Princess Haylley's Diary - Volume III escrita por Haylley Ashiz


Capítulo 11
A Potion For Celestia




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— E agora, pra onde?

Estávamos Twilight, Fluttershy, Rarity, Applejack, Rainbow Dash e eu num beco escuro de Canterlot onde nenhuma ali já tinha estado. Improvisamos um mapinha com a ajuda de Trixie mas ficou um lixo e não conseguimos entender nada.

Resumindo, estávamos perdidas.

E aparentemente ninguém ali comemorava a Noite do Pesadelo, já que não tinha ninguém do lado de fora fantasiado pedindo doces. Ou seja, ninguém pra pedir informação.

— Sério, quem foi que fez esse mapa, mesmo? — indagou Dash.

— Foi eu... — replicou Fluttershy, um tanto constrangida.

— Por que você não deu o papel pra alguém que sabe desenhar? — questionou Applejack.

— Eu sei desenhar — falei. — Mas eu estou acostumada com mãos.

— Que tal a gente parar de brigar? — pediu Twilight.

Dash suspirou.

— Tá — disse. — Mas o que a gente faz agora?

— Qual era o nome da loja? — perguntou Rarity.

— The Second Record, acho... — respondi.

Então, resolvemos simplesmente sair procurando a loja por ali, até que finalmente achamos o lugar.

Abrimos a porta e o sino tocou. A loja era toda escura, exceto por uma vela em uma mesa onde um pônei lia um livro. Ele havia parado de ler, provavelmente pelo barulho do sino, e olhava na nossa direção.

— Boa noite — cumprimentou—nos.

— Boa noite, senhor — disse Twilight. — Você vende ingredientes para poções?

— Certamente — respondeu ele. — O que vocês procuram?

— Canela ártica e ectoplasma — eu disse.

— Ectoplasma, eh? — repetiu o comerciante. — É bem difícil de encontrar... mas acho que tenho o que precisam.

Então, demos aquela olhada básica nas prateleiras, enquanto ele foi pegar o que pedimos. Lá tinha umas coisas muito aleatórias, tipo uns crânios de pônei, uns venenos estranhos e umas pedras com runas. Eu estava tentando decifrar o que significava cada pedrinha quando o cara voltou. Trouxe um frasco com um líquido esbranquiçado e um outro contendo um pozinho azulado. Fomos até o balcão.

— Ouso perguntar, senhorita, o que aconteceu contigo? — disse o comerciante.

— Comigo? — inquiri.

— Humanos têm mãos e nariz. A senhorita não.

— Mordida de lobisomem. Uma transformação lenta e bem chatinha.

Ele pareceu pensativo.

— Já estou preparando o antído-

— Não existe cura pra isso.

— É uma longa história. O lobo tinha DNA de humano ou algo do tipo.

— Interessante...

— Quanto fica? — perguntou Twilight.

— 52 bits — replicou o dono da loja.

Então, elas juntaram as moedas que elas tinham e entregaram para o cara.

— Obrigado por comprarem no The Second Record, voltem sempre — despediu-se o comerciante.

Saímos da loja levando os dois frascos (claro, qualquer uma menos eu estava segurando, cuidadosa do jeito que sou, especialmente por causa dessas patas) e voltamos para o castelo.

— Finalmente, né! — resmungou Ariana.

— Você não sabe o trabalho que a gente teve, Ariana! — exclamei.

— Bem, o que importa é que estão aqui — disse Luna. — Podemos começar agora.

Fomos para a sala de poções. Era uma sala cheia de frascos e potes de conserva com um caldeirão no meio e várias panelas e outros utensílios pendurados nas paredes.

— Celestia e eu não usamos essa sala há um bom tempo — comentou Luna.

Colocamos todos os ingredientes num balcão. Elen abriu o livro e leu em voz alta:

— "Bata o doce de piñata num copo, adicione água até que se forme um líquido espesso antes de adicionar o chá de lótus sensato de uma vez."

Trabalho em equipe, pessoal!

Vamos reviver essa égua!

Ariana ficou com o trabalho de esmigalhar o doce enquanto Luna enchia duas panelas com água para Elen fazer o chá. E eu...

