Em Berk...

Pov's Seeylfe

Depois que debatemos sobre o plano,cada guardião foi para o seu reino.Bom,mais ou menos.Jack foi com a Elsa e o resto permaneceu no Polo Norte.

Eu e meu irmão já estávamos na nossa ilha e escondidos atrás de uma casa,vendo Drago sentado no trono.A Besta Implacável estava do seu lado.

—Como vamos tirar aquela coisa de perto do Drago?-murmurei angustiada.

—Ele pode ter alterado o tempo,mas nossos dragões continuam sendo os alfas-alertou meu irmão com um sorriso maroto-Eu tenho um plano.

Narração

O único pensamento de todos os berkianos escravizados,era que aquele sofrimento,jamais iria chegar ao fim.Drago os maltratava quando bem entendia e se divertia com a dor dos habitantes daquela ilha.

Mas se dependesse dos gêmeos Strondus,aquilo acabaria de uma vez por todas.

Drago se mantinha sentado em "seu trono",aparentemente tranquilo.Mas isso acabou,quando ele viu que a Besta Implacável não estava bem.Ela se remexia incomodada e os outros dragões não estavam diferentes.

—Quietos,criaturas estúpidas!-o homem se alterou.

Os dragões ignoraram suas palavras e soltaram-se das correntes que os prendiam.A Besta Implacável saiu do seu lado e todos eles,foram em direção à praça de Berk.Uns voaram e outros correram.

Curiosos e assustados,todos os vikings largaram seus afazeres e seguiram os seus dragões.Quando chegaram lá,viram que eles faziam um circo ao redor de Banguela e Flora.De início,se chocaram,mas depois,não entenderam.

—Agora-disse Soluço determinado colocando o capacete e Seeylfe pôs sua típica máscara branca.

Os dois ajeitaram os pedais e as caudas,causando um estalo de metal e reanimando a memória de Dag na hora.Ele foi o primeiro a ver a esposa e o cunhado.

Os Strondus decolaram com seus dragões,o que já lembrou a alguns.Conforme faziam os movimentos nos céus,mais pessoas começavam a lembrar.E quando terminaram sua apresentação,disparando vários jatos de plasma no céu,todos se lembraram.Eles...

—Eles acreditam...-sorriu Seeylfe,não contendo as lágrimas.

Os dois voltaram ao chão e mal tiveram tempo de descer dos dragões,pois os vikings praticamente voaram em cima deles para abraçá-los.Soluço abraçava Astrid e Seeylfe beijava Dag,de tanta saudade.

Pov's Seeylfