Kidnapped - Sequestrada escrita por Amanda Katherine


Capítulo 22
Ela apertou o gatilho.


Notas iniciais do capítulo

Espero do fundo do meu core que vocês gostem e me digam ai nos coments se gostarem, me anima muito a continuar ver que vocês estão gostando.
Boa Leitura. :3



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Ser um só... O que isso realmente significa?

 Para mim, penso que a expressão “ser um só” é quando duas pessoas se amam, não só no ato de tocar corpo com corpo, mas sim, coração com coração, alma com alma. Pelo menos era isso que eu estava pensando até agora. Que Justin estava me amando, me aceitando, mudando por mim. Mas eu devo aceitar um fato: ELE É UM SEQUESTRADOR. O meu sequestrador.

  Minha mente ingênua mudou a partir do momento que descobri que estou com ele á três meses. Três meses nesse sofrimento, tentando fazer ele me amar. Ao menos gostar de mim, mas para ele sou apenas mais uma das tantas que já se deitou em sua cama. Ou eu seja a única que tem relações somente com ele, por isso quer me manter aqui. Deve ser bom para ele ter todas e uma delas ser sexo fixo para todas as horas. Mas para mim chega.

  Minha família pode até pensar que eu estou morta, e ao invés de eu tentar algo para voltar para eles, estou aqui tentando uma coisa inútil.

  Às vezes, colocar na balança o que mais importa para você, é o mais importante a se fazer.

  Depois de ontem, meu coração pesa, mas é o certo a se fazer. Eu preciso arrumar um jeito de sair daqui. E isso me deixa triste, afinal, que culpa eu tenho por ter me apaixonado por ele? Mas eu não aceito viver escondida, como uma concubina, sendo traída.

  Como sempre, estava somente eu e meus pensamentos deitados na cama. Justin já tinha vazado. É sempre assim e isso me deixa mal.

  Me levantei e tomei um banho. Desci e fiquei surpresa por ele estar na cozinha, PREPARANDO O CAFÉ DA MANHÃ. Ah, como eu sei que era de manhã? Aquele relógio que ele me deu, não tiro nem para tomar banho, já que é a prova d’água. Aquilo é o que mais vai me ajudar dentro dessa casa.

  Entro lentamente na cozinha, não acreditando no que meus olhos viam. Até avental ele estava usando.

— Bom dia.

— Bom dia. – respondi ainda meio perplexa.

— O que foi? Nunca viu um gostosão desses? – disse abrindo aquele sorriso que me destruía.

— O que deu em você? Fazendo café da manhã? E por que esta sorrindo para mim? – disse apontando para mim própria.

— Estou feliz hoje. Não posso? – falou voltando o olhar para um livro de receitas ao seu lado.

— Pode, claro que pode. – me virei e sai de lá.

— Aonde pensa que vai? – gritou ele, me fazendo revirar os olhos e voltar.

— O que foi?

— Como o que foi? Acha que eu levantei cedo para fazer café da manhã para você, para simplesmente a senhorita me dar ás costas?

COMO É? CAFÉ DA MANHÃ PARA MIM? EU? ALESSA KATHERINE KENDRIK?

— O que está tentando mostrar Justin? Ou provar? Ou o que está planejando fazer contra mim? Tem veneno nisso? – e novamente ele riu. Por que ele estava fazendo isso comigo?

— Fique quieta e coma. – falou se sentando junto a mim e servindo à NÓS DOIS virado de ovo com pão e geleia. Se não tiver casca de ovo nessa comida é um milagre!

   Depois de comermos, o que por sinal até estava bom, com o clima mais tenso e sem conversas, me levantei, agradeci claro, não queria que ele me prendesse mais ali e sai em direção ao quarto.

   Hoje á noite seria minha primeira tentativa.

[...]

Passado um tempo deitada, ouço o barulho alto e estridente de sua moto. Ele havia saído. Desci rapidamente as escadas, quase que tropeçando em meus próprios pés e sai pelos fundos da lavanderia, onde menos os seguranças ficavam.

   Peguei uma grande colher da cozinha, a mangueira e joguei água perto da cerca, a terra chupou a água e ficou fofa. Comecei a cavar e cavar. Teria um longo caminho pela frente para esconder toda a terra tirada, o lodo que estava ficando e o buraco grande para passar meu corpo inteiro. Fui colocando a terra dentro de um balde e deixando a mesma ir embora pelo ralo do tanque.

 Depois daquela cerca, não tinha somente um terreno baldio e cheio de mato, tinha também minha liberdade.

