais do que a presidência.” ele diz rosnando enquanto ela olha assustada. Ele larga ela e me sai me puxando.

“Não sei se te dou um soco por afrontá-la ou um beijo por ter me defendido.” eu digo corando.

“Eu prefiro a segunda opção.., mas ela mereceu. Quero ver até onde ela vai com isso.” ele diz.

“Ainda bem que você agiu primeiro, porque se demorasse mais dois segundos eu teria arrancado aquele cabelo falso dela.” digo rindo e ele me acompanha.

Não demorou para enfim sairmos de lá após muita gente e logo após decidimos ir direto para o avião e embarcarmos.

“Você viu que já encerraram o caso? Porque tudo aqui se resolve tão rapidamente? E é tão conveniente que tenha terminado assim, sem praticamente nenhuma investigação. Eles nem pegaram o depoimento.” eu digo.

“Tudo o que acontecer a mando de Isabel na Rússia vai acabar assim. Ela tem total controle aqui.” ele diz frustrado.

“E como fica o Alpha? É obvio que ela declarou hoje como “dia de luto” pra reunião ficar marcada para um dia que você não estivesse aqui. Como vamos ficar de olho?” eu pergunto.

“É aqui a ARGUS entra. Vamos analisar o pendrive e logo em seguida vou ligar pro John para ver o que faremos em relação ao projeto.” ele diz e eu concordo.

—-------

“oни сели на самолетles, леди.” (eles embarcaram no avião, chefe) - um homem informa na pista de voo.

“совершенный” (perfeito) - Isabel diz sorrindo.

—-------

Enfim chegamos em Starling, como é a viagem é longa, já estava de noite. E embora eu tivesse dormido na viagem, eu estava exausta e tudo o que eu queria era dormir agarradinha com a minha pequena que eu morria de saudades.

Descemos do jato e estávamos andando tranquilamente na pista quando Oliver parou de repente puxando meu braço me fazendo virar para ele.

“Felicity eu... estava pensando e eu queria te perguntar algo.” ele diz um pouco nervoso.

“O que?” pergunto curiosa.

“Se você não estiver....fazendo nada, quero dizer, se queria amanhã jant...” Oliver diz encarando meus olhos mas logo é interrompido com um grito feminino.

“Ollie!!!” uma mulher grita e nos viramos para ver quem era o dono da voz e meu queixo cai quando vejo quem é.

“Laurel...?” Oliver pergunta.


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Notas finais do capítulo

Laurel dando as fuças? Isso mesmo? Hahahah sorry pra quem gosta dela, mas ela aqui vai ser uma adaptação de como eu via ela na série, entãaao já sabem, pode não agradar quem simpatiza com a personagem e peço desculpas adiantadas por isso, mas Laurel vai encher um pouco o saco. Mas nada que o nosso quase casal supere.

Comentem o que acharam das cenas tensas lá no tal evento e o que acharam da colocada de lugar que o Oliver deu na Isabitch?! hahahah adorooo.

Só avisando que na próxima semana TEREMOS UM CAPÍTULO NA QUARTA FEIRA E OUTRO NA SEXTA. Eu resolvi postar dois semana que vem por causa das meninas do grupo que pediram e porque eu já queria fazer isso( na quarta é meu aniversário heheh) então vou postar uma capítulo na quarta e um na sexta ok?!

Muitos beijos meus amores e vamos comentar muitooo, até a próxima quarta ♥



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