As ruivas são mais quentes escrita por vênus


Capítulo 6
V - A garota de cabelos vermelhos


Notas iniciais do capítulo

Merlin, perdoem o meu atraso por favorzinho! Eu sei que vacilei ~~ demais~~ atrasando um mês para postar, mas em minha defesa era reta final de provas e eu não podia bobear não. Mas então aqui está um pouquinho de James ~~~cof cof gostoso cof cof~~ Potter para vocês. Aproveitem.



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  Você não sabe quando uma ocasião pode – e no meu caso, vai – mudar a sua vida para sempre ou quando um momento vai te marcar pelo resto da tua vida,  até que eles simplesmente ocorram, entende? Talvez fosse por isso, pelo fato de que eu não sabia que aquela noite em particular mudaria o rumo de toda a minha vidinha milimetricamente traçada, que eu não estivesse tão animado para esse tal jantar do Ministério como o resto da família estava. Sem querer ofender a todos os ratos de escritórios que passam horas atrás de papeladas e que se esquecem da vida, mas o que de empolgante tem nessas festas? Para falar a verdade, a minha animação era um negativo.

     Não me levem a mal, mas também não me levem a jantares burocráticos com o pessoal do Ministério. E eu não fazia a mínima ideia de que aquela noite em questão seria a noite em que ela chegaria e viraria a minha vida de cabeça para baixo. Mas para falarmos dela, precisamos voltar àquela manhã de Agosto para reavaliar todos os acontecimentos que nos levaram aquele primeiro encontro desastroso.

   Dizer que minhas costas doíam era um eufemismo para o que eu realmente sentia ao acorda naquela manhã cinzenta de Agosto. Meu corpo parecia estar submerso a pilhas de concretos e meu pescoço estralava a cada mínimo movimento, sem falar na dor de cabeça que começava no centro do meu cérebro e se expandia por ele todo. Não vou esquecer de mencionar a falta de lembranças recorrentes do que me acontecera na noite anterior.

  - JAMES! – minha adorável mãe gritou do primeiro andar, fazendo – me revirar na cama incomodado. – James Sirius Potter, se você não estiver de pé em quinze minutos, eu faço questão de lhe acordar!

— Merda. – praguejei, abrindo uma pequena fresta dos olhos para observar o movimento ao redor. - Certo, certo.

   Minha vontade era de continuar deitado sob os lençóis, ritmando a minha respiração com as baforadas gélidas do ar condicionado enquanto contava as rachaduras no teto, mas analisando bem minhas opções e entre fazer uma analise geral do quão gasto estava o telhado a Gina Potter ser obrigada a subir ali, eu preferia continuar a viver, muito bem, obrigado.  E se eu não cumprisse com a minha palavra seria o mesmo que assinar o tratado de morte.

 Por isso arrastei – me para o banheiro em uma atuação digna de Dawn Of The Dead, e ao chegar lá, me encarei no espelho.

  Meus cabelos estavam mais bagunçados do que o normal e apontavam para todas as direções possíveis, meus olhos castanhos – esverdeados estavam cercados por orelhas arroxeadas terrivelmente chamativas e não posso esquecer a marca de chupão no pescoço que não seria tão fácil assim de esconder.

  Merlin, o que diabos eu fiz na noite anterior?

— Você está terrível, garoto. – a imagem no espelho disse, me assustando. Por que papai fazia questão de nos dá de presente esses espelhos falantes só para ressaltar os quão acabados nós estávamos?

  Ignorando o comentário feito pelo reflexo, me enfiei embaixo do chuveiro e o liguei logo sentindo a água morna percorrer por todo o meu corpo, levando para longe os resíduos de sujeira nele. Depois de me secar, escovei os dentes e me vesti com as roupas mais limpas que encontrei.

— James! – ouvi Lily gritar quando já estava ao pé da escada. Além da aparência, minha irmãzinha havia herdado as cordas vocais da minha mãe sem a menor sombra de duvidas.

— Aos que me esperam ansiosos... – falei ao adentrar a cozinha, abrindo os braços com um sorriso de lado – Cheguei!

 Papai estava sentando a um extremo da mesa, folheando O Profeta Diário como sempre fazia enquanto Monstro, o elfo mal amado da família, o servia. Meu irmão estava ao seu lado, checando com expectativa o correio, e Lily brincava com seu gato de estimação, o maldito Axl -, o único ser com quem minha adorável irmãzinha era delicada.

