O Outro Lado do Espelho escrita por Machene


Capítulo 11
Intervenção Familiar




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Cap. 11

Intervenção Familiar

 

“Melissa – Oi gente. O lugar que veem é a sala da minha casa e da Diva. No caso, uma delas. Pelo menos a do Brasil. Enfim!...” – o grupo ri de leve com as gesticulações dela – “Eu lamento o que houve; nós lamentamos. Diva deve ter contado que agora não estamos num bom clima com nossos familiares... Talvez a gente demore a conquistar a confiança deles de novo, por isso este é um adeus inevitável, mas nós gostamos muito de conhecer vocês e esperamos que o incidente com a Lauana, naquela ilha infestada de animais selvagens, não tenha estragado a nossa possível amizade, eu acho.”.

“Diva – Pois é. Apesar de passarmos muito do nosso tempo no Rio de Janeiro nos escondendo de uma cientista vingativa, e com uns parafusos a menos,” – ela e as amigas riem de leve – “nosso real objetivo era participar do campeonato mundial, para provar que podemos nos virar sem ajuda. Já que não deu certo, nós esperamos que vocês vejam nosso último show, assim como as outras equipes, pra nos despedirmos gloriosamente.”.

“Keilhany – Não conseguimos mandar uma mensagem de agradecimento a todos, mas, se puderem, digam aos outros times que estamos gratas por terem nos apoiado em todas as circunstâncias, mesmo quando não eram obrigados. Terão em nós amigas, e até confidentes, pelo tempo que a vida permitir. E contem conosco se precisarem de algo.”.

“Kailane – Não precisam ficar tristes por nós. Sabíamos dos riscos de infringir as regras dos líderes da grande família Beyfly, e a Hana também. Ainda assim, aceitamos que seria melhor tentar ao invés de desistir logo. Nossos primeiros amigos ainda farão parte da Beyfly; graças à ligação dos nossos familiares. Isso torna as coisas muito mais formais e insensíveis, já que essa desconfiança nos faz parecer tudo, menos uma grande família feliz. Mesmo assim, queremos que saibam: sempre estaremos com vocês. Para o campeonato, desejamos boa sorte. Joguem com toda determinação de vencer, deixem as preocupações de lado! De novo, desculpem por tudo, mas também obrigada por tudo.”.

Todas acenam dizendo adeus e Melissa pega o controle no sofá, apontando para a câmera e desligando. Hilary, sentada no braço do sofá do apartamento ao lado de Tyson, levanta e desliga a TV, virando aos outros com os braços cruzados. Os Bladebreakers se entreolham até Hiro virar o alvo dos olhares.

Hiro – O que foi? – ele encara a todos – O que eu devia fazer?

Hilary – O que nós devemos fazer é ir nesse show e tentar convencer as famílias delas a deixarem que participem do torneio. Não podemos ficar de braços cruzados!

Tyson – Você está. – ela olha para baixo e coloca as mãos na cintura, aborrecida com as risadas – Qual é Hilary, já sabemos no que isso vai dar. Aquela gente não ouviu nem os amigos mais chegados delas, e vão nos escutar?!

Hilary – Então vocês vão deixa-las voltarem para casa assim? Eu tenho certeza de que eles vão querer ouvi-los porque vocês têm uma coisa que os outros não possuem: – a plateia a espera terminar – suas feras bit. Elas são sagradas, como as das meninas. Isso chamou a atenção da Lauana e da sobrinha, então também deve ser do interesse deles.

Hiro – Realmente, isso tem alguma lógica. Se eles se aborreceram pela história da Beyfly ter sido revelada para quase todos os competidores do campeonato, deve ser pelo valor daquelas feras bit. Nós sabemos que as suas são muito poderosas.

Kai – Quando fomos pegos pela cientista, Kailane disse que ela não iria conseguir controlar o poder das feras. Lauana estava segura do contrário por causa dos microchips que tinha criado, sendo que já tinha testado em outros bits, mas talvez a força das quatro de fato fosse demais para ela. Nós e as garotas conseguimos lutar com as que temos.

Hilary – Elas são parecidas com as suas, pelo menos foi o que a Kailane disse. Se for assim, as famílias das meninas vão aceitar recebe-los, nem que seja por curiosidade.

