Olhos cor de Mell escrita por MailyCullen


Capítulo 2
Capítulo 1 «A mais louca de todas»


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo para vocês ♥



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Acordei no outro dia de manhã sem nenhuma disposição, algo que não era nenhuma novidade. Encarei a janela e o dia estava com o céu claro, sem nenhuma nuvem carregada para que caísse uma bela chuva.

Luz, minha cidade, não era um local tão chuvoso, tinha menos de 80 mil habitantes, uma Universidade, alguns bares e boates espalhados por lá, mas o grande ponto de encontro era o parque Municipal que se situa bem no centro da cidade e no natal ficava completamente decorado com luzes coloridas. Eu até gostava de lá, era um ótimo local para se viver.

Fiquei apenas olhando o dia pela janela enquanto eu esperava dar a hora de ir para o manicômio. Poucos minutos depois meu irmão mais velho Sebastian entrou  em meu cafofo e  com a sua ajuda tomei um banho e me troquei. As oito eu teria fisioterapia, algo desnecessário no qual só me fazia perder tempo já que nesses dois anos consegui apenas progredir  em… absolutamente nada! Eu apenas ia nas sessões por causa da minha família, eles eram os únicos que tinham fé de que um dia eu iria voltar a andar, já eu… para mim aquilo só aconteceria na minha próxima reencarnação.

Após tomar um café reforçado preparado pela minha digníssima mãe, meu irmão, como sempre  fazia de segunda a sexta, me levou para a dentro do carro, para que fossemos a clínica que ficava há alguns minutos de lá. Senti meu telefone vibrar e quando o peguei lembrei de que aquele não era meu. Já que aquele aparelho não me pertencia, optei por não atender. Eu precisava encontrar o meu o mais rápido possível! Eu necessitava de algumas horas de meditação ouvindo minhas músicas para relaxar.

— Será que poderia passar comigo na delegacia? — perguntei a meu irmão que negou enquanto dirigia até o local.

Aquilo dependia dele, se Sebastian força-se a barra eu ficaria sem telefone  e ainda por cima, caso eu continuasse com aquele, eu permaneceria com músicas bastante bostas para que eu sentisse mais vontade de morrer.

— Brian já faltamos em sessões demais, estou cansado de te acobertar. Já tem quase um mês que estamos boicotando nossa família.

Aquilo era verdade! Meu irmão era o único que me respeitava quando eu dizia que não queria fazer as sessões. Sebastian sempre me levava a outros locais para que conversássemos, comêssemos e fizéssemos coisas que estavam ao meu alcance, até que a hora de ir embora chegasse.

— É urgente! Esse não é meu telefone, acho que eu e a garota da noite passada trocamos de aparelho. — expliquei a ele que respirou fundo.

Aquele era um motivo aceitável!

— Ninguém merece. — lamentou-se. — Tudo bem. —  virou a rua contrária a que estávamos indo e seguimos até  a delegacia mais próxima.

Aquilo era um caso de urgência. Era meu telefone!  Eu não viveria sem minhas músicas, as daquela garota eram de  péssimas a horríveis!

Não demorou muito e encontramos uma delegacia e após chegar fui fazer meu boletim de ocorrência para salvar minhas músicas boas.

— Meu nome é Brian Lhuz Shaden, tenho vinte e três  anos e ontem a noite eu troquei de telefone com uma garota sem querer.

—  A conhece? — o policial questionou a mim.

Se eu a conhecesse eu não estaria ali, era mais do que óbvio aquela resposta.

— Não. — optei por responder educadamente para não ser preso.

— Consegue descrevê-la?

— Sim, ela tem...

Um estrondo ecoou pela sala.

— Não tem nem três dias que estou aqui e já fui roubada. E ainda me deixaram um telefone com umas músicas de mal gosto do caramba. — alguém entrou na sala aos nervos.

Me virei assustado. Aquilo era coincidência demais!

— É essa garota. — olhei para ela. Era quase impossível não reconhecê-la com aqueles olhos.— Suas músicas são horríveis! — Peguei o telefone do meu bolso e ergui   em sua direção.

