The Fox escrita por Lady Joker


Capítulo 22
Capítulo 22 - Aquela que não tem Preconceitos


Notas iniciais do capítulo

OLHA SÓ QUEM CHEGOU RAPIDINHO E COM UM CAPÍTULO CHEIO DE DOR E SOFRIMENTO!
Eu mesma.
Já vou pedindo desculpas aos feelings de vocês, mas eu avisei que as coisas iriam tomar um caminho meio triste daqui para frente. Nem vou demorar muito aqui, boa leitura! Nos vemos nas notas finais.



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No manhã seguinte, eu acordei com Remus se movimentando ao meu lado, tirando delicadamente o meu braço de cima do seu tronco.

— Desculpe... Eu não queria te acordar... – ele sussurrou ao ver que eu tinha aberto os olhos – Só vou voltar para a sala antes que os outros acordem, pode voltar a dormir, ainda é cedo...

Ele se inclinou na minha direção e depositou um beijo na minha cabeça e começou a recolher as roupas jogadas no chão. Só então meu cérebro começou a funcionar e eu me dei conta de tudo que havia acontecido.

Enquanto eu o observava se vestir, analisando bem os detalhes do corpo que eu explorei livremente na noite anterior, fui sentindo o calor invadindo meu rosto. Todo o constrangimento que eu não tive durante a noite, me atingiu pela manhã, como a luz na minha cara, como se estivesse me expondo.

— Remus... – o chamei num sussurro – Pode me dar minhas roupas, por favor?

— Claro. – ele pegou meu pijama e me entregou – Está tudo bem?

— Sim, eu só... – estiquei o braço para pegar minha blusa e comecei a vesti-la – Não assimilei bem a noite anterior ainda.

— Nem eu. – ele riu e sentou na cama – Foi tão espontâneo... E ao mesmo tempo preocupante.

— Por causa dos nossos pais?

— Nem tanto... Acho que você não notou que eu lancei um feitiço silenciador ao nosso redor.

— Eu tinha coisas mais interessantes para notar... – lhe lancei um sorriso malicioso e ele abaixou o rosto sorrindo constrangido.

— Enfim... Porque eu estava com medo de te morder ou te arranhar sem querer. – ele me encarou, mas diferente do que eu esperava, estava sorrindo – Mas você não teve essa preocupação, não é?

Ele ergueu a manga de sua camisa e eu vi as marcas das minhas unhas descendo pelos seus ombros. Lhe lancei um olhar de desculpas e acabei rindo também.

— Acho que me empolguei um pouco.

— Definitivamente você se empolgou... – Remus mordeu o lábio inferior sutilmente – É melhor eu ir para a sala. Nos vemos depois.

Ele deu duas batidinhas na minha perna e se levantou para sair. Eu terminei de vestir o meu pijama e voltei a me enrolar no cobertor, tentando ficar o mais confortável possível. Fiquei igual uma boba sorrindo sozinha, relembrando, e acabei caindo no sono novamente.

—---

Depois do Natal com os Lupin, meus pais pareciam ainda mais animados, eles tinham adorado a experiência de conviver com bruxos. Meu pai não parava de me perguntar se eu tinha interesse em trabalhar na mesma área que Lyall, ou alguma parecida.

Eu já havia comentado que não tinha muito interesse em trabalhar no Ministério, mas a cada dia que passava, mais parecia que era minha única opção, pois eu não me via escolhendo mais nada fora de lá.

Durante o ano novo, infelizmente não pude acompanhar os garotos na casa dos Potter, pois meus pais me arrastaram para a casa de minha avó.

E foi um inferno.

A velha só não colocou fogo em mim no meio da sala porque estragaria seu carpete, mas jurou que o capeta iria carregar minha alma impura para as profundezas do inferno, onde eu me arrependeria amargamente de ter seguido esse caminho de perdição depois de ter “vendido minha alma ao capiroto”.

O dia de retornar à Hogwarts chegou mais rápido do que eu esperava, pois apesar da ida desastrosa à casa da minha avó, eu gostei desse tempo na minha casa.

Mas para minha surpresa, o clima na estação não estava muito bom.

