Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 33
De roubo para resgate


Notas iniciais do capítulo

Lendo os comentários antigos dessa fanfic me deu um aperto no coração que decidi postar os capítulos aqui. Eu tinha até esquecido que tinha conta aqui no Nyah! Espero que me perdoem e que ainda sintam carinho por esta história que está tão perto do fim.



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— Então tudo o que você quer me dizer é sobre como você ficou assustada quando os policiais entraram para te resgatar? E Justin? Onde ele estava o tempo todo?

— Agradeço por me ouvir, Doutor. Mas sobre Justin, você não irá ouvir uma palavra minha.

— Por que acha que eu estaria interessado em saber sobre Justin? Eu quero saber como foi tudo para poder lhe ajudar.

Levantei de minha poltrona e caminhei até a estante de livros que havia ali.

— Talvez.... Porque Justin é o homem mais procurado de Los Angeles agora. E talvez porque... aqui - peguei um de seus enfeites da estante e puxei um fio - tenha um gravador. E talvez porque está sala esteja totalmente grampeada, atentos a qualquer coisa que eu disser sobre ele. - o doutor me olhava assustado - Mas mesmo assim, obrigada por me ouvir.

Sai daquela sala e soube que eu não poderia confiar em ninguém. Deveria esperar, como Chaz disse!

O caminho para casa me deixava totalmente atormentada, pois a cada esquina, eu via o rosto de Justin. Eu precisava de ajuda, mas ninguém podia me ajudar. Ninguém queria me ajudar. Tudo o que queriam era pistas sobre o paradeiro do Bieber.

Minha cabeça latejava. Todos os dias era a mesma coisa. Dores de cabeça e irritação. Tudo estava me deixando completamente atormentada. Eu rezava para que o que eu sentia não ser a síndrome de Estocolmo. Para que tudo o que vivemos não fazer parte desta síndrome.
O fato de Justin não ter me procurado até agora, me fazia pensar que provavelmente a única que enxergava amor na relação era eu, por esta maldita síndrome.

Entrei em casa com a cabeça rodando. Eu só precisava descansar e dormir. Meu corpo pedia por uma noite de sono completa sem acordar no meio da madrugada chorando com os inúmeros pesadelos daquele mesmo dia.
Mais uma vez, as meninas estavam na sala. E eu não estava pronta para falar com elas. Nossa amizade já não era mais a mesma, mas notei que todas ainda usavam os anéis que eu dei. Menos eu. Isso me fez perguntar por onde ele estaria. Onde Justin o colocara ou jogara.
Elas me olharam com os olhos brilhando, toda vez que vinham em casa tentar conversar comigo era o mesmo olhar. Alívio. Era como se fosse a primeira vez que me viam desde que tudo aconteceu. Como se cada vez que me vissem, fosse um tapa de realidade de que eu realmente estava ali. Sã e salva. E eu agradecia por isso, por esse amor, por esse acolhimento. Mas ainda não estava preparada. Nossa amizade era algo que precisava ser refeito. A confiança, a intimidade, a irmandade. Nada era igual. E eu, por mais que quisesse, não conseguia confiar nelas, parecia que elas também queriam tirar algo de Justin de mim. E eu tinha medo de conversar com elas e soltar algo que não podia.

Passei reto e subi para meu quarto. Foi o tempo de fechar a porta e o embrulho se formou em meu estômago. O nervosismo estava me deixando acabada. Corri para o banheiro e joguei tudo para fora. Lavei o rosto e tomei um calmante para dormir. Isso era tudo o que eu queria. Era tudo o que eu precisava.




Justin ON

Estávamos saindo daquele cofre com tudo o que precisávamos. As bolsas cheias de dinheiro e o pendrive que continha uma informação maravilhosa do senhor Henry O'Conner. O não mencionado, mas jamais esquecido homem que matou meu avô e pegou metade do que era meu. Aquele pendrive era o real motivo de eu estar ali e ter magoado Alessa de novo.
As novidades eram que o banco havia sido tomado de nós e tínhamos que correr. Mas eu corria com um sorriso no rosto. Depois de derrubar o império de Henry, eu iria sumir com Alessa, onde jamais nos encontrariamos.