A garota se aproximou vagarosamente de mim. Me olhou de cima a baixo e pegou o telefone em minha mão.

— Horríveis são as suas! — disse a mim. —  Você que não sabe admirar uma Beyoncé  e Rihanna da vida. Tenho certeza que caso você não estivesse sentado aí, você estaria junto a mim  rebolando ao som de Work.

— Jamais.

— Ninguém se segura. — avisou a mim rebolando.

Nem era preciso um laudo médico para constar que aquela menina era perturbada.

— Já estamos resolvidos, leva essa sua “ boa música” para bem longe de mim. — pedi a ela que cruzou os braços me encarando de cara amarrada.

Como se eu fosse ter medo de alguém que nem deveria ter um metro e cinquenta direito. Ela era praticamente da minha atual altura, já que eu estava preso naquela merda de cadeira.

— Mas que diabos.  Veio derrubar meu irmão aqui também? — Meu irmão questionou a   ela parando de frente a mim.

A garota o encarou de cima a baixo.

— Vim aqui buscar meu telefone. Como posso trabalhar sem colocar minhas musicas pro pessoal? — questionou a ele.

— É uma stripper? — segurei para não rir.

A garota fez cara de nojo ainda o fitando. Logo após revirar os olhos e respirar fundo o  encarou novamente.

— Tenho nojo de você! Só abre a boca pra falar merda. — sorriu para ele. —E  se eu for stripper o problema é meu. —  avisou se retirou do local.

Sinceramente eu jamais havia visto uma pessoa tão maluca e perturbada como ela, nem mesmo minha mãe quando via uma barata agia daquela maneira.

— Acho que não vamos precisar mais de ajuda. Muito obrigado. —  agradeci seguindo para a saída junto a meu irmão.

Logo após sairmos da delegacia seguimos para as sessão de fisioterapia. Como de costume, meu irmão me deixou na recepção e foi para o trabalho. Eu estava na sala de espera quando escutei um som alto entrando na sala.

— Isso aí, todo mundo dançando com a tia Mellanie. — uma fila de crianças e adolescentes com andadores entraram na sala de espera, que era bastante larga, rindo animadamente.

— Mexe essa cintura. — uma mulher de jaleco entrou na sala rebolando como uma louca, fazendo várias pessoas rirem.

Tinha os cabelos verdes chanel, tão verdes que pareciam de mentira. Quando ela se virou  mesma fechou a cara. Virei a cara e de rabo de olho percebi que ela me encarava. Era aquela garota.

Ninguém merecia! Deus não estava ao meu favor pelo visto. Topar com a mesma pessoa três vezes em menos de 24 horas, já era a decadência da vida decretada.

— O que está fazendo aí, mexa-se… — ordenou.

— Não movo as pernas se você não entendeu ainda. — sorri para ela que cruzou os braços e ergueu a sobrancelha.

— Mas move os braços. — retrucou segurando neles e os balançando.— Pare de resmungar, vamos logo. Os fisioterapeutas estão na hora do lanche. Só chegarão mais tarde. Vamos animar. — explicou a mim puxando sua peruca. — Isso esquenta.  Experimenta. — pediu colocando a peruca verde em mim. Assim que a pôs caiu na gargalhada. —Olha como está irresistível! — os outros que estavam com ela começaram a rir.

Revirei os olhos e joguei a peruca nela.

Menina retardada!

—Temos alguém nervoso…

— Iiiih. — me virei de costas para ela. — Não enche não.

— Susi, venha cá. — escutei passos de um andador seguirem na nossa direção. — Preciso que ajude a tia em uma missão muito importante.

Logo depois não escutei mais nada e todos ficaram em silêncio e era possível apenas escutar o som deles se movimentando pela sala.

A garota parecia estar ainda atrás de mim.

Por conta da minha curiosidade me virei e tive uma grande surpresa, todas estavam com um cartaz  e nariz de palhaço.

“ Venha fazer parte do nosso trio da alegria.“

Olhei a garota que estava ao lado do cartaz.

—  Estamos aqui para alegrarmos a todos, então trate de melhorar essa cara.— pediu a mim. — Vejo que é novo aqui Brian. — sorriu. — Prazer sou a tia Melanie. — ergueu sua pequena e delicada mão.

