Do trono ao cadafalso escrita por Evil Queen 42


Capítulo 39
Capítulo XXXIV




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"Finalmente recuperei minha lucidez. Estou presa há dias, não sei exatamente quantos, e tudo para mim foi como um aterrorizante sonho. Inocentes foram mortos, mas eu ainda aguardo minha morte. 

Por quê? Por que Sasuke faz isso comigo? Me mantém presa, aguardando o cumprimento de minha pena por traição, mas não sei quando irá acontecer. Essa angústia me consome. Não quero morrer, não quero deixar minha filha sozinha nesse mundo tão injusto, mas já que devo morrer, então espero que aconteça logo... que acabe com a minha agonia em esperar esse momento. 

Naruto, meu amigo, veio visitar-me hoje. Pobre homem, está abalado por saber que minha vida logo acabará. É surpreendente saber que ele teve permissão para vir até aqui (...)."

Por um instante, ao ver o loiro em seus aposentos na Torre, Sakura imaginou que ele trouxesse consigo o perdão do Rei, mas o único alívio trazido por Naruto para a Rainha era a morte indolor. 

Mas era óbvio que Naruto não estaria ali apenas para informar como seria a execução da mulher. Tinha algo mais, e isso a deixava assustada. 

– Escrevi para o Rei logo após sua prisão. - Naruto informou, de pé ao lado da pequena janela daquele grande aposento - Informei sobre minha afeição por você. Disse a ele que jamais houve mulher tão boa e honesta. Sua conduta é inquestionável, afirmei. 

Sakura arregalou os olhos em surpresa, então levantou-se de sua poltrona e caminhou até onde Naruto estava, olhando-o em seguida fundo nos olhos. 

– Escreveu isso a ele?

Naruto de fato correu um risco muito grande. Sasuke estava louco com o andamento do processo por conta da traição de Sakura. 

– Trata-se da verdade. - O Uzumaki assentiu - Acredito em sua inocência e deixei claro ao escrever para o Rei.

Pelo fato de Naruto, um amigo e conselheiro próximo ao Rei, ter escrito para ele ao invés de falar pessoalmente, Sakura pôde concluir que seu marido havia se isolado pela vergonha.

A imagem era tudo dentro da Corte de Sasuke. O Rei, o homem mais imponente do país, teve sua honra manchada pela traição da esposa. 

Fofocas corriam pelo palácio. Diziam que Sasuke não deveria ter se casado com uma mulher cujo apetite sexual era insaciável se não podia controlá-la. 

Aquilo era um grande golpe em sua masculinidade, em seu orgulho. 

Claro que ninguém faria tais comentários na frente do Rei, mas ele sabia a proporção que os acontecimentos haviam tomado. 

Para amenizar as coisas para o lado de Sasuke, Orochimaru fez com que Sakura fosse o problema. Passou para todos a imagem de que a Rainha era uma predadora sexual, promíscua, vulgar, e que nem mesmo um Rei seria capaz de dominar ou até mesmo saciar uma mulher assim.

– Você foi muito corajoso, Naruto. - Ela sorriu.

– Creio que o Rei esteja disposto a contrair um novo casamento. - Naruto anunciou com pesar - E ele não quer impedimentos. Inclusive exige que Sarada seja retirada da linha de sucessão. 

Sakura estremeceu ao ouvir as palavras de Naruto. Tudo o que fizera em prol de sua amada filha havia sido em vão? 

– Meu coração ainda bate e o Rei já procura outra esposa? - Indagou com certo deboche em seu tom de voz.

– Ainda não há uma pretendente, mas é certo que Sasuke procure uma nova Rainha... e tenha outros herdeiros.

– Minha morte não é o suficiente? - A irritação em seu tom de voz era nítida. 

Não se importava com futuros casamentos de seu marido após sua morte, mas não admitia que Sarada fosse removida da linha de sucessão. Ela era filha de Sasuke, tinha seus direitos. 

– Antes de seu julgamento, Orochimaru tentou obrigar Sasori a assinar um documento afirmando que havia um contrato de matrimônio entre vocês. - Relatou o loiro - Mas Sasori se recusou. Agora é exigido, creio que pelo próprio Rei, que você assine o documento. 

Era uma mentira. Jamais houve contrato de matrimônio entre Sakura e Sasori, mas Sasuke parecia querer qualquer pretexto para se separar. 

– Ele quer uma anulação... - Comentou espantada.

– Sim. - Naruto assentiu - Sasuke exige que você assine um documento, declarando que o casamento de vocês nunca teve valor. 

Com o casamento anulado, Sasuke poderia se casar novamente. Caso Sakura morresse sem assinar o documento, o monarca não poderia colocar outra em seu lugar, essa era a lei do país. 

– Meu casamento é válido. - Sakura falou com a voz firme.

– Não me peça para explicar as estranhas idéias de Sasuke. Sabe que é impossível saber de tudo o que se passa pela cabeça dele.

Sakura ficou em silêncio por alguns segundos, pensando nos prós e contras de assinar o documento que faria a validade de seu matrimônio cair por terra.

– Naruto! - Alarmou - Se nunca houve casamento, então nunca houve adultério. Se Sasuke nunca foi meu marido, então não existe traição. 

Uma pequena chama de esperança se acendeu no coração de Sakura. 

Mas Sasuke era o Rei, não um homem comum, e aí morava o problema. 

– As coisas não acontecerão de acordo com o que você imagina ser certo, Sakura.

– Se eu assinar este documento, Naruto, há grandes chances de eu ser absolvida. - O espírito da rosada se animou com a possibilidade.

– Compreendo seu raciocínio, mas não é desejo do Rei e nem de seus pares mantê-la viva. - Anunciou com pesar, o que fez Sakura sentir uma fisgada em seu coração - É exigido que o casamento seja declarado inválido, e que Sarada seja removida da linha de sucessão. 

Sakura já estava com seu destino traçado, mas o que faria em seus últimos momentos de vida seria responsável por traçar o destino de sua pequena filha.

– Isso veio da cabeça de Orochimaru, não? - Questionou com amargura.

– Sim. - Assentiu o loiro - O plano foi delineado por ele, para que o Rei esteja livre. E, por incrível que pareça, Sasuke está tão louco que se deixa manipular por ele. 

Orochimaru havia ficado quieto para preparar todo o esquema. Agora emergia do casulo como uma borboleta malévola a abrir as asas sobre sua presa... e a presa era Sakura. Reuniu os inimigos da Rainha, colocou espiões em sua Corte e induziu uma quantidade significativa de testemunhas contra ela. A primeira confissão, vinda de Neji, obtida sob tortura, desencadeou a rápida queda de Sakura.

Sakura sabia sobre o comportamento corrupto de Orochimaru. Com o passar do tempo, ela se tornou uma grande ameaça para ele, e o conselheiro do Rei armou a queda da Rainha antes que ela pudesse significar a sua.

– Ele é uma borboleta que voa de acordo com o vento que sopra. - Sakura riu sem humor - E existe apenas um vento em Konoha: Sasuke. - Disse com amargura - Ele se aproveitou da fragilidade do meu casamento. 

– Agora ele tenta induzir o Rei de que um novo casamento é necessário para que o país tenha um herdeiro. - Anunciou - Certamente tentará empurrar Sasuke para uma nova Rainha o quanto antes, mas uma Rainha escolhida por ele... Creio inclusive que ele já esteja entrando em contato com outros países para selecionar pretendentes. 

– Sasuke me amou de todo o seu coração, moveu céus e terra para fazer-me sua. Ele de fato me quer morta, Naruto? 

Sakura se recusava a acreditar que o homem que um dia tanto a amou iria permitir que sua vida fosse tirada a sangue frio. 

Mesmo que Sakura tivesse sido julgada por crime de traição, ela não conseguia crer que seu marido, seu companheiro de anos, acreditava cegamente em tais acusações. 

– Sasuke é como um pêndulo, que balança de um lado para o outro. Receio... - Naruto fez uma pausa, pois as palavras eram extremamente difíceis de se pronunciar - Receio que se você não der para Sasuke aquilo que ele quer, as coisas fiquem perigosas para Sarada. 

Sakura estremeceu. 

