Dreaming Alone escrita por Rayflo


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Pra você que acompanha qualquer outra fic minha, sei que eu deveria estar escrevendo e atualizando ela, mas né, é a segunda oneshot que faço enquanto isso.
Sorry not sorry.
Essa fic deveria ser baseada em uma música de Luan Santana (Chuva de Arroz), mas na hora em que eu tava escrevendo, estava ouvindo Dreaming Alone, da banda Against The Current, e lembrei de um AMV Victuuri super fofo e lindo com essa música. E no final acabei colocando ela. Não sei se encaixou bem, espero que sim.
Dedico essa fanfic ao meu Victor [risca] que na verdade tá mais pra Yuuri [/risca], espero que goste ♥
Enfim, aproveitem :3



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A história começa deitando no escuro com um novo alguém

Estou me sentindo cansado de todo o tempo que passei com você
Mas eu sei que sou forte por todos os problemas que eu já passei
A história começa onde a história se desfaz com você

.

 

Yuuri tentava controlar a própria respiração enquanto olhava para um ponto fixo daquele quarto de hotel. Ele estava ali, aquilo estava acontecendo, o sonho que ele nunca havia imaginado que realizaria estava prestes a acontecer, a última coisa que precisava era ter uma crise naquele dia. O japonês respirou fundo, fechou os olhos e sorriu.

Sim, aquilo estava acontecendo e ele merecia aquele momento.

De todas as pessoas que podia escolher, Victor Nikiforov o escolhera, então ele ia até o final daquele dia com a cabeça erguida e com um sorriso no rosto, já que não cabia mais tanta felicidade em seu coração.

Se aposentar e saber que não iria mais patinar competitivamente foi mais difícil do que vencer o Gran Prix por dois anos consecutivos. Ele não era pentacampeão como Victor, mas o olhar de felicidade e orgulho que o russo lhe dera quando ambos estavam no pódio, valia mais do que qualquer outra coisa.

Nas duas vezes em que Yuuri conquistou o ouro, Victor estava em segundo lugar com uma diferença extremamente pequena na pontuação deles. Yuuri sabia que o outro estava ali para vencer como ele, mas no final não importava muito quem vencesse, eles ficariam orgulhosos um do outro de qualquer forma. Victor prometera que se casariam assim que Yuuri finalmente conquistasse o primeiro lugar no GP, mas o pedido só veio na segunda vez em que o japonês fizera tal feito.

Aquele ano era decisivo para a carreira dos dois. Victor já estava com idade para se aposentar e Yuuri já desejava fazer o mesmo há um bom tempo. Ambos deram o máximo de si e quando subiram juntos no pódio para receber as medalhas, chocaram o mundo inteiro ao se beijarem para comemorar. O moreno ficou feliz com o gesto que partira de Victor, mas não esperava ver ele pegar o microfone da mão de um apresentador e pedir sua mão em casamento na frente de toda a imprensa internacional.

Não era nenhum segredo a relação dos dois. Quase todas as revistas de esporte ou fofoca já especulavam que os dois teriam uma relação muito além de treinador-aluno. Quem os conhecia um pouco mais, sabia da verdade e até mesmo que dois viviam juntos na Rússia. Ao pedir a mão de Yuuri em casamento em frente a um ginásio lotado e várias câmeras, tanto Yuuri quanto Victor sabiam que enfrentariam problemas, principalmente pelo fato dos países de ambos não aceitarem bem relações homoafetivas. Foi naquele momento que o moreno entendeu o motivo de Victor ter insistido em comprar uma casa em Barcelona e se mudar para lá após se aposentarem. No começo ele pensou que era apenas um capricho do mais velho, mas naquele momento ele soube que tudo já estava planejado desde o começo daquele ano.

Yuuri só conseguiu responder um “sim” entre lágrimas depois do pedido, antes de se beijarem mais uma vez. No dia seguinte estava estampado em todos os jornais e revistas que ambos assumiram a relação no final das suas carreiras como patinadores. Junto com as felicitações, vieram também as críticas, mas ambos estavam dispostos a enfrentar qualquer coisa para ficarem juntos. Quem realmente importava, suas famílias, amigos e colegas, estavam dando total apoio e, para eles, isso bastava.