Eu não fiz nada, mesmo.

Eu seria um completo desastre com essas patas.

Então, Elen resolveu me dar o livro pra eu dar as ordens para todo mundo, só para eu não me sentir uma completa inútil.

Quando Elen foi tirar as pétalas do lótus para fazer o chá, a flor começou a gritar que nem um bicho.

— Que isso!? — gritou Elen.

— Faz esse troço parar! — berrou Ariana.

— Ele tá sentindo dor, né, gente! — disse Dash.

Elen tacou o lótus na água fervente e ele ficou se debatendo dentro da panela até parar de gritar.

— E Zecora dizendo que ele era pacato... — eu disse.

— Vocês tiram as pétalas de uma flor e esperam que ela não grite? — indagou Applejack.

— Claro! — exclamou Ariana. — É uma flor!

— Mas não é como se não conhecêssemos as mandrágoras — eu disse.

— Eu nunca mais mexo com uma flor dessas — comentou Elen.

Depois disso, fizemos como o livro mandava: misturamos tudo.

— Que horas são? — inquiriu Luna.

— Umas 11 horas — replicou Rarity.

— Ninguém sabe que Celestia morreu, só vocês — disse Luna. — Se o Sol não nascer, os pôneis de Equestria ficarão preocupados.

— E o que a gente pode fazer? — perguntei.

— Não vocês, eu. Devo fazer o Sol nascer assim como Celestia fazia.

— E você vai conseguir? — questionou Dash.

— Tenho que tentar.

Então, ficamos com a missão de avisar Luna quando fossem 5:30 da manhã.

Dei uma olhada nas instruções da poção e vi que era realmente difícil. Coisa de ter que deixar a mistura fervendo por três dias.

Três dias!

— Bem, agora temos que jogar isso tudo numa panela, aquecer e botar a canela — expliquei.

— Fale com mais detalhes, Haylley — pediu Elen.

— Ué, mas é isso que tá escrito — eu disse.

— Você leu o começo? — indagou Ariana.

"Para fabricar uma poção de ressurreição, junte os ingredientes a seguir e siga a receita com precisão ou arrisque um resultado incerto."

— Ah, tá. Faz sentido. Então, de novo. "Aqueça a mistura suavemente. Deixe ferver por um tempo antes de adicionar a canela ártica, toda de uma vez, bem devagar."

Depois disso, teríamos que deixar tudo descansar por dez horas.

Pra não perder tempo - que não é algo que temos muito na nossa situação atual -, fomos preparando as outras partes da poção.

Resolvi dividir o grupo em duas partes: humanos e pôneis (Luna ficou do lado dos humanos porque só tinha duas humanas e é isso), pra poder dividir as tarefas e acabar mais rápido.

Applejack pulverizou o aipo de rubi enquanto Rarity preparava outro recipiente e Twilight ficou encarregada de colocar o ectoplasma.

Enquanto isso, Ariana e Elen procuravam pelo olho de cobra e o pó de estrela e Luna pegava a tal da "água purificada".

Depois, elas juntaram tudo e deixaram fervendo por mais três horas.

— Por que essas coisas têm que ferver por tanto tempo? — eu quis saber.

— Você quer que esse lugar exploda, por acaso? — retrucou Ariana.

— Nossa, não precisa falar assim comigo...

— Desculpa, é que eu... eu... argh!

— Vai ficar tudo bem, am— err, Ari — disse Elen.

Ou a Ariana tá de TPM, ou ela realmente odeia pôneis e não aguenta mais olhar pra esses cavalinhos coloridos. Ou os dois, sei lá.

— Haylley, me diz uma coisa — chamou Ariana. — O nome da Gabita é "Gabita" mesmo?

— Quê? Não, claro que não! — eu ri. — Que mãe colocaria o nome da filha de "Gabita"?

— Ué, sei lá. Não conheci a mãe de vocês — disse Ariana.

— Então qual é o nome dela? — inquiriu Elen, curiosa.

— O nome de verdade dela é—

— Alguém viu meu chapéu? — bradou Applejack.

— De onde vocês tiraram "Gabita"? — indagou Ariana.

