Better Hide, Better Run escrita por Asiral


Capítulo 1
Better Hide, Better Run


Notas iniciais do capítulo

Hallo! ~
Comecei a trazer algumas das minhas fics para cá, esta em especial é uma pequena homenagem ao personagem Striker ♥

Espero que gostem c:



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/739268/chapter/1

Estava em pé em um dos telhados das inúmeras casas daquele território sujo e nostálgico, com os braços abertos, conseguia sentir o sol do entardecer aquecer sua pele amorenada, marcada com cicatrizes e tatuagens tribais. Sentia a gentil brisa acariciar seus curtos e claros cabelos prateados, enquanto aliviava a ardência do calor e se infiltrava por dentro de suas roupas ligeiramente rasgadas. Se sentia fantástico.

Fechou os incríveis olhos azuis. Decidindo que precisava aproveitar e desfrutar daquele momento e daquela sensação maravilhosa. O êxtase, a adrenalina e o prazer se misturavam, borbulhantes dentro de seu musculoso corpo. Se sentia extraordinário.

Enfeitadas com pequenos e prateados piercings, suas orelhas escutavam o mundo gritar. Ouvia as berrantes buzinas dos veículos, os profundos e não ritmados ruídos das armas de fogo disparando e as histéricas vozes femininas pedirem por clemência, enquanto as assustadas vozes masculinas tentavam desesperadamente chamar ajuda. Se sentia eletrizante.

Respirou fundo, a fim de saborear o pesado ar carregado de poluição, fumaça e o nostálgico e sutil cheiro ferroso de sangue. Uma mistura de odores que o faziam relembrar de sua infância, da sua maior diversão. Deixando seus lábios arquearem em um satisfatório e leve sorriso. Se sentia excepcional.

Ah... Que saudades eu tinha disso...” Anunciava a grave voz dele, embebida de tanta satisfação, porém gananciosamente desejando ter mais.

Lentamente, deixou que os braços relaxassem, porém sem que soltassem o que suas mãos estavam segurando com tanta firmeza. Na direita, repousava metade de sua arma. Um bastão curto. Um tipo de cassetete normalmente usado pelos policiais para – assim como ele – impor sua superioridade. Castigando os rebeldes e os insolentes. Matando aqueles que não deviam ter nascido. Sendo o amargo e poderoso remédio para aquela doença genética.

O par de seu bastão negro havia se perdido por aí. Talvez largado em meio aos destroços causados pelas insanas batalhas até então travadas por ele. Ou talvez, estivesse sido enterrado no crânio de algum infeliz qualquer. Mínimos detalhes que ele não iria se dar ao trabalho de lembrar. Afinal o resultado era provavelmente o mesmo. Alguém havia sido assassinado e ele estava vivo.

Na mão esquerda, os longos e ásperos dedos dele estavam enroscados em oleosos e imundos cabelos negros, carregando a pálida cabeça de sua última vítima. Mesmo firme o crânio balançava, não se importando em impedir que o sangue escorresse e pingasse contra o telhado, misturando os dois diferentes tons de rubro enquanto ele distraía-se, ainda desfrutando daquela mistura de sensações. Não demorou muito para que soltasse a inanimada cabeça contra as telhas vermelhas, permitindo que o crânio rolasse livremente. Já havia perdido o interesse no, agora, morto.

Voltou a abrir os olhos cor de safira, quis admirar a caótica e bela paisagem. Observava o tumulto, o horror, a destruição, o medo. E alargando seu sorriso, mostrando os risonhos e brancos dentes. Revelou-se um brilho predatório e sanguinário. Sedento por mais diversão. Faminto por uma nova vítima.

Eram tantas opções, que escolher a próxima seria simplesmente difícil. Cada uma com um potencial diferente. E umedecendo os levemente secos lábios com a língua ornada por mais um piercing prateado, ele decidiu que iria simplesmente atacar aqueles que tivesse o azar de estar perto dele. Assumiu que seria divertido caçar e destruir todos os seus inimigos, um por um.

Ouviu o celular tocar, vibrando no bolso de sua bermuda clara. Levou o aparelho até o lado esquerdo do rosto dizendo um entediado “O quê?” E sorriu ainda mais ao ouvir a voz de sua companheira perguntar “Oh, Striker! Por acaso estás ocupado?” e de um jeito relaxado respondeu para a moça “Huh? Nah. Eu só estou matando tempo.” Brincou, logo perguntando sobre o real motivo por estar naquele local nojento e nostálgico.

Ele a ouviu soltar um pequeno riso, deixando seu sorriso sádico aumentar a cada palavra pronunciada pela voz dela, explicando que seu “alvo” poderia estar vivendo em um bairro próximo, porém ainda não tinha completa certeza das informações que havia recolhido.

Não se preocupe, Beretta. Eu ainda não posso me encontrar com ele mesmo.” Comentava a voz dele, enquanto Striker descia do telhado, ainda mantendo um divertido sorriso no rosto “Afinal, eu ainda tenho umas coisinhas que quero fazer.” Explicou rapidamente, desligando o celular após ouvir a mulher se despedir e dizer que em breve deveria se juntar à ele.

Com passos lentos, Striker caminhava pela rua girando o cassetete em sua mão direita. Mesmo que tivesse um alvo principal, não iria deixar de se divertir enquanto brincava de esconde-esconde com seu rival. Afinal ele estava de volta e queria que todos soubessem disso. “Ainda tenho muito tempo para matar.” Falou para si mesmo, sentido novamente a adrenalina borbulhar em seu peito.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam?
Espero que tenham gostado ♥
Todo e qualquer comentário é mais do que bem vindo ♥

Beijos e até mais ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Better Hide, Better Run" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.