— Brian. —A apertei cuidadosamente e dei um sorriso menos falso a ela que continuou me fitando com aqueles olhos hipnóticos.

Aqueles olhos não poderiam ser reais. Ao mesmo tempo que pareciam ser  uma enormes aberração eles eram perfeitamente lindos.

— Tia Mellanie, vamos continuar. —  uma  garotinha que não deveria ter mais de sete anos de idade, que utilizava um andador  pediu a ela.

— Claro querida. — soltou minha mão  e seguiu até ela. — No três  pessoal. Vamos fazer a passeata da alegria. — os informou enfiando a mão em seu bolso.  — Brian querido, poderia pegar um anel que está em meu bolso. — pediu a mim abrindo o bolso de seu jaleco.

Olhei bem para ele e não havia nada.

— Não há nada. — avisei a ela.

— Há  sim. — insistiu. — Há um anel igual a esse. — tirou um anel de trás da minha orelha.

Todos gargalharam e ela apenas sorriu e jogou o anel na boca. A encarei assustado e  a mesma pareceu engasgar. As outras pessoas estavam que estavam com ela começaram a desesperar. Ela caiu de ajoelhou no chão  tossindo bastante.

—Você está bem? Por que engoliu o anel.— perguntei nervoso e ela se levantou.

— Não engoli. Ele está aqui. — o tirou novamente de trás da minha orelha.

Todos gargalharam novamente. Eu não  acredito que eu havia caído novamente naquilo!

— Dois a zero para mim — piscou antes de se virar de costas. — Aaeeeee — comemorou. — Agora vamos fazer a passeata. Todo mundo dançando. — ligou novamente seu telefone. — Vão  todos, ficarei aqui atrás. — avisou a eles que começaram a caminhar dançando da forma que podiam.

— Não  vem? — neguei. — Ah qual é! Vai ficar ai sozinho? — concordei.  — Vamos logo. — guiou minha cadeira de rodas.

— Me deixe em paz. — pedi a ela que continuou a me guiar.

— Não, esse é o meu trabalho. Divertir a todos.

— Eu não estou me divertindo! — assumi a ela.

A garota parou de me guiar estacionando minha cadeira no canto da sala, me olhou novamente  e sorriu se rendendo.

— E vai ficar com essa cara amarrada enquanto pode se divertir com nós na passeata? — disse a mim. — Se ainda quiser ir estaremos pelos corredores. — avisou a mim. — Estava apenas fazendo o meu trabalho. — se retirou da sala de espera indo atrás dos outros.

O som aos poucos foi se afastando e minutos depois era quase impossível de ouví-lo.Permaneci ali por mais de quarenta minutos até as fisioterapeutas me chamarem. Segui atrás delas que conversavam animadamente sobre um assunto no qual  eu não entendia. Me tiraram de minha cadeira e começaram com os exercícios. Foram péssimos como de costume, já que eu não conseguia fazer nada. Absolutamente nada.

— Vamos lá Brian, você consegue. —  Uma delas me incentivou.  

Fiz toda a força possível para mexer a perna direita, mas nada…

— Eu não quero mais fazer nada. — avisei a elas.

— Brian, seja paciente, ainda temos uma hora de exercícios, vamos aproveitar isso.

— Irão  perder seu tempo. Liguem para meu irmão, quero ir embora. — avisei a elas que se entreolharam.

— Tudo bem. — Não insistiram e apenas me ajudaram a me sentar em minha cadeira.

Sai do local e liguei para meu irmão. Eu estava cansado de tudo aquilo. Toda vez era a mesma coisa. Eu permanecia duas horas no mesmo local para poder não fazer praticamente nada. Já estava ali há dois anos e não havia progredido nada. Eu era um fracasso!

— O que houve? — meu irmão apareceu preocupado.

— Vamos embora. — segui em direção a saída.  

— Mas você ainda não terminou sua sessão.

— Quero ir embora.— repeti.

— O que houve Brian?

— QUERO IR PARA CASA. — gritei sem mais um pingo de paciência.

Era tão difícil de entender?

