A Lenda dos Dragões escrita por Hakiny


Capítulo 19
Os Sonhos de Ana


Notas iniciais do capítulo

Desculpa o atraso, mas eu ando muito desanimada com tudo em relação a história.
Se quiserem comentar em algum capitulo, tentem falar dos personagens da história e não de termos técnicos... Sério, pra um escritor isso é brochante! Há muito magia nas linhas desse mundo para vcs se limitarem a corrigirem uma palavra errada ou uma vírgula fora do lugar!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/735430/chapter/19

Distante dali, Sophia e Caleb corriam por suas vidas. Foi então que uma luz muito forte, que se assemelhava a uma estrela cadente atingiu a pequena garota que caiu de joelhos.

— Sophia! — Caleb correu ao auxílio de sua filha — Você está bem?

Antes que a garota tivesse a chance de responder, Caleb notou a aparição de uma marca em forma de dragão em seu pescoço.

— Papai? — Sophia se assustou ao ver seu pai cair de costas.

Sentado no chão, diante da filha confusa, Caleb tinha certeza de uma coisa, Tereza havia partido… para sempre.

— Papai, precisamos continuar! — Sophia se agarrava a mão de Caleb e tentava arrastá-lo.

Porém, todas as suas tentativas foram em vão, o homem havia desistido por completo.

— Eu preciso continuar… — Sophia se aproximou de seu pai — O senhor vai ficar seguro se estiver longe de mim… — A menina o beijou na testa.

— Você vai me abandonar como ela me abandonou… — Caleb sussurrava em completo desvario.

— Não, eu vou protegê-lo como ela nos protegeu. — Ao dizer essas palavras, Sophia se afastou de seu pai e correu rumo ao desconhecido.

— SOPHIA!

Por mais alto que ele tenha gritado, a menina não parou nem por um segundo, até ser perdida de vista.

— Já estamos chegando? — dentro da carruagem, Karin debruçava sobre os ombros de Chow.

— Eu não sei, Karin! Eu conheço o ocidente tanto quanto você! — O garoto demonstrava irritação.

— Já estamos na cidade… — Jean mostrava a vista pela janela — Agora vamos para uma estalagem, e procuraremos o Nicholas amanhã.

— Você… não está preocupado com ele? — Karin estranhava um pouco a tranquilidade de Jean.

— Ele já é um homem adulto, precisa arcar com as suas próprias escolhas. — Jean manteve os olhos fixos na janela.

— O que é aquilo? — Karin se aproximava da outra janela da carruagem.

Os restos de um estabelecimento se desfazia em chamas.

— Aqui ficava o teatro mais chique da cidade. — Jean também observava o cenário destruído.

Os olhos de Karin se atentaram a uma silhueta se movendo na escuridão.

A luz das chamas, revelava um homem alto, com cabelos negros saindo do meio dos destroços com certa tranquilidade.

Karin o observou por alguns segundos, até o momento em que os seus olhos se cruzaram com os do estranho. A princesa sentiu um frio na espinha.

— O que foi Karin? — Chow se atentava ao comportamento estranho da amiga.

— Tem um… — Karin olhou novamente para o que sobrou do teatro, mas não havia mais nada — Tinha um homem ali.

— Você tem certeza? — Jean perguntou.

— Sim, ele saiu do meio das chamas, mas não parecia ferido.

— Pode ser um descendente de Hao, deveríamos parar a carruagem e…

— Não! — Karin interrompeu a fala de Chow com desespero — Só… vamos embora daqui.

De volta ao templo, Zeng demonstrava um certo cansaço.

— Estou velho demais para caminhadas tão longas! — O monge comentava sozinho.

— Dizem que faz bem para saúde.

A voz de Ana fez com que o velho saltasse para trás em posição de ataque.

— Acalme senhor monge, eu sou inofensiva. — A garota posicionava as mão em forma de rendição, enquanto sorria delicadamente.

Zeng a observou por alguns segundos.

— Posso ajudar a senhorita? — Zeng recuperava a sua postura calma habitual.

— Bom, eu… gostaria de saber mais sobre os dragões. — Ana se explicava um pouco sem jeito.

— Você é um dragão? — O velho a encarava firmemente.

