The First Kiss escrita por vanprongs


Capítulo 1
E então eu beijei Lily Evans, pela primeira vez.




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Ela estava dançando no meio da pista, seus cabelos ruivos balançavam conforme seus movimentos e isso a deixava tentadora para mim.

Lily Evans era minha amiga há três anos e eu sabia que não havia nada para fazer exceto deixar rolar, o que quer que fosse. E eu não queria ser o culpado por nossa amizade acabar, mesmo que fosse para fazer algo que eu realmente queria fazer desde o momento que Tonks, a namorada de Remus, nos apresentou.

— I know we only met but let's pretend its love. – eu comentei chegando perto de sua orelha, enquanto me movia no mesmo ritmo dos movimentos de minha amiga.

A ruiva virou o rosto para o lado do meu e seu sorriso cresceu, passou seus braços pelo meu pescoço e me puxou para perto de si, aproveitando a oportunidade passei meus braços pela sua cintura e me deixei aproveitar os sessenta segundos que pude ter com seu corpo colocado ao meu.

Deixei meus lábios sorrirem em retorno e pude ver a diversão e felicidade nos olhos verdes brilhantes da garota em minha frente.

— Você veio James. – a risada dela tomou conta de meu ouvido e eu pude sentir meu coração se aqueles nesse momento – E citar One Direction para mim é covardia. – falou por fim, como se eu lhe cantar qualquer coisa fosse mudar algo entre nós.

— É seu aniversário Lils. – soltei o óbvio – Que tipo de amigo eu seria se não viesse? – perguntei encarando-a e ignorando sua última frase.

O som de sua risada se fez presente novamente e eu sorriso com isso. Nossos corpos ainda se mexiam no mesmo ritmo e acabei deixando meus lábios encostarem na testa dela por cinco segundos.

— Um amigo morto. – Sirius comentou passando o seu braço direito pelos meus ombros.

Parei de dançar e encarei a ruiva em minha frente que havia parado também. Ela colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha e suspirou, voltou seu olhar para o meu e me deu o melhor olhar de psicopata que ela poderia dar. Tentando deixar claro o que Padfoot estava comentando.

— Agora façam o favor de se mexer ou saiam da pista de dança. – Marlene, que estava ao lado de Sirius, disse o puxando para ambos dançarem.

Revirei os olhos e observei Lily dar os ombros para mim, logo ela se virou e andou em direção aos nossos amigos para a pista de dança. Eu não era de dançar, fiz no máximo uma graça para anima-la. Entã virei meu corpo para ir em direção ao bar quando o vi. O novo namorado de Lily. É claro que ele estaria aqui Potter, que tipo de namorado ele seria se não viesse?

O namorado de Lily se chamava Amos Diggory, Diggory era alguém que não deixava minha amiga sair com ninguém a não ser que ele estivesse junto. Marlene e Tonks tentaram convencer Evans que aquele relacionamento era errado e que o rapaz não sabia nada sobre ela, mas quanto mais elas tentavam mais Lily entrava de cabeça em seu relacionamento; era como se ela quisesse mostrar que sabia onde estava se metendo. Mas eu tinha certeza que ela não tinha noção nenhuma do que estava fazendo com sua vida.

A verdade é que Amos não sabia nada de Lily, ele sabia o básico e o que existia para saber.

Eles namoravam há, no máximo, três meses e eu tinha certeza que ele nunca vira a tatuagem dela e muito menos como ela se move na pista de dança quando ele não está com ela.

Ele não sabe as músicas que ela escuta e o jeito que ela dança quando está sozinha em casa; coisa que eu só descobri após entrar em seu apartamento e ver Lily dançando todas as músicas da One Direction e até mesmo N'Sync (e todas as vezes que ela cantava levava o controle remoto até a boca, como se fosse seu microfone).

É parecia uma música daquela boyband que a Lily gosta, talvez eles tenham lido meu pensamento ou algo do tipo.

Mas Amos sabia de algo que somente a própria Lily não percebia: que eu a queria e faria de tudo para vê-la feliz. E por esse mesmo motivo eu nunca tive a coragem de falar para ela, de beija-la ou qualquer coisa do tipo, de algum jeito eu era importante para Lily e não queria quebra-la ou ficar sem ela em minha vida.

