Xanadu escrita por magalud


Capítulo 15
Capítulo 15




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/7398/chapter/15

 

Capítulo 15 - Milagre de arte rara


O menino de Harry nasceu, saudável e forte. Era a coisa mais lindinha, rosadinha, de olhos claros e cabelo preto. Severus não se lembrava muito de Draco quando bebê, mas parecia que os traços fisionômicos do pequeno favoreciam o lado Malfoy. Sirius jurava que ele parecia consigo mesmo quando criança - e não importava que ele fosse apenas um primo distante.


Os meses passaram-se rapidamente, como tende a acontecer quando as tarefas se acumulam. Damien era o centro das atenções dos quatro. O garoto adorava os tios e Snuffles, que de vez em quando vinha visitá-lo. Quando ele completou dois anos com um vocabulário invejável, Sirius quase tinha esquecido que um de seus pais era um Malfoy. Ajudava o fato de que Draco agora era Draco Potter. Também ajudava ele ver Harry feliz como nunca antes.


Em Xanadu, Severus se mantinha ocupado pesquisando ingredientes locais para poções. Com a ajuda de Draco, ele trocava poções por mantimentos numa aldeia bruxa ali perto. Severus ainda não sabia direito onde estava, mas isso não importava. A vida era boa, e Sirius estava sempre por perto.


Com o tempo, Severus notou que Sirius não falava tanto em Remus. Foi se tornando também mais carinhoso. Mas não que houvesse romance. Eles pareciam mais dois companheiros de dormitório que trepavam juntos. É bem verdade que trepavam feito dois coelhos, de um jeito intenso, mas impessoal.


Era o melhor sexo que Severus já tivera na vida. Ele mal se lembrava do tempo em que sexo era igual a dor, humilhação e tortura.


Sirius vinha há tempos pedindo que Severus tomasse as rédeas na cama e aceitasse o papel mais ativo. Severus foi aos poucos. Na verdade, ele queria muito experimentar uma posição que nunca fizera, mas mais do que isso, queria finalmente ver o rosto de Sirius em êxtase. Por isso, ele se esforçou para fazer aquilo o mais excitante possível.


Foram dias de preparação. Sirius estava subindo pelas paredes.


- Se você não quer, é só dizer!


- Não precisa se alterar. Eu só quero preparar tudo de maneira satisfatória.


Pelado, com uma ereção farta e ávida, Sirius se sentou na cama, impaciente:


- Acha que não gostaria de uma satisfação? De preferência, uma rápida e duradoura!


- Lá vem você com suas incoerências. Mas é bom que uma coisa fique bem clara. - Severus se virou para ele, os olhos pretos parecendo carvões em brasa. - Se você está me dando controle, eu exercerei esse controle. Não admitirei questionamentos ou resistência.


Sirius arregalou os olhos:


- O que você vai fazer?


O risinho foi mais do que sarcástico; foi enigmático:


- Você gostaria de saber, não? Não se preocupe: não vai ter nenhum dano permanente.


- Severus!


Tarde demais. Ele já se atirara em cima de Sirius, disposto a realmente assumir o papel de ativo. Portanto, a primeira coisa que ele atacou foram os lábios convidativos e proibidos. Eles nunca tinham se beijado.


Severus não agüentava mais de vontade. Ele devorou Sirius, não largando aqueles lábios, explorando toda aquela boca enquanto puxava o outro bruxo para junto de seu corpo, ajeitando-se junto dele.


Sirius nada disse, até porque Severus tinha simplesmente tomado conta de sua boca, e os pensamentos rapidamente lhe fugiam. Nunca tinha imaginado que Severus podia ser tão incisivo, tão quente, tão decidido.


Os lábios talentosos escorregaram para o pescoço de Sirius, detendo-se com determinação na junção entre pescoço e ombro, subindo para a orelha, descendo para o ombro, percorrendo-o até a nuca. Sirius não sabia se tinha derretido ou se estava totalmente aceso.


Após certificar-se de que os últimos vestígios de pensamento racional tinham deixado seu parceiro, Severus acariciou o peito e fixou seus lábios no mamilo direito, chupando, lambendo e mordiscando. Depois, mordeu com força o biquinho, e Sirius sibilou, entre dor e prazer, pois a língua lavou sensualmente a área dolorida, enquanto os dedos elegantes puxavam o outro biquinho, já duro e ereto como outras partes da anatomia de Sirius.


O animago se espalhou na cama, dando a Severus amplo campo de ação. Ele distribuiu beijos, lambidas e mordidinhas pelo abdômen, até finalmente usar a língua na ereção e deixar Sirius mais do que pronto. De repente, ele parou e encarou os olhos cinza que mal conseguiam focalizar nele.


- Que... foi? - foi o que Sirius conseguiu indagar.


- Tem certeza?


- Por Merlin, sim... Sim, por favor...


Severus usou um Accio para buscar o lubrificante enquanto mantinha os beijos na parte interna das coxas do animago, que suspirava. Ele lambuzou perto da entrada de Sirius uma, depois duas vezes. Sirius estremeceu de expectativa, e Severus finalmente introduziu um dedo lubrificado na abertura, enquanto abocanhava a ereção, que parecia ter crescido.


Sirius gemeu alto, por vários minutos, enquanto Severus lambuzava mais dedos e introduzia mais dedos. Ele estava tão apertado, tão convidativo... Severus também mal se agüentava, enquanto preparava o amante.


- Por favor... Mais! - Sirius estava quase gritando. - Eu quero... Eu preciso...