Yuuri sentiu uma mão tocar seu ombro e virou-se para encontrar sua irmã sorrindo para ele. Seus pais estavam logo atrás dizendo que o carro que os levaria até o local já havia chegado, antes de perguntar se ele já estava pronto.

Ele estava pronto. Ansioso e tremendo, mas pronto.

.

 

Então não minta, olhos brilhantes

É a mim que você vê quando cai no sono?

.

 

As mãos de Victor suavam como nunca antes. Ele estava nervoso, seu pé esquerdo batia descontroladamente no chão e seus olhos azuis não paravam de encarar a entrada do lugar. Faltavam dez minutos para o horário marcado e onde diabos o outro estava?

Sentiu um braço puxá-lo pela cintura e soube quem era antes mesmo de encará-lo.

— Nunca pensei que te veria tão nervoso assim – O loiro falou, recebendo um sorriso tímido em resposta.

— Eu nunca pensei que estaria tão nervoso assim em algum dia da minha vida, Chris – Respondeu Victor, passando o braço pelo ombro do amigo – Nem quando competi pela primeira vez o Grand Prix eu fiquei desse jeito.

— Do que está com medo? De que ele não apareça?

— Não é bem medo... Só estou... nervoso, ansioso, uma coisa assim.

— Você só está assim porque ama ele, mas tudo vai dar certo.

— Eu espero.

— Vai sim, pode confiar. Daqui a pouco ele chega, se acalme. A noiva sempre atrasa.

— Mas ele não vai aparecer aqui com véu e grinalda – Respondeu Victor antes de ambos rirem.

— Seria uma boa ideia.

— Realmente seria.

— Falando na noiva, veja quem chegou – Indicou Christopher com a cabeça – Se prepare, garotão! – Completou, dando um tapa na nádega direita do russo.

Victor podia jurar que esquecera como respirava ao ver Yuuri do outro lado do arco de flores, que começava da entrada do jardim até o altar onde ele estava.

.

 

Porque eu sei que é com você que sonho todas as noites

Me dando este sentimento como
Amor no verão
De um jeito que eu nunca me senti com outro
Não minta, olhos brilhantes
É a mim que você vê?
Me diga que não estou sonhando sozinho

.

 

Yuuri sorriu e Victor não sabia como ele conseguira ficar ainda mais vermelho do que estava quando chegou. Victor adorava ver o rosto de Yuuri ruborizado. E adorava como ele penteava o cabelo para trás. E como ficava nervoso em situações em que os dois demonstravam afeto na frente dos outros. E todos os pequenos detalhes que faziam Yuuri ser como ele era.

Ambos desejavam que aquilo não fosse um sonho.

.

 

Não minta, olhos brilhantes

Sei que sou eu que você vê quando cai no sono
E você sabe que é com você que eu sonho todas as noites

.

 

Era engraçado lembrar de como começava cada fase da história dos dois. Tinha início em um banquete de encerramento com música animada e Yuuri seminu, passaram por uma música que representava tudo que Yuuri tinha vivido e aprendido com Victor e agora estava ali, com uma música calma e com os dois se encarando em frente a um juiz que oficializaria o casamento deles.

Se eles pudessem escolher qualquer outro lugar para estar, nenhum dos dois desejaria sair dali. Eles só queriam aproveitar o momento, curtir a festa com os amigos, parentes e colegas e depois começar uma nova vida em Barcelona. Quem sabe duas crianças. Ou mais um cachorro para fazer companhia a Makkachin. Ou tudo ao mesmo tempo, já que a casa era espaçosa o suficiente para tal. Yuuri queria abrir um restaurante de comida japonesa. Victor queria ser professor de patinação. Mas tudo eles poderiam resolver depois. Depois de ouvirem duas palavras um do outro.

“Eu aceito”

.

Não minta, olhos brilhantes
Sempre será você e eu, então por que estamos sonhando sozinhos?
Sempre será você e eu, então por que estamos sonhando sozinhos?


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Notas finais do capítulo

Espero que não tenha muitos erros, eu ainda não editei. Qualquer erro, só avisar.
Bjs :*



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