Intercâmbio no Ouran - O Último Ano escrita por Lefisilva


Capítulo 4
Capítulo 4 - Um resgate quase impossível.


Notas iniciais do capítulo

Peço mil desculpas pela demora, mas final de ano acaba com o tempo de muitas pessoas, inclusive o meu >—
Boa leitura :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/736565/chapter/4

Domingo, 24/12/17

—Se eu fizer dessa maneira acho que vai dar certo... –eu disse refazendo minha organização pelo que parecia a milésima vez de tanto que o papel em que eu escrevia estava marcado.

—Lety, está na hora. –eu ouvi Yza e me virei, a olhando. –Você está nessa a mais de um mês, relaxa um pouco, ok?

—Só vou relaxar quando achar um jeito de elaborar tudo direito! –disse voltando ao que estava fazendo e a ouvi suspirando, parecendo sem paciência.

—Você realmente não me dá outra alternativa... –Yza disse e a ouvi batendo palmas. No mesmo instante, senti alguém me levantando pelos braços e olhei com raiva para Yza. –É pro seu próprio bem, vai me agradecer depois. –e sorriu enquanto eu era carregada.

—DÁ PRA ME SOLTAREM?! –eu berrei com raiva, mas fui ignorada. –É sério, me deixem em paz!

—Vocês estão torturando ela? –ouvi Damon perguntando e depois o riso de Yza.

—Defina tortura, porque acho que para ela, é quase isso. –Yza disse parecendo se divertir com o que acontecia comigo.

—Você vai se ver comigo, todos vocês! –eu disse ainda com muita raiva.

—Calma, esquentada! –disse Yza vindo em minha direção quando finalmente fiquei livre. –Pronto, acabou. Como se sente?

—Quer mesmo saber? –eu perguntei sarcasticamente e ela apenas me deu um sorriso inocente. –Nem adianta fazer essa cara!

—Melhor irmos logo, parece que está começando. –Damon disse e Yza pegou no meu braço, me puxando.

—Finalmente! –os gêmeos disseram assim que os encontramos. –Por que demoraram tanto?

—Essa louca ficou se debatendo demais! –Yza disse apontando para mim e dei um tapa no braço dela. –Ai! Precisa dessa violência?

—O que você acha? –eu perguntei cruzando meus braços. –Tenho coisas mais importantes a fazer, esqueceram?

—Esqueça tudo por uma noite e tente se distrair um pouco! –Yza disse me olhando e parecendo preocupada. Eu apenas suspirei fortemente e olhei em volta meio sem paciência.

—De quem foi a brilhante ideia de dar uma festa de natal na casa dos gêmeos na época em que mais precisamos estudar, principalmente eu, para prestar os exames de universidade?! –eu perguntei fazendo massagem nas têmporas.

—Você precisa mesmo relaxar... –ouvi uma voz dizendo atrás de mim e me virei. –Você anda tão tensa a mais de dois meses, descansa sua cabeça um pouco.

—Acho que tem razão.... –eu disse mais calma e dei um leve sorriso.

—Essa é a Lety que gostamos de ver! –a pessoa disse sorrindo também.

—Só a Jenny mesmo pra acalmar essa garota quando está toda tensa! –Yza disse revirando os olhos e eu lhe mostrei a língua.

—Estou tão feliz de ver todos novamente! –ouvimos alguém falando e um segundo depois, eu, Yza e Jenny estávamos sendo abraçadas.

—Mãe, esta as sufocando, solta logo. –os gêmeos disseram e nos soltou imediatamente, pelo menos eu e Yza.

—Fiquei bem preocupada quando soube do que houve com você, Jenny-chan. –ela disse olhando nos olhos de Jenny. –Quase contratei uma organização de agentes que conheço para poder resgata-la.

—Não se preocupe Yuzuha-san, eu sabia que conseguiriam dar um jeito na situação sem apelarem para extremos como esse. –Jenny disse a tranquilizando.

—Mas como foi que isso aconteceu? –ela perguntou e Jenny suspirou.

—É uma longa história.... –Jenny disse.