— Harry, pegue os pratos. – mamãe pediu, e com apenas uma sacudida de varinha todos os pratos saíram do armário e pousaram delicadamente em cima da mesa se organizando para todos os familiares. - Lily, coloca esse gato no chão! James, não é hora para checar mensagens no celular e Alvo depois você responde sua namorada.

  Alvo corou a medida que eu gargalhava alto, e era repreendido pelo olhar do mesmo.

— Cala a boca, idiota. – Alvo revirou os olhos, atirando um pãozinho na minha direção. – Mãeee! Olha o James!

— Vocês dois, parem. – ela repreendeu. – Não vejo graça no namoro do Alvo.

— Além do fato de que ele não existe? Ah, não, mãe! Graça nenhuma! - ironizei, e até a mesma riu.

— Falando em namoro – Lily fez Axl salta para o chão e virou – se para mim com um sorriso maquiavélico. – Como vai a Becca, Jaymizinho?

— Que Becca? – mamãe tomou partido da conversa, e tamanho foi o seu susto que derramou café na calça novinha no papai. – Não me diga que você está namorando a Becca Turpin!

— Eu não estou namorando com ela. - frisei, fazendo Lily rir ao meu lado. – Lily que está exagerando.

— Ontem na festa da Lucy ela estava praticamente engolindo a sua cara. – Alvo fez uma cara pensativa, antes de completar com um sorriso digno de sonserinos: - Eu não sabia que você era canalha ao nível de esquecer-se da garota que estava enfiando a língua na sua garganta.

— Eu não me lembro disso. – franzi o cenho, vasculhando a minha memória. Se fosse verdade, eu estava ferrado.

— A questão é: do que você lembra? – Alvo arqueou uma sobrancelha. – Você estava tão bêbado que eu fiquei com medo de você entrar em coma alcoólico.

 Abri a boca para contesta - ló, mas sem resposta em mente tornei a fecha – La.

— Então – papai pigarreou, ignorando o ultimo comentário do meu irmão – e se Becca confundir as coisas?

— Ai o James se apaixona por ela. – o comentário saiu da boca de Lily com tamanha leveza que fora suficiente para ocasionar uma crise de riso em todos os presentes na mesa. – O quê? Não é um absurdo tão grande assim!

   Minha irmã não era uma exata princesinha da Disney super meiga e delicada, ainda mais com sua aparência desleixada, blusas velhas de bandas e expressões de deboche, mas nem por isso ela deixava de lado a crença no amor verdadeiro. Na verdade, Lily Luna era os dois lados da moeda em uma só.

— No dia em que James se apaixonar, Alvo para de ser trouxa pela Dominique. – mamãe disse entre uma garfada e outra.

— A questão, Lily é que eu nunca vou me apaixonar. – respondi com convicção. Em sete anos, se nenhuma menina jamais me botou na coleira eu duvida muito que um dia alguma colocasse.

— Um dia uma garota vai brincar com você do mesmo jeito que você faz com as outras! – Lily vaticinou com um sorriso convencido.

— Como eu ia dizendo – mamãe fingiu uma tosse – No dia em que James se apaixonar, Alvo para de ser trouxa pela Dominique.

— Você é tão perdedor que até a mamãe sabe o quão idiota você é pela Domi. – apontei o garfo para um Alvo completamente vermelho, enquanto Lily gargalhava ao meu lado.

— James! Seu irmão não é trouxa muito menos idiota – mamãe partiu em defesa de Alvo – Ele só é muito ingênuo e não percebe que age como um trouxa idiota.

— Mamãe, a senhora seria uma péssima advogada. – Alvo bateu na testa com uma mão a medida que todos na mesa estavam rindo, inclusive papai que quase se engasgara com uma torrada.

— Ok, parem de zoar com o irmão de vocês. – papai enxugou uma falsa lágrima.

— É, James, um dia você ainda vai se apaixonar também. – papai me encarou sério e eu tive que fazer muita força para não rir. Mas não deu certo e logo uma risadinha se tornou uma gargalhada alta, e Lily se juntou a mim nisso.

— Papai, o senhor tem tanto senso de humor. Me perguntou como nunca notei isso. – enxuguei uma lágrima causada pelo riso em excesso e ele revirou os olhos. – Eu não me apaixono, sou imune a essa besteira.

— Ele normalmente só ilude. – Alvo franziou o nariz. – Vocês têm que ver em Hogwarts. Todo dia é uma menina diferente.

