As Aventuras de uma Ruiva - 1° Temporada escrita por Anninha


Capítulo 14
Cap 14- Trahentium Magicis


Notas iniciais do capítulo

Hey!



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—Porra, ta dando certo!- exclamou Fred rindo, observando a poeira formar um rastro a sua frente.Três semanas havia se passado desde que Helena foi sequestrada.Muita coisa havia mudado desde então.

O castelo estava sempre silencioso, melancólico e triste.Os gêmeos haviam parado definitivamente com suas brincadeiras.Os alunos quase não os viam pelo castelo também, eles estavam sempre sumidos e raramente iam as aulas.Os alunos também sofriam nas aulas de Transfiguração e Poção, pois os professores pareciam mais irritados e mais frios que o normal depois do dia 13, e davam vários centímetros de lição de casa todos os dias.

Grifinória perdeu muito pontos nessas três infelizes semanas.Hermione, apesar de frequentar as aulas, não era mais aquela menina participativa de todas as aulas.Ela não ligava tanto para as aulas quanto os professores queriam que fizesse.Ela sempre estava no mundo da lua ou trancada em seu quarto.Não se alimentava direito e não suportava ficar perto dos amigos mais.

Harry se distanciou de todos, com exceção de Rony.O moreno não fazia questão de falar com ninguém, nem de comer e nem de ir as aulas.Rony lhe trazia comida todos os dias, mas o prato nem se mexia do lugar e a comida mal era tocada.

Rony precisou se manter forte pelos amigos.Eles os incentivava a fazer algo para pararem de pensar na ruiva, mas só recebia patada dos amigos.Ele tentou não ligar para isso, sabia que a cabeça dos dois amigos estavam destruídas.

Neville, Luna e Gina tiveram muitos problemas com os Sonserinos.Os três foram afetados pelo sumiço da menina, é claro, mas a raiva deles era maior que a tristeza e todos os dias pegavam detenção por azarar aqueles que ofendiam seus amigos.

Vitor, Fleur, Cedrico, Matt e os outros meninos de Durmstrang não pararam por um minuto de pesquisar em tudo quanto é lugar pela vida dos Wyler.Eles encontraram muitas propriedades e possíveis locais que iriam com Helena, repassando tudo a Dumbledore depois.Giseli foi a mais afetada.

A loira, que adquiriu uma amizade muito forte com a ruiva, entrou em depressão.Ela não falava, não bebia, não ia as aulas, não fazia nada, tendo que ficar na Ala Hospitalar tomado soro, com risco de desidratação e esgotamento mágico completo.

Dumbledore não esteve muito presente nas ultimas semanas.Ele constantemente saia em missão com aurores para a procurar a ruiva.Era certo que os Wyler eram uma família sangue-pura de ricos bem antiga, tendo milhões de propriedades espalhadas pelo mundo.As bucas seriam difícil.

Os gêmeos realmente ficaram de luto por 3 três dias.Mas apenas três.O pensamento de que a ruiva sofria na mão daqueles monstros, os motivou a arranjar um meio de achar a ruiva.E eles foram atrás de livros para isso.

Ao lerem alguns livros sobre magia, concluíram que todos os bruxos possuíam rastros mágicos.A magia deles era contínua e deixava rastros por onde passará e os gêmeos tiveram a ideia de que, se pudessem ver esse rastro, encontrariam Helena onde quer que estivesse.

Durante as noites, tiveram que ir a busca dos ingredientes que precisavam.Eles sofreram riscos e enfrentaram o perigo, tudo para conseguir o necessário.Eles pegavam bastante, pois precisavam fazer testes.Nada era certo, infelizmente.

Passaram duas longas semanas fazendo testes, até que finalmente a poção Trahentium Magicis estava pronta e livre para uso.Os gêmeos a testaram colocando os ingredientes e um pertence de seu irmão Rony.Eles mexeram a poção por 20 minutos em sentido anti-horário e esperaram.

Aos olhos deles, um rastro de areia brilhante saiu da poção e escorreu para fora da Sala Precisa, tomando um caminho próprio.Os dois saíram correndo da Sala Precisa e seguiram o rastro de areia brilhante.Ele seguiu para a torre da Grifinória e os gêmeos deram a senha a Mulher Gorda animados.

Os ruivos entraram correndo, esbarrando em quem estivesse em sua frente e correram para a Ala dos meninos.Subiram as escadas de dois em dois degraus e irromperam o quarto dos meninos do quarto ano adentro.Rony gritou, tomando um susto, enquanto trocava a camisa para dormir.