Voltei para a realidade quando ele bateu seu ombro no meu e se direcionou para o lugar que ela estava. Eu não suportava saber que Amos poderia abraça-la, beijá-la e qualquer outra coisa sem se preocupar com o que ela pensaria. Fechei o punho e me pus a andar em direção ao bar, era o aniversário dela e eu não iria estragar isso.

Eu, James Potter, não iria socar a cara de Amos Diggory. Mesmo que ele fosse um filho da puta. Eu não tinha provas de nada, mas eu sabia que ele a traia. E não era só eu que sabia disso, porém nem eu e nem Sirius tínhamos provas para defender nosso ponto de vista.

E assim como Remus me disse da última vez é escolha dela acreditar nele, não a force a fazer algo que ela não tenha certeza. Remus e suas ajudas não bem-vindas, eu queria quebrar a cara de Amos, eu queria jogar para Lily a verdades; porém ela deveria ver com os próprios olhos.

— Cara, você vai pedir algo ou vai ficar só sentado a? – o barman me perguntou com um pouco de raiva e eu revirei os olhos.

Ao inferno com esse barman e com Amos Diggory e com esses pensamentos que estavam circulando minha mente.

— Me dá uma cerveja. – lhe pedi e o vi ir para perto da geladeira reclamando.

Logo minha cerveja estava em minha frente, a peguei e tomei o primeiro gole. O liquido gelado passou pela minha garganta e eu agradeci por estar tomando algo e tirando minha cabeça daquele assunto, a ideia de vir aqui tinha sido discutida por mim internamente diversas vezes e agora eu percebia que havia sido um erro.

Mas talvez não vir fosse pior, constatei novamente.

Eu conhecia Lily como a palma da minha mão e talvez eu nunca tivesse a oportunidade de lhe dizer isso. Dei mais um gole da cerveja.

Talvez eu deva dizer a ela. Dei outro gole na cerveja.

Talvez eu devesse dar um soco na cara de Amos e lhe ameaçar caso ele esteja traindo Lily. Mais um gole da bebida.

Talvez eu deva beija-la. Mais um gole. Se eu seguir o plano de Remus eu nunca vou ter oportunidade. Outro gole.

Se eu seguir a ideia de Sirius irei rapta-la e faze-la e ouvir. A cerveja acabou e eu pedi outra.

Se eu seguir meu próprio plano. Dei um gole na cerveja e fechei os olhos.

Ela nunca mais vai me olhar. Um gole maior dessa vez.

Talvez ela perceba que sente a mesma tensão e me beije. Outro gole maior.

Não seja ingênuo, ela está com Amos. Revirei os olhos e dei o último gole da cerveja.

Talvez eu deva dar um soco na cara de Amos.

— Dez euros pelo que você está pensando. – ouvi a voz de Marlene ao meu lado direito e me virei para ela fechando os olhos e suspirando.

— Nada que seja maléfico para a saúde de qualquer pessoa. – eu comentei e ganhei um sorriso – Talvez um pouco maléfico para a saúde do namorado de sua amiga – completei, dando os ombros levemente e tentando soar um pouco divertido.

— Você sabe que é meu preferido certo? – menina de cabelos loiros perguntou – Não sei o porquê ela ainda tenta com outras pessoas. – ela suspirou e virou o rosto para a pista de dança – Tem sido mais difícil ter ela ao meu lado nos últimos dias, é como se Amos... – parou de falar e se virou para mim com uma expressão triste em seu rosto.

Levei minha mão ao seu ombro e dei-lhe um meio sorriso chateado.

— Estivesse tirando de perto dela tudo o que tem ligação comigo. – terminei seu pensamento e dei os ombros – Ele é um babaca – constatei e ela concordou com a cabeça.

— E ela está caindo na lábia dele. – Lene disse antes de dar um gole em sua bebida – Eu sei que você não gosta muito de ficar de lado, então se quiser ir eu te cubro. – ela piscou para mim e eu dei uma risada leve.

— Cuidado McKinnon, Sirius pode sentir ciúmes. – Eu comentei me levantando.

— Você é o melhor amigo dele e o meu. – McKinnon falou como se parecesse óbvio – Vá para casa James, isso só vai te fazer mal.

Ela levantou e me deu um beijo na bochecha, levou suas mãos para meus cabelos e os bagunçou, me deu um pequeno sorriso e logo andou em direção a roda de amigos. Lily já não estava mais lá, nem Amos. Provavelmente eles estariam no banheiro.

