Cinquenta Tons de Anastácia escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 6
Reunião de família


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/HEfT54Qi9o0
https://youtu.be/D1XUfFnmflU



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P.O.V. Grace.

Hoje é domingo e a nossa família sempre se reúne de domingo. Logo, começaram a chegar.

Primeiro chegaram a Mia e o namorado, depois o Eliot e a namorada e por fim Christian, Alice e Anastácia.

—Oi.

—Ah, eu sinto o cheiro no ar. 

—Cheiro de que?

—Medo. E curiosidade. Podem perguntar.

A Mia foi a primeira a perguntar.

—É verdade que as bruxas comem almas de criancinhas?

—Mia!

—Tudo bem senhora Gray. Não, não é. A maioria do que você sabe sobre bruxas são mentiras maldosas inventadas pela Igreja Católica, o que é irônico já que o seu Jesus era... um de nós. Um bruxo extremamente poderoso.

—Jesus Cristo era um bruxo?

—Era. E era meu ancestral.

—Você é descendente de Jesus?

—Sou. Eu e Alice somos as últimas descendentes de sangue puro dos feiticeiros necromantes de Asheron. A minha linhagem existe desde quatro mil antes de Cristo.

—Uau!

—Então a história do Código Da Vinci é verdade?

—Cada mísera palavra. Maria Madalena também era uma de nós.

—E Noé?

—Não. Ele era um profeta.

—Um profeta?

—Sim Senhor Gray, vez por outra, de tempos em tempos Deus coloca no mundo um Profeta. Os profetas são sagrados, eles tem um arcanjo protetor diretamente ligado a eles.

—É verdade que as bruxas servem ao Diabo?

—Não Mia. Somos servas da natureza. 

—Faz um feitiço ai.

—Isso não é brincadeira Mia. Não se deve brincar com a magia, pode ficar perigoso.

—Só uma.

—Ta. Tem travesseiro de pena ai?

—Tem. 

—Trás um pra mim por favor e uma faca.

Mia trouxe o que ela pediu. Anastácia fechou todas as portas e janelas.

—Ok. Portas e janelas fechadas, não passa nem um ventinho.

Ela tirou a fronha do travesseiro e o rasgou espalhando as penas.

—Minha avó que me ensinou. Vocês vão amar. Não é bem um feitiço, é só um truque. Prontos?

—Claro.

Começou com uma pena, ela fez a pena levitar.

—Ana, o que tá acontecendo?

Mais de uma pena. E então só com um olhar todas as penas flutuaram.

—É lindo.

—É verdade senhora Gray. Tudo o que a minha avó me contou, ultrapassa os limites do possível, mas é verdade. Eu sou uma bruxa.

—Isso... é mesmo incrível.

—Você não me mostrou esse truque. Mas, me mostrou o das velas e foi apavorante.

—Exatamente a reação que eu queria querido.

—Das velas? Mostra.

—Olha, eu preciso de um tempo. Não é como desligar um botão, isso consome energia e se eu não tiver o que canalizar eu passo mal. Esse feitiço foi brincadeira de criança, aprendi a fazer com quatro anos. Agora, canalizar, fazer âncoras, trazer bruxas de volta do outro lado, matar vampiros... isso é pauleira.

—Fazer âncoras?

—Âncora na linguagem das bruxas é tipo uma coisa, pode ser qualquer coisa, mas tem que ser uma coisa poderosa. Feitiços antigos e muito poderosos são atados, ancorados a algo... ainda mais poderoso. A lua, um cometa, uma duplicata. Tanto faz, mas fazer uma âncora consome uma quantidade massiva de energia mística. Precisamos de algo pra canalizar, algo em que nos apoiar, alguma coisa de onde tirar essa energia.

—O que é duplicata?

—Dopplegganger. Um efeito colateral de um elixir da imortalidade feito a dois mil anos atrás por uma bruxa apaixonada que foi enganada, traída e criou um purgatório sobrenatural pra prender a alma do cara que traiu ela. É, ela era doida. Mas, ela criou a cura.

—Cura?

—Para a imortalidade. Ela enganou o cara, o trancou numa tumba por dois mil anos e fracassou. Ele foi salvo e reunido com a sua alma gêmea, a descendente duplicata da alma gêmea dele drenou os poderes da bruxa louca, fez um feitiço de troca de âncora e o cara matou a bruxa. Atravessou um atiçador de lareira no peito dela.

—Credo!

