10 Desejos escrita por 4ever Happy


Capítulo 11
1.


Notas iniciais do capítulo

Só queria dizer que esse é o ultimo capitulo, porém teremos sim um Epilogo com suas devidas explicações

Espero que gostem ♥



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— Você quer mesmo fazer isso? – Dez segura minhas mãos para que eu possa sair do carro. 

Olho para a montanha íngreme a minha frente. Ela é maior do que imaginava.

— Claro. – As pedras escorregadias seriam um desafio que eu estava disposta a enfrentar.

Trish abre o porta malas e carrega as mochilas. Ela solta alguns palavrões pelo peso que tinham, e então começa a caminhada.

Me apoio no ombro dos meninos para conseguir andar. Ambos me seguravam para ter certeza de que eu não iria cair. Todo cuidado comigo era pouco desde o incidente do restaurante.

Austin ficou desesperado quando viu que desmaiei em seus braços naquele dia, mas respeitou meu pedido de não ligar para a ambulância ou me levar ao hospital. Foi um risco que ele correu, mas algo dentro dele insistia em acreditar que eu ficaria bem, e no final ficou. Estou aqui.

Em passos curtos, desviando de cada pedra duvidosa ou galhos soltos, chegamos ao topo da montanha.

— Acho melhor montar tudo agora. Antes de anoitecer. – Trish solta um longo suspiro de alivio ao colocar as malas no chão.

Dez e Austin pegam uma revista que mostrava o passo a passo para montar as barracas. Nosso plano era acampar na montanha e voltar para casa logo cedo. Trish fez um monte com galhos e folhas secas que tinha encontrado por ali para a fogueira.

— Vamos torcer para que dê certo. – A latina cruzou os dedos ao riscar o fósforo e jogar no monte a sua frente. Não demorou muito para que o fogo se espalhasse entre as plantas. Trish recolhe mais alguns gravetos e folhas para alimentar a fogueira. – O que você está fazendo? – Ela olhou para as pedras em minhas mãos.

— Precisa fazer uma barreira contra o vento. – Coloco as pedras grandes em um círculo em volta do fogo. Escuto os meninos discutindo algo sobre alguma peça errada da barraca.

— Eu nunca pensaria nisso.

***

Nos reunimos em volta da fogueira, tentando fugir dos ventos gelados. Trish sempre jogava mais galhos para manter o fogo alto.

— Eu planejei uma coisa... – Dez se levanta e volta segundos depois com um saco branco em mãos. Entregou um graveto de churrasco para cada um de nós e abriu o pacote. – Que saudade eu estava disso. – Ele espeta o graveto em um marshmallow. – Podem pegar.

Cada um de nós o imita, colocando o marshmallow na ponta do graveto e rodando em cima do fogo.

— Isso é muito bom. – O doce branco se derretia em minha boca. Como eu nunca havia provado isso? É um clássico americano.

— Isso me lembra a época dos escoteiros. – Dez fala com a boca cheia.

Os últimos raios de sol brilhavam atrás dos enormes prédios de Miami, avisando que o dia havia chegado ao fim. Uma estrela já brilhava no céu não esperando a noite chegar por completo. Austin dedilhava alguma música antiga em seu velho violão enquanto sussurrava a letra da canção.

— Sabe o que falta? – É possível ver o sorriso de Trish pela luz do fogo. O sol àquela altura já tinha ido embora. – Histórias de terror. – Ela acende uma lanterna e faz uma careta.

— Eu já estou com medo dessa sua cara feia. – Dez a provoca.

Todos rimos, e Trish começou a contar a velha lenda do Pé Grande.

***

— Que horas são? – O loiro me pergunta pela quarta vez em dois minutos.

— Meia noite em ponto. - Olho no celular.

— Vai começar. – Ele disse animado.

Austin e eu estávamos deitados em um colchão a céu aberto. Tivemos que pegar um cobertor para nos proteger do frio que nos alcançava no alto da montanha. Trish e Dez cansados de esperar a chuva de meteoros começar, foram dormir.

Por sorte hoje teria uma chuva com sessenta meteoros por hora, algo inacreditável já que o normal é vinte por hora. Nunca estive tão ansiosa. O fenômeno de hoje seria o encerramento perfeito da viagem.

— Não é incrível? – Aponto para o céu. – Não é possível ver metade dessas estrelas na cidade.