— Não, mas…

— Tem acontecido algum tipo de situação fora do comum com você? — Zeng interrompia a garota impiedosamente.

— Não, mas é que…

— Então, nada de histórias para você! — O monge seguiu seu caminho em direção aos fundos do templo.

— Eu tenho tido pesadelos… — Ana se encolhia.

— Isso não é incomum, menina. — O velho caminhava sem interrupções.

— Eu sonhei com o Chang! O dragão de terra! — Ana dizia com certo desespero, na tentativa de convencer o velho a mudar de ideia — Eu vi o rosto dele no sonho e depois eu pesquisei sobre ele na biblioteca e era a mesma pessoa! Como eu saberia o rosto dele se eu nunca havia visto aqueles livros antigos?

— Hum… — O velho havia parado seus passos — Siga-me.

— Isso! — Ana comemorava.

— Agora… — Zeng resmungou.

Ana se silenciou e seguiu o monge de forma comportada.

— Você é muito agitada! Como conseguiu se tornar uma sacerdotisa? — Zeng questionava.

— Achei que os monges fossem caras legais e bem humorados. Quer dizer, eu já conheci vários e eles são sempre gentis e nada rabugentos! — Ana dizia com um tom irritado.

— O que você quer dizer com isso? — O velho arqueou uma das sobrancelhas.

— Quero dizer que não se deve tentar encaixar pessoas em estereótipos bobos! — A sacerdotisa fez uma careta infantil para o monge e seguiu o caminho na frente.

— Não muda nunca… — Zeng levava a mão ao rosto com certa impaciência. Mas ao olhar a garota saltitante a sua frente, um leve sorriso brotou em seus lábios.

— O que foi Monge? Eu acabei de dizer algo sábio, você me deve respeito. — Ana dizia ao longe.

— Vou te pôr para fora do meu templo! — Zeng finalmente havia alcançado o espaço onde Ana resolveu parar.

— O que foi? — O velho perguntou ao notar a perplexidade da mulher diante do cenário.

— É igual ao meu sonho… — Ana estava surpresa.

— Diga-me, como exatamente foi esse sonho? — Zeng se sentou na beirada de uma fonte inativa.

— Bem… teve vários! — Ana se sentou ao lado dele. — Mas o único que eu consegui um nome se passou nesse lugar.

— Conte!

— Eu não conseguia dizer nada, e tinha um homem conversando com o Chang. Os dois pareciam não se dar bem e aí o Hao apareceu com um machado… — Ana explicava.

— O Hao? — Zeng arqueou uma das sobrancelhas.

— Sim, na hora eu não soube quem era… mas depois pesquisando os livros, reconheci o rosto dele.

— Hum… — Zeng acariciava a sua barba — Ana, eu posso te contar uma história antiga?

— Sim! — Ana dizia com empolgação — Por favor.

— Sabe, eu convivi com os dragões, há muitos anos. — Zeng se levantava e seguia até um cômodo, não demorou muito para que ele trouxesse alguns pergaminhos em suas mãos. — Eles eram muito divertidos! Quer dizer, a maioria deles… Talvez só a Hina e o Shion. — O velho sorriu um pouco sem graça.

— Olhe esse aqui sou eu! — Zeng entregou um dos pergaminhos para Ana — Eu tinha 15 anos aí!

Ana desenrolou o pergaminho e analisou a imagem do adolescente na frente do templo.

— O senhor era muito bonitinho! — Ana dizia com um sorriso.

— E este aqui é o Kishan. — O monge entregou outra pintura para a garota.

— Nossa! O rei já foi um monge? — Ana gargalhou — Ele era assim no meu sonho!

A sacerdotisa se referia as roupas e o cabelo raspado.

— Mas, Zeng… — Ana deixava o papel de lado — Como eu posso sonhar com coisas que eu nunca vi?

— Você é uma sacerdotisa, Ana, talvez os espíritos estejam querendo falar com você. — O velho dizia com suavidade.

— E como eu descubro o que eles querem me dizer?

— Apenas espere. Os sonhos provavelmente continuaram e eu aconselho que você anote coisas importantes. — O monge explicava.

Ana assentiu com a cabeça.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Lenda dos Dragões" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.