Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo escrita por Karina Lima


Capítulo 41
Here lies happinness


Notas iniciais do capítulo

Quero agradecer aos que ficaram comigo até o final, até os que também não ficaram. Escrever é muito importante para mim, e eu ainda amo fazer isso. Pretendo em breve trazer mais fanfics do universo de Crepúsculo. Beijocas!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/734468/chapter/41

Era bom.

Não sentir a dor do parto. Da contração. Dos meus ossos se transformando. Eu estava desafogada de todo o sofrimento interno e externo. E parecia que durou tão pouco tempo.

Parecia um ano desde que estive grávida. Que carreguei minha filha no meu ventre. Todo aquele estresse, aquelas perguntas sem respostas, a preocupação. Tudo se foi.

Dando lugar a um sentimento esmagadoramente bom. Observar minha pequena dormindo em seu berço com tanta plenitude era a minha paz. A melhor coisa que Deus poderia me dar.

Olhei para fora da janela, para as árvores de La Push. Era bom estar de volta em casa. Perto de Charlie e Sue, e os outros lobos. Todos eles me dando o suporte que qualquer mãe dona de casa sonharia. Eu passei a minha quarentena como uma rainha. Precisava? Não, porque meu corpo se regenerou na mesma hora depois do parto. Mas eu reclamava?

Jamais.

—Lavine, a lasanha está pronta. – Brady chamou, e eu estava muito contente de não precisar de uma babá eletrônica para ouvir Sarah, ou que ele gritasse para que eu o escutasse.

Dei um beijinho na testa do meu anjo e desci as escadas. O almoço era em família. Família... de lobos, humanos e vampiros. Todos reunidos na minha cozinha, conversando uns com os outros. Menos Rosalie, que jamais simpatizou com os lobos em geral. Eu era uma rara exceção.

—Ela fica linda dormindo. – murmurei para a loira. Seus olhos brilharam de expectativa, e ela subiu.

Nos sentamos à mesa para comer. Os Cullen foram para a sala, já que eram os únicos que não comiam.

Camila já estava quase para ganhar. Bella concordou em transformá-la. Conversei com Embry sobre o que ela queria. Ele havia ficado uma semana sem falar comigo, até que o convenci de que era decisão dela. Ela tinha que decidir se ia querer viver para sempre dessa forma.

Então foi a vez da minha amiga saber. Ela empalideceu e sua pressão caiu. Nada que fosse algum tipo de risco. Entretanto concordou. A deixamos sabendo de tudo. Nada a amedrontou o suficiente para desistir.

Emma estava maravilhosa no futebol, já sendo chamada para jogar em times semi profissionais. Decidiu que o balé seria seu hobbie, e que queria mesmo jogar bola. A apoiei completamente, porém não a deixaria viajar sozinha por alguns anos. Brady se ofereceu para acompanha-la, e eu reduzi de cinco para dois anos. Eu confiava nele cem por cento.

Decidi largar de vez o trabalho e ficar em casa. Dar educação para Sarah e Emma era tudo o que eu queria. Brady ficava cuidando delas enquanto eu patrulhava, e era maravilhoso. Voltei a ser a segunda no comando, pois adorava essa vida de lobo.

Outra coisa inesperada foi sobre Andrew. Ele chegou de um intercâmbio de um mês que fez na Europa, e veio nos visitar. Quando pegou Sarah no colo, ficou mudo. Ficou a encarando, a observando. Só depois de alguns minutos entendi: imprinting. Seth e eu trocamos olhares, e soubemos que estávamos sossegados com isso. Já tivemos provas suficientes com Jake, Quil, Brady e Leah sobre a pureza do imprinting.  E eu estava sinceramente contente com isso. Sarah estava mais do que o suficiente protegida por todos que a amam.

Eu fiquei triste por alguns dias que eu não a amamentaria. Chorei por noites no peito de Seth. Até que conseguiu colocar em minha cabeça que ela estaria saudável mesmo sem o meu leite. Carlisle receitava tudo perfeito para a saúde dela. Ah, outra especialização que ele estava escondendo nas mangas: pediatria. Eu me impressionei com o tanto de coisa que ele conseguiu se formar em poucos anos. Para os outros, ele era apenas um humano muito inteligente.

A noite caiu. Foram todos para os seus lares. Deixaram presentes para a minha filha. Eu ainda não havia aberto nenhum. Só o que me importava agora era estar nos braços do meu amado. Sarah dormindo, Emma já deitada, a casa estava um silêncio.

Suspirei, me deleitando com a sensação da felicidade. Irradiava por meu corpo e mente. Tracei seu peitoral com os meus dedos, e ele arfou.

—Cuidado. – alertou, sua voz sexy. – Estou com tesão acumulado.

Levantei o olhar.

—A gente transou antes de dormir.

—E ficamos o dia inteiro sem.

Ri da forma que ele tentou ser óbvio, sem sucesso.

—Não consigo esquecer o dia do parto. Eu achei que tinha falhado. Que tinha a perdido.

—Foi muito cronometrado. – ele concordou. – Segundos de diferença. E você conseguiu. Aguentou tudo o que precisava aguentar.

—Jasper sofreu tanto quanto eu. – lembrei, com culpa.

—Ele sabia o que ia acontecer. E fez porque se importa. Pare de pensar nessas coisas.

Concordei silenciosamente, me aconchegando em seu corpo.

—Espero não ter nenhum outro tipo de evento dramático na minha vida. Seu coma e o meu parto bastam.

Ele ficou em silêncio por um tempo, e o quebrou antes que eu perguntasse.

—Foi estranho o que aconteceu. – ele lembrou. – Mesmo que Carlisle tenha explicado, não é algo comum.

—Sim. Quero dizer, como seu corpo pode estar lutando para se curar e falhar repetidas vezes? É loucura. – sussurrei a última parte.

—Nem fale. – suspirou. – Parece que isso aconteceu em outra vida. Porque para mim eu apenas acordei de um longo sonho.

—Agora parece mesmo. – lhe dei razão. – Faz anos desde que aconteceu. Passamos por tanta coisa.

—E agora temos nossa família. Nossa família de quatro pessoas, como eu te prometi. – ele sorriu presunçoso. Lhe dei um tapa de brincadeira.

No quarto do lado, que até agora só dava para ouvir o coraçãozinho batendo rápido e a respiração calma de uma bebê, se deu lugar a resmungos. Não prolongou, e logo se transformou em choro.

Seth me olhou, e tinha algo em seu olhar.

—Uma noite não vai estragar nossa filha. – concordei, ansiosa por demais por dormirmos os três juntinhos. Ele foi e em seguida voltou com ela envolta de um cobertor que ganhou de Emilly. Ela adorava.

Colocou-a em nosso meio, e deitou esticando o braço acima do travesseiro para me tocar.

—Eu amo vocês mais do que tudo. – murmurei, me sentindo sonolenta.

—Nós três te amamos.

Selou a noite perfeita com essas palavras.

Meu coração estava leve e feliz com o que construí. Emma estava sob minha guarda depois de muito tempo sem ela, e agora eu tinha uma filha biológica com o amor da minha vida, que me amaria para sempre.

Me aconcheguei ao lado do pequeno ser, me sentindo a pessoa mais realizada do mundo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Você é meu destino -Quileutes -pós Saga Crepúsculo" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.