Playing God escrita por Doce Visão, Afrodite


Capítulo 1
Sem um pingo de arrependimento


Notas iniciais do capítulo

Heey. Estou aqui mais uma vez com mais uma OneShot (acho que vou dedicar minha vida no Nyah pra escrever só OneShots, sério...), dessa vez inspirada na banda que mais gosto nesse mundinho: Paramore ♥ espero que gostem.

See ya...
Slytherin Girl/Srta Arakiel



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Aarin desce as escadas do porão com cuidado para não ser ouvida. Em suas mãos segura uma jarra com água e uma faca de cortar carne, mesmo sem saber se estava fazendo a escolha correta. Ninguém ouviria, certo? Mesmo se gritassem...

— Olha só quem está de volta... — Ouvir aquela voz lhe dava náuseas. Ao acender a luz, encara os 4 rapazes amarrados juntos. Ela sorri ao ver que apenas ele estava acordado. Deixa a faca em cima do criado mudo que estava encostado ali e joga a água em cima dos outros. Eles a encaram com descrença. Era a única água que beberiam pelos próximos 3 dias.

— Bom dia. Como estão? — Pergunta enquanto senta no banco ali presente e encarando-os de braços cruzados. — Louis, fale comigo... você sabe como ficado chateada quando você me ignora.

— Prefiro não dirigir minha palavra a criaturas desprezíveis igual você, Aarin. — Louis responde e sorri cinicamente para ela. Semicerrando os olhos, a garota pega a faca de cima do criado mudo e encosta a ponta em seu dedo indicador, furando-o ao pressioná-lo contra a lâmina afiada. Seus olhos fitam o pequeno furo e um sorriso se abre em seu rosto. — Pare de fazer isso, Aarin.

— Eu podia muito bem arrancar seu dedo fora. Sabe disso, não sabe Josh? — Ela levanta os olhos para ele e cruza as pernas. — E você não está em vantagem há quase 6 meses.

— O que fará hoje, Aarin? — Courtney, irmão de Louis, pergunta.

Ela se levanta e caminha ao redor deles. Sua mão direita segura a faca com firmeza. Poderia dar um golpe a qualquer momento, mas sua vontade era outra. A luz acima da cabeça deles faz com que os olhos dela fiquem cada vez mais escuros conforme se afasta deles. Aarin pega uma lanterna e ilumina as paredes. Os rapazes se remexem para ver o que ela iluminava.

Nas paredes, diversas fotos estavam penduradas por um alfinete ou por pequenas facas. Rostos de pessoas conhecidas com anotações escritas em vermelho. Bilhetes escritos com a letra redonda de Aarin eram visíveis juntos de várias dessas fotos. Louis consegue enxergar, inclusive, uma foto dele com seu irmão e um bilhete que Aarin havia escrito para ambos 2 anos atrás.

— Eu sou a criatura desprezível aqui, Louis? — Ela pergunta baixinho. Seu corpo solta leves espasmos conforme ela respira, como se tentasse não cometer alguma loucura. — Você tem certeza do que diz?

— O que está acontecendo? — Samuel pergunta olhando para ela com olhos arregalados. Também vira uma foto sua ali, uma foto com sua namorada. — O que você está fazendo?

— Louis disse que sou uma criatura desprezível..., mas a próxima vez que ele apontar um dedo para mim, me julgando, pegarei esse dedo e terei que arrancá-lo fora. – Aarin sorri docemente para o rapaz, que engole em seco (literalmente) e respira com dificuldade cada vez mais. Seu peito sobe e desce rapidamente. – Ah querido Louis... não creio que esteja nervoso! Ter me chamado de criatura desprezível te deixa nervoso? É isso? Pois saiba que eu sou tão boa quanto aparento ser. Estando dos dois lados da cerca, eu posso te segurar na ponta do precipício e soltá-lo, sem um pingo de arrependimento.

— Por favor, pare com isso, Aarin... – Alan pede baixinho. Aarin olha para ele, curiosa por não ter dito nada até agora.

— Observe, querido Alan.