—O que diabos vocês estão fazendo aqui?- gritou Rony bravo, jogando o tênis nos dois irmãos.

—Funcionou.- Jorge olhou para Fred, gargalhando animadamente.Os dois se abraçaram, comemorando mais um sucesso entre eles.

—O que funcionou?- perguntou Harry rouco, falando pela primeira vez em semanas.Ele observava os dois amigos ruivos rindo animados.

—Ah Harryzitos, está pronto para reencontrar sua irmã?- Fred falou animado, com os braços nos ombros de Jorge.Rony e Harry arregalaram os olhos.

—Como assim?- perguntaram juntos, o rosto surpreso.

—Jorge, leva eles até a sala do Dumbledore.Caguei que ele está em reunião.Vou pegar a tia Mimi.- falou Fred sério e depois de Jorge assentir, ele correu até a Sala Precisa e agarrou o caldeirão da poção.Calmamente, andou até a sala da professora Minerva e bateu na porta até a mulher atender com o rosto cheio de fúria.

—O que foi?- falou brava, encarando o aluno a sua frente.Ela percebeu que o brilho maroto estava de volta no rosto do Weasley.

—Eu e Jorge achamos um jeito de trazer minha irmã de volta para casa.- falou Fred ansioso, o caldeirão em sua mão borbulhando.A senhora arregalou os olhos, tanto pela determinação do menino, quanto pela "minha irmã".Minerva sentiu seu peito se aquecer, sabia que aqueles dois meninos consideravam Helena como a irmã deles.-Se você quer saber como, rasgue seu dedo e jogue um pouco de sangue aqui dentro.- falou apressadamente.A mulher não hesitou.Fez um pequeno corte no dedo e jogou duas gotas de sangue dentro do caldeirão.

O rastro mágico de Rony apareceu para a mulher, a fazendo ofegar surpresa.

—Isso é o rastro mágico do Rony.Se o seguirmos, o acharemos dentro da sala de Dumbledore.- falou Fred excitado, para a mulher que ainda estava surpresa.

—Você e o Sr Weasley merecem 100 pontos cada.- falou a mulher antes de sair andando, seguindo o rastro mágico.

Quando os dois chegaram na sala de Dumbledore, viram Jorge discutindo furiosamente com um auror.

—Alvo, é tudo verdade.- a mulher falou ao entrar, nem ligando para a sala lotada de aurores e o próprio Ministro da Magia.Todos a fitaram e depois fitaram Fred, que sorria maroto.

—Nos falamos, mas queremos um juramento.Não podemos deixar algo como isso chegar em mãos erradas.-falou Jorge calmamente, indo para o lado do irmão gêmeo.

—Ele está certo.- falou Dumbledore seriamente, sua voz alta e potente.

—Tudo bem, faço qualquer coisa para achar Lena.- falou Tonks saindo de meio dos aurores, as mangas de suas vestes dobradas para cima.Fred e Jorge sorriram.

—Criamos esse feitiço também, para marcar quem é um dos nossos e quem fala a verdade.Se a marca pegar fogo, a pessoa está mentindo em relação a sua lealdade.- falou Fred tirando a varinha bolso.-Quer dizer, foi Lena que criou esse feitiço.E todos do ciclo dela tem.-falou novamente e ele, Jorge, Rony e Harry levantaram as mangas até o ombro.Tinha uma marca nos ombros esquerdos dele.Eram letras umas sobre as outras.

—Por exemplo, W é de Weasley.P é de Potter, G é de Granger, L é de Lovegood, Lupin e Longbottom, M é de Matheson, Ministério da Magia e McGonagall, K é de Krum, D de Durmstrang, Dumbledore, Delacour e Diggory, B de Beauxbatons e Black, H de Hogwarts e S de Sower e Snape.- falou Rony inteligentemente, apontando para cada letra em seu braço.-Essas são famílias e locais que juramos lealdade, apesar de todas as nossas diferenças.- falou o ruivo sorrindo fracamente, pensando em como a amiga era brilhante.

—Isso é brilhante.- falou Christopher Black tocando a marca no ombro de Harry, o mais perto dele.-A ruivinha é mais esperta e talentosa do que pensei.- falou sorrindo um pouco, lembrando-se do dia que conheceu a menina.

—Você a conheceu?- perguntou Jorge curioso, abaixando a manga.