Coloquei a mão em meu bolso e puxei a carteira, deixei o dinheiro para o barman e comecei a andar em direção a saída. Ajeitei meus óculos rapidamente e passei a mão nos cabelos

— Eu não acredito nisso Amos. – a voz de Lily se fez presente.

Aquele filho da puta, suspirei irritado.

Eu me direcionei para o lado da voz e parei perto do portal que levava aos banheiros. Lily Evans, Amos Diggory e uma mulher de vestido vermelho ao lado dele. Cruzei os braços e apenas observei.

— Lily, querida, você acha mesmo que eu faria isso? – Diggory perguntou e eu revirei os olhos.

Além de filho da puta, é um filho da puta mentiroso.

— Está dizendo que eu não enxerguei direito quando eu vi você beijando essa mulher? No meu aniversário? – a ruiva perguntou com a voz mais alta.

— Não há necessidade de gritar amor. – ele falou chegando mais perto dela e erguendo os braços para segura-la.

— Sem amor Amos. Isso não poderia ter acontecido. – ela gritou se distanciando dele. Eu fechei os olhos e suspirei novament – Está acabado. Estou farta disso. Eu não posso sair com meus amigos sem ter você ao meu lado, mas sempre que há uma reunião de seus colegas de faculdade eu não vou, porque eles são seus amigos. – Evans mexia os braços enquanto falava. Uh, quando Lily gesticulava ela estava brava – Eu não posso marcar cinema com James porquê você o acha uma ameaça. – o acusou. – Eu queria tanto ter ido assistir Inferno com ele.

— Com o Potter? Mas nem sob o meu cadáver Lily! – Diggory alegou e me fez revirar os olhos – Ele sente algo por você e você acha que eu vou te deixar solta com ele por aí?

— James não sente nada por mim Amos, somos amigos! – ela exclamou exasperada e eu bati em minha própria testa.

Lily Evans era o ser mais lerdo do universo. Era isso.

— Continue se falando isso, talvez um dia você realmente acredite nisso. – comentou.

— Não é mais sua preocupação. Nós estamos acabados. – Lils comentou com a voz baixa.

— Nós não estamos terminando isso Lily. – o rosto de Amos ficou vermelho e eu resolvi me aproximar.

Mas antes que eu pudesse fazer ou falar algo ela deu um soco no rosto dele.

— Se você se aproximar novamente será James a lhe dar um soco, ou Sirius, ou Remus. Fique longe de mim. – ameaçou Amus e virou seu corpo, andando em direção a onde eu estava, parcialmente, escondido.

Lily estava andando em minha direção com o rosto abaixado e com os braços. Seu corpo colidiu com o meu e ela levantou o rosto me notando, seus olhos fecharam e eu a abracei sem pensar duas vezes.

— I can't be no superman, but for you I'll be super human. – murmurei para ela e senti ela dar uma risada fraca.

— Você pode me levar para casa? – Sua voz estava um pouco embargada e eu concordei.

Passei meus braços pelos ombros de Lily e fui andando com ela para a saída, olhei para trás e vi meus amigos nos olhando. Fiz sinal de que a levaria para casa e Remus ergueu, rapidamente, o polegar em um sinal de joia. Desci as escadas segurando o corpo dela perto do meu. Inferno eu não vim com o meu carro.

— Lils. – eu a chamei e ela me olhou – Eu não vim com o meu carro hoje. – a ruiva fechou os olhos e suspirou alto.

— Ainda bem que eu decidi vir sozinha Potter. – Ela comentou e me vez revirar os olhos, santa personalidade forte.

Vi ela mexendo em sua bolsa e logo ela me entregou a chave.

— Então vamos, Red. – a chamei e caminhei com ela até a vaga de seu carro.

Abri a porta do passageiro para ela e dei a volta, entrando do lado do motorista. Arrumei o banco e os retrovisores, coloquei o cinto e vi se ela também tinha colocado o dela. Dei partida no carro e quando estávamos saindo do estacionamento Lily ligou o rádio. A música começou a toca baixo e logo ela estava olhando pela janela.

— Você não vai conversar comigo Red? – perguntei, fazendo-a direcionar seu olhar para mim.