— Era a única coisa que ela falava, na verdade. E, como eu aprendi a falar antes dela, sempre que ela fazia alguma coisa, eu falava, "mamãe, olha a Gabita!" — expliquei. — Daí todo mundo começou a chamar ela assim. Ela só começou a falar mesmo com uns 2 anos, mas antes disso era só "gabita". E eu era tipo a tradutora dela.

— Você lembra disso? — quis saber Elen.

— Claro que não! — exclamei. — Mamãe me contou.

— Onde está sua mãe, agora? — perguntou Luna, entrando na conversa também.

Suspirei.

— Eu realmente não sei. Gostaria de saber. Não acho que ela nos abandonou. Ela deve estar... trabalhando, sei lá. Ela pode nem estar no mundo real, agora.

— Ah, achei! — exclamou Applejack, pondo seu chapéu na cabeça.

Então, a conversa foi até umas 3 da manhã, quando deveríamos adicionar o sangue de alicórnio e o queijo da Lua na poção. Luna teve que fazer um corte em sua pata para pegar o sangue, e foi bizarro porque o sangue dela era prateado, igual sangue de unicórnio, e nem parecia sangue de tão denso que era.

Parecia que ela tinha mercúrio correndo nas veias.

Talvez seja por isso que alicórnios e unicórnios conseguem usar magia.

Será que sangue de alicórnio tem o mesmo efeito de sangue de unicórnio? Se alguém beber, teria vida eterna? Se sim, até que faz sentido esse ser um dos ingredientes da poção.

Ou talvez eu só esteja delirando, mesmo. São 3 da manhã e eu estou numa sala super sombria fazendo uma poção.

Depois disso, o grupo dos pôneis botaram a mistura para esquentar de novo enquanto o grupo dos humanos preparava o manjericão da tristeza. Teríamos que esperar por mais um tempo até que a cor mudasse para azul (e eu não faço ideia de quanto tempo levaria, mas fazer o quê, né?).

Algumas de nós ficamos acordadas e conversamos, como Luna, Ariana, Elen, Twilight e eu, enquanto outras dormiram, como Fluttershy e Applejack.

Conversamos tanto que nem vimos o tempo passar. Das dez horas que teríamos que esperar, ainda restavam quatro e meia. Ou seja, eram 5:30 da manhã.

— Luna, está na hora — avisou Twilight.

— Certo — disse a Princesa.

Ela estava prestes a sair da sala.

— Luna, espera! — chamei.

Ela parou de andar e virou—se.

— Você quer que eu vá contigo? — perguntei.

— Eu gostaria — replicou ela com um sorriso.

Saí junto com Luna da sala.

— Como você acha que eu deveria fazer isso? — questionou ela, no meio do caminho.

— Você está perguntando pra pessoa errada — retruquei.

— Você quer que eu pergunte pra quem? Pra Tia?

— Não, sua boba. É que no mundo real é tão diferente, sabe? O Sol e a Lua nascem sozinhos.

— Sério?

— É! Na verdade, a Terra gira em torno do seu próprio eixo e faz o Sol "nascer". A Lua fica do lado da Terra o tempo todo.

— Parece ser bem mais fácil assim.

— Bem, então, pra responder sua pergunta: eu não faço ideia. Eu sei que o Sol é maior que a Lua. Muito maior.

— Só espero que dê certo.

Fomos até uma das dezenas varandas do castelo, para que ela pudesse fazer a Lua se por (a Lua se põe como o Sol?) e fazer o Sol nascer.

— Preparada?

— É... eu acho que não.

— Eu tenho quase certeza que não, mas tem alguma coisa que eu possa fazer por você? — eu quis saber.

— A sua presença já é o bastante — replicou Luna.

O chifre dela começou a brilhar. A Lua se moveu, até esconder-se atrás das montanhas ao longe. A Princesa pareceu fazer isso com facilidade - afinal, ela faz isso todos os dias.

Luna respirou fundo. Usando o mesmo feitiço, ela franziu a testa e baixou a cabeça, concentrando-se.

Olhando para as mesmas montanhas por onde a Lua tinha sumido, o céu começava a ficar arroxeado. De repente, o Sol surgiu, tingindo o céu com tons de laranja e amarelo.

