Olho para pessoa em minha frente e vejo que é um garoto muito bonito, ele tem olhos azuis e cabelos castanho, fico completamente perdida e ele me também me olha só que envergonhado.
— Tá desculpado – digo pra ele, percebo que suas bochechas estão vermelhas.

— Eu sou desastrado mesmo – ele diz. – meu nome é Guilherme – ele sorri, belo sorriso. Não mais que o de Lucas penso.

— A culpa não foi só sua – digo. – eu também estava distraída, meu nome é Luíza. Você é novo aqui?– pergunto.

— Meu primeiro dia – ele responde.

O sinal toca.

— Acho que temos que voltar pra sala – o garoto de olhos azuis diz. – foi um prazer esbarrar em você.

Dou risada do seu jeito é em seguida entro na sala, Manuela me observa curiosa e eu não digo nada, me sento em meu lugar e presto atenção na aula. Me distraio e lembro de Guilherme, o garoto tímido de olhos claros, muito bonito ele, o sinal de ir embora toca e eu arrumo minhas coisas. Saímos nós duas e de longe avisto Fábio e o novato, como assim? De onde eles se conheciam? Desde quando eram amigos? Vi que eles estavam vindo em nossa direção e percebi Manuela interessa mesmo sem o conhece – lo.

— Olá meninas, esse é o Guilherme – meu irmão falou.

— Já nos conhecemos não é mesmo Luíza – Guilherme disse sorrindo.

— Sim – digo e Fábio nos olha surpreso. – nos esbarramos mais cedo no corredor.

— Oi eu sou Manuela – minha amiga diz quase me atropelando. – eu não me importaria se você esbarrasse em mim – ela diz.

Fábio a olha com cara de poucos amigos, se os dois não brigassem tanto e se odiassem eu diria que meu irmão ficou com ciúmes.

— Garota oferecida – meu irmão diz.

— Você tá falando de mim? – Manu pergunta nervosa.

— Eu não citei nomes, mas se a carapuça serviu... – Fábio riu.

— Olha aqui seu idiota...

— Chega vocês dois – gritei. – Foi mal Guilherme, mas todo é assim, eles só brigam, talvez seja amor não assumido. – digo e eles me olham de cara feia.

— Tudo bem – ele diz. – eu vou indo nessa, nos vemos amanhã – Guilherme diz me olhando.

Nos despedimos dele é vamos embora, Ricardo não pegaria a gente hoje e Juliana já tinha ido, então era só nos três. O caminho todo foi entre provocações de Manu e Fábio, por fim chegamos em casa, minha mae já estava colocando a mesa do almoço.

— Boa tarde crianças, Vão lavar as mãos para almoçar.

Subo até meu quarto e troco de roupa, lavo as mãos e desço, já estão todos na mesa, me sento ao lado de Manu e Bárbara nos olha curiosa.

— Estou percebendo vocês duas bem animadas.

— Conhecemos um gato hoje – digo.

— Gato é pouco – comenta Manu.

— Você não tem idade para namorar Manuela – Ricardo diz rude.

— Não começa pai – Bárbara diz.

— Acho ótimo que a Luíza tenha conhecido alguém – diz Juliana. – assim ela esquece um pouco meu namorado – a encaro surpresa e com raiva.

— Porque você não cuida do seu namorado e esquece a Luíza hein maninha – Bárbara diz é a ruiva a olha de cara feia.

— Essas duas aí também não podem ver menino – comenta Fábio. – principalmente a Manuela.

— Está com ciúmes da Manu Fábio? – Bárbara pergunta divertida.

— Óbvio que não – ele nega. – Eu nunca sentiria ciúmes dessa daí.

— Você é um idiota mesmo – retrucou Manuela.

— É muito amor mesmo – Barbara diz rindo.

— Amor nunca – os dois dizem juntos.

Em seguida eles sobem nervosos para seus respectivos quartos, terminamos o almoço e minha mãe tira a mesa, dessa vez eu não ajudo apenas pego meu caderno de desenhos e me sento no sofá. Meu padrasto e minha mãe saem para a academia e Bárbara vai junto, Juliana sobe para seu quarto e eu fico sozinha, me lembro de Fábio e Manu e dou risada, eles até que fariam um belo casal. Ótimo, resolvo então desenhar sobre eles, eu sei que Manuela ficaria uma fera mas aquilo era arte, sou interrompida pela campainha, corro pra abrir e dou de cara com Lucas.

— Oi – ele diz.

— Oi! Entra – falo.

Ele entra em silêncio e eu fecho a porta, me sinto estranha.

— A Juliana tá la em cima – digo voltando ao sofá.

— Eu já subo, mas antes...

— O que Lucas? – pergunto.

— Da pra você parar de me evitar, eu já disse que quero ser seu amigo poxa – ele diz chateado.

— Essa história de novo não – suspiro. – eu já disse que não podemos ser amigos.

— Porque não? Porque a Juliana não quer? – ele pergunta nervoso.

— Qual seu interesse em ser meu amigo? – pergunto.

— Você é uma garota legal, inteligente e gosta de desenhos – ele sorri. – temos algo em comum. – e além do mais eu já vi que você fez amizade com o novo aluno.

— Ele me parece ser legal – digo. – e pelo que eu sei, ele não tem uma namorada que não gosta de mim.

— Ok Luíza, se você não quer, tudo bem.

[...]

Subo as escadas até o quarto de Juliana e deixo Luíza sozinha, o fato dela não querer ser minha amiga me deixou muito magoado, mas o que mais me doeu foi vê – lá toda alegre com o “novo amigo”, na verdade eu não sabia porque aquilo havia me incomodado tanto, talvez eu estivesse... não, eu não poderia estar gostando de Luíza.