– Ele não faria nada contra a própria filha. - Sakura afirmou. 

– Sasuke é capaz de grandes crueldades se assim lhe convier. Vindo dele, não duvido de coisa alguma. - Suspirou pesadamente - Mas temo que Orochimaru arrume um pretexto para que Sasuke se livre de Sarada, tal como está fazendo com você. Dados os motivos de sua condenação, as perspectivas de casamento para Sarada serão praticamente nulas... ela se tornará um fardo para o Rei.

– Ela é a futura Rainha. - A mulher disse firmemente.

– Sakura, tudo é possível. O Rei está louco.

– Sasuke jamais faria algo contra Sarada. Ela é sua filha e única herdeira. - Bradou - As perspectivas de casamento para Sarada serão nulas caso ela seja considerada uma filha ilegítima, o que a converterá numa peça inútil para Sasuke. Enquanto ela for herdeira do trono, nada acontecerá a ela.

– O Rei exige que você assine a anulação. - Naruto tornou a dizer - E isso fará de Sarada uma bastarda.

– Eu não sou obrigada a assinar. - Retrucou - Fui condenada por uma mentira, mas não deixarei que isso afete minha filha! 

Naruto desviou o olhar para a janela da Torre. Enquanto fitava o exterior daquela grande fortaleza, Sakura o viu apertar os dentes. Ela se aproximou para ver o que Naruto olhava tão perturbado, então presenciou vários trabalhadores que carregavam tábuas de madeira para o centro da relva; Eram empilhadas para erguer o cadafalso protegido pelos muros da Torre Sangrenta, dando a Sakura o privilégio de uma execução privada. 

– Certamente você deve perguntar em seu íntimo se o Rei já não sente mais amor por sua pessoa. - Naruto comentou cabisbaixo, observando o movimento do lado de fora - Julgo que alguma faísca desse amor que outrora foi uma chama ardente deve ter sobrado... Sua sentença, Majestade, ainda não foi assinada.

Sakura arregalou os olhos. Sabia que Sasuke não era do tipo que hesita, mas hesitava em assinar o documento que tiraria a vida de sua esposa. 

Talvez esperasse que ela assinasse o documento antes de matá-la, mas por que demorar tanto?

 Sakura sentiu uma onda de alívio seguida por uma onda de medo. E, em meio aos turbulentos acontecimentos, conseguiu mostrar um pouco de sua ironia:

– Estou certa de que o cadafalso não está sendo erguido sem motivo. - Ela riu com sarcasmo, levando as mãos até seu pescoço - Será uma ocasião muito elegante, não acha? 

– Oh, Majestade! - Naruto caiu de joelhos e pôs-se a chorar amargamente. 

– Meu amigo, não chore por mim. - Sakura lhe acariciou os cabelos - Estes planos agora nos parecem tão cruéis, mas certamente são parte de planos maiores e impossíveis de entender no presente momento, mas que um dia farão sentido. 

A voz calma de Sakura apaziguava o espírito de seu grande amigo, mas não era o que de fato lhe dizia o coração. 

O loiro limpou as lágrimas e se reergueu. 

– Me envergonho por isso. - Disse ele - Eu deveria confortá-la, não o contrário. 

– Alegra-me saber que você crê na minha inocência. Isso já me basta. 

– Temo apenas que não dê ao Rei o que ele deseja. - Naruto falou com pesar, referindo-se a anulação do casamento. 

– Mesmo que por vezes seja um tirano, Sasuke jamais faria nada para prejudicar nossa filha, ainda mais tendo a ela como única herdeira.

– Majestade, o futuro do país também está em jogo. - Alertou - O Rei não possui um herdeiro, e só poderá desposar outra mulher para tê-lo caso seu atual casamento seja declarado como inválido. 

Sakura soltou um riso anasalado. 

– Por que Sasuke tem que deixar um Rei para segui-lo, por que não uma Rainha? 

– O país jamais foi regido por Rainhas, isso é inaceitável. - Anunciou - Sasuke precisa estar livre para ter o futuro Rei com outra mulher. 

Sakura não estava disposta a abrir mão dos direitos de sua filha por causa das ambições de Sasuke. 