Daichi – Certo, mas e se eles quiserem negociar a liberdade delas pelas feras bit?

Kenny – Bem, essa possibilidade também me assusta. – diz olhando o laptop em seu colo, passando a mão sobre a tampa fechada – Já que a Beyfly, originalmente, era um grupo de nômades protetores de feras bit, eles podem agir como os Saint Shields e aí tentar ficar com as nossas. Nesse caso, não podemos abrir mão delas.

Max – Espera aí pessoal! Nós estamos nos adiantando muito. A Hilary tem razão. – ele se levanta do sofá – Não podemos ficar com medo agora. Nós temos uma mínima chance de retribuir o favor que as garotas e os amigos delas fizeram naquela ilha. Cada um podia ter decidido se virar sozinho, e muita gente até tinha melhores condições de sobreviver do que nós. Mas todos se ajudaram e sobrevivemos juntos. Foi um trabalho em equipe! Por isso, eu sou a favor de fazer uma intervenção. Quem mais?

Ray – Ah, comigo não precisa perguntar duas vezes! Eu sou a favor.

Kenny – E eu também. – anuncia abrindo o laptop— O que você acha Dizzi?

Dizzara – Pra mim tá ótimo! Você fez um belo discurso, Max. – o loiro ri corado.

Kai – Bem, sei que se deixar vocês sozinhos é capaz de se meterem em problemas de novo então... – apoia as mãos nos joelhos, tomando impulso e saindo da poltrona – Eu vou acompanhar. Só tentem ser educados quando encontrarmos com os outros.

Tyson – Me engana que eu gosto. Você quer é tentar ver a Kailane de novo.

Kai – Por acaso quer ficar sem dentes, Tyson? – a dupla se encara frente a frente.

Hilary – Tá bom, já chega! – ela os separa – Você vai com a gente ou não Tyson?

Tyson – Vou. – finalmente, todos encaram Hiro e ele sorri de canto – Ah, vamos Hiro! Ou vai negar que quer ver a Hana também, heim? Ela ainda pode estar aqui.

Hiro – Quer saber Tyson, se o Kai não arrancar seus dentes, eu arranco!

Daichi – Ainda acho que todo mundo vai se ferrar, mas vamos nessa.

Hilary – Já que todos estão de acordo, vamos nos preparar para o show amanhã!

Hiro – Espera aí, eu não disse que ia com vocês!

Hilary – Tomamos o seu silêncio como confirmação. – declara saindo da sala.

Hiro – Pelo amor de Deus... Quer saber Tyson, analisando melhor, a Hilary é uma garota de personalidade forte. Acho que daria uma boa cunhada para mim.

Tyson – Você ainda gosta do seu nariz, certo?! – os outros riem, se afastando dele – Ok, já entendi, eu não provoco mais! Não falem nem de brincadeira essas coisas! No dia que eu convidar a Hilary para sair, joguem um balde de água gelada na minha cara!

Max – Vamos nos lembrar disso, e vamos cobrar!

Quando amanhece, os Bladebreakers tomam café e o grupo termina de se arrumar antes da limousine de Stanley vir pegá-los. Eles chegam ao estádio recebendo o assédio de inúmeros fãs dentro e fora do local. No palco central onde cada jogador vai competir, há, temporariamente, microfones e instrumentos musicais pra grandiosa apresentação. As Beautiful Girls ainda estão em seu camarim, reservado somente por conta do show.

Todas as equipes inscritas no campeonato têm seu lugar reservado nas fileiras da frente, e lá novos times são conhecidos. Dentre eles está um quarteto de moças, sentadas próximas dos Majestics. Tyson e os amigos resolvem se acomodar perto de onde estão os Psykick, Diabolik, Evening Sun e Morning Moon, cumprimentando todos.

Ray – Pelo visto todo mundo veio mesmo. Eu até reconheci os parentes de muita gente aqui. – ele acena para o mestre, Tao, numa fileira mais atrás – Quem são aquelas?