Para começo de conversa, havia bem menos pessoas do que o normal. E o clima parecia tenso. Logo reconheci alguns aurores próximos ao Expresso de Hogwarts e também na entrada da plataforma.

— Tem algo de errado? – meu pai questionou, olhando ao redor.

— Eu não sei se aconteceu alguma coisa... – respondi sinceramente. Eu nunca sabia muito do mundo bruxo quando estava em casa.

Depois de guardar minha mala no bagageiro e me despedir dos meus pais, entrei no trem e fui para a cabine de sempre. Fiquei sozinha por alguns minutos com Felicia no colo, até que Sirius e James chegaram.

— Hey, garotos! – sorri para eles e eles retribuíram.

— Olá, Olivia. – James sentou de frente para mim com Sirius ao seu lado.

— E aí, raposinha? – ele piscou para mim – Sentimos sua falta no ano novo.

— Acredite, eu adoraria ter ido... – falei com pesar – Ei, vocês sabem o que aconteceu para estar essa tensão toda lá fora?

— Você não soube? – o sorriso desapareceu no mesmo instante do rosto do Potter, ele trocou um olhar sério com o Black e então voltou-se para mim – Atacaram vários vilarejos bruxos em busca de traidores do sangue, sequestraram muitas pessoas, mataram mestiços e nascidos trouxas... Foi um massacre.

Senti um incômodo dentro de mim ao ouvir sobre a tragédia. Imaginando um episódio parecido com o ataque em Hogsmeade no ano anterior, só que numa escala muito maior.

— Muitos pais estão com medo até mesmo de mandar os filhos de volta à Hogwarts...

— Mas é o lugar mais seguro possível! – o interrompi.

— Eles sabem! Mas quem garante que Dementadores e Comensais da Morte não vão atacar o trem?

— Céus... As coisas estão fugindo do controle rápido demais.

— Pois é. – James assentiu – Meu pai diz que o Ministério não está conseguindo lidar com os ataques e é questão de tempo até que a guerra piore de vez... O Ministro Minchum acha que foi uma boa solução dobrar o número de Dementadores em Azkaban, mas isso só significa que teremos o dobro nos atacando quando Você-Sabe-Quem atingir o auge do seu poder.

— Olá... – Remus surgiu na cabine.

— E aí, Aluado! – James o cumprimentou e Sirius apenas acenou.

— Olá. – dei-lhe um beijo rápido quando ele sentou ao meu lado – Como está?

— Começando a sofrer os efeitos da chegada da lua cheia, porém bem. – ele passou um braço ao redor dos meus ombros e me puxou contra si – Sobre o que estavam falando com essas caras de enterro?

— Sobre os ataques dos últimos dias... – Sirius respondeu.

— Ah sim... – Remus se remexeu desconfortável – Meu pai teve bastante trabalho com isso...

Nós continuamos conversando, mesmo depois que Peter apareceu e o trem saiu da estação. Por sinal, a viagem foi bem mais silenciosa que o de costume. Até a senhora do carrinho de doces parecia deprimida.

Nosso humor melhorou quando descemos na estação de Hogsmeade e pegamos as carruagens para o castelo. Sirius estava nos fazendo rir, contando alguma piada ridícula, quando chegamos na Sala Comunal. Surpreendentemente, Lily veio até mim, com uma feição levemente desesperada.

— Olivia! Eu estava te esperando... Preciso falar com você. – ela parecia angustiada. James a olhou com curiosidade e preocupação, mas não falou nada.

— Claro... – assenti e a acompanhei para o corredor que estava vazio – O que houve?

— Bom, como você sabe, pelo menos um dos monitores tem que ficar em Hogwarts durante o natal, esse ano fui eu. Imagino que saiba dos ataques, certo?

— Sim. – respondi rapidamente, sem entender aonde ela queria chegar com aquela conversa.

— Ontem de noite, durante o jantar... – Lily engoliu em seco – A professora Minerva apareceu no Salão com aquele olhar.

Eu sabia do que ela estava falando, de quando Minerva anunciava alguma tragédia.

— Ela passou rapidamente pelas mesas e foi falar com o diretor. Eu fiquei atenta, afinal... Minha família é trouxa, podem ser um alvo. Mas Dumbledore se levantou e chamou o Professor Slughorn. E eles foram até a mesa da Sonserina... – meu coração gelou com essa frase – Algo aconteceu com a família da Pandora, Liv.

