Royalty escrita por Bella Aurora


Capítulo 19
Alguém para dividir meu reino


Notas iniciais do capítulo

Oi people!!
Capítulo pequeno, mas espero que gostem.
Vejo vocês nos reviews!
Bisous



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Quando acordei, senti todo o meu corpo, como se pesasse uma tonelada; e não pude evitar deixar um sorriso escapar pelo meu rosto.

Senti um nariz passar levemente em meu pescoço, arrepiando meu pelos.

— Alguém acordou feliz. - ele murmurou em meu ouvido e passou os braços ao redor da minha cintura, me puxando para mais perto

Apoiei minhas costas em seu peito, fechando os olhos momentaneamente com o contato da pele com pele.

É, com toda certeza eu poderia dizer que havia acordado feliz.

— Preguiça. - declarei com simplicidade me aninhando cada vez mais no peito de Justin, fazendo-o rir

As mãos dele em torno da minha cintura pousaram sobre minha barriga e me apertaram com força, me fazendo jogar a cabeça para trás e encostá-la em seu ombro.

Uma de suas pernas se posicionou entre as minhas, fazendo um emaranhado, e me arrepiei ao sentir sua respiração contra meu ouvido.

— Fique na cama. Eu vou buscar o café.

Não pude deixar de sorrir com o quanto ele era atencioso comigo, então apenas virei-me para ele, passando os braços por seu pescoço e aproximando minha boca da sua.

Sentindo seu aperto na minha cintura aumentar, sorri e lhe dei um leve selinho; apenas encostando meus lábios nos seus.

Ele deu um gemido baixo, me puxando para mais perto, se é que fosse possível, e grudando sua boca na minha, passando a língua pelos meus lábios; com as mãos subindo e descendo por minhas costas até a base de minha coluna, onde ele apertou minha bunda e encostou sua cintura na minha, me fazendo sentir o quanto ele me queria.

Suspirando entre o beijo, ele me soltou, antes que eu pudesse mostrá-lo também o quanto o queria.

Ele se afastou da cama, me deixando deitada e parou no meio do quarto me observando.

Vi ele sorrir antes de balançar a cabeça de um lado para o outro e seguir em direção ao banheiro.

— Se eu ficar, nós não vamos sair dessa cama hoje. - ele disse do banheiro

Ouvi um farfalhar de roupa e sorri com a suposição dele.

— Não é uma ideia tão ruim. - disse alto o suficiente para que ele pudesse me ouvir

Ouvi-o resmungar alguma coisa, mas não estava perto o bastante para conseguir entender. Sentei-me na cama, os lençóis escorregando pelo meu corpo e se amontoando em torno da minha cintura.

Com a intenção de segui-lo, parei de me movimentar quando o vi voltar do banheiro pelo pequeno corredor.

— O que eu falei sobre ficar deitada na cama? - ele perguntou com os olhos descendo até meus peitos desnudos

Sorri.

— Eu estou na cama. - falei com a voz mais inocente que pude fazer e apoiei minhas mãos no colchão

— Mas não deitada. - ele replicou cruzando os braços

Larguei-me estirada de volta na cama, com um sorriso complacente no rosto mordendo minha língua para não perguntar se ele estava contente.

— Mas alguma coisa? Quer que eu me finja de morta também? - perguntei me esticando e esperando uma resposta

Quando ergui meus olhos em sua direção, percebi que ele ainda me encarava, mas agora com um sorriso no rosto.

Bufei e me inclinei para fora da cama; encostando meus pés no chão gelado, estremeci pensando que realmente era melhor eu não levantar agora.

Mas eu precisava muito de um banho.

Me ergui para fora da cama e respirei fundo antes de passar por um Justin de calça cinza escura pendendo de sua cintura, deixando bem evidente o ‘v’ do quadril.

Ele era uma perdição. E uma muito gostosa mesmo.

— Aonde você vai? - ele perguntou me vendo passar sem os lençóis

Parei na porta do banheiro, me encostando na soleira. Abri meu melhor sorriso para ele enquanto prendia o cabelo em um coque frouxo.

— Banho. Depois eu volto pra cama. - disse indo até o chuveiro e ligando a água, esperando esquentar

Ouvi novamente um resmungo e fui rindo até a porta, segurando a maçaneta, pronta para fechá-la.

— Me acompanha? - perguntei dando meia volta e seguindo até o box

Senti um calafrio quando Justin tocou seu peito em minhas costas segurando minhas mãos contra o vidro e me mantendo presa e seus braços.

Ele inspirou profundamente contra o meu cabelo, depositando um beijo e soltou um gemido quando eu joguei a cabeça para trás, dando espaço para sua boca trabalhar.

— Você ainda vai ser a minha morte, mulher. - ele disse aceitando de bom grado o trabalho

Dificultando meu raciocínio ao perceber que Justin  me apertava sem estar usando roupa alguma agora, a próxima coisa que percebi foi estar sendo prensada pela fria parede branca de azulejo, com a água caindo sobre mim; o cabelo já solto batendo em minhas costas costas e Justin, divina mente a minha frente, nu, molhado e gemendo meu nome enquanto se empurrava contra mim repetidamente.

