Zauber escrita por magalud


Capítulo 9
Capítulo 9 - Ron sem esperanças


Notas iniciais do capítulo

Nossos heróis vivem momentos de desespero



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/7369/chapter/9

 

Capítulo 9 - Ron sem esperanças


- Está melhor?


- Sim, obrigado. Ainda bem que eles mandaram comida para nós.


- Como eles pegaram você?


- Um deles seguiu o som da gaita. E vocês?


- Dumbledore cruzou nosso caminho.


- Ron, o que está acontecendo?


- Bom, acho que a primeira coisa que você deve saber é que não há Princesa Severina. Severus é que é um príncipe, e ele foi raptado mesmo por Dumbledore. Está sendo mantido aqui contra sua vontade. Ele acha que você vai rejeitá-lo e ficou muito triste.


- Ficou triste? - Harry não quis deixar a esperança se alojar em seu coração. - Mas eu sou um homem, não uma mulher.


- E ele também é, ora! - Ron achou o príncipe meio obtuso. - O que tem demais nisso?


- Mas você sabe se ele... gosta de meninos?


- Eu sei que sim. Ele me disse. Ele ficou interessado em você. Mas ele acredita que você goste de garotas, como eu.


Harry não entendeu:


- E por que Lord Voldemort o considera sua filha, sua menina?


- Talvez porque Severus goste de meninos. - Ron fez cara de desgosto. - Ou ele é um lord em negação, ou é um homofóbico.


- Então você não tem problema com isso? Mas isso não é errado? Não é pecado?


Ron franziu o cenho:


- Você é homofóbico, Harry? Não me pareceu que fosse....


- Não, eu não sou.


- Eu tenho dois irmãos que gostam de rapazes. Por mim, tudo bem. E você?


- Não tenho nada contra. Mas... eu queria gostar de garotas...


- Quer saber? Eu acho que você não deveria se preocupar com isso. Se quiser o príncipe, ótimo! Eu acho que ele pode querer você.


- Mesmo?


- Só um palpite. Assim como é só um palpite que todo mundo vai se dar bem, menos eu. Cara, eu não vi UMA mulher até agora. A não ser a baranga meio doida do Lord Voldemort, mas aquela eu estou dispensando.


- Se eu fosse você, meu amigo, não perderia as esperanças.


- Belas palavras - disse uma voz desconhecida atrás deles.


Era Albus Dumbledore, com o mesmo manto púrpura e os mesmos olhos azuis faiscantes. Os dois se ergueram, Ron já tremendo.


- Podem se sentar - sorriu Dumbledore. - Espero que os dois estejam bem alojados.


- O senhor vai nos punir? - quis saber Ron.


- Punir? Por que eu faria isso?


Harry contou a verdade:


- Estou numa missão em nome de Lord Voldemort. Ele está muito angustiado com o que o senhor lhe tirou.


- Fala de Severus?


- Precisamente.


- Mas eu soube que você procurava por uma princesa... É verdade que Lord Voldemort lhe disse que você deveria resgatar a Princesa Severina?


Harry enrubesceu, e respondeu:


- Sim, é verdade. Mas também não é verdade que você arrancou Severus dos braços de seu pai adotivo?


- Sim, é verdade. Não quer saber por quê?


- Não preciso saber seus motivos pérfidos para saber que seu ato é desprezível! - respondeu Harry, exaltado. - O certo e o errado são claros!


- Mas você realmente parece ter muita certeza do que diz. Não é errado mentir?


- Claro que é. Mas você raptou Severus...!


- Eu retirei Severus de uma situação de risco - garantiu Dumbledore. - Lord Voldemort tem planos de matar em Severus toda a capacidade de amar.


Harry ia responder algo com cólera, mas deteve quando se deu conta de que não sabia do que o velho estava falando.


- Como assim?


- Severus tem um grande coração, mas pouca prática de amar e ser amado. Lord Voldemort quer matar isso dentro de Severus. Extirpar-lhe a capacidade, até que ele se transforme numa pessoa amarga, seca de carinho, desesperançada. Ele pretende fazer com que Severus acredite que ele não merece outra fonte de amor que não o próprio Lord Voldemort, para que possa ser manipulado.


- Que horror!- soltou Harry.


- Lord Voldemort nem precisava de tanto trabalho - comentou Ron. - Severus já se acha uma pessoa horrível.


- Horrível? - repetiu Harry. - Por quê?


Ron deu de ombros:


- Não sei. Mas ele não acha que você tenha interesse nele. Acha que você vai rejeitá-lo. Aliás, você não me respondeu se vai ou não vai. Você vai?


- Vai aonde?


- Rejeitá-lo, uai!


Harry olhou para Dumbledore antes de responder:


- Eu nem sei se ele me aceitaria...


- Pelo que eu vi quando você chegou, meu caro Harry, eu não acho que Severus o rejeitaria.


- Viu? Viu? Você tem chance! Eu não tenho nem isso. Não tenho nada, nem ninguém. - Ron parecia a ponto de chorar. - Ninguém me quer.


Dumbledore dirigiu-se a Ron:


- Eu conheço uma moça que poderá lhe interessar, se quiser. Ela se queixa que só os homens muito intelectualizados, como ela, é que a abordam com intenções românticas.


- É? Eu não sou assim! Eu só quero uma mulherzinha que cozinhe para mim, que cuide de mim, que faça bolos...


- E você se casaria com ela? Nada de safadezas sem casamento!


- Mas o que eu mais quero é me casar! - garantiu Ron, maravilhado. - Eu gostaria muito mesmo.


- E posso lhe fazer uma proposta? Na verdade, a vocês dois.


- Proposta?


- A não ser que continue me achando um feiticeiro cruel e traiçoeiro, claro.


Harry o encarou, e os olhos verdes encontraram os olhos azuis faiscando. E, naquele momento, o rapaz percebeu que não achava nada daquilo de Dumbledore.


Severus, porém, era uma outra história. Ninguém sabia o que Severus pensava de Dumbledore.




Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

===================
Próximo capítulo: Mais dúvidas para Severus



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Zauber" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.