Zauber escrita por magalud


Capítulo 11
Capítulo 11 - Iniciação


Notas iniciais do capítulo

Um momento de decisão



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Capítulo 11 - Iniciação


Severus fez sua refeição no quarto, pensando em tudo que acontecera. Ele ainda não estava muito convencido das palavras de Dumbledore, mas não podia negar que o velho mago tinha sido sincero. Ele acreditava no que tinha dito.


Mas Severus tinha dúvidas. Embora balançado em sua fé no Lord das Trevas, ele ainda não tinha coragem de trair aquele que o abraçara e o aceitara quando todos o rejeitavam e riam dele.


Agora ele tinha que decidir se gostaria de se submeter aos Mistérios da Luz da Ordem da Fênix. Essa seria uma decisão definitiva. O Lord das Trevas não o perdoaria se ele aceitasse a prova.


Mais tarde, no Salão Principal, Severus se viu sentado ao lado de Dumbledore, numa cadeira alta como um trono. Havia outras pessoas no local, provavelmente seguidores do mago e membros da Ordem da Fênix. Sirius Black e Remus Lupin conduziram o jovem Draco, que se postou diante de Dumbledore com humildade e reverência. Severus notou que, ao contrário do que acontecia com Lord Voldemort, ali ninguém se ajoelhava; apenas meneavam a cabeça com respeito.


- Draco Malfoy - chamou Dumbledore, quase ritualisticamente. - Você aparece aqui como candidato aos Mistérios da Luz e a membro da Ordem da Fênix?


- Sim, senhor.


- É de sua livre vontade que pretende se submeter às provas?


- Sim, senhor.


- Seu coração pretende apenas aprender as lições da Luz sem motivações que não o cumprimento de sua missão e a ampliação da magia da Luz?


- Sim, senhor.


Dumbledore fez uma pausa. Então, em voz mais suave e menos solene, ele decidiu gentilmente:


- Infelizmente, Draco, os Mistérios da Luz estão fechados para você.


Draco ficou rubro. Deu um passo à frente, o rosto crispado:


- Senhor! Prometeu-me que eu faria o teste!


- Mas você falhou no primeiro deles. Eu lhe confiei uma pessoa querida - olhou para Severus - e você falhou.


- Eu protesto! Severus tentou fugir e eu o recapturei de volta. Não o decepcionei.


- Sim, você me decepcionou. Você mentiu para ele, tocou-o de uma maneira pela qual ele não gostou nem pediu. E você traiu minha confiança fazendo isso. Decepcionou-me por ter acreditado no melhor de você, Draco.


- Eu dei o melhor de mim!


Os olhos de Dumbledore denunciavam sua imensa tristeza:


- Você percorreu um longo caminho até chegar aqui, Draco. Por isso estou tão triste. Severus, você deve saber que Lord Voldemort encarregou Draco de me matar, e ele veio aqui com esse propósito. Mas ele se arrependeu e não cumpriu sua missão, preferindo ficar sob minha proteção. O Lord não gostou disso, e Narcissa, mãe de Draco, foi morta. Acreditei em suas boas intenções, Draco. Pensei que você fosse mais parecido com seu primo Sirius Black. Mas acho que não serve para a Ordem da Fênix. Sirius, pode levá-lo.


Severus franziu o cenho:


- Não vai castigá-lo? Ele mentiu.


Sirius se deteve, esperando a resposta de Dumbledore. Severus notou que o homem de cabelos pretos também gostaria de dar um castigo exemplar em Draco. Mas Dumbledore garantiu:


- Não, nenhuma punição será aplicada. Draco será levado a seus aposentos para meditar sobre o que fez a você, Severus. Ele sabe que estou decepcionado. Isso deverá ser uma lição para ele. - Gesticulou para Sirius. - Pode levá-lo.


Sirius obedeceu, e Draco parecia prestes a fuzilar Severus com Avadas Kedravas usando apenas os olhos. Mas Severus não podia negar que estivesse aliviado. Quem sabe agora ele poderia relaxar e deixar de ser assediado.


Para sua surpresa, Sirius retornou em seguida, trazendo Harry. O rapaz estava vestido numa túnica branca de noviço. Ao ver Severus, Harry lançou-lhe um sorriso discreto, os olhos verdes brilhando. Postou-se diante de Dumbledore com grande respeito. Severus sentiu um arrepio, mas sua atenção foi desviada pela voz solene de Dumbledore:


- Harry Potter, você vem diante de mim, de sua livre e espontânea vontade, submeter-se aos testes dos Mistérios de Luz da Ordem da Fênix?


Harry deu uma olhada para Severus antes de responder:


- Sim.


- Primeiro, porém, você precisa responder a uma séria acusação. Você é acusado de conspurcar esse ambiente.


Harry olhou para Dumbledore, sem entender. O velho mago teve que explicar:


- Significa sujar.


- Que foi que eu sujei? Eu vim aqui com intenção de libertar Severus, sim, mas...


Sirius explicou:


- Os objetos que você trouxe são objetos do mal. Eles carregam magia das trevas em si.


Então Harry se lembrou da varinha mágica, da gaita encantada e da poção.


- Mas eu nem cheguei a usar essas coisas! Só a gaita. E foi Voldemort quem me deu.


Severus franziu o cenho. Esse príncipe podia ser bonito e corajoso, mas ele era meio obtuso.


- Esses objetos pestilentos concentram tanto poder das trevas que podem enfraquecer as defesas de Hogwarts. Uma de suas provas será livrar-se deles corretamente.


- Como devo fazer isso?


- No Lago existe uma Lula Gigante. Você deve oferecer os objetos a ela sem que outras criaturas sejam prejudicadas pela magia das trevas. Pode levar seu amigo Ron Weasley. Vocês enfrentarão os testes juntos enquanto for possível. Mas também precisarão enfrentar seus testes particulares.


- Sim, senhor.


- Podem levá-lo.


Harry olhou para Severus, que se ergueu para ir também. Dumbledore o deteve.


- Não ainda. Não podem estar juntos ainda. Vocês precisam passar por testes. Severus também será testado, se quiser merecer Harry. Para isso, Severus, você precisa decidir se quer se submeter aos testes. Esta é a hora. Você quer ser testado?


Severus consultou o coração e respondeu com sinceridade:


- Eu quero.


- Excelente. Podem levar Harry e tratá-lo com cortesia.


Severus olhou o jovem ir embora e não sabia se era digno nem do príncipe, nem do teste.


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Notas finais do capítulo

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Próximo capítulo: O primeiro teste de Severus não é nada do que ele pensara



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