— Tudo bem. — Não disse mais nada e apenas entrou comigo no carro.

Não conversamos nada durante a viagem de volta para casa. Peguei meu telefone e pus meus fones de ouvido. Quando chegamos em casa passei por minha mãe que estava sentada na mesa analisando vários papéis, sem dizer nada. Segui para o fundo da casa e entrei em meu confortável Kitnet. Tranquei a porta para ter um pouco de privacidade.  Fui até a cama e me deitei nela respirei fundo. Puxei as cortinas deixando o quarto completamente escuro. A cortina balançou e um feixe de luz atingiu os troféus que estavam na parede os fazendo brilhar . Analisei todos, haviam mais de 15, os quinze momentos mais felizes da minha vida.

Como eu era feliz naquela época!

Puxei a cortina deixando o quarto completamente escuro novamente e me virei de costas para os troféus. Aquilo era passado! Eu jamais seria o mesmo. Eu jamais teria a mesma vida.

— Brian. — minha mãe bateu à porta.

— Quero ficar sozinho. — avisei a ela.

— Não quer conversar um pouco?

— Por favor mãe, eu quero ficar sozinho. — repeti.

— Só me explique o que aconteceu. Prometo te deixar em paz. — implorou.

Respirei fundo.

— O mesmo de sempre. —  respondi.

Ela se manteve calada por alguns segundos até que escutei seus passos se afastarem. Abracei um dos meus travesseiros e aumentei o volume da música, respirei fundo e passei praticamente o dia todo em meu quarto.

No outro dia resolvi não ir às sessões, eu não queria que as fisioterapeutas  me olhassem como se eu fosse um fracassado. Permaneci praticamente o dia todo no quarto já que eu não teria mais o que fazer. Quando deu a hora do jantar me “sentei a mesa” junto a meus pais, meu irmão e minha irmã mais nova Jully de 13 anos.

—  Como foi seu dia querida? — Senhora Shaden nos perguntou.

— Legal! — respondeu sem  ânimo algum dividindo a batata em vários pedaços.

Minha irmã não era uma pessoa tão comunicativa, sempre teve poucos amigos pois sua timidez a impedia de fazer novas amizades. Ela sempre ficava na dela, evitava de se meter nas brigas familiares, tinha  boas novas na escola e era bastante esforçada.

— Huum. — meu pai murmurou de boca cheia. — Tem certeza?

— Tenho. — se levantou da cadeira e se retirou da sala de jantar deixando apenas eu e meus pais.

Encarei a mesma que subia as escadas  rapidamente. Havia algo de errado, mas eu não poderia ir atrás dela e tentar resolver.

— Por que não foi na sessão hoje? — fui surpreendido por minha mãe.

Olhei para ela que me olhava à espera de uma resposta. Ela me olhava como a garota, mas não possuía os mesmo olhos exuberantemente maravilhosos e únicos.

— Porque eu não estava afim. —  respondi e voltei a comer.

Aquela era a verdade, eu nunca estava afim de ir naquele local.

— Querido, eu não…

Sebastian entrou batendo a porta com um sorriso de orelha a orelha. Olhei assustado para ele que estava mais suado do que tudo.

— Eu vou ser pai. — anunciou a nós. — Pretendo me casar com a Lucy em breve.

Olhei para ele sem entender.  Ele era quase casado com aquela mongolóide da namorada dele. Ambos já moravam juntos há mais de três anos e viviam em completa harmonia. Algo que não era difícil já que ela era uma baita de uma sonsa,  eu nem fazia ideia de como meu irmão era paciente com ela. Um dia desses ela havia me dito que sentia pena de mim por ser um “ cadeirante de rodas”. Onde já se viu usar esse termo?

Quem ela deveria sentir pena era do meu irmão que a aturava.

— Oh, mas é uma bênção! — mamãe se levantou e o abraçou com os olhos lacrimejando.

— Meus parabéns. — sorri para ele que apenas acenou.

Voltei a comer sem dar muita atenção para aquilo. A comida estava deliciosa!

— Lucy quer se mudar para a cidade dos seus pais, para que sua mãe fique com ela. E eu irei junto. — todos me encararam e eu já sabia o porquê.