Flashback on

Ponto de vista de Jenny

Dois meses atrás

—Senhorita! –ouvimos alguém gritando ao longe e avistamos um rapaz com roupas que usavam em casas tradicionais japonesas. –Será que eu posso falar com você um instante? –disse me olhando.

—Comigo? –perguntei em dúvida e o rapaz apenas assentiu, sorrindo. –Tudo bem, mas estou com um pouco de pressa. –e começamos a nos afastar um pouco da Lety e dos gêmeos.

—Vou direto ao assunto! –o rapaz disse assim que paramos de andar. –Eu vi o que aconteceu entre você e o mestre e também percebi que vocês formam um lindo casal!

—Como?! –eu perguntei em choque. –Acho que está havendo um engano aqui...

—Desculpa minha indelicadeza, nem me apresentei. –o rapaz disse já começando a se curvar na minha frente. – Meu nome é Sendou Tetsuya, sou um dos subordinados da família Kasanoda e o mais próximo do jovem mestre. –se levantou e me olhou sorrindo. –Prazer em conhece-la!

—Prazer.... –eu disse me curvando levemente ainda chocada. –Mas, como eu disse, deve estar ocorrendo um....

—Não a engano nenhum! –ele disse me olhando. –Na tradição da família Kasanoda, quando um rapaz dá uma flor a uma moça, e ela aceita, quer dizer que eles estão juntos e que pretendem ter um futuro junto.

—Mas... –eu comecei a dizer, mas fui interrompida.

—Não temos tempo para discutir todos os detalhes, venha comigo que o mestre vai ficar feliz de eu leva-la para conhecer todos! –e começou a me puxar para longe.

—Tem como você me escutar antes?! –eu disse numa voz já desesperada.

—Ah sim, seus amigos vão ficar preocupados. –ele disse e anotou algo num papel, colocando perto de uma árvore. –Vamos!

—Você é maluco? Me larga! –eu disse tentando me soltar dele, mas sem sucesso e acabei desistindo por enquanto. Continuamos andando por vários minutos até que chegamos em frente a uma casa enorme no estilo do Japão antigo.

—Abram o portão! –o rapaz gritou e começamos a entrar. Vários homens estavam parados nos dois lados da longa entrada até a casa me olhando com curiosidade. –Não fique tão nervosa, todos vão gostar de vocês conforme forem a conhecendo.

—Não é isso que me assusta... –eu disse olhando a enorme construção que era a casa e me perguntando o que era essa família que eu, supostamente, teria que fazer parte.

—Que é essa linda jovem, Tetsuya? –um senhor com cara de bravo perguntou me olhando de cima a baixo.

—Essa é a jovem que o mestre escolheu! –Tetsuya-san disse enquanto nos sentávamos em frente a ele e o senhor me olhou mais fixamente ainda. –Esse é o chefe da família Kasanova, o pai do mestre.

—Ela tem uns traços bem diferentes, por acaso é estrangeira? –o senhor perguntou olhando para Tetsuya e os dois me olharam.

—Na verdade, eu fiquei tão animado de traze-la logo aqui, que acabei esquecendo de perguntar o seu nome. –Tetsuya-san disse me olhando como se estivesse se desculpando.

—Podem me chamar de Jenny, e sim, sou estrangeira. –eu disse tentando falar o mais rápido possível tudo que eu podia. –Estou a três anos vivendo no Japão.

—De onde você é? –o senhor perguntou olhando nos meus olhos.

—Sou brasileira. –eu respondi prontamente e isso pareceu deixa-lo bem feliz.

—Meu filho não poderia ter escolhido pessoa melhor. –ele disse sorrindo e concordando com a cabeça. –Assim que ambos se formarem, fazemos a cerimônia de casamento.

—E..esperem um pouco! –eu disse agora realmente desesperada. –Vocês estão realmente enganados, eu não sou.... –antes que eu pudesse dizer algo mais, ouve uma comoção no portão.

—BEM VINDO DE VOLTA, MESTRE! –todos os homens que ainda estavam parados na entrada berraram enquanto alguém entrava.

—Ah, meu filho chegou. –o senhor disse e eu suspirei um pouco aliviada, porque a história seria explicada logo e eu poderia ir para casa.

—Estou em.... –Casanova-kun começou a dizer, mas me viu e ficou estático.

—Não vai cumprimentar a sua prometida, filho? –o senhor perguntou sorrindo e eu pedi ajuda enquanto olhava desesperada para que ele falasse que tudo era um engano, mas nada saia da boca do Bossanova-kun.

—Mestre deve estar surpreso de vê-la aqui sem avisar. –Tetsuya-san disse e se curvou na direção do Kasanoda mais jovem. –A culpa é minha mestre, devia ter perguntado antes se podia traze-la mas fiquei tão feliz de uma garota ter visto seu verdadeiro eu, que acabei não me contendo.

—O..o que ela está fazendo aqui? –Casanova-kun perguntou me olhando ainda em choque.

—Tetsuya quis mostrar a todos sua futura esposa. –o pai dele disse e na mesma hora ele corou.

—AHHHHHHHHHH?! –ele gritou num tom de dúvida.

—Eu sei que você ainda não a pediu formalmente, mas a flor que vejo na mão dela é característica da tradição que temos em nossa família, então desculpe se estamos apressando um pouco, é que todos ficaram felizes com a notícia. –o pai dele disse e se levantou, abraçando o filho. –Eu sei que disse, quando era pequeno, que não podia demonstrar sentimentos pelas pessoas, mas um pai deve abraçar seu filho quando ele acaba encontrando sua cara metade. –o soltou e deu tapinhas nas costas dele. –Agora vocês dois tem muito o que conversar pelo que vejo, podem ir para o seu quarto descansarem.

—Mas eu não.... –tentei de novo dizer, mas Casanova-kun apenas me olhou e estendeu a mão. Eu suspirei e aceitei a ajuda para me levantar.

—E, minha jovem? –o pai dele me chamou e o olhei. –Não se preocupe com nada, agora esta é a sua casa. –e sorriu. Na mesma hora eu e Bossanova-kun saímos quase correndo de lá e entramos no quarto dele.

—Si...sinta-se à vontade. –ele disse ainda totalmente tímido.

—Todos nessa casa são malucos?! –eu perguntei quase berrando e ele me olhou surpreso. –Por que ninguém deixa eu terminar de falar nunca?!

—Eu sinto muito por isso. –ele disse se sentando e eu o acompanhei. –Eu entendo que esteja chateada com toda essa história, afinal você já tem um namorado. Mas todos ficam eufóricos com acontecimentos desse tipo, então peço minhas mais sinceras desculpas. –e se curvou para mim.

—Por que você não desmentiu toda essa história assim que chegou? –eu perguntei e ele me olhou coçando a cabeça.

—Eu acabei ficando surpreso demais para falar qualquer coisa, porque foi muito de repente. –ele respondeu sem graça. –Mas eu vou dar um jeito em tudo, eu prometo.

—Pelo menos você é sensato, diferente de todo o resto desse lugar! –eu disse revirando os olhos e um estalo veio à minha mente. –Ai meu deus, a Lety deve estar desesperada! –na mesma hora, peguei meu celular e disquei o número dela.

“-Jenny?! Por favor, fala que você está bem!”—ouvi Lety alarmada assim que atendeu.

—Eu estou bem, calma. –eu disse tentando tranquiliza-la. –Aquele rapaz era subordinado do Bossanova-kun e me trouxe para a casa dele, mas assim que eu arrumar um jeito de sair daqui, vou pra casa, ok?

“-Como assim ‘arrumar um jeito de sair daí’?”—ouvi Kaoru perguntando em dúvida.

—Digamos que, enquanto não resolvermos uma confusão aqui, ficarei por aqui. –eu disse suspirando, já esperando a reação dos dois.

“-VOCÊ NÃO PODE FICAR AI!”—Lety e Kaoru gritaram ao mesmo tempo.

—Eu sinto muito estar causando tudo isso com vocês, mas todos acham que eu e ela…bom…. –Casanova-kun tentou começar a dizer, mas não conseguia encontrar as palavras certas.