—No Ministério, antes de....- ele parou de falar, ao ver que os meninos entenderam e abaixaram a cabeça.-Bem, minha lealdade estará junto com a Foguinho.E se ela é leal a vocês, serei leal junto!- falou Christopher seriamente, subindo a manga curta até o ombro.Alguns aurores fizeram o mesmo, assim como McGonagall, Tonks, Dumbledore, Remo Lupin e Snape.

Os quatro meninos marcaram aqueles que o quiseram.Nenhuma marca pegou fogo, para o alivio de todos.

—A ruiva também deu a ideia de colocar uma aura junto com a marca.Em batalha é útil, pois ela se mostra para os do seu lado.- falou Harry guardando a varinha.Os aurores murmuraram, um tanto indignados com a ruiva.

—Bem, não vou falar os ingredientes a ninguém, apenas eu e meu irmão sabemos e assim continuará.- falou Jorge assumindo um tom sério.

—Rony, se esconde em algum lugar do castelo.Harry, vai com ele.- falou Fred calmamente.O moreno e o outro ruivo, obedeceram, mas reclamaram por não fazerem parte da reunião.-Bem, todos aqueles que tem a marca, coloquem uma gota de sangue dentro do caldeirão.- pediu o ruivo.Os que tem a marca fizeram uma fila, e assim foram jogando uma gota de sangue dentro do caldeirão.

Todos eles surpresos, viram o rastro se formar aos seus olhos.Os murmúrios foram muitos, todos eles impressionados e curiosos.E Remo tomou iniciativa, saindo da sala e seguindo o rastro.Os outros o imitaram e o rastro seguiu para o jardim, atrás de um arbusto.

—Mas isso é genial!- falou Tonks de olhos arregalados, vendo Rony sair de trás do arbusto com Harry ao seu lado.Eles estavam conversando baixinho, para ninguém escuta-los.-Vocês dois são geniais!- falou a auror impressionada.

—O desespero nos moveu.- falou Jorge sombrio.-Pensar em Lena sofrendo sozinha, não é gostoso.

—Tínhamos que tomar uma atitude.- falou Fred, tão sombrio quanto o irmão.-Agora vão, vocês precisam salvar nossa irmãzinha.- falou o ruivo, pegando uma escova de dentes de dentro da capa.Ele jogou no caldeirão e a poção derreteu o objeto.Um novo rastro se fez aos olhos daqueles que colocaram o sangue no caldeirão.Ele se estendia para fora do castelo, das terras, da vila Hogsmead, da Floresta Proibida.

Os responsáveis que iriam sair em missão conjuraram seus meios de transporte e seguiram para o resgate da pequena ruiva.

—Vamos entrar rapazes, a noite será longa.- falou Fred entrando de volta no castelo.

    HPHPHPHPHPHP

A viagem durou horas.O rastro se estendia bem ao longe mesmo, ultrapassando toda a Escócia e a Inglaterra.Todos já estavam começando a ficar cansados e com fome, quando enfim se depararam com o local que a ruiva era mantida aprisionada.

Era uma casa velha, no meio da Floresta Amazônia.Dumbledore pensou que os Wyler eram espertos.Esconder a ruiva em um local como esse, ninguém desconfiaria.

—Pessoal, vamos pousar mais longe da casa.- Comandou Lupin, que era quase um líder ali.Todos acataram sua ordem e pousaram 20 metros longe da casa, Todos atrás das enormes árvores.

—Muito bem.- pigarreou Dumbledore, chamando a atenção de todos.-Entraremos todos ao mesmo tempo, de modo silencioso.Black, Lupin, Tonks, McGonagall, Snape, Matheson e Sower vem comigo pela parte de trás.O resto pela frente.- ele separou os grupos, calmamente e todos aceitaram, se juntando ao seus respectivos membros de grupo.

Os grupos avançaram calmamente, prestando atenção em todos os barulhos e detalhes ao redor da casa.O grupo de Dumbleodore deu a volta na casa e entraram pela porta de trás, depois de explodi-lá.Luzes voaram de todas as direções.A casa não estava tão sozinha quanto pensaram.

Orion Jr lançava uma maldição atrás da outra, tomando cuidado para não acertar seus aliados.Deixou um bruxo do outro lado desacordado e subiu as escadas da casa, seguindo o rastro da pequena ruiva.O rastro atravessou uma porta fechada e o Black lançou alguns feitiços nela, checando se não havia armadilhas.Abriu a porta com um chute e adentrou o recinto.