— Eu não iludo! – não iludo mesmo. Que blasfêmia. – Nunca prometi nada a elas e sempre deixei bem claro as minhas intenções. Eu nunca se quer disse um eu te amo para elas. Mas não tenho culpa se elas não resistem ao meu charme. – completei com um ar convecindo.

   Quem resistiria a mim? Sou bonito, talentoso, tenho dote e sou capitão do time de Quadribol. Eu sou o pacote completo, meus queridos.

— É, é – Lily tomou ar, virando – se para a mamãe: - Que horas o pessoal chega?

— Daqui a menos de uma hora, acho, e por isso vou precisar da ajuda de vocês para limpar a casa. – mamãe abriu um sorriso malvado.

— Por que não podemos usar magia? – papai perguntou após um longo bocejo.

— Porque o modo antigo é bem melhor. – ela respondeu sem nem pensar duas vezes.

— Como limpar a casa manualmente pode ser melhor do que com magia? – Alvo contestou.

— Não sabia que a minha palavra era insuficiente nessa casa! – mamãe revirou os olhos com irritação, e respondeu ríspida: - Vamos limpar do meu modo porque eu quero e ponto final.

— Calma bruta! – Alvo ergueu os braços em redenção.

— Mamãe para isso tem o Monstro. – lancei um olhar para o elfo que tentava a todo custo capturar um pássaro no parapeito da janela.

— Ele não é um escravo! – Lily reclamou, ficando quase da mesma cor de seus cabelos.

— Eu nunca disse que ele era um escravo, mas ele é meu elfo e o dever dele é ajudar. – sorri em resposta, tendo a certeza de que isso a tiraria do sério.

— Ele não é seu elfo. – retrucou já irritada.

— Mas é dos Potter, e eu sou um Potter. – respondi com um sorriso de lado.

— Você é tão preguiçoso, isso sim!

— E incrível. Não se esqueça do incrível! – pisquei para ela, que bufou.

— James arruma a sala, Lily varre as folhas do quintal e Alvo, querido, você limpa a casa do cachorro e depois arruma o seu quarto. – mamãe listou. – E Harry...

— Amor, eu adoraria saber qual a atividade maravilhosa que você reservou para mim hoje, mas eu estou super atrasado para o trabalho. Sabe como é, muita papelada... – papai fez uma falsa cara de decepção, beijando o rosto da minha mãe – Se comportem crianças. Até mais tarde! – e aparatou.

 Harry Potter, se livrando das encrencas desde 1991.

— Eu fico com a cozinha. – ela suspirou, revirando os olhos com impaciência.

  Puxei a varinha do bolso da calça e com um feitiço ensinado pela avó Molly, tudo ficou em perfeita ordem. Brilhando de tão limpo. E por isso que bruxos maiores de idades têm certas vantagens. Para que gastar tempo limpando estantes encardidas quando sua varinha pode fazer tudo isso por você e muito mais?

— Bom dia, vó Lily! – cumprimentei o quadro da mulher ruiva ao passar por ela e me jogar no sofá. – Cadê o avô?

— Foi visitar o quadro dele no ministério. – disse após um bocejo e sorriu. Eu adorava o sorriso da avó Lily, ele parecia tocar os olhos dela e era impossível não sorrir de volta.

 Cumprimentei um Sirius sonolento, jogando meus pés por cima da mesinha de centro e ligando a tevelisão. Ou seja lá qual for o nome daquele troço que passa filmes.

— Seu celular está trocando feito doido! – Alvo jogou o telefone na minha direção, atingindo a minha cabeça.

 Murmurei uma azaração antes que meu irmão corresse, fazendo com que sua cabeça dobrasse de tamanho e começasse a tombar para o lado. Sem querer me gabar, eu sou ótimo em azarações.

— Mãe, olha o tamanho da minha cabeça! – Alvo gritou da cozinha.

  Abri a boca para brincar que aquele era o tamanho natural da cabeça dele quando a lareira acendeu em chamas verde esmeralda e delas surgiu um ruivo de olhos azuis e sorriso idêntico ao do pai.

— AMORZÃO! – gritamos juntos, nos abraçando com força.

— Senti tanto a sua falta, Six!Fred me apertou contra seu peito.

— Fiquei deslocado sem você, cara. – admiti.

— Que gays. – Roxanne Weasley resmungou as nossas costas. – Não faz nem cinco horas desde que vocês se viram pela ultima vez.

— Cada segundo longe do mozão é um pedaço a menos no meu coração! - falei, recebendo outro abraço de Fred.

