Morning Light escrita por Natur Elv


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Oi! Eu escrevi essa fic tuda pelo celular, então se a formatação sair zoada, por favor, me avisem!!!!!!!!! ;A;

Meu pc morreu e por isso estou escrevendo pelo cel, simplesmente não consigo ficar sem escrever ;-;

No dia em que escrevi essa fic, eu tinha acordado quando o céu ainda tava começando a clarear e me veio tudo isso à cabeça, então a primeira coisa que fiz foi pegar o cel e começar a escrever. Era p eu ter postado aqui no Nyah no dia em que escrevi, mas como tava fazendo tudo pelo cel, descobri que não dá(?) p postar fic aqui pelo navegador do cel, então só chorei e aceitei (nem tanto assim).

Me avisem sobre qualquer erro, por favor, e me deixem saber o que acharam da fic! Boa leitura!!



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Yuuri não precisou abrir os olhos para saber que estava acordado – ou acordando. Não havia muito som que seus ouvidos pudessem registrar e, julgando pela pouca e fraca luz que penetrava o quarto pela brecha da cortina quando Yuuri abriu apenas um pouco dos olhos para conferir, ainda era muito cedo na manhã. O céu devia estar começando a clarear agora, lentamente mudando de um cinza aconchegante para um pálido e bonito azul.

Yuuri piscou algumas vezes, preguiçoso e sonolento, sentindo os olhos pesarem de sono. Na fraquíssima luz, podia ver a silhueta de sua escrivaninha. E de repente foi tomado pela enorme e estranha sensação da consciência de sua posição na cama; as costas contra o colchão, um braço sobre a testa e o outro ao lado da cabeça, as pernas esticadas. Yuuri se sentiu mais acordado com aquilo, mas ainda muito propenso ao sono.

Ele suspirou devagar e então virou, remexendo-se na cama, e deslizou os braços pela cintura de Victor, abraçando-o perto e se aconchegando no calor de seu corpo, recebendo um baixo suspiro ao encaixar a cabeça sob o queixo dele e ser abraçado de volta.

“Victor,” Yuuri tentou dizer, mas sua voz pareceu estacionar em sua garganta. “Victor,” desta vez, o nome veio, rudemente rouco e baixo, sem obter qualquer resposta do outro. Yuuri, com os olhos entreabertos e cheios de sono, trouxe de volta uma das mãos para acariciar os cabelos de Victor, e tentou de novo: “Victor,” sua voz soou igualmente rouca, mas ao menos um pouquinho mais audível.

Houve um murmúrio em resposta e então Yuuri começou a distribuir beijos lentos pelo pescoço pálido e nu de Victor, ora ou outra em seu maxilar. Yuuri não precisava olhar para o rosto do outro para saber que havia um pequeno sorriso lá, e os beijos pararam quando precisou bocejar.

O toque de Victor correu pela parte inferior de suas costas, gentil e sonolento, e Yuuri se remexeu de novo, cruzando os braços sobre o peito nu dele, sorrindo pequeno e amável enquanto o observava de olhos fechados, os cílios pálidos e longos de que tanto gostava.

Quando Victor abriu os olhos – apenas um pouco –, Yuuri perguntou: “Estou te machucando?”

Devagar, Victor balançou a cabeça em sinal negativo e Yuuri beijou sua boca, um selinho sem pressa.

“Eu te amo.” Yuuri disse, mantendo o rosto próximo, absorvendo o pequeno e contente sorriso nos lábios finos de Victor, sentindo seus dedos deslizarem por sua cintura em movimentos lentos e repetitivos e gostosos de sentir. Então Yuuri o ofereceu mais um selinho. E mais um, e mais um, e mais um, até que um beijo lento e cheio de ternura foi trocado entre os dois.

“Yuuri,” a voz igualmente rouca de Victor soou baixa pelo quarto pela primeira vez naquela manhã e Yuuri sentia que poderia facilmente se derreter nela, no modo como seu nome era chamado. “Yuuri,”

“Hm?” Yuuri deslizou a ponta do nariz no de Victor. “O que fo- ah!” Yuuri saltou num susto ao toque gélido e inesperado da mão de Victor na curva de suas costas, sua pele arrepiando toda. “Victor!”

Havia um largo e satisfeito sorriso no rosto de Victor, mas ele mantinha os olhos fechados.

“Vic- ah!” Outro salto. Victor pressionava a mão fria na lateral de seu torso. “Victor!” Yuuri se remexeu todo, em protesto, e mais uma vez o toque veio. “Victor, para!” Ele ria, tentando se livrar do outro, que riu baixinho e acariciou seu braço com a ponta dos dedos.

“Essa parede é muito gelada, Yuuri.” Victor disse num tom divertido, seus olhos azuis agora encarando os castanhos de Yuuri.