Nunca havia demorado tanto tempo em um banho, nem sabia que era possível fazer isso no chuveiro, mas Justin havia me provado  o contrário e, definidamente, havia sido o melhor banho da minha vida.

Deitada na cama na cama agora, tentando fazer o possível para relatar enquanto esperava Justin voltar com o café da manhã; minha mente vagava no que aconteceria daqui para frente.

Não era nenhum segredo de estado que Justin e eu estamos juntos, não depois dessa noite, mas o que isso realmente significava?

Eu não precisava mais me casar para conseguir a coroa e, pelo que eu havia entendido, eu não precisava nem ao menos assumir o trono agora.

Eu não precisava me casar para assumir a coroa.

Eu não precisava me casar.

Mas eu queria.

Será que Justin se casaria comigo mesmo se não houvesse necessidade? Afinal, ele só estava se oferecendo para que eu pudesse cumprir uma lei que aparentemente não existia.

Quando Justin voltou ao quarto, carregando uma bandeja em mãos, tentando não derrubar nada, eu sorri e suspirei com o meu próximo pensando.

“Eu amava esse homem.”

Ele sorriu pra mim, se sentando à minha frente e apoiando a bandeja em meu colo.

Pego uma das xícaras de café que ele havia trazido e inspiro fundo o cheiro da cafeína quente, deixando meu corpo mais relaxado. Isso era bom demais. Levo a xícara à boca e dou um pequeno gole, soltando um gemido de satisfação. Porque café tinha que ser tão bom?

Abro os olhos, mirando Justin e ele calmamente pega seu copo, se remexendo um pouco no lugar.

— Como beber café pode ser tão sexy? - ele pergunta enquanto eu sorrio

Se eu ainda seria a morte dele, ele com certeza seria a minha.

— Por mais que eu queira. - digo largando a xícara vazia de volta na bandeja - Eu tenho muitas coisas pra fazer ainda, e uma delas inclui uma longa conversa com o meu pai.

Ele acena com a cabeça e tira a bandeja do meu colo.

— Eu sei. Mas não esqueça de voltar pra cá quando terminar.

Arqueei uma sobrancelha e inclinei a cabeça para o lado.

— O que você está insinuando príncipe? Que eu sou fácil assim? Pretendia passar a no meu próprio quarto.

Tentei a todo custo não rir enquanto fazia uma cara que eu esperava ser séria.

Ele abriu um sorriso galanteador pra mim.

— Tudo bem, podemos dormir no seu quarto hoje.

Revirei os olhos mas não pude deixar de sorrir. O quão pretensioso ele era?

Resolvi não retrucar, se não passaríamos o dia ali, apenas trocando farpas um com o outro.

Depois de quase uma hora enrolando no quarto de Justin, consegui fazer meu caminho até a sala do trono, um pouco mais confiante e segurança.

Claro que tudo isso caiu por terra quando percebi que a sala do trono estava vazia; sem uma única alma viva.

Tudo bem, afinal, em quantos lugares o rei poderia estar certo?

Depois de mais meia hora circulando a esmo pelo castelo cheguei a minha conclusão: ‘muitos’. Ele, pelo visto, poderia estar em muitos lugares.

Onde raios o rei estava?

Vi no fim do corredor Jonathan passar correndo, e gritei para que ele me esperasse.

— Viu o papai? - perguntei quando parei ao seu lado

Ele acenou com a cabeça e deu de ombros.

— Na biblioteca. Em uma reunião muito importante. - ele disse como se estivesse repetindo as palavras de alguém.

— Obrigada mano. - respondi encostando em seu ombro e sorrindo, lhe dei um leve aperto para que sua atenção se voltasse para mim - Sem correr pelos corredores.

Ele bufou e saiu arrastando os pés enquanto eu seguia para o lado oposto, em direção a biblioteca.

Na minha mente, várias perguntas se formaram.

Papai costumava me chamar para reuniões, por mais entediantes que elas fossem. Parei para pensar se essa não era a forma de ele me dizer que eu não tinha mais que me preocupar com o trono. Que eu ainda teria tempo antes de assumir; mas nem isso fazia sentido.

Eu deveria estar com ele, independente do que fosse.

Antes mesmo de chegar na biblioteca eu pude ouvir os gritos, e isso fez com que um arrepio percorresse minha espinha. Meu pai gritava a plenos pulmões e eu nunca tinha ouvido ele sequer levantar o tom de voz a vida toda. Ele era a pessoa mais calma que eu conhecia.

— Eu não vou tolerar esse tipo de atitude!

Uma voz um pouco mais baixa respondeu, com a voz cheia de sarcasmo.

— Não é só uma pessoa no conselho que pensa assim majestade. É a maioria.

— Isso é um ato de traição! - meu pai respondeu

Cheguei mais perto da porta e encostei meu ouvido a madeira.

— Ela não está apta para reinar. Todos concordamos. Um união estável é a única coisa que pode ajudá-la; sem isso, nós não a reconheceremos como nossa rainha

Me afastei da porta o mais rápido que pude, batendo as costas na parede oposta e levei as mãos a cabeça.

Eles não me queriam como rainha.

O meu próprio povo me rejeitara.


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Notas finais do capítulo

*-*



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