Whitney – Aquelas com os Majestics? Ah, são a equipe Specialists. A líder delas é aquela com olhos rosados, a Roberta. Com certeza é a mais extrovertida das quatro. A que está do lado direito dela, a de cara amarrada e vestido azul, é Jaqueline. Mais para a esquerda tem a Olinda, que está jogando há tempos naquele videogame portátil branco, e por último Eliane, a de franja. – Wyatt levanta uma sobrancelha.

Wyatt – Mas todas elas usam franja. – a garota observa melhor e faz uma careta.

Whitney – Ah! É aquela conversando com Enrique, com franja curta! – os outros riem um pouco antes de Alan se curvar e sussurrar.

Alan – Ouvimos dizer que elas se superam em tudo que tentam fazer.

Goki – É; são habilidosas dentro e fora do beyblade. Não é à toa o nome.

Alguns as analisam mais um pouco ouvindo isso. Roberta realmente parece muito mais à vontade que as amigas falando com os bladers, balançando os brincos prateados em forma de paralelogramos durante as gesticulações. O colar de contas e pedrinhas em seu pescoço, nas cores rosa claro e laranja, no último caso como as pulseiras de acrílico, e com uma imensa pérola na ponta, é tão chamativo quanto a blusa decotada de onça.

Ela deixa os seios medianos parcialmente expostos, mas não é tanto problema por seu ondulado cabelo laranja bater até o começo das coxas, e assim cobrir um pouco. Sua pele no tom pêssego não parece ser de alguém que faz bronzeamento artificial, e pode-se notar que de altura só chega ao nariz de Robert. Do nada os grandes olhos de Roberta se voltam aos Bladebreakers e quem mais a encarava, então ela acena um tanto alegre.

Jaqueline também volta os orbes azul celeste ao pequeno grupo, porém parecendo aborrecida. Os cachos coral caem até seu busto, todavia certamente apenas por estarem presos em altas marias-chiquinhas, as ligas tendo aparência de cubos de gelo da cor do vestido tonara que caia. Um enorme laço nas costas, decorado por mais alguns cubinhos de gelo e folhas laranjas, deixa os seios fartos mais evidentes.

Como se não bastasse, os babados da roupa parecem aumentar o bumbum já largo e as coxas grossas em destaque na pele branca. É difícil afirmar, mas ela aparenta ser do tamanho de Johnny, sentado logo atrás. Ao contrário de Jaqueline, Eliane fita os demais com um sorriso admirador abaixo dos óculos de grau de aro preto, pouco distantes dos olhos lima. Os fios lisos, do tom de amendoim, correm pelo corpo alvo até o bumbum.

Uma comprida camisa preta esconde os seus seios medianos e parte do short cinza azulado, cobrindo a meia calça que percorre desde os pés nas sapatilhas escuras. Ela só retira o cotovelo direito, que apoiava o queixo, das pernas quase estiradas e endireita sua coluna quando Enrique volta a chamar sua atenção, então Eliane sobe a mira primeiro para a boca dele, até onde alcança. Olinda é a única que não dá importância aos outros.

O olhar azul gelo só desviou do jogo em mãos por breves segundos, o mero tempo de a pele branca corar, contudo pode ter sido reação ao picolé suspenso na sua boca. Os fones de ouvido brancos, sobre a mecha trançada à direita de seus cabelos loiros e lisos, indo até a cintura, conseguem distrai-la o bastante pra não sentir Oliver puxar as quatro bolinhas de diferentes cores da liga atrás da cabeça, buscando atenção.

Como ela se recusa a ouvi-lo, ele afasta o aparelho na direção das quatro presilhas de estrelas azuis, decorando os fios da frente. Sem sucesso, sua cartada final é puxar as três fitinhas cinza azuladas, a mesma cor das que prendem a cinta-liga branca, de cada alça do curtíssimo vestido azul, branco e preto com anágua e brilho na saia. Finalmente, os bracinhos finos se mexem num ritmo diferente, embora somente pra impedi-lo disso.

O rapaz parece achar divertido provoca-la, e sua atenção se volta frequentemente ao duplo cinto meio acinzentado, com estrelinhas azuis, que divide o corpo dela entre as partes mais ou menos carnudas. A exceção são os médios seios, que podem ser maiores sem a pressão do sutiã. Desviando disso, Kenny se prontifica a falar.

Kenny – Escutem, tem uma coisa que precisam saber sobre as Beautiful Girls. É...