—Eu não tenho pena não. A mulher era tipo, se eu não posso ter o cara, ninguém mais pode. Ela era uma doida, maníaca, psicótica que ainda por cima tinha poderes mágicos.

Alice começou a chorar.

—Qual é o problema?

—Fralda suja. Eu já venho.

—Você não pode trocar a fralda usando magia?

—Eu não herdei esses poderes mágicos antigos e super poderosos para fazer penas levitarem ou trocar fraldas sujas! Isso é muito maior do que você pode se quer imaginar! Esses poderes me foram dados para erradicar a praga de vampiros que a bruxa Ester gerou! Para queimá-los vivos e fritar os seus cérebros e restabelecer o equilíbrio da natureza!

—Uau! 

—Nossa, me desculpe. Eu sinto muito, de verdade. Eu só to preocupada, estressada não tenho dormido direito. Com licença.

Eu nunca tinha visto a minha nora perder a compostura. Deve ter algo muito sério acontecendo.

P.O.V. Ana.

Eu não entendo. Eu nunca fui assim, eu não sou assim. Tem algo errado.

Depois de trocar a fralda da Alice eu fiquei pensando até chegar a uma conclusão óbvia.

Voltei pra sala.

—Christian, tem alguma coisa diferente em você? Ta com algum problema?

—O que?

—Não mente pra mim! 

Eu respirei fundo.

—Eu não to com nenhum problema.

—Mas, alguma coisa mudou. Comprou alguma coisa nova? Alguma coisa pessoal?

—Um colar.

—Deixa eu ver.

—Ta bem.

Ele tirou um medalhão velho do pescoço e quando Ana tocou nele, rapidamente o largou.

—Jesus! Ninguém toca nessa coisa.

—É só um colar.

—Não. Não é. É uma Horcrux.

—O que?

—É magia das trevas. Muito das trevas, tem uma parte da alma de um bruxo das trevas poderoso dentro dessa coisa.

—Credo!

—Isso tem que ser destruído. Ta. Sal, ferro e prata.

Ela foi até a cozinha, pegou um saco de sal e uma faca de prata. E então um atiçador de lareira de ferro.

—Tão prontos pra saber o porque eu tenho esses poderes? Pra que eu uso?

—Claro.

—Se afastem, porque o que quer que esteja ai dentro vai revidar. Ele vai cair, mas não vai cair tão facilmente.

Ela fez um círculo de sal ao redor do medalhão, entrou no círculo e contou.

—Um... dois... três.

Minha nora falou numa língua que eu nunca ouvi e o que vimos a seguir foi chocante.

—Morra bastardo!

Ela golpeou o medalhão com a faca de prata e a coisa negra sumiu. Ela caiu de joelhos e começou a chorar.

—Ana...

O meu filho tentou consolá-la, mas ela não deixou.

—Não. Não me toque por favor, não me toque.

—Tudo bem.

—O que foi aquilo meu filho? Você nunca feriria a Ana não é? Não é?!

Começou a cair a ficha.

—Meu Deus meu filho! Ela não é a primeira é?

Ele negou com a cabeça.

—Ai Meu Deus! Devia ter me contado. Eu sou sua mãe. Eu tenho contatos, te arrumaria um terapeuta, um psiquiatra, alguém pra te ajudar meu filho. Machucar as pessoas não resolve nada. Só torna tudo pior.

P.O.V. Christian.

Eu vi a minha mãe chorar. Vi ela olhar pra mim desapontada.

—Porque meu filho? Você é meu filho, eu amei você desde o primeiro momento em que coloquei meus olhos em você naquele hospital, eu vou amar você pra sempre e de qualquer jeito, apesar de tudo. Se tivesse me contado filho, eu teria te ajudado. Porque você iria querer punir essas moças? Porque iria querer machucar alguém tão bondosa quando Anastácia meu filho? Ela lhe fez alguma coisa?

—Não. Ela nunca me feriu.

—Então porque iria querer feri-la?

—Eu ia. Eu ia bater nela, com uma cinta. Mas, uma versão futura de mim apareceu no quarto e me disse que se eu fizesse aquilo eu iria perdê-la pra sempre.

—Ai Meu filho. Onde aprendeu essas coisas medonhas? Quem, que tipo de mente pervertida ensinaria isso pra alguém?

—Elena.

—Elena? A minha amiga Elena?

—Sim.

—Oh, Deus! Como? Quando? Desde quando?

—Desde que eu tinha quinze.

—Meu Deus! Foi minha culpa, minha culpa eu... como eu pude não notar, não ver... Meu Deus, confiei nela.


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