Yuuri riu breve e inclinou a cabeça para um novo selinho. “É você quem sempre quer ficar com o lado da parede.”

Victor fez um bico e Yuuri sorriu, voltando a beijá-lo. E então, “Ahh!” Yuuri partiu o beijo em meio ao novo susto. “Vic- Victor, para!” Suas risadas ecoavam pelo quarto. “Para!” Yuuri tentou segurar as mãos de Victor contra o colchão e, quando finalmente conseguiu, tinha cada uma de suas pernas de um lado do corpo do outro, a fim de imobilizá-lo por completo. Eles sorriram, a luz fraca, mas mais clara, permitindo ver o brilho no olhar um do outro. O beijo que veio era lento e Victor aproveitou para mordiscar o lábio de Yuuri, as mãos agora livres e o toque de Yuuri em seus cabelos, acariciando-os gentilmente.

Ele poderia parar, mas era muito tentador... E da sensação gélida que a parede oferecia, Victor deslizou as mãos – ainda que apenas uma estivesse fria – para debaixo da boxer de Yuuri, sentindo-o sorrir entre o beijo.

“Você está congelando minha bunda.” Ele disse contra seus lábios. “V-Victor, está frio!” Yuuri se moveu a fim de puxar mais do edredom para cima dos ombros e Victor apertou suas nádegas, sem força, antes de livrá-las do toque. “Está frio.” Yuuri repetiu.

“Frio, frio.” Victor disse. “Solnishko moy.” E não importava quantas vezes ele o chamasse daquela forma, Yuuri sempre sentiria o mesmo calor sob as bochechas. My little sun, era o que significava na língua que os dois tinham em comum. “Ya lyublyu tebya.”

E aquele era outro significado que Yuuri conhecia muito bem.

So much, Yuuri.” Victor completou, em inglês, abraçando Yuuri apertado contra o próprio corpo.

E Yuuri quase não podia sentir mais o frio que fazia fora das cobertas e do abraço de Victor, mesmo quando ele descansou uma das mãos em seu rosto, acariciando-o com ternura e cuidado, como se Yuuri pudesse quebrar. O toque era gentil e quente e Yuuri fechou os olhos, a fim de memorizar os instantes antes de se ocupar em distribuir beijos pela palma da mão de Victor, então o pulso, rapidamente passando pelo braço, pescoço, maxilar, bochecha – e Victor ria e sorria –, testa, nariz, e finalmente os lábios.

Ao partirem o beijo, Yuuri descansou o queixo sobre os braços novamente cruzados no peito de Victor. “Onde está Makkachin?”

Ambos ergueram a cabeça à procura do cachorro, mas não o encontraram pelo quarto agora um pouco mais iluminado.

“Mari?” Victor perguntou.

“Uhum.” Yuuri voltou a cabeça à posição anterior. “Ele deve ter ido dormir com a Mari.”

E então fez-se um silêncio confortável. O ritmo das batidas do coração de Victor ecoavam sob as palmas de suas mãos enquanto recebia um carinho gostoso na nuca. Ele, Victor e Makka estavam de visita em Hasetsu há cerca de duas semanas. Não estavam se aguentando de saudade da cidade, das termas, da praia, das feiras e pessoas, mais especificamente da família e amigos. Era diferente voltar para Hasetsu agora, dividir a cama pequena todas as noites, ver como Victor e Makkachin eram, indiscutivelmente, parte de sua família.

Quando Yuuri voltou a encarar Victor, um sorriso passou pelos lábios dos dois antes de trocarem mais um beijo.

E Yuuri sentiu um vazio pesar no estômago. “Hm, estou com fome.”

“Não seria nada mau comer algo. Huh?”

Yuuri deitou a cabeça em seu peito e a balançou em sinal de sim. “Mas está frio e está tão gostoso aqui.” A frase terminou afetada pelo bocejo que veio junto com sua voz e Victor o seguiu involuntariamente, bocejando ao descansar as mãos em suas costas, deslizando-as pela pele nua. Yuuri roçou a ponta do nariz sob o queixo dele.

Sorrindo, Victor disse: “Estou feliz que tenha dito isso.” Então ele se remexeu todo, fazendo com que Yuuri rolasse de cima de seu corpo para o colchão e, assim, Victor aproveitou para abraçá-lo e esconder o rosto em seu peito, espalhando beijos aqui e ali.

Yuuri riu breve e afundou os dedos nos cabelos de Victor quando ele parou, a respiração lenta e audível colidia em sua pele. Oferecendo um cafuné aos cabelos prateados, Yuuri bocejou novamente. Sua fome poderia esperar mais alguns minutos de sono, ele tinha certeza.


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