— Não atirem em ninguém! Vamos sair daqui sem ferir ninguém. - mandei.
— Diz isso porque ainda não viu o saguão lavado de sangue. - comentou Niall com duas mochilas na não.
— Minha equipe contém apenas seis homens, e esses seis homens não matam pessoas inocentes. O que aconteceu lá embaixo não é mais nosso problema, aquela equipe não sabia o que estavam fazendo.

Viramos um corredor e eu ouvi Chris falar algo que não distingui bem no meu fone. Mas ele estava agitado. Parei no corredor e tentei ouvir melhor. Alessa chorava. Automaticamente minhas mãos tremeram e as mochilas caíram.

— Chris! O que está acontecendo? Chris? Porra me responde!
— Bieber a gente tem que sair daqui. - Ryan me puxou.
— Chris CARALHO, me responde! - disse retirando a máscara para respirar e o gerente do banco me olhou.
— Merda Bieber! - Ryan entrou em minha frente para tampar meu rosto e Za tirou o gerente do meu campo de visão.

— Entra aqui e espera eu vir buscar você!
— Chris, não me deixa aqui. Chris!

— Chris, o que está acontecendo?
— A casa foi invadida Dude.
— O QUE?

— Mãos na cabeça! Mãos na cabeça. Larga a arma e coloque as mãos onde eu possa ver!
— Ok, ok. - disse Chris. Eu conseguia ouvir Alessa soluçando de chorar.
— Vai caralho, larga a arma e...

Vários barulhos de tiros se fez ouvir e Alessa gritando. Retirei meu fone do ouvido e corri o mais rápido que pude para fora daquele banco, deixando as duas malas que eu carregava para trás.

Pude ouvir Ryan resmungando para eles cuidarem do resto e vir correndo atrás de mim.
Eu estava cego, tudo o que eu imaginava na minha cabeça era eles levando Alessa de mim. E imaginando quem a estava roubando.
Assim que saímos pelo primeiro ponto de fuga, duas viaturas estavam montando guarda ali, caso aparececemos. Mas eu não podia voltar. Eu não podia ir para o ponto de fuga dois, ou três. Eu tinha que sair agora! Eu tinha que correr para Alessa naquele momento.

— Justin! - Ryan me gritou, mas era tarde, pois eu já havia passado pelo portal, atraindo a atenção dos quatro policiais que estavam ali.
O tiroteio começou e eu não sentia nada quando atirava neles. Apenas o desespero para chegar até ela. Senti uma ardência no ombro direito e sabia que fui baleado, mas naquele momento eu não senti dor. O lugar logo se movimentou por causa dos barulhos de tiro e mais policiais estavam indo para ali. Entrei no Skyline estacionado e dei partida e o carro morreu, três vezes seguidas. Respirei fundo entendendo que se eu não me acalmasse, eu não conseguiria sair dali. Ryan saiu do passageiro e deu a volta no carro. Pulei para o banco do passageiro e ele entrou dando partida e saindo cantando pneu.
Ele dirigia o mais rápido que podia, mas ainda não parecia ser suficiente. Eu balançava a arma na mão freneticamente. Ryan virou uma esquina que não fazia parte do caminho.

— Ryan, que caralhos você está fazendo?
— A casa foi invadida Dude. Você acha que nós dois vamos fazer o que lá?
— Ryan, não faz eu matar você. Vira esse carro agora! - passei as mãos pelo rosto.
— Eles já levaram ela. Agir de cabeça quente vai fazer eles levarem a gente também!
— EU MANDEI VOCE VIRAR A PORRA DO CARRO, RYAN!
— Desculpa cara. - disse ele antes de num movimento rápido pegar a arma da minha mão e acerta-la na minha cabeça, me fazendo desmaiar. 


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