   Ouço passos vindo e meu coração acelera, sem saber o que fazer, pego uma taboa e coloco em cima do buraco, escondendo-o. Me escondo na lavanderia atrás da porta. Pelo vão, conseguia ver dois seguranças passando e olhando tudo. Por sorte eles não olharam para o chão. Quando eles se foram, voltei lá e continuei a cavar.

  Sem me dar conta do tempo que estava ali, cavando, percebo que já é tarde quando ouço o barulho da moto chegando. Dou um jeito em tudo rapidamente e limpo os pés, mãos e joelhos para entrar dentro da casa. Me sento no sofá com um cupcake, porém, meu disfarce vai ralo abaixo quando ouço outra voz com ele. Uma voz feminina. Levanto rapidamente de onde eu mal havia acabado de sentar e subo as escadas correndo. Do topo da escada, vejo que ele estava acompanhado daquela vadia de ontem.

  Ela estava toda sorridente e passando as mãos pelo seu corpo. Ele não estava diferente e eu sabia onde aquilo iria dar. Ele a jogou no sofá e subiu em cima dela. Um nó se formou em minha garganta e minha saliva era como blocos de cimento passando pela minha garganta.

  Quando ambos estão sem roupas, meu corpo está travado, meus nervos estão tensos e meus olhos encharcados. Eu sabia que eu não era a única, mas ver isso diante de meus olhos me deixou em choque. Pensei em sair dali, não suportava seus gemidos, mas eu precisava ver, eu precisava!

 Ao pensar no que ele fez especialmente para mim hoje de manhã e o que estava fazendo agora, me deixava completamente confusa. Um café da manhã pode parecer coisa normal e simples, mas não vindo de Justin. Isso, para mim, era sim grande coisa. Mas acabara de ir ralo abaixo.

  Sem querer, deixo um soluço meio alto escapar e eles olham diretamente para o topo da escada, onde me enxergam abaixada no canto, numa tentativa fula de me esconder.

   A vadia sorri para mim sem esconder sua cara de puro prazer e ele me olhando sem nenhuma expressão. Tampouco se deu o trabalho de parar aquele ato que despedaçava meu coração. Ao contrário, o que ele fez foi dar um tapa na bunda dela.

   Me levantei enxugando as lágrimas que insistiam em cair e caminhei para o quarto sentindo-se como um lixo, como jamais me senti em toda minha vida.

  Ouvindo os gemidos altos que ela fazia questão de fazer, me afundei na cama chorando, deixando sair tudo de ruim que insistia em permanecer em mim.

    Como se já não bastasse, ele ainda tem a cara de pau de vir em meu quarto. Olhar para seu rosto era como reviver a cena de horas atrás.

— Kath eu...

— Não me chame assim. – disse fungando e com a voz rouca e embargada por conta do choro.

   Tudo o que eu pensava, toda a vida que eu sonhava com ele, pensando agora, parece ser tão idiota. Como se ele fosse mudar por mim. Ele nem me conhece!

— Eu fui um idiota... Eu só... Queria esquecer você.

— Me esquecer? – sentei na cama e o encarei. – Esquece, não vou discutir como um casal com você.

— Ka... Alessa... Eu não estava pensando. Eu não queria fazer o pior. Eu só queria te esquecer...

— Me esquecer Justin? Eu estou aqui com você todos os dias! Você me vê todos os dias, como poderia me esquecer? Aliás, garanto que não estou tanto assim na sua cabeça como um afeto amoroso. O que você queria era me magoar, e conseguiu.

— Está sim! Alessa, tenta me entender, eu estou com tantas coisas na cabeça que eu não estou mais pensando para fazer as coisas, eu só estou fazendo... só estou tentando aliviar o peso que estou carregando em meu ombro.

— Justin... você pode estar passando pelo o que for, mas nada justifica você trazer uma vadia aqui só para eu ver você com ela. E não minta para mim, você só trouxe ela aqui para eu ver vocês dois sim. Você sabia que isso iria me machucar.  

— Eu sinto muito.

— E eu também. Eu estou sentindo tanto. Tanta dor ao relembrar aquela cena. Isso não vai me deixar em paz tão cedo, então por favor Justin, não me procure mais, não fale comigo mais. Só faça o que tem que fazer comigo, me bata, me xingue, me mate. Mas eu não vou mais me deitar com você, muito menos crias expectativas. Eu aceito que sou sua prisioneira e vou agir como tal! Tudo o que aconteceu entre a gente até agora, não foi nada!

— Não diga isso... Por favor... – sentou na cama e pegou na minha mão – Tudo o que vivi com você até agora, foi a coisa mais verdadeira que já me aconteceu.

— Não para mim...