—Os subordinados, que não são poucos, e o pai dele estão achando que eu sou a escolhida dele e que vamos nos casar no futuro só porque ele me deu uma flor e eu aceitei. –eu disse mordendo o lábio de nervoso.

“-Jenny…vocês tem que impedir isso de qualquer forma.”—Lety disse parecendo cautelosa. “–Eu não sei se você sabe, mas a família do Bossanova-kun é toda da Yakuza...”

—COMO É QUE É?! –eu perguntei totalmente surpresa e olhei para Bossanova-kun. –Você é da Yakuza?!

—Teoricamente, sim. –ele respondeu. –Mas oficialmente só me tornarei quando terminar meu treinamento e me formar.

—Eu preciso sair daqui o quanto antes.... –eu disse num tom de medo.

“-Nós vamos dar um jeito!”—Hikaru disse tentando tranquilizar todo mundo. “-Por isso, cuide bem dela Bossanova-shi!”—e desligaram. Eu e ele nos entreolhamos, sem saber qual seria a ideia deles.

Ponto de vista de Lety

—Você ficou maluco de vez?! –eu perguntei olhando Hikaru. –A Jenny está em apuros, não percebe isso?! Temos que ir agora na casa de Casanova e pegar ela, nem que tenha que ser a força!

—Você não está raciocinando direito agora. –Hikaru disse tentando me tranquilizar, mas sem sucesso.

—Lety, eu sei que está preocupada, até mais do que eu, mas foi como o Hikaru disse, vamos dar um jeito! –Kaoru disse e olhei os dois, tentando confiar na palavra deles.

Uma semana depois

—Eu não devia ter acreditado em vocês... –eu disse suspirando enquanto voltávamos para casa, novamente, sem Jenny.

—Pelo menos deixam ela ir para o Ouran sem problemas, e ela disse que alguma hora vamos ter uma ideia do que podemos fazer, então calma. –Hikaru disse e isso só acabou me irritando mais.

—Se continuar o tempo todo falando calma, ela vai acabar gritando contigo. –Yza disse suspirando. –Eu entendo que a Jenny pode estar num local horrível, mas o Kasanoda-kun garantiu que vai cuidar dela até darmos um jeito.

—Pelo menos o Tono não está sabendo dessa história. –Kaoru disse suspirando. –Nem imagino o que ele seria capaz de fazer.

—Provavelmente contrataria vários agentes para resgata-la. –Damon disse pensativo.

—Não, isso a nossa mãe que está pensando em fazer. –os gêmeos disseram dando de ombros e eu os olhei chocada.

—Vocês contaram a ela?! –eu perguntei e eles assentiram

—Ela quis saber como todos estavam, então tivemos que contar. –eles disseram.

—Podiam ter omitido essa parte... –eu e Yza dissemos suspirando.

—Jenny ligando! –Kaoru disse atendendo o celular dele.

“-EU NÃO AGUENTO MAIS FICAR AQUI!”—ouvimos Jenny berrando. “-Sem ofensas Bossanova-kun, mas esse local está me deixando maluca!”

“-Tudo bem, eu entendo que você não está acostumada a tudo que eu vivo.”—ele disse parecendo compreensivo.

“-Alguém pensou em algo? Porque não tenho nem ideia!”—Jenny disse e todos nos olhamos.

—Também não temos nada... –Yza disse. –Kasanoda-kun, não tem alguma tradição na sua família que poderia livrar vocês dois de tudo?

“-Deixe-me olhar de novo a história da minha descendência.”—ele disse parecendo procurar algo no seu quarto. “-Achei um jeito, mas vai ser um pouco complicado.”

—Fazemos qualquer coisa! –eu e Kaoru falamos ao mesmo tempo.

—Estão mesmo desesperados... –Yza, Damon e Hikaru falaram.

“-Apenas venham conosco para a minha casa daqui a três dias, o resto deixa por minha conta.”—Casanova-kun disse e desligou.

—Mas que mania que vocês tem de desligar sem falar tchau, hein.... –eu e Yza dissemos revirando os olhos.

—Agora o que nos resta é esperar... –Damon disse e todos nós suspiramos.