Hilary – Não precisa explicar Chief. Eu passei uma mensagem para o pessoal.

Glória – Querem dizer sobre o fim da banda? Sim, a Hilary nos contou.

Tyson – Mas como? Você pegou o telefone de todo mundo?

Hilary – Não, mas da maioria. Eu mandei a notícia para quem pude e os outros só repassaram. Agora todos devem estar sabendo, inclusive da razão disto estar rolando.

Kane – É sim. Tudo quanto é veículo de comunicação já está rodando a história da empresa Beyfly desde ontem. Até sobre as feras bit sagradas as pessoas estão sabendo.

Salima – Claro que não ia adiantar tentar desmentir os boatos de qualquer forma, mas este foi um péssimo jeito de lidar com as coisas. Se a banda das meninas acabar, os fãs não vão ficar apenas decepcionados como também desconfiados. Podem pensar que elas estão sendo punidas pela verdade ter sido descoberta, quando na verdade isto é por terem desobedecido as famílias e se exposto publicamente sem supervisão.

Jeyne – É evidente que nenhum dos dois motivos é aceitável mesmo assim. Elas fizeram besteira, mas pensando sempre nos outros antes de si mesmas. Isso devia contar na balança da família Beyfly. – diz antes de desembrulhar um pirulito e colocar na boca.

Ray – Só para ter certeza... A “família Beyfly” a que vocês se referem é...?

Glória – Se trata do conjunto de todos os pequenos grupos que trabalham direta ou indiretamente para os líderes da empresa Beyfly, neste caso a senhora Yamari, o senhor Taylor e os Valem. É o nome que a população deu há vários anos.

Jeyne – Claro que está mais para uma referência artística. – rebate com desdém – Nós estamos longe de sermos uma família grande e feliz, e por isso mesmo devemos dar uma palavrinha com os líderes quando o show terminar. – ela retira um objeto da bolsa e sorri maliciosamente – Mas, se eles não quiserem nos ouvir, temos outros recursos.

Alan – E o que é isso aí? – alguns se debruçam para ver o cilindro metálico.

Kawane – Considerem nossa caixinha de Pandora, que esperamos não ter de abrir.

Finalmente o show tem início. As Beautiful Girls surgem de um corredor e sobem no palco, posicionando-se. Melissa vê primeiro os amigos e demais times acenando da plateia, então abre um largo sorriso e avisa às garotas. Acima das arquibancadas, numa cabine a prova de som, suas famílias observam tudo ao lado de Hana. Por ver a alegria das pupilas, ela olha para baixo e nota Hiro com os outros, o que a deixa contente.

Stanley – Ora... – o homem entra no recinto, recebendo cumprimentos de todos os presentes – Como vão? Bem, eu posso dizer que essas meninas sabem cativar o público.

Charles – Pode ser, mas esta será a última apresentação delas. – ele rebate com as mãos atrás das costas – E pelo visto todos já devem estar sabendo disso.

Stanley – Ah, se refere às equipes lá embaixo?! Eu realmente não estou ciente de nada sobre isso, mas acho que posso dizer que eles também estão inclusos na parcela de fãs. – fala ao sentar no sofá de frente para a janela, perto de Hana, que se mantem em pé – E seria uma pena se tanto talento ficasse escondido. Não concorda comigo?

Hana – Ah... – a moça olha de soslaio aos ex patrões e sorri – É claro senhor.

Greice – Sinceramente, eu também acho que seria uma pena forçar as meninas a desistirem de tudo isto. Elas lutaram para conquistar o que têm, se empenharam muito!

Sandro – Elas precisam de uma lição, Greice. Não confabule contra isso.

Greice – Não estou confabulando com nada! Mas pelo amor de Deus, elas não são mais crianças! Todas têm capacidade de decidirem as coisas por si mesmas.

Zilda – Sim, e quando não estávamos olhando elas pegaram um avião para outro país e veja no que deu. – a idosa resmunga antes de Charles sentar entre ela e o casal – A desobediência levou um grupo de adolescentes a servirem de isca para irmos atrás de uma ex funcionária ensandecida. Todos já tiveram sua cota de aventura.