— O quê?! Mas o que houve? – comecei a ficar alarmada.

— Eu não sei! – ela respondeu desesperada – Eles a tiraram rapidamente do Salão. Mas acho que foi grave, pois saíram os três com ela...

— Eu preciso encontrá-la! – passei por Lily com pressa.

— Olivia! Espere...

Ela me chamou, mas eu ignorei. Saí procurando pelo castelo inteiro, mal sabia direito para onde estava indo, até que meus pés me levaram para a entrada da Sala Comunal da Sonserina. Fiquei parada, ofegante, olhando para a parede de pedra, lisa e úmida. O que eu pretendia? Bater até alguém aparecer?

Foi então que vi alguém que poderia ser a minha única esperança, por mais que eu nem devesse considera-lo.

— Regulus... – o chamei com receio. Ele via lendo um livro, sem nem me notar ali, e ergueu os olhos surpreso, franzindo o cenho ao perceber que havia o chamado.

— O que é? – ele perguntou, com um olhar que ia da dúvida ao temor – Algo de errado com Sirius?

— Hã? Ah, não! Eu preciso... Saber se uma pessoa está aí. – apontei para a Sala – Eu te imploro, por favor...

— Quem? – ele fechou o livro e continuou me encarando, dessa vez assumindo um ar de indiferença.

— Pandora Travers.

— Só um momento. – ele passou por mim, murmurou a senha baixo, de modo que não pude escutar e uma porta deslizou pela parede.

Ele entrou e a porta sumiu. Fiquei remexendo no tecido da minha capa enquanto o esperava. Torcendo para que ele tivesse um pouco de bom senso e não me deixasse plantada ali esperando eternamente. Se passou um bom tempo e eu já estava me convencendo de que ele não iria voltar, quando ouvi a porta deslizar novamente e o Black sair de lá.

— Ela não está. Pelo o que andam dizendo, está no escritório do diretor. – ele respondeu seriamente.

— Tudo bem, muito obrigada! – dei um leve sorriso e ele apenas deu de ombros, voltando para sua sala comunal.

Eu voltei correndo pelo mesmo lugar de onde vim e dei de cara com Remus, James e Sirius vindo em minha direção.

— Olivia... – James chegou primeiro – A Evans no contou o que houve... Você a encontrou?

— Não. Ela está no escritório do Dumbledore, eu preciso ir lá... – tentei passar pelos três

— Você não vai lá sozinha! – Sirius segurou meu braço.

— Não faça isso, sabe que eu não gosto! – o puxei de volta – Ela precisa de mim!

Continuei marchando em direção à entrada da sala do professor Dumbledore com os três me seguindo.

— Liv! – Remus tentou me alcançar – Você ao menos sabe como vai entrar lá?

— Vou gritar e espancar aquela gárgula horrorosa até conseguir. – virei no corredor e fui até o canto onde ficava a entrada da sala do diretor.

— Não precisa disso... – Sirius passou na minha frente – Sabemos a senha.

— Sabem?

— Sim. – James se aproximou da estátua – Esqueletos Doces!

A gárgula se afastou e a parede se dividiu em duas revelando a escada em caracol que levava para a sala do professor. Os garotos ficaram por lá e eu segui sozinha a partir daquele ponto. Assim que cheguei de frente à enorme porta de carvalho, dei batidas ansiosas e ela se abriu lentamente.

Eu fiquei parada por um instante devido à quantidade de olhares na minha direção. Professor Dumbledore, McGonagall e Slughorn me encaravam com curiosidade.

— Er... – entrei lentamente, olhando ao redor – Eu vim...

Então, pelo canto do olho, vi um movimento e olhei na direção dele. Pandora se remexeu na poltrona e ergueu a cabeça, seu rosto estava encharcado de lágrimas.

— Liv... – ela soluçou. Meu coração quebrou no mesmo instante.

— Pan! – ignorei completamente os professores e fui em direção à minha amiga, sentei ao seu lado e a puxei para mim, a abraçando – Eu sinto muito...

— Mataram eles, Liv! – ela começou a chorar desesperadamente agarrada à mim – Meus pais!