Três dias depois

—Tudo bem, estamos aqui, e agora? –os gêmeos perguntaram esperando uma resposta do Casanova-kun. –Bossanova-shi?

—Calma, estou pensando no melhor método de fazer isso! –ele disse parecendo bem nervoso.

—Temos que fazer logo isso. –Yza disse olhando em volta. –Estamos recebendo muitos olhares estranhos por causa das nossas roupas.

—Pelo menos tivemos uma nova utilidade para aquelas roupas de samurai que usamos a muito tempo atrás! –os gêmeos disseram dando um hi-five.

—Por que não podemos ficar com nossas roupas normais que nem vocês dois? –eu perguntei olhando Jenny e Casanova-kun.

—Porque não ficaria convincente o suficiente. –ele respondeu, parecendo estar mais confiante. –Vamos na frente, deem um minuto, e façam como ensaiamos. –e foram em direção a casa dele.

—Sim senhor! –os gêmeos disseram batendo continência.

—Não falem tão alto, querem estragar o plano?! –eu sibilei e eles apenas me deram a língua.

—BEM VINDOS DE VOLTA, MESTRE E SENHORITA! –ouvimos vários homens dizendo ao mesmo tempo.

—Quando ela disse que eram muitos homens, ela não estava brincando... –Yza disse impressionada.

—Acho que agora podemos começar. –Damon disse e fomos em direção a casa.

—...e estou feliz de ter encontrado alguém que me compreende como sou, e espero que não apareça ninguém para atrapalhar. –ouvimos Bossanova-kun dizendo a deixa para começarmos o plano.

—Desculpa me intrometer, mas vou ter que atrapalhar! –Kaoru disse sorrindo confiante quando chegamos em frente ao portão que ainda estava aberto e todos nos olharam em dúvida. –O que você tem em mãos pertence a minha família, e sugiro que devolva antes que sofra as consequências.

—Mas quem são vocês? –um dos subordinados perguntou.

—Somos o clã da família Hitachiin! –todos disseram ao mesmo tempo, fazendo a pose que tínhamos ensaiado.

—Família Hitachiin? Nunca ouvimos falar! –os subordinados falaram todos ao mesmo tempo, mas já sacando suas espadas. –Mas não vamos deixar que separem o mestre de sua futura esposa!

—Parem todos! –Casanova-kun disse e todos obedeceram, o olhando. –Se eles realmente a querem de voltar, então vamos lutar por ela, o que acha? –e colocou as mãos nos bolsos da calça.

—Por mim, tudo bem. –Kaoru disse e ambos foram para dentro do local onde, pelo que supus, o pai do Bossanova-kun se encontrava, apenas observando.

—Meu filho, a honra de nossa família está em suas mãos, não me desaponte. –o pai dele disse e o mesmo apenas assentiu, pegando uma espada e a sacando, onde Kaoru seguiu o movimento. –Lutem! –e ambos partiram para o ataque ao mesmo tempo.

—Como ele aprendeu a lutar tão bem de espadas? –perguntei baixinho para o Hikaru enquanto víamos a luta.

—A uma semana ele vem treinando com o Mori-senpai nas horas vagas sem ninguém saber. –Hikaru respondeu. –Se demorasse mais um pouco para colocarmos esse plano em ação, acho que ele viria aqui e lutaria com todo mundo para pegar a Jenny de volta.

—Que romântico... –eu e Yza dissemos admiradas e no mesmo instante, a espada de Kaoru voou para longe.

—Está decidido. –Casanova-kun disse respirando cansado.

—Eu...não vou desistir... –Kaoru disse respirando com dificuldade por conta do cansaço. –Vou lutar, não importa como, até eu recuperar o amor da minha vida! –eu, Yza e Jenny exclamamos surpresas por conta dessa última frase não fazer parte do combinado.

—Kaoru.... –Jenny exclamou ainda bem surpresa.

—Mesmo com essa demonstração de poder do mestre, ela chama o nome de outra pessoa? –um subordinado perguntou e todos começaram a falar ao mesmo tempo.