Os pequenos pontos brilhantes camuflavam a imensa escuridão acima de nós, e a Lua cheia nos iluminava com sua luz. Nunca havia visto uma noite tão linda como essa.

Austin estava tão encantado quanto eu. Os prédios iluminados abaixo de nós não chegavam perto da quantidade de estrelas no céu.

— Ali! – Ele apontou para cima. – Você viu?

Um rastro branco passou debaixo da Lua, o primeiro meteoro da noite.

— Olha! – A animação era evidente em minha voz. Um feixe de luz atravessou o céu negro.

Parecíamos dois bobos sorrindo toda vez que um meteoro cortava a escuridão.

— Fiz minha matricula em Harvard. – Quebro o silencio. – Meus pais acreditam que eu vou viver tempo suficiente para fazer a faculdade.

— Vou para Yale. – Ele respira fundo.

— Austin, isso é incrível! – O encaro pela primeira vez desde que nos deitamos. – Yale é uma das melhores faculdades do país.

— Bom, meu pai que conseguiu minha vaga. Ele tem alguns amigos influentes na universidade... – Confessa. – Era o sonho dele que eu fosse para Yale, então...

Outro meteoro.

— Sabe o que estamos nos esquecendo? De fazer um pedido para as “estrelas cadentes”. – Austin faz aspas com as mãos.

— Desejo ver minha família de novo. – Sussurro de olhos fechados assim que outro meteoro corta o céu. Eu me sentia uma criança de novo.

— E você vai. – Sinto minhas bochechas arderem ao perceber que ele ouviu. – Amanhã de noite você estará em casa. – O loiro deposita um beijo em minha testa. – E tudo ficará bem.

Deito minha cabeça em seu peito, gosto de escutar seu coração quando estou aflita.

— E você? Qual foi o seu desejo? – Seus batimentos ficam acelerados quando o questiono. Brinco com a palma de sua mão.

— Eu... – Sinto seu peito subir e descer lentamente com sua respiração. – Pedi por você. – Austin entrelaça nossos dedos. Levanto minha cabeça e o olho, a luz fraca da lua iluminava seu sorriso tímido. – Pedi para acordar todos os dias com você em meus braços... Porque talvez eu goste de você.

— Talvez eu goste de você também. – Depois de muito tempo negando isso para mim mesma, confesso.

Meu coração erra uma batida quando Austin finalmente me beija. Nossos lábios se encaixavam perfeitamente, como se fossemos feitos um para o outro. Ao contrário do baile, esse beijo significava algo para nós, algo grande. Um sentimento que a muito tempo estava escondido em nós.

Sorrimos um para o outro enquanto estávamos a procura de ar. Os meteoros acima de nós não foram capazes de manter nossa atenção, porque no segundo seguinte nos beijamos novamente.

Suas mãos delicadamente subiam e desciam em minha cintura, me causando arrepios. Seus fios loiros eram bagunçados por mim. A intensidade entre nós aumentava a cada momento.

Uma onda de calor me atinge quando os dedos frios de Austin encostam em minha pele nua. Eu precisava sentir seu toque. As veias do meu corpo foram invadidas pelo desejo.

Passo minhas mãos em seu peito, sentindo sua respiração ofegante. Era possível ouvir nossos corações acelerados quando ele ficou sob mim, distribuindo seu peso em seus braços.

Nossas mãos vasculhavam cada centímetro do corpo um do outro.

— Ally... – Ele então separa nossos rostos, sua respiração estava descontrolável, como a minha. – Nós não precisamos fazer isso agora se você não quiser... Quer dizer, eu não quero te forçar a nada.

— Eu quero, Austin. – Balanço minha cabeça em concordância para que ele veja que estou sendo sincera. Eu queria aquilo. Nós queríamos. O beijo novamente, e ele não hesita em corresponder na mesma intensidade que antes. 

Minha respiração falha quando seus lábios encontram meu pescoço. Cada célula do meu corpo o desejava, todos os pelos arrepiados em meu corpo gritavam para serem tocados por ele.

Ele tira minha camiseta e encara todas as manchas vermelhas espalhadas por ali. Tremo diante dele. Austin então beija cada uma delas, e sussurra o quão linda eu sou. 

Naquele momento, milhares de estrelas testemunharam o dia em que me entreguei por completo a Austin Moon.


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Notas finais do capítulo

COMENTEM- O que acharam desse final?? Calma que ainda tem o Epilogo hein

FAVORITEM

RECOMENDEM- Tem tempo ainda

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