Eu não sabia o que dizer. Embora eu tivesse consciência de que algo daquele tipo tinha acontecido, não sabia como reagir àquela notícia. Sem que eu percebesse, comecei a chorar também. Eu podia sentir o quão intensa era sua dor naquele momento e faria de tudo para que fosse embora.

Devo ter ficado pelo menos uns dez minutos sussurrando palavras tranquilizadoras para Pandora, até que finalmente o professor Dumbledore veio até mim.

— Senhorita Cooper... – ele colocou uma mão em meu ombro – Posso falar com você um minuto?

— Claro...

Pandora me largou e a professora Minerva tomou meu lugar, tentando acalmá-la.

Acompanhei o diretor até o outro lado de sua sala, ele mantinha sua feição serena, mas com uma dureza no olhar.

— Os Travers foram mortos durante os ataques de ontem. – ele começou a explicar – Ao que parece, sob as “acusações” de traidores do sangue. Sua amiga acredita que foi a culpada por isso, que na verdade estavam atrás delas... Você sabe o porquê?

— Por causa de mim... – falei sentindo a culpa me consumindo – Pandora recebia ameaças constantes de algumas garotas cujo os pais são Comensais por causa de mim! A culpa não foi dela! Foi minha!

— Se acalme, senhorita Cooper. – o diretor se virou para mim – Nenhuma das duas têm culpa, a morte é algo curioso... Ela não tem preconceitos. Ela não escolheu os Travers por sua causa... Ela foi levada à eles por causa de pessoas horríveis, que acham que podem controlar uma coisa tão esplêndida quanto a vida de alguém.

— Mas...

— Seu único erro, assim como o da senhorita Travers, foi não ter procurado um professor ou a mim quando essas ameaças começaram.

— Achamos que poderia piorar a situação... – abaixei a cabeça, envergonhada pelas minhas atitudes. Se eu tivesse falado, talvez essa situação não tivesse acontecido.

— Agora não é o momento para o remorso. – ele se aproximou – Sua amiga precisa de você. Ela vai para o velório em algumas horas... Creio que não seja uma boa ideia enviá-la junto.

— Não. Iria piorar tudo... – assenti e o encarei – Senhor, onde ela vai morar? O resto de sua família é...

— Oh, sim... – ele ergueu as sobrancelhas – Se não estou enganado, a senhorita Travers se tornará maior de idade em maio... Certo?

— Sim, senhor.

— E considerando que vá receber uma herança, ela pode morar sozinha, se quiser. Ou com quem ela quiser viver... Mas até lá, acho que seus tios são os parentes mais próximos.

Estremeci com a ideia. Os tios de Pandora eram detestáveis.

Eu retornei ao local que ela estava sentada e fiquei lhe fazendo companhia até o momento que o professor Slughorn a chamou para partir. Vê-la ir embora naquela situação, sozinha, me doeu tanto que eu comecei a chorar sem parar ali mesmo.

Enquanto a professora McGonagall e o diretor Dumbledore conversavam, eu saí discretamente da sala dele. Assim que passei novamente pela gárgula, os garotos que estavam sentados no chão do corredor vieram correndo até mim.

— Liv... – Remus me abraçou assim que me alcançou – O que houve? O professor passou agora com a Pandora.

— É, nós nem pudemos falar com ela... – Sirius lamentou.

Eu não conseguia responder, estava soluçando demais. Remus apoiou o queixo na minha cabeça e ficou acariciando meu cabelo para que eu me acalmasse. Depois de algum tempo, ele falou algo para os outros dois que não pude compreender e me puxou pelo corredor. Nós fomos parar em uma torre afastada, ele sentou próximo a janela e me puxou ao seu lado, me acomodando contra o seu peito e me deixando chorar o máximo possível.

— Como se conheceram? – Remus perguntou depois de um tempo, eu já estava mais calma.

— Foi antes do primeiro ano, no Beco Diagonal... Na loja do Sr. Olivaras. – me apoiei melhor contra seu peito – Meus pais não quiseram entrar comigo, estavam perturbados com tanta informação. Então eu fui sozinha...