—Parece que não tem jeito... –Casanova-kun disse guardando a espada e parecendo começar a improvisar algo, já que percebeu que o plano não estava mais indo como planejávamos. –Não posso lutar por quem não me pertence, então, ela está livre para ir com vocês.

—Mas mestre, ela é sua escolhida! –os subordinados falaram chocados.

—Você deu uma flor a ela, é a tradição! –Tetsuya, o subordinado que Jenny tinha falado ser o mais fiel ao Bossanova disse.

—Os tempos mudaram, dar flores a uma garota é totalmente diferente de antes. –Casanova-kun disse suspirando. –Tudo que nós fizemos até agora foi para tentar explicar que eu e ela não temos nada. Eu não sinto nada por ela, e além disso, ela já é comprometida com o Kaoru-kun.

—Finalmente alguém explicou essa história! –Jenny disse revirando os olhos e se levantando. –Vocês são muito desatualizados pra época atual, sabiam? É normal hoje em dia um cara dar uma flor para alguém, até para pessoas do mesmo sexo, por favor!

—Ela tem razão. –eu disse me aproximando. –Vocês nem deram a chance deles falarem pelo que eu soube, se não tivessem ficado imaginando coisas e ouvissem as pessoas mais vezes, perceberiam que tudo era um enorme mal entendido.

—Eu apenas dei a flor a ela como forma de gratidão, porque ela disse que os gêmeos tinham pedido para ela me dar um abraço, só não entendi porque. –Casanova-kun disse nos olhando.

—Era uma tarefa que uma de nós tínhamos que cumprir.... –eu e Jenny dissemos dando de ombros. –Longa história...

—O importante é que agora vocês entendem que é importante ouvir antes de imaginar as coisas, né? –Yza perguntou e todos assentiram parecendo culpados.

—Nos desculpe mestre! –os subordinados disseram se curvando para ele.

—Apenas me escutem da próxima vez! –ele disse um pouco corado.

—Bossanova-kun está vermelho! –eu e Jenny dissemos o abraçando juntas, o que o deixou mais corado ainda. –Opa...

—Nós avisamos que isso poderia acontecer se as duas o abraçassem! –os gêmeos disseram dando de ombros.

—E é Kasanoda-kun! –ele disse tentando parecer bravo.

—Tarde demais, ficamos te chamando tanto assim nessa última semana, que agora não tem como voltar atrás! –eu e Jenny dissemos sorrindo e ele apenas suspirou.

—Até que enfim essa confusão toda está resolvida! –Yza disse quase louvando aos céus.

—Até que foi divertido, menos ver a Lety totalmente nervosa o tempo todo. –Damon disse cruzando os braços. Depois de todos continuarem por um tempo se desculpando com o Casanova-kun e depois com a Jenny, voltamos para casa, dessa vez, todos nós.

Flashback off

—No final, acabamos ganhando uma amizade com o Bossanova-kun! –eu disse sorrindo.

—POR QUE NÃO ME CONTARAM QUE TINHAM PASSADO POR TUDO ISSO?! –ouvimos a voz de Tamaki de repente e olhamos para o lado, o vendo em prantos com um lenço.

—Tamaki-senpai! Por favor, está fazendo com que todos olhem para cá! –Haruhi disse enquanto enxugava o rosto de Tamaki.

—Tono! Desde quando você chegou aqui?! –eu e Jenny dissemos o abraçando. –Estávamos com saudade!

—Pois é, papai e os outros sumiram durante essas últimas semanas! –Yza disse um pouco emburrada. –E Haruhi, você está linda de vestido, sabia? –disse sorrindo, o que a deixou totalmente corada.

—Desculpem por não estar presente nesses momentos tão difíceis, mas prometo que não saio mais do lado de vocês a partir de hoje! –Tamaki disse abraçando nós três ao mesmo tempo.

—A não ser nos dias que tivermos coisas na faculdade para fazer ou época de provas, como estávamos tendo. –Kyoya disse vindo para perto de nós de braços cruzados.

—Faz muito tempo que os vi de terno, e parecem mais sofisticados que nunca agora! –Yza disse sorrindo e os olhando.

—Vocês também estão muito bonitas! –disse Honey-senpai se aproximando junto com Mori-senpai. –Essas cores realçaram a beleza de vocês!