Luna parou de usar magia e suspirou, vendo o que tinha feito.

Ela conseguira fazer o Sol nascer.

— Bom dia, Luna.

— Foi mais fácil que pensei.

— Talvez você seja capaz de coisas que nem você mesma imagina.

— Você acha?

— Você estuda magia?

— Não...

— Deveria. Eu acho magia equina fascinante, sério. E, como você é um alicórnio, é muito mais poderosa que um unicórnio comum. Você deveria explorar isso. Peça ajuda à Twilight, talvez ela possa te ajudar.

Luna sorriu.

Então, eu declaro oficialmente:

Terça-feira, 22 de setembro de 2015

A Princesa e eu voltamos para a sala de poções.

— Olha, eu não sei vocês, mas eu tô morrendo de fome — disse Rainbow Dash assim que abrimos a porta.

— Também, o que você queria? — falou Rarity. — Ficamos quase a noite inteira sem comer nada...

— Que tal tomarmos um café da manhã? — sugeriu Luna. — Agora que é dia.

— Então você de fato conseguiu fazer o Sol nascer — afirmou Twilight.

— Foi mais fácil que pensei — disse Luna.

— E então, a gente vai comer ou não vai? — indagou Ariana. — Tô quase me digerindo aqui.

— Não exagera, Ari — disse Elen.

— Eu tô falando sério!

Fomos todas nós até a sala de jantar, onde tinha aquela mesa imensa que cabia todo mundo. Devia ter um exército inteiro preparando a comida, porque logo, logo o café da manhã estava pronto.

— Imagino se Gabita e Demi devem estar bem — falei, procurando alguma carne na comida.

— Claro que elas tão — retrucou Elen. — Elas ainda devem estar dormindo, Haylley. Não são nem 6 horas ainda.

Decepcionada por não ter absolutamente nenhum tipo de carne na comida mas morta de fome como todas as outras, comi meu café da manhã.

Assim que voltamos para a sala de poções, aquela coisa ainda não tinha ficado azul, e Ariana, Rainbow Dash e eu ficamos indignadas com isso.

— Talvez devêssemos continuar a poção — sugeriu Twilight. — Não temos tempo a perder.

Peguei o livro de poções de volta e comecei a ler:

"Encha uma panela com...

— Lágrimas de crocodilo? — indaguei. — Isso não estava na lista de ingredientes...

— Você não presta atenção nas aulas de poção mesmo, né, Haylley? — riu Ariana.

— Lágrimas de crocodilo são um solvente básico. É tipo água — explicou Elen.

Bem, quem sou eu pra discordar?

Luna pegou as lágrimas, Ariana arrumou uma outra panela e Elen ferveu o líquido para que Fluttershy pudesse adicionar o suor de ninja do fogo. Depois de uns minutos mexendo, Dash pôs um fio de cabelo da Celestia na poção (como que elas conseguiram pegar um fio do cabelo dela eu não sei, mas enfim).

Quando estivesse pronto, ainda teríamos que esperar aquela parte da poção ficar azul e as outras três horas restantes.

Sem nada pra fazer, resolvi conversar mais. Aproximei-me do casalzinho:

— Hey, eu posso fazer uma pergunta? — eu quis saber.

— Claro — disse Elen.

— Por que vocês não tão se chamando de "docinho" e "amor"? — perguntei.

— Porque a gente tá em público, ué — replicou Elen.

— Mas vocês não eram casadas?

— Casadas? — riu Ariana. — De onde você tirou isso?

— Sei lá. Era só um palpite meu, mesmo.

— Mas... — as duas trocaram olhares. — Pode—se dizer que a gente tem um tipo de pacto matrimonial, mesmo — continuou Elen.

— E isso quer dizer que...?

— Quer dizer que a gente é casada mas não é — explicou Ariana.

— Mas vocês querem se casar de verdade?

— Uh... — começou Elen.

— Cadê o seu livro, hein, Haylley? — interrompeu Ariana. — Vamos terminar essa poção pra podermos ir embora...

Isso claramente foi uma forma educada de dizer "não te interessa, sua intrometida."