“ Estava morrendo de medo, não sabia o que esperar. Mas quando entrei, já havia uma garotinha lá, então decidi observá-la de longe para saber o que eu deveria fazer.

— Como é o seu nome, pequena? – o Sr. Olivaras perguntou, se inclinando por cima do balcão para vê-la melhor.

— Pandora Travers. – ela respondeu timidamente. Seus cabelos eram compridos e ela parecia uma bonequinha.

— Travers... Vendi muitas varinhas para sua família. – ele puxou algumas caixas da prateleira e colocou no balcão.

Pandora testou algumas varinhas, lembro dele citar Pinheiro e Carvalho Inglês, mas só o que aconteceu foram alguns estouros e caixas de varinha voando para todo lado, até que...

— Sr. Olivaras, por que elas não funcionam comigo? – ela parecia verdadeiramente decepcionada. Me perguntei se por acaso era normal um bruxo não se identificar com uma varinha.

— Calma, garotinha. – ele puxou uma nova caixa de outra prateleira – Experimente essa aqui. Cedro com núcleo de pelo de unicórnio.

— Eu não acho que...

Quando ela pegou a varinha, algo mudou no ambiente, então, até eu soube que ela tinha encontrado a certa.

Sem perceber, ainda fascinada, acabei me aproximando deles enquanto ela pagava.

— Oh, olá! – Sr. Olivaras me cumprimentou e ela se virou na minha direção – E você, quem é?

— Olivia Cooper. – respondi prontamente, indo até o balcão.

— Hum... Cooper? – ele ergueu uma sobrancelha..

— Meus pais não são bruxos.

— Ah, sim. É sempre interessante ver um nascido trouxa sendo escolhido pela varinha. – ele sorriu abertamente.

Era de se esperar que Pandora já tivesse saído da loja, mas ela continuou lá, parecia tão ansiosa quanto eu.

Diferente dela, o Sr. Olivaras só precisou me mostrar uma varinha. Ébano com núcleo de fibra de coração de dragão. Foi uma sensação tão única, eu nunca esqueci.

Depois que eu paguei, a loirinha veio até mim.

— Eu também vou começar em Hogwarts esse ano. – ela falou animada, estirando a mão para me cumprimentar – Meu nome é Pandora.

— Olivia. – retribui – Sua família inteira é bruxa?

— Sim! A sua inteira é trouxa? – ela parecia mais fascinada do que eu – Eu sempre quis conhecer uma família trouxa.”

— Ela nunca pareceu ter sido criada por sangues-puro. – ele comentou.

— Ela sempre foi uma pessoa boa. – sorri ao lembrar das nossas conversas animadas – Nos vimos novamente no trem, estávamos tão animadas... Até a seleção das casa nos separar.

— Sinto muito que as coisas sejam desse jeito.

— Sabe, Remus... A culpa é minha. Se eu não tivesse me metido a ser amiga dela, se não tivesse insistido, ela seria uma sangue puro normal, com amigos iguais a ela. E sua família nunca seria considerada traidora do sangue, estariam vivos!

— Não, Liv! – ele me virou em sua direção – Você foi a melhor pessoa que ela poderia encontrar! Sem falar no quanto a Pandora sofreria se não tivesse você, que é sua única amiga de verdade.

— Sofreria menos do que está sofrendo agora... – abaixei a cabeça.

— Pare com isso! – Remus segurou meu queixo com uma mão – Não se culpe, essa coisa de tristeza não combina nada com você... Ela vai precisar muito do seu apoio daqui para frente. Você tem que ser forte por ela.

Ele tinha razão.

E aquele dia, junto com as palavras de Remus, me marcou para sempre.


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Notas finais do capítulo

Certo, eu sei que foi muito triste, mas eu precisava desse momento.
E volto a repetir, eu não sou uma escritora boazinha... Eu realmente espero que gostem da fanfic, mas vocês sabem o final de HP... E sabem que eu pretendo ir até lá. Então...
Esse capítulo foi muito importante para mim e para a história, porque marca o ponto em que eu queria chegar desde o começo. Mostrar as consequências das Guerras Bruxas de outro ponto de vista. Eu sempre pesquiso bastante, releio trechos dos livros, faço o possível para entregar o melhor para vocês, por isso espero que gostem. Nos vemos no próximo!



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