– Minha filha é legítima, não aceito que declarem o contrário. - Afirmou - Sasuke quer a anulação do nosso casamento? Pois que ele arranque isso de mim da forma que puder.

...

As mulheres que estavam com Sakura estavam fora do aposento. O sol nascia, mas aquela bela visão havia sido ofuscada pelo cadafalso que Sakura observava pela janela. 

Não sabia quando seria sua execução. Nada foi dito, Sasuke sequer era visto em público. Tudo estava confuso, mas a única certeza de Sakura era que Sarada deveria continuar como herdeira legítima. 

Enquanto permanecia distraída próxima à janela, Sakura ouviu a porta do aposento ser aberta e logo em seguida fechada. Alguém estava ali. 

– Não sinto fome. - Disse ela, considerando que a pessoa que estava ali tinha a intenção de lhe levar algo para comer. 

– Sakura... - A voz grave fez o coração da Rainha acelerar - É verdade? 

Sakura virou-se para trás e viu Sasuke ali, para sua surpresa.

A mulher então caminhou calmamente até o centro do quarto, sentou em sua poltrona e encarou o rosto sério do Rei.

– Caiu em sua própria armadilha, Majestade? - Ela indagou calmamente, não demonstrando emoção alguma pelo fato de o Rei estar ali - Qualquer prova existente contra mim foi forjada. Agora está acreditando na minha inocência? 

– Sakura, o veredito foi dado, mas sua sentença não está assinada. Não quero saber de sua culpa por terceiros, quero ouvir de seus lábios. 

– Quer saber se eu fui infiel?

– Sim, eu quero. - Assentiu - Foi infiel a ponto de desejar o pior dos destinos para mim a fim de colocar um amante em meu lugar? - Indagou seriamente.

– Quer saber se houve real adultério porque isso afeta sua masculinidade e seu orgulho? - Sakura indagou com um ar de riso - Sei que é isso. É só o que importa para você, não? - Soltou um riso anasalado - Pois vá... Mantenha o seu orgulho. Conclua o que você mesmo já sabe, não precisa da minha palavra para isso.

Sasuke suspirou pesadamente. A personalidade forte e espirituosa de sua esposa não havia sido quebrada nem em tais circunstâncias. 

Ela sabia que seu destino estava traçado, portanto deixaria a ferida onde mais estava doendo: No orgulho de Sasuke.

– Você está ciente de que, como Rei, eu não posso perdoá-la pelo que fez.

– Não é por isso que estou aqui? - Arqueou uma sobrancelha, não perdendo seu tom desafiador de sempre. 

– Eu não quero que as coisas terminem assim.  - Confessou - Você foi minha companheira por anos, é mãe de minha filha, e isso não posso apagar. Mas nem eu estou a cima da lei, Sakura... Não posso ser negligente a ponto de perdoá-la por isso.

Sakura ficou confusa. Afinal, Sasuke estava ali para dizer aquilo que ela já sabia? 

Não... Havia algo além. 

– O que quer de mim, Sasuke? Você não viria aqui a troco de nada.

– Concorde com a anulação. - Pediu - Não quero que sua vida termine pela lâmina de um carrasco... Por favor, sejamos gentis um com o outro. Por tudo o que já vivemos, Sakura. 

– Me manterá viva caso eu concorde com a anulação do casamento? 

– Já estou providenciando tudo. - Contou - Você irá para o exterior junto com Sarada. As duas serão bem mantidas. É a única forma de manter você viva. Por favor, assine o documento... Me liberte, Sakura. 

Sakura ponderou. 

Seria tão covarde a ponto de abrir mão dos direitos de sua filha apenas para permanecer viva e exilada?

Ela lutou como uma leoa feroz para que Sarada tivesse direito ao trono. Lutou para se tornar Rainha, mas caiu. Não poderia levar Sarada junto consigo. 

Caso Sakura assinasse a anulação, Sasuke estaria livre para se casar, e ela consequentemente não seria mais a Rainha. 

Todavia, se Sakura não fosse Rainha, Sarada não seria Princesa. Tornaria-se uma filha bastarda, nada mais. Perderia todos os seus direitos. 