Charles – Não há mais o que discutir. Nós vamos leva-las para casa ainda hoje e ninguém poderá nos convencer do contrário.

Hana suspira alto o suficiente apenas para Stanley ouvir. Ele aperta a bengala com um pouco mais de força, em estado de reflexão, mas não diz nada. Já no palco, Melissa segura o microfone com as duas mãos, perguntando às amigas se os próprios aparelhos estão funcionando, e puxa o ar antes de gritar.

Melissa – OLÁ RIO! – ela precisa esperar o público se acalmar para prosseguir – Pra quem não viu o noticiário da noite, nós demos uma entrevista coletiva anunciando o fim da nossa banda. A maioria de vocês já deve estar sabendo que nossa vida ficou bem confusa agora, dentre vários motivos por termos sido sequestradas recentemente, e claro que conhecem a razão disto ter acontecido também... Mas a coisa mais importante que queremos que saibam é o quanto adoramos vocês! – a plateia vibra novamente.

Kailane – Somos muito gratas por terem nos apoiado quando mais precisávamos. É uma pena que esta seja nossa última apresentação, mas ficamos felizes por ser aqui, a nossa estreia no Brasil e bem na abertura do Campeonato Mundial de Beyblade. – todos aplaudem enquanto o quarteto parece focar, mais do que outros, as equipes na linha de frente das arquibancadas – Escolhemos algumas músicas especiais pra hoje. Esperamos que gostem. – elas se entreolham e começam a tocar.

Shakira - Try Everything

O espetáculo assim se desenrola, com todos curtindo e seguindo na onda. Chegada a hora da despedida, Melissa toma a dianteira novamente e sorri tristemente.

Melissa – Queremos agradecer a todos que estão nos vendo e ouvindo agora. Está na hora de nos despedirmos... – os fãs exclamam com insatisfação, então ela pede calma com as mãos e reaproxima o microfone dos lábios – Gente, não vamos fazer desta uma despedida triste! Olhem, amanhã nós queremos que todos os bladers deem tudo de si no campeonato, então vamos encerrar com uma música para animá-los, está bem?! Cantem conosco! – o público volta a se animar temporariamente.

Diva começa com a bateria, então Melissa toca a guitarra e Keilhany entra com o baixo, seguida de Kailane, que aciona o teclado.

Taylor Swift - Change

Ao final da música, todos estão aplaudindo de pé enquanto as garotas se curvam em agradecimento, abraçando-se em linha reta. Logo Hiro e Hilary se levantam, junto dos Bladebreakers, para ir à cabine dos líderes da Beyfly. Kawane, Jeyne e Milena vão na frente como apoio, se apressando ao verem Charles e os outros prontos pra sair. Hana nota o movimento abaixo e rapidamente se coloca na frente deles.

Charles – O que foi Hana? – ela pensa depressa numa desculpa.

Hana – É... Eu tenho uma dúvida sobre meu seguro desemprego. Podemos falar?

Sandro – E tem que ser agora? Nós conversamos com você depois, em Malibu.

Hana – NÃO! – seu grito e as mãos levantadas assustam a todos, então a jovem ri – Quero dizer... Ah, é que eu estava pensando em arrumar um emprego aqui, então...

Charles – Hana, nós conversaremos depois. Agora saia da frente. – antes que ela seja obrigada a obedecer, a atenção geral se volta a discussão dos guardas com alguém na entrada – Mas o que está havendo? – Stanley abre a porta bem a tempo de o grupo ver Jeyne chutar um dos homens uniformizados entre as pernas para abrir caminho.

Zilda – O que pensam que estão fazendo? Não podem invadir assim!

Kawane – Desculpem, mas é uma emergência. Nós estamos aqui para fazer uma intervenção. Não queremos que levem as meninas de volta para casa agora.

Charles – O que querem não importa. Nós somos responsáveis por elas e vamos fazer o que achamos melhor. Agora deem licença, por favor.

Milena – Não mesmo! Vocês podem ter o mesmo sangue delas, mas nós também fazemos parte da mesma família, nem que seja só no nome e por conveniência, então de jeito algum vamos deixá-los ir embora sem nos ouvir antes!

Jeyne – É claro que se não quiserem escutar por bem, também pode ser por mal.

 

Continua...


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