—Mas não seria por menos, já que são criações exclusivas nossas! –os gêmeos disseram num tom convencido. –E ao invés de ficarmos nas cores tradicionais, resolvemos inovar!

—Lety está usando esse lindo vestido cinza meio rodado com três botões pretos de enfeite nas laterais, um visual que marcar bem sua personalidade! –Kaoru disse me apresentando como se fosse um produto para todos que estavam presentes na festa.

—Enquanto que Yza está com um vestido verde esmeralda que tem babados na barra e que encaixa no seu corpo como uma luva! –Hikaru disse fazendo a mesma coisa que Kaoru fazia comigo.

—E por último…- eles disseram juntos se dirigindo a Jenny. –Temos a modelo resgatada da história, que está com um vestido azul safira, com detalhes em renda na pequena manga e na saia também rodada e com uma linda faixa marcando sua cintura! –e assim que terminaram de nos “apresentar” todos começaram a bater palmas e parabeniza-los pela criação desses modelos de vestidos.

—Legal, virei manequim agora.... –Yza disse suspirando.

—Eles sempre exageram demais quando o assunto é roupas.... –Jenny disse um pouco vermelha e cruzando os braços.

—Fazer o que? Eles são assim mesmo.... –eu disse dando de ombros.

—Se quiserem nos devolver, devemos avisa-las que não aceitam devolução! –os gêmeos disseram sorrindo travessos para nós e demos um leve sorriso os olhando.

—E quem disse que quero trocar vocês?! –Yza disse abraçando os dois. –São vocês que trazem tanta diversão pra minha vida agora!

—Ih, ela disse que eles são mais divertidos que você, Damon... –eu e Jenny dissemos brincando e Damon apenas sorriu.

—Não se preocupem, quando estamos sozinhos, ela também gosta de se divertir comigo. –ele disse sorrindo travesso para Yza.

—É, nós sabemos, conseguimos ouvir... –eu e Jenny dissemos rindo.

—Querem parar de insinuar essas coisas?! –Yza disse vermelha se soltando dos gêmeos, que já estavam rindo pelo que tínhamos falado, e vindo na nossa direção. –Ele apenas fica fazendo cócegas em mim, suas mentes poluídas!

—Nós não dissemos nada, você que supôs que fosse isso. –eu e Jenny dissemos inocentes, mas ainda rindo da cara dela.

—Vocês não prestam! –ela disse começando a rir junto conosco e dando um leve soco em nós duas. –A convivência com os gêmeos realmente afeta demais vocês, principalmente agora que moramos aqui.

—Vocês estão morando aqui?! –a mãe dos gêmeos perguntou totalmente surpresa.

—…você não sabia? –Jenny perguntou e ela apenas negou com a cabeça.

—Não achamos necessário falar, antes que comecem a nos questionar! –os gêmeos disseram dando de ombros.

—Vocês acham que contar pra mãe de vocês que a Jenny foi “sequestrada” é importante, mas contar que nós quatro estamos morando aqui a meses não é nada demais?! –eu disse chocada.

—Vocês precisavam de um lugar, e vieram para cá. Pronto, nada mais a se explicar. –eles disseram.

—Na verdade, isso é excelente! –a mãe deles disse e nós a olhamos. –Eu estava mesmo pensando em passar uns dias em casa e pedir para que ficassem aqui, quero fazer uma nova coleção inspirada no Brasil, e ninguém melhor que vocês para me ajudar!

—Você não está pensando em.... –Yza começou a dizer, mas ela a interrompeu.

—Não, não. Hoje não vamos discutir isso! –ela disse sorrindo. –Aproveitem a festa e depois falo minhas ideias. –e se afastou de nós.

—Sabem o que isso significa, não é? –os gêmeos nos perguntaram e eu, Jenny e Yza suspiramos.

—E lá se vai meu tempo de estudo.... –eu disse já num tom cansado.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Vou tentar mesmo postar mais rápido os capítulos agora que tive um folga, então esperem ansiosos O/
Até a próxima :3



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Intercâmbio no Ouran - O Último Ano" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.