Assinar a anulação e optar por sua vida era algo que contradizia as ambições de Sakura. Sua vida estava acabando, mas a de Sarada continuaria. 

– O que pretende, Sasuke? Desposar outra mulher e fazer de nossa filha uma bastarda? - Vociferou - Não! Não, eu não concordo com isso! 

– Sakura... - Ele suspirou pesadamente, passando uma das mãos pelo rosto - Você não me dá outra escolha! 

– Lembra-se, Sasuke, do que eu lhe disse antes de nos casarmos? Eu disse incontáveis vezes que nossos filhos não seriam bastardos! Você me prometeu casamento, me prometeu a coroa, e agora simplesmente volta atrás em sua promessa? Pois não aceito! - Falou decidida - Somos marido e mulher, Rei e Rainha, isso eu mantenho. Sarada é sua herdeira legítima, e eu não abrirei mão do direito dela em ser a única herdeira do trono nem que me torturem até meu último suspiro de vida. Eu não vou ceder! 

Sasuke não imaginou que Sakura se manteria irredutível mesmo sabendo que sua vida corria riscos. 

Não queria assinar a sentença, mas não havia outra opção. Não poderia ser negligente. Traidores devem ser punidos como traidores. 

– Você fez sua escolha. - Eis a palavra final de Sasuke. 

Sakura não queria morrer. Mas estava disposta a defender com sua vida o direito de Sarada. 

O perdão de Sasuke não era nada para ela. Sua única preocupação era a sucessão de Sarada, o que tanto lutou para conseguir. 

– Ouça algo antes de ir. - A rosada se levantou num rompante - Eu menti, Sasuke! Disse que lhe amava, mas menti. - Afirmou - Eu fui infiel! Infiel com muitos! 

– É mentira! 

– É verdade! - Retrucou, sabendo que suas palavras doíam em Sasuke como uma lâmina afiada - Metade da sua Corte, soldados da sua guarda, e até mesmo com aqueles que lhe juraram fidelidade até a morte! - Bradou - Olhe, Sasuke, de hoje em diante para todos aqueles homens que cruzaram o meu caminho e pense se não os considerei melhor homem do que você! 

O sangue de Sasuke ferveu em suas veias. Sem pensar duas vezes, ele caminhou para mais perto de Sakura e lhe deu uma sonora bofetada no rosto.

– Sua prostituta! - Ele exclamou com ódio. 

Sakura olhou para Sasuke com uma de suas mãos sobre o rosto, então começou a rir em deboche. Aquilo doeu fundo no monarca, pois Sakura já não mais se importava com as ações dele. 

– Mas Sarada foi sua. - Afirmou, tirando a mão do rosto um pouco avermelhado no local da bofetada - Observe-a enquanto ela cresce. Sarada é uma Uchiha, ela é sua, não há como negar isso. - Disse orgulhosa - Tenha quantos filhos bastardos puder conceber, e espere que eles sobrevivam... Mas Sarada reinará depois de você. - Gargalhou de forma que Sasuke se questionou sobre sua sanidade - Sim... A filha de Sakura, a prostituta, e Sasuke, o tirano lascivo, ela será Rainha!

Sasuke estava com ódio. Sakura afirmou sua culpa, ele ouviu de sua boca, já não considerava mais mantê-la viva. 

– Você pediu pela morte, Sakura... Foi você quem escolheu o fim terá. - Sasuke disse friamente, mas Sakura não se abalou.

– Que assim seja. - Disse com tom de voz inabalável - Mas o que eu levo para o meu túmulo, Sasuke, você também levará para o seu. E pense nisso mais uma vez... Sarada será uma Rainha muito maior do que todos os seus antecessores. Ela governará uma Konoha muito maior do que você jamais seria capaz de construir! Sim, Sasuke... A minha filha será Rainha, portanto meu sangue não terá sido derramado em vão.  

Sasuke nada respondeu diante daquilo, apenas virou as costas e saiu do aposento, deixando Sakura a sós. Não mais hesitaria em assinar a sentença dela, pois estava convencido de sua culpa. 

Ela sabia que iria morrer, mas, a cima de tudo, sabia que havia garantido o futuro de sua filha. 


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