Eu não era  responsabilidade do meu irmão. Além do mais, ele estava apenas perdendo o seu tempo me levando na fisioterapia.

— Mas…

— Ele pode ir, eu não quero mais fazer essas sessões. — avisei a eles terminando de tomar meu suco.

— Você fará sim.  

— Não estou afim. — retruquei a meu pai.

—  Calado!

— Foda-se! Não está adiantando nada mesmo. — empurrei meu prato e sai daquele lugar.

— Brian volte aqui imediatamente. — Meu pai ordenou enquanto eu seguia para meu quarto.

— Brian. — mamãe segurou em minha cadeira.

— Me deixe em paz. — pedi a ela tentando movimentar minha cadeira.

— Brian. — a encarei sobre o ombro. — Que coisa é essa de não querer ir mais nas sessões? Isso é essencial!

— Essencial para vocês que possuem esperanças. Se não perceberam eu não tenho mais esperança. — assumi a ela e meu pai que me encararam espantados.

Me virei e continuei a seguir para meu quarto. Os outros  quatro dias da semana foram assim, apenas via minha família quando estávamos na mesa de jantar.

Em um desses dias minha irmã foi até meu quarto e me pediu para ajudá-la em um lição de casa e é claro que a ajudei, foi até uma boa distração, mas quem estava realmente distraída era ela. No domingo resolvi passear com minha irmã Jully, ela estava bastante triste esses dias e eu me preocupava com ela. Depois do acidente, meus pais estavam dando toda atenção a mim e aparentemente haviam parado de dar atenção aos meus outros dois irmãos.

— O que está acontecendo? — questionei a ela que abaixou a cabeça enquanto andava ao meu lado.

— Não é nada. — respondeu enquanto patinava.

Minha irmã adorava patinar, mas infelizmente apenas algumas vezes isso era possível já que eu era o único que a levava para caminhar pela cidade e apenas algumas vezes eu tinha animação para fazer isso.

— Ei, pode se abrir comigo. Não sou seu irmão de confiança? — perguntei a fazendo dar  uma risada sem graça.

— Promete não contar a ninguém? — me fitou e concordei.

— Prometo. — Olhei para ela que abaixou a cabeça.

— Gosto de um menino da minha classe. Semana passada ele me  pediu para que  o encontrasse no final da aula dizendo que queria me dizer algo bastante importante. Eu fui toda esperançosa e quando cheguei ele me pediu dicas para conquistar minha melhor amiga, pois ele a amava. — Seus olhos se encheram de água. — Não sou tão feminina e nada bonita igual ela! — algumas lágrimas escorrendo.

Aquilo não era boa coisa.

— Claro que é Jully. Você é uma garota tão bonita!

— Não pra ele. — esfregou o nariz e se sentou no banco enquanto fungava.

— É a Brenda a garota? — concordou — Ainda bem  que ele não te acha bonita pois ele não tem bom gosto. Acho a Brenda muito cafoninha. — a mesma me olhou surpresa e riu.

—  Verdade, ela é muito cafona!—Gargalhou me fazendo acompanhá-la.

— Viu? Não precisa ficar triste, há milhares de garotos nesse mundo você não precisa desse coisinha de mal gosto. — concordou. — Ele é um otário!

Ela sorriu e me abraçou.

—Também acho essas meninas que te ignoram um lixo. Elas verão só quando você  voltar a andar. — sorri para ela, a abraçando fortemente. Eu amava a irmã que tinha. — Não conta pro Sebastian, te acho muito mais bonito que ele. — me disse me fazendo rir. — Ele não tem o cabelo e olhos castanhos bonito igual os seus. — sorri. — E nem essa cicatriz maneira  no rosto que te deixa parecido com um gangster. — gargalhei.

Realmente minha cicatriz no olho era um pouco assustadora.

— Que tal tomarmos um sorvete? — sugeri a ela.

— Está de noite!

—Ninguém se importa.

A mesma segurou atrás da minha cadeira a guiando enquanto patinava.


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Notas finais do capítulo

E ai? Aprovado? haha ♥
Até amanha ♥



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