Mas tem alguma coisa nessa história. Alguma coisa mal contada que eu vou descobrir.

Talvez elas se gostem, mas nunca falaram nada uma para a outra. Ou já falaram, e não querem que ninguém saiba de nada.

Mas esconder isso de mim?

Elas ficam tão perto uma da outra, e ficam tanto tempo juntas, que têm praticamente o mesmo cheiro (percebi isso com meu novo nariz de lobisomem).

Estou determinada a descobrir se elas estão escondendo alguma coisa.

Antes que alguém reclamasse de fome de novo, as três horas se passaram e a maldita mistura ficou azul. Com isso, pudemos juntar tudo no enorme caldeirão no meio da sala.

— Aqui diz que tem que ficar mexendo — expliquei.

— O quê?! — exclamou Dash, indignada. — Ficar mexendo essa poção por três dias?!

— Ah, me poupe! — retrucou Ariana.

Ela pegou sua varinha e lançou um feitiço na colher que estava no caldeirão, e a começou a mexer a poção sozinha.

— Pronto, problema resolvido — falou Ariana. — Podemos comer agora? Tô com fome.

Todas começaram a sair da sala.

Elen suspirou.

— Ela é incrível, não é? — comentou.

— Claro! — exclamei. — Ela é Ariana Grande! O que você esperava?

— Pois é... ela é brilhante.

— Você fala como se estivesse apaixonada.

— M-M-Mas ela é uma bruxa incrível! Você não acha?

— É... acho.

Dei uma risada ao ver as bochechas dela ficarem vermelhas.

Enquanto esperávamos a tal da poção ferver por três dias, algumas das pôneis voltaram para casa para fazer suas tarefas. Elen, Ariana e eu passeamos pelo castelo (que parecia infinito de tão enorme). Ariana ficou pela biblioteca com Twilight, Elen até simpatizou com Fluttershy e eu fiquei com Luna, mesmo. A Princesa ainda estava muito abalada, isso sem contar com o ódio que estava de Pinkie por ter matado sua irmã. Um ódio até que compreensível, na verdade. Então, eu estava lá para consolá-la e fazer piadas sem graça de lobisomem para distrai-la.

Bem, contando que ela não resolva se vingar de Pinkie e crie um loop infinito de vingança, estamos de boa.

O castelo estava sempre escuro.

Por algum motivo, Luna quis deixar todas as luzes apagadas à noite e acender velas flutuantes pelos corredores. Sei lá, de repente é pra representar luto ou algo do tipo. Eu que não vou discutir.

Ah, e os guardas morcego dela também estavam lá, dividindo o espaço com os guardas da Celestia. De vez em quando eles brigavam, mas logo faziam as pazes de novo.

Mais uma coisa: só porque foi a Celestia que morreu, parece que Equestria inteira veio até Canterlot para falar com ela. E Luna e eu tivemos que ficar dando desculpas de que ela estava doente, ou não estava podendo falar.

E ela realmente não estava podendo falar.

Mas logo, logo essa poção fica pronta e nós vamos poder parar de fingir. Ah, bem.

Quinta—feira, 24 de setembro de 2015

— Luna?

Ela não estava em lugar nenhum. Era noite mais uma vez, e eu procurava pela Princesa pelos corredores escuros do castelo.

— Onde será que ela se meteu? — eu perguntava a mim mesma.

De repente, com minha super audição de lobo, consegui a voz dela no andar de baixo. Não consegui entender muito bem o que ela dizia, mas estava discutindo com alguém.

Bem, eu realmente espero que Luna não tenha se desentendido com Ariana por algum motivo idiota.

Segui a voz dela até um salão muito alto. Talvez fosse o salão de festas, mas não tenho certeza.

E Luna estava bem no meio, chorando.

— Luna? Luna!

Corri em direção à Princesa, e abracei-a.

— Vai... vai ficar tudo bem! — tentei acalmá-la. — A poção está quase pronta!

Luna me abraçou forte, ainda chorando.

— Eu sei, Haylley. Tudo bem, não é? Tudo bem...

Seja lá o que tenha acontecido, espero que ela pare de chorar. Não sou muito boa consolando pessoas...


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