- Diga, Sirius... - A voz sedosa de Severus estava ainda mais baixa, mais sedutora. - O que você quer?


Perdido em prazer, Sirius sentiu mais um dedo entrando e gritou:


- Você...! Por favor...! Quero você!


Severus pegou os tornozelos de Sirius e ergueu-os até seus ombros, enquanto posicionou sua própria ereção, grossa e pingando, na abertura. Severus apreciou a vista: Sirius estava esparramado na cama, a cabeça para trás, o cabelo negro espalhado pelos lençóis, o peito arfando de desejo, o corpo todo coberto por uma camada de suor, escancarado, selvagem, exposto de tal maneira que Severus não poderia deixar de sentir uma resposta em seu membro.


- Olhe para mim, Sirius - exigiu, na sua voz de professor. - Olhe!


Os olhos de Sirius se abriram de supetão, encontrando-se com os dois carvões em brasa. Severus simplesmente afundou no buraco apertadinho e quente, e decretou:


- Eu tenho você.


- Oh, Merlin, você tem mesmo...


Severus ajeitou-se todinho dentro de Sirius, observando a reação do animago. Quando Severus finalmente começou a se movimentar, demorou um pouco a achar o ângulo certo. Mas achou. Sirius uivou, e Severus impiedosamente estocou-lhe ali, com precisão e ritmo intenso.


Em pouco tempo, tudo tinha terminado. Sirius, completamente fora de si, percebeu que tinha que rever vários conceitos.


O primeiro dele era deixar Severus conduzir mais vezes.



o0o o0o o0o o0o o0o o0o


Sirius Black reviu muitos conceitos ao longo de muitos meses. Draco ainda o surpreendia e fizera isso de novo quando engravidou, alegando que queria experimentar o tipo de conexão que Harry tinha com Damien. Sirius adorou a notícia, e adoraria ainda mais quando viu nos seus braços a coisinha rosinha, careca, de olhos esverdeados, encarando-o. Mas isso só aconteceu bem mais tarde. Antes disso, ele tinha outros conceitos a rever.


Outro conceito a ser revisto era Severus. Desde o primeiro dia que Severus tomara o controle, Sirius tinha sido obrigado a admitir que algo mudara. Em primeiro lugar, eles faziam amor. Não era mais sexo impessoal. Droga, agora ele fazia amor com Severus, ele não fazia mais sexo com um corpo quente imaginando ser Remus.


E há quanto tempo ele não confundia Severus com Remus? Não havia o que confundir. Eles não se comparavam, não eram equivalentes. Finalmente, Remus tinha deixado de ser um fantasma. Severus era presente, e Remus podia estar para sempre na sua vida, mas era Severus quem o beijava. Oh, Merlin, e como ele beijava.


Só que Severus não sabia disso.


Severus não tinha esperanças de ser retribuído, mas tinha decidido se entregar a Sirius, totalmente. Isso o deixava feliz, e sabia que, mesmo pensando em Remus, era ele, Severus, quem dava prazer àquele homem. E, droga, ele amava Sirius.


Naquela noite, Severus começou usando os lábios e dentes no pescoço de Sirius, e foi descendo no corpo firme de seu amante. Severus seguiu uma trilha sinuosa pelo peito, abdômen, umbigo, monte pubiano, até deter-se na pontinha do pênis ereto de Sirius, lambendo gulosamente todo o líquido que vazava da aberturinha. O animago se contorceu, excitado:


- Por favor, por favor... Severus... Faça amor comigo...


Severus quase teve um troço. Nunca antes Sirius tinha mencionado seu nome. Nunca antes tinha pedido diretamente.


Habilmente, Severus continuou a sucção e esticou-se para pegar o lubrificante. Ele sempre fazia questão de preparar Sirius completamente, e o outro geralmente protestava pela demora. Ele cobriu seus dedos com a substância oleosa, e então pôs dois deles de uma vez só em Sirius. O animago uivou, e Severus então lambeu-lhe atrás das bolas, uma área extremamente sensível.


- Porra, Severus. Agora! - Sirius meio suspirou, meio xingou. - Vem logo!


Severus rapidamente lambuzou sua própria ereção e afundou-se no corpo do parceiro. Não pôde evitar maravilhar-se. Ele sentia algo dentro dele derreter-se toda vez que se unia a Sirius.


Infelizmente, não demorou muito. Ele se mexeu rapidamente, do jeito que ele sabia que Sirius gostava, e sorriu ao ouvir os gemidos, suspiros e gritos do outro. Ele amava Sirius, mas amava ouvi-lo demonstrar como ele se sentiam quando faziam amor.


Em breve, porém, Sirius ficou todo tenso e gritou seu nome, despejando o líquido perolado na mão de Severus. Em poucos segundos, Severus também gritou seu nome, desabando sobre seu corpo.


Com dificuldade, Sirius se virou e beijou-o apaixonadamente, mesmo que eles nem tivesse fôlego direito para aquilo.


- Eu amo você, Severus... - Sirius encarou seus olhos, o rosto de Severus entre suas mãos. - Desculpe, mas eu amo.


- Seu tolo. Não sabe que eu já o amo há muito tempo?


Eles se beijaram, e se acariciaram, amantes plenos finalmente. Abraçados, deixaram-se levar pelo sono, sem imaginar o que estava para acontecer.


Sem imaginar que Lord Voldemort mandava lembranças, tão certo como o sol traria seus primeiros raios na manhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Xanadu" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.