Cinquenta Tons de Anastácia escrita por Erin Noble Dracula


Capítulo 13
Encrencadas


Notas iniciais do capítulo

https://youtu.be/9ITCNjYGs3o

https://youtu.be/RNfZqiY32OY

https://youtu.be/M3cAqCP8tf4



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P.O.V. Alice.

Estávamos nos divertindo quando um homem já idoso, mas muito em forma e muito bem vestido entra no salão.

—Que confusão é essa?!

Ficou um silêncio sepulcral. Até que eu perguntei:

—Quem é você?

—Eu sou Lorde Bennet. Esse é o meu salão de baile e quem é você?

—Alice Grey.

—Tem comida espalhada pelo meu salão! Grudada nas paredes!

—Se isso te incomoda tanto eu posso resolver.

—Vai levar meses para limpar isso tudo!

—Não. Vai levar uns dez segundos. Pode contar.

P.O.V. Lorde Bennet.

Aquela jovem fechou seus olhos, a chama das velas subiu numa altura incrível e conforme ela pronunciava as palavras tudo voltou ao seu devido lugar e tudo o que estava quebrado se concertou.

—Você fez isso?

—Fiz.

—Ela é talentosa, famosa e poderosa tudo o que todo mortal deseja ser. Tudo o que vocês sempre quiseram, sempre admiraram. E aquele que diz que não... mente.

—E quem é você?

—Mackenzie Fray.

—Esse seu tom de cabelo... eu já vi uma vez só uma vez, á muito tempo.

Eu cheguei perto da menina e toquei uma mecha do seu cabelo de pontas cacheadas.

—Conhece uma mulher chamada Liliana Fairchild?

—Já ouvi falar. Somos parentes se é o que quer saber.

—São?

—Minha mãe é Clarissa Adele Fairchild, Clary Fray. Eu sou Mackenzie Horandale Fairchild, Mack Fray.

—E o seu pai?

—Jonathan Christopher Horandale.

—Estranho. Conheço toda a família Fairchild e nunca ouvi falar nem de você e nem da sua mãe.

—É porque a gente ainda não nasceu.

Ela viu o piano e sorriu.

—A minha mãe tem um desses.

Ela se sentou e começou a tocar e a cantar. Era uma melodia que eu nunca havia ouvido e eu nunca havia ouvido a letra também. Música de piano com letra? Isso é inédito.

Dava para ouvir na voz dela que estava chorando, Alice foi até ela e sentou-se ao seu lado. Quando ela terminou de tocar as duas se abraçaram e a jovem senhorita Fairchild chorou.

Então a senhorita Alice começou a tocar e a cantar e as duas tocaram e cantaram juntas. Desta vez a voz de Alice sobressaiu.

—Eu sei que sente falta dela Mack. Ela também sente a sua, ela sempre esteve com você e sempre vai estar.

—Ela ta aqui agora?

—Não. Ela ainda não nasceu Mack e nem a gente.

—É. Tem razão. É estranho sentir a falta de alguém que se quer nasceu. Que nem veio a existir.

—Ainda.

—Ainda.

Uma criada entrou correndo no salão.

—Fogo! Fogo!

—Onde? 

Perguntei e ela respondeu:

—Está vindo do vilarejo. Continua a se alastrar.

Alice perguntou:

—Pra que lado? Pra que lado o vilarejo fica?

—Para oeste.

Alice tirou sua capa e saiu correndo.

—Ali?! Ali pra onde você vai sua louca?!

—Pra oeste!

Da sacada nós vimos todos os cavalos do estábulo saírem para o pátio e ela escolheu um branco.

—Você. Você é a mais veloz. Coragem garota.

O cavalo se sentou para que ela pudesse montar. Nem cela ele usava.

—Vocês. De volta ás baias! Ia!

O portão abriu e ela saiu cavalgando a égua branca.

P.O.V. Alice.

Era um belo de um incêndio. Se eu não fizesse nada continuaria a se alastrar. Então eu comecei a recitar um feitiço que fez o fogo morrer e sair todo pela chaminé de uma casa. Fui ajudada por duas pequenas bruxinhas que ficaram presas numa das casas, foi a energia delas que me atraiu pra lá dentro.

—Tudo bem, está tudo bem, nós vamos ficar bem. O que quer que estejam fazendo continuem fazendo.

—Prestem atenção, façam o que eu fizer está bem?

Elas concordaram com a cabeça tossindo. 

—Repitam o que eu disser.

Quando saímos elas correram direto para os braços da mãe.

—Meus bebês! Obrigado. Quem quer que você seja, obrigado.

—Disponha. 

—Isso tá muito feio.

O incêndio veio e eu estava tão concentrada em detê-lo e em salvar as pessoas que eu nem notei a multidão em volta, era só um zumbido distante.

P.O.V. Lorde Bingley.

Aquilo era o impossível. Então o meu outro eu, o meu eu do futuro disse:

—Eu sabia que ela era uma bruxa e que era poderosa, mas... Caramba!

Ela deu um fim ao fogo. 

—Eu consegui. 

Então ela caiu.

—Alice!

Lady Mackenzie, eu e todos os outros corremos para ajudá-la.

—Ela ta morta?

Lady Mackenzie pegou em seu pulso e disse:

—Não. Ainda não. 

Ela tirou algo da bota e fez uma queimadura na pele de Alice.

—Você não disse que se não for caçador de sombras a pessoa não sobrevive a marcação?

—Alice Grey é a bruxa mais poderosa que já nasceu. Ela não é mundana, ela é um ser sobrenatural.

—Isso quer dizer que ela vai viver?

—Ela vai viver. Alguém vai ter que carregar ela.

Isso já fazem algumas semanas. Alice virou a heroína do vilarejo e uma celebridade por aqui.

 


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