Era um quarto, que cheirava a sangue, mofo e bicho morto.Não havia iluminação e nem higiene.O homem rosnou, seu rosto ficando sombrio e irritado.

Lumus!- exclamou e da ponta de sua varinha saiu uma luz brilhante, iluminando o quarto.Ele fitou a parede, onde um corpo estava deitado e enrolado.Sua aparência era suja, as roupas estavam rasgadas e havia uma poça de sangue envolta do corpo inerte no chão.-Foguinho.- sussurrou o homem, caminhando até a menina.Ele se agachou ao seu lado e a virou para ele.

Helena estava de olhos fechados, a respiração fraca.Seu rosto estava coberto de hematomas e cortes.Seu cabelo sempre limpo e brilhante, estava sujo e todo embolado.A roupa que usava, o vestido, estava todo rasgado e mostrava as partes íntimas da ruiva.

—Ah querida, o que fizeram com você?- sussurrou com pena, a pegando no colo com carinho.Ele não se importou com o sangue, apenas a pegou no colo.

—Orion, ela está viva?- perguntou Tonks quarto a dentro.Havia um corte feio em seu braço, mas a mulher não ligava.

—Sim.E os Wyler?- perguntou saindo do quarto com a ruiva no colo, olhando para Tonks rapidamente.

—Eu os matei.- falou sem hesitar, o rosto sem emoção.Orion apenas assentiu e desceu as escadas com cuidado.Snape, McGonagall e Dumbledore se apressaram até o homem assim que o viram com a ruiva no colo.Snape a avaliou em alguns minutos.

—Ela precisa de sangue.Muito sangue.- falou Snape seriamente, o rosto livre de emoções.

—Orion, aparate em Hogwarts.Vou mandar um patrono a Papoula.- Dumbledore mandou, agitando sua varinha e mandando um patrono a Madame Ponfrey, ao mesmo tempo que desativava o feitiço anti aparatação de Hogwarts.

Orion rumou para fora da grande casa e aparatou em Hogwarts, com a ruiva fraca em seu colo.Ele apareceu bem no jardim, que estava cheio.Era hora do almoço, e os alunos aproveitavam o tempo aberto do inicio de Janeiro.

Alguns gritaram pelo susto que tomaram, mas logo viram a ruiva em seu colo e seguiram o homem para dentro do castelo.Ele gritava pedindo licença e não se importava em empurrar os alunos em seu caminho.Até que Hermione, que passava por ali, avistou a ruiva e gritou.

—SAIAM DA FRENTE OU VOCÊS VÃO PASSAR UMA SEMANA NA ALA HOSPITALAR!- a morena berrou brava, com a varinha em mãos.Os alunos abriram o corredor para Orion passar, com medo que a menina os azarasse.Os dois correram para a Ala Hospitalar e Hermione não hesitou em chamar pela Madame Ponfrey, que já estava de prontidão em uma das camas, com poções a sua volta.

—A deite aqui.- pediu apressada, jogando os lençóis da cama no chão.Orion o fez e se afastou.-Saiam, os dois!- mandou brava, fechando as cortinas em volta da cama.Hermione e Orion saíram e a mulher continuou seu trabalho.Ela ligou duas poções de reposição de sangue a menina e tirou a roupa dela, controlando o choro ao ver mais hematomas e cortes pelo resto do corpo dela.Além da desnutrição da menina.

Sua cintura estava marcada com os cinco dedos de uma mão grande, e sangue escorria pela suas pernas.Seus pulsos estavam cortados e eram cortes fundos, sinal que ela havia sido amarrada.Muito dos cortes foram feitos com facas, já outros, com magia.Ela apresentava sinais de estuporarão e da maldição cruciatus.

Com todos os cortes limpos e fechados, Madame Ponfrey limpou o corpo da menina e colocou uma das camisolas da Ala Hospitalar nela.E foi fazer um segundo exame.Um psicológico.

Entrou na mente da menina a partir de Legilimens, procurando algum dano em sua mente.Encontrou tudo nebuloso e a mulher ofegou.Todas as memórias da menina foram apagadas, não sobrou nenhuma!Infelizmente, a situação se tornou mais séria do que pensava que era.


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Notas finais do capítulo

Pronto!Altas emoções esse cap em!
Espero que tenham gostadooo!!

Cap 15- A volta da ruiva obliviada.



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