— Eu não sei o que dizer James. – ela comentou dando os ombros e brincando com seus próprios dedo – Amos me traia e eu o deixei ditar as regras por três meses. Eu sou uma idiota.

— Você era uma idiota. – comentei recebendo um tapa no ombro e revirei os olhos – Mas ele é mais e você sabe disso. – lhe dei um pequeno sorriso.

— Você pode ficar em casa hoje? – perguntou rapidamente quando percebeu que estávamos chegando perto de seu prédio.

— Você paga a pizza? – eu perguntei a fazendo resmungar.

— O aniversário ainda é meu, Potter. – comentou e me fez revirar os olhos.

— Então já liga na Domino's e pede para eles entregarem no seu prédio, estamos chegando mesmo. – minha voz saiu leve.

Ela concordou com a cabeça e pegou o celular discando o número da pizzaria.

Eu entrei no estacionamento assim que Lily terminou de pedir a pizza. Falei para ela subir e preparar a mesa enquanto eu esperava a pizza no sofá da portaria, ela concordou e me mandou um beijo no ar o qual eu fiz careta e fingi pegar colocando-o em minha boca.

— Bastardo. – ela me respondeu e eu revirei os olhos de forma divertida.

— Você me ama Evans – comentei antes de vê-la entrar no elevador.

Fui em direção a portaria e em questão de quinze minutos eu estava com a pizza em mãos subindo para o oitavo andar. Passei a mãos pelos cabelos, bagunçando-os ainda mais. E ajeitei, novamente, os óculos.

Assim que o elevador parou no andar que havia apertado eu saí e me direcionei para o apartamento de Lily, sorri ao notar a porta um pouco aberta e logo entrei.

[...]

— James eu tô te falando esse novo filme de Star Wars vai ser maravilhoso, nós precisamos ir na pré-estreia. – Lily comentou animada enquanto secava as louças que eu havia lavado. Me encostei na bancada dela e cruzei os braços sorrindo para ela.

— Eu irei na pré-estreia com você Lils. – Falei para ela e ela deu um grito histérico rindo.

— Obrigada por ter ficado. – ela comentou assim que dobrou o pano deixando-o ao lado da pia – Foi melhor do que eu ficar tomando sorvete e vendo filme triste.

— Por favor, é seu aniversário. – lhe informe enquanto lhe dava um leve sorriso, levantei meu braço direito e encarei a hora que marcava no meu relógio de pulso – Falando nisso eu tenho algo para você.

— Eu não quero ter outra surpresa hoje Potter. – a ruiva suspirou cruzando os braços ficando a menos de um passo de mim.

Eu bufei irritada e a encarei com uma expressão de poucos amigos.

— Eu tenho certeza que dessa você vai gostar. – comentei erguendo uma sobrancelha e pude ver ela me olhando com dúvida – Vem de mim. – completei apontando para meu peito e recebi uma risada divertida em retorno.

— O que é? – a voz dela indagou e seus olhos que mais pareciam duas pedras verdes me observavam com atenção enquanto eu colocava a mão em meu bolso e puxava uma pequena caixa.

— Eu espero que você goste. – falei e lhe entreguei a pequena caixa preta de veludo que estava em meu bolso desde as seis da tarde.

Ela virou seu corpo para o lado contrário e logo abriu a caixa. Era uma corrente de ouro com um pequeno lírio, era como eu a chamava no primeiro ano de amizade. Ela virou para mim e seus olhos estavam cheio de água, eu fechei os olhos e deixei o sorriso que antes existia em meus lábios ir embora.

— Lils, você não gostou? – perguntei com receio sem conseguir ler a expressão dela assim que abri os olhos novamente.

— Quantas vezes eu vou ter que lhe dizer que é Evans, Potter? – ela perguntou segurando a risada e eu suspirei em divertimento e alivio.

— Evans Potter só depois do casamento meu lírio. – falei e ela deu uma risada gostosa passando seus braços pelo meu pescoço.

A puxei para mais perto de mim, segurando sua cintura. Lily tirou a cabeça do meu peito e me olhou, nossos rostos estavam perto demais um do outro. Perto demais para que eu pensasse em qualquer outra coisa exceto beija-la.

Perto demais para que eu tivesse medo de ela não gostar. Perto demais para que eu me importasse com qualquer outra coisa. E então eu beijei Lily Evans, pela primeira vez.


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