— Para sempre Frames. – unimos nossos mindinhos, ignorando a presença de Roxanne.

  Fred Weasley é meu melhor desde que nós conhecemos por gente. Sempre fomos James e Fred, e nunca James ou Fred. Dividimos a data de aniversário, o quarto, o filme favorito e até mesmo a comida. E comida é sagrada para nós dois. Desde dos sete anos, Fred e eu gastamos 90% do nosso tempo aterrorizando a vida de todos e zoando com a cara de idiotas como o Alvo.

— Então, Six, como anda a vida? – Roxanne depositou um beijo na minha bochecha.

 Enquanto Fred é ruivo e extremamente branquelo, alto e com olhos tão claros como os do pai, Roxanne era uma puta morena do caralho, de cabelos escuros e olhos amêndoas.

— E ai, Roxy? – levantei a mão para um High Five. – Estou em uma montanha russa que só vai para cima.

— Você citou A culpa é das estrelas? – Fred arregalou os olhos na minha direção. – Eu não te reconheço mais!

— LILY! – Roxanne deu as costas para a nossa cena e saiu.

— Descobri umas coisas que vão te interessar – Fred deu um tapinha nas minhas costas, sentando – se ao meu lado no sofá.

— Se isso não envolver um feitiço mais útil para erguer as saias das meninas, eu nem quero saber. – joguei os pés para cima da mesinha.

— Não, mas envolve um jeito de explodir a sala do Filch. – ele tossiu para abafar a voz. Se mamãe ouvisse nós dois falando aquilo seria o nosso fim.

 No último ano ela prometera ir a Hogwarts por conta própria se eu aprontasse alguma, o que me fez ter bastante trabalho para interceptar as corujas da diretora McGonagall antes que chegasse aos limites do castelo. Nesses momentos eu me orgulho por ter gasto preciosos cinco galeões a cada coruja para Alvo. Meu irmão é um apanhador e tanto.

— James! – mamãe apareceu a porta da sala vermelha. – Qual a parte do “arrume a sala” você não entendeu? – perguntou trincando os dentes, e depois virou – se para Fred com o seu sorriso maternal: - Bom dia, querido.

— Madrinha! – Fred exclamou quando a vi. Mamãe abriu outro sorriso. – Linda como sempre. – disse dando um beijo em sua bochecha.

— Certo Fred. Você e James são farinhas do mesmo saco. – ela respondeu rindo. – E da saca vencida.

— Por que a senhora acha que eles andam juntos? – Lily questionou adentrando na sala com Roxanne. Elas se jogaram no outro sofá, e no momento em que mamãe também resolveu perguntar porque minha irmãzinha não estava cumprindo com a sua obrigação, ela continuou: - As folhas estão todas colhidas e dentro de um saco. O quintal está um brinco, não se preocupe.

— Eles se parecem muito com Sirius e eu. – uma voz falou a nossas costas nos fazendo virar. Haviam alguns quadros na parede, como o do meus avós, Sirius, Remus e Tonks. Era paticurlamente agradavél conversar com eles. Já não posso dizer o mesmo de Snape.

— Encrequeiros e transgressores você quer dizer. – a ruiva revirou os olhos, mas cedeu um sorriso para o meu marido.

— Temos muito orgulho da nossa fama, ruiva. – Sirius pôs uma mão no peito agradecido. – E temos muito orgulho do que nosso garoto se tornou.

— Vocês são um péssimo exemplo. – foi a vez de Lupin comentar, mas era percepctível o meio sorriso em seu rosto.

— Não temos culpa se você era o chato. – vovô James estralou a língua em direção ao quadro de Lupin.

— Vocês sabem que horas o Scorpius chega? – Lily perguntou com interesse. Muito interesse para o meu gosto.

— Por que a pergunta Lily Luna? – Alvo e eu indagamos ao mesmo tempo, a medida que ela revirava os olhos e bufava. Eu sou um irmão muito ciumento, e não gostava de certos marmanjos pertos da minha irmã, e conhecendo a fama de Scorpius eu o queria bem longe de Lily.

— Porque ele está me devendo sete galeões, seu insupórtavel. – Lily respondeu, afundando no sofá. – Não é como se eu quisesse pega – lo loucamente. Prefiro morrer a fazer isso.

— Nunca diga nunca. – Fred riu e eu depositei um tapa em sua cabeça. - Ei, cara. Que brutalidade.