— Olha – se levantou ajeitando a roupa em sinal de nervosismo e sorriu com lagrimas nos olhos – eu te comprei um presente... Antes de Jhonny me chamar para almoçar.

— Eu não quero...

— Por favor, aceite somente isso. Juro que não te peço mais nada. Eu estou gostando de você Alessa. E não é mentira... Eu estou feliz com você aqui comigo, só quero que me perdoe.

— Se está feliz comigo aqui, me deixe ir. Não precisa estar comigo de um modo errado.

— Não posso... – lamentou. – Venha comigo. – pegou em minha mão e me levou até seu escritório, abrindo sua gaveta e pegando de lá um anel de diamantes.

— O que é isso? – perguntei perplexa.

— É para você.

— Não quero nada que venha de roubo. E fique longe de mim!

— Por que para você é tão difícil de acreditar que eu não roubei? Pela primeira vez eu entrei numa loja e comprei algo para você e você faz isso... Alessa, por favor.

— Justin eu já disse que não! – me virei para sair dali e ele me agarrou por trás, me fazendo sentir o cano gelado em minha espinha.

— Tá sentindo? – perguntou suavemente enquanto passeava com a arma pela minha costa. – É isso que você vai ter se não andar conforme minhas regras.

— E suas regras é fazer eu gostar de você mesmo quando o que sinto é nojo?

— Isso mesmo.

— Então vamos lá... Atire. – me virei para ele. – Atire bem aqui – ergui sua mão com a arma para minha testa. Ele riu.

— É claro que não iria atirar, só queria assustar você.

— Mas eu teria coragem de atirar... Prefiro uma passagem só de ida para o inferno do que ter você comigo.

— Então faça isso! – me estendeu a arma e sem pensar duas vezes agarrei a mesma e apontei para ele.

— Você não faria isso... – sorriu tentando se aproximar.

— Você confiou na pessoa errada para entregar sua arma Bieber. – me distanciei ainda mais.

— Então vamos lá... Atire bem aqui – apontou para seu coração e se aproximou fazendo com que a arma mirasse em seu peito.

— Eu prefiro tudo do que estar com você Justin. Prefiro morrer!

— Então se mate. Porque não consegue viver sem mim... – e mais uma vez ele estava certo.

   Como um flash, tudo o que eu vivi passou em minha mente e me fez ter um momento de surto, comprimi os olhos e mirei a arma para minha própria cabeça e apertei aquele gatilho.

...

Justin Pov’s

   Eu mal podia acreditar naquilo. Acreditar que eu fazia tanto mal a ela e que ela preferiria estar morta do que ficar comigo. Eu não estava acreditando na cena que estava a minha frente. Eu parecia estar num pesadelo e queria acordar. Talvez eu não quisesse ter dado minha arma a ela, porque ver que ela prefere estar morta do que comigo, me matou mais uma vez.

   Ela apertou o gatilho na própria cabeça. E isso acabou comigo.

— Alessa... – chamei com a voz tremula.

  E com a respiração ofegante ela abre os olhos e olha para si mesma confirmando se estava mesmo viva.

— O... o que...

   Abro minhas mãos e mostro a ela as balas. A arma estava vazia.

— Seu... Seu! Como pôde fazer isso comigo? Eu... Eu achei que estava morta.

   E ela poderia estar se eu não tivesse retirado as balas antes de lhe entregar a arma.

Eu não conseguia olhar para ela naquele momento. Eu estava com medo, pela primeira vez, eu tive medo de perde-la, medo de viver sem ela, e Jhonny estava certo, ela vai acabar me matando.

   Desta vez, eu não quero me distanciar dela só porque eu não sou bom o suficiente ou porque ela pode morrer se estiver comigo. Parece que com ela, tudo vai ficar bem...

   Eu deixei alguém para trás, alguém que era importante para mim, justamente para protege-la. Eu não era boa companhia para ela e então, simplesmente sumi, sem dar explicações, sem terminar com ela. Simplesmente sumi. E eu nunca tinha amado alguém tanto quanto amei ela.

   Mas com Alessa está sendo diferente, eu não quero me distanciar mesmo que isso possa me matar ou matar a ela. Eu quero passar por isso com ela, mas eu não posso.

   Quem me dera se tudo o que eu quisesse virasse realidade.

   Eu preciso tira-la daqui, preciso fazer a troca pelo quadro imediatamente. Cada minuto que ela passa nesta casa, é um perigo diferente que ela corre. E eu não posso deixar isso acontecer!


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Notas finais do capítulo

E ai, gostaram? Me digam o que acharam baby's. Beijoooos. Adoro vocês ♥
Agora sim é até o próximo. Beijoooossss ♥



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