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Resiliente 

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“Aquele-Que-Não-Deve-Ser-Nomeado está atrás do Harry.”

James sentiu o ar fugir de seus pulmões, e seu coração parou de bater por um longo segundo. O peso do mundo alojou-se em algum lugar entre suas costelas e suas entranhas. Seu estômago contorceu-se, e era uma sorte que fizesse tanto tempo desde que comera alguma coisa.

Dumbledore falava muito rápido sobre coisas que deviam ser importantes, mas James não conseguiu captar muito mais do que aquela sentença essencial. Sentia o medo correndo em suas veias como se fosse veneno de cobra. Oh, morreria se deixasse aquilo dominá-lo.  Obrigou-se a trincar os dentes, porque sucumbir ao desespero não era uma opção.

Em meio ao seu temor, lembrou-se da figura desamparada de Sirius, parado na soleira da sua casa após abandonar a família, carregando apenas a vassoura e seu malão de Hogwarts, tão triste como alguém poderia estar; e, então, lembrou-se do olhar resiliente de Remus ao contar sobre suas transformações, dos machucados que mal tinham tempo de sarar entre uma lua cheia e outra e das cicatrizes que ele escondia com mangas longas mesmo no verão. Eles tinham aguentado firme. Precisava fazer o mesmo.

Céus, não podia ser o único fraco entre os amigos.