   No momento a lareira acendeu em chamas verde esmeralda e de lá sairam Rose e Hugo Weasley, limpando as vestes com uma careta. Rose tinha cabelos ruivos e cacheados e dá altura dos ombros, já Hugo tinha cabelos levemente escuros e bagunçados. Eles no cumprimentaram brevemente e se juntaram a Alvo e Lily, seus respectivos amigos. Meu tio Rony, que no dia não trabalhava, veio logo em seguida  Não demorou muito para que Dominique, Louis aparecessem, sendo seguidos da mina tia Fleur e depois do meu tio Gui. O casal Ted e Victorie vieram em seguida, e depois de trinta minutos, a casa estava cheia.

 Foi por volta de seis da tarde, ou da noite como quiserem, que os amigos do ministério começaram a chegar. Até lá nós dividimos nosso tempo em fazer nada e depois fazer só mais um pouquinho de absolutamente nada, com pausas para comer e ir ao banheiro de vez em quando, mas naturalmente, estavamos muito ocupados sendo inúteis a maior parte do tempo e nos preocupando em advinhar os preços em um programa de tevelisão (é assim que se fala?) trouxa.

 Cada um de nós se dividiu para tomar banho no número limitados de banheiros da casa, e demoramos em média duas horas para todos nós nos arrumarmos. Infelizmente, como filho mais velho e residente do maior quarto da casa, fui obrigado a dividir o quarto com Fred, Scorpius, Alvo e Ted. Bem, hipoteticamente com Ted, já que eu tinha certeza que este e Victorie dariam um jeito de dormirem juntos nem que fosse no sotão com a companhia de diabretes da cornualha que Fred e eu contrabandiamos no último ano.

 Horas depois lá estavamos nós cumprimentando o pessoal tedioso do ministério. Então eu tive uma ideia de ouro: ir para o meu quarto e me trancar lá pelo resto da noite. Teria dado certo, eu poderia ter dormido ou até mesmo dado uma voltinha pelos arredores da cidade já que agora sabia aparatar, se mamãe não tivesse invadido meu quarto com tudo e me obrigado a descer para dizer um oi amigável para os amigos de escola dela.

— Vamos, cara – Scorpius me puxou pelo ombro – Você tem que ver a menina. Ela é linda.

 Eu só não esperava encontrar uma deusa parada em frente a escada quando descesse. Sim, eu estou falando dela. A garota de cabelos ruivos e olhos esmeraldas que me enfeitçou assim que pus meus olhos nela. Merlin, podia existir alguém tão bonita assim? E quando ela sorriu, parecia que o mundo desabaria em cima de mim. Que sorriso espetacular.

— Você é ruiva! – Scorpius se admirou.

— Da última vez que eu me olhei no espelho, eu era. – ela brincou fazendo – nos rir.

  Sorri torto para ela, que devolveu o sorriso constrangido. Meus olhos analisaram primeiro seus longos cabelos ruivos que estavam lisos até um pouco perto das pontas, mas cacheavam a medida que chegavam nelas. E os olhos dela eram incriveis! Eram de um verde tão intenso, tão brilhante. O tipo de verde que eu jamais vi. Nem na avó Lily, nem em papai muito menos em Alvo. Era único.

  Travei por um momento. Não era normal eu travar quando me interessava por uma garota. Normalmente era só mexer no cabelo e sorrir torto que elas mesma já puxavam assunto, mas havia alguma coisa no olhar dela que me congelou. E eu sou James Sirius, o cara que não reage bem sobre presão, e é claro que eu abri a minha boca para dizer a maior merda que já me ocorrera.

— Não cara, é loiro moranguinho.  – meu tom nem se quer saiu como zombaria, mas o suficiente para ela fazer uma cara de poucos amigos para mim.

— Esse é o James, meu irmão mais velho. – Lily estralou a língua e usou o tom que ela normalmente usava para enfatizar que eu era um idiota.

— Com uma inteligência dessas você deveria ser estudado pela NASA. – ela revirou os olhos para mim. Que afiada.

— Você é sempre tão simpática assim? – revidei a provocação e vi minha mãe suspirar as minhas costas.

— Você não sabe o quanto. – ela rebateu com desdém e eu sorri, o que pareceu irrita - la, e por mim já estava ótimo.

Mas então Sirius resolveu dá uma de empata foda.

— Minha nossa, você tem um clone! – e toda atenção da garota se desviara de mim para Lily Evans e os demais quadros na parede.

 


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