Ela tira a grossa jaqueta de couro e mostra para os rapazes os braços fechados de tatuagens. Diversos nomes escritos em tinta com uma letra inclinada e muito bem elaborada. Eram incontáveis nomes escritos ali, como se cada nome fosse...

— Você se apaixonou por todos eles... — Courtney sussurra assustado. — O que aconteceu com eles?

— O mesmo que vai acontecer com vocês, provavelmente. Eu sei que você não acredita em mim, Courtney. Mas pelo o menos acredita no modo que eu vejo as coisas. Yey. — Ela comemora baixinho e sorri. Seu sorriso é gigante e completamente insano. Seus olhos se arregalam quando ela vê a ponta da corda perto da mão de Samuel. — Ah Sammy, você não tentou fugir, tentou?

Puxando a mão dele para perto, Aarin solta a lanterna e encosta a lâmina na base de seu dedo médio. Louis segura a respiração, tentando fazer o menor número de movimentos bruscos. Antes que arrancasse o dedo de Samuel fora, Aarin morde o lábio inferior e encara bem a lâmina. Seu corpo volta a liberar espasmos (dessa vez de ódio) quando ela empurra a mão dele para baixo e volta a se distanciar. Com uma mão no peito, Aarin se apoia na parede e respira fundo algumas vezes. Os rapazes sabiam o que estava prestes a acontecer.

Ela surtaria a qualquer momento.

— Eu vivo para tentar dar algo que preste para vocês... dei o meu amor para vocês... E é assim que retribuem? Tentando fugir? — Pergunta sem controle algum evidente na voz. Louis olha para Courtney desesperado, procurando algum traço de que o irmão estava planejando algo. — O que eu fiz para que vocês me odiassem tanto assim?

— Mas nós não te odiamos, Aarin! — Courtney diz com a voz suave.

— Pois não é o que parece! — Ela grita, se aproxima dele e desfere um tapa em seu rosto. A marca de sua mão fica no rosto do rapaz, que permanece com ele virado para não aumentar a raiva dela. Aarin passa a mão nos cabelos escuros e respira fundo novamente. Seu peito começa a doer e as lágrimas escorrem por seu rosto. — Vocês não me deixam escolha... eu não queria que fosse assim...

Aarin volta a pegar a faca e encosta novamente em seu dedo indicador, desta vez arranhando-o inteiro e profundamente. Um sorriso maníaco se estampa em seu rosto quando ouve os gritos deles. Fecha os olhos enquanto estende o corte pela mão e depois para seu braço.

O que lhe faz parar é o barulho das cadeiras se aproximando.

Aarin olha para eles com a ponta da lâmina encostada em seu pescoço. Ela inclina a cabeça para o lado e seus olhos brilham durante alguns segundos.

— O mais engraçado é que... ninguém pode ouvir vocês daqui de baixo. Podem gritar o quanto quiserem para que eu pare. Ninguém nunca vai escutar vocês aqui. – Sua gargalhada estridente e sem nenhuma alegria aparente enche o porão. Seus olhos se encontram fechados quando para de rir e volta a falar. – Morrerão de sede... quando entrarem aqui e virem a porta de minha casa aberta, vão logo chamar a polícia, mas já estaremos todos...

Com um suspiro longo e pesado, Aarin abre os olhos e os encara. Ela se aproxima de todos, lhes dá beijos na testa e senta na frente de Louis, que lhe observa com aparente pena em seu rosto.

— Estaremos todos mortos.

Com essa palavra final, passa a faca pelo pescoço com força. O grito de surpresa dos 4 enche o cômodo. O corpo sem vida de Aarin soltou pequenos espasmos por alguns minutos, até parar totalmente sem chance de sobrevivência.

 


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Notas finais do capítulo

Heey. O que acharam? Deixem um comentário aí embaixo dizendo o que acharam disso tudo. Essa OneShot foi escrita em meio a lágrimas e pessoas dizendo que outras eram melhores do que eu. Não façam isso. Não aponte um dedo, ou alguém terá que arrancá-lo.

See ya...
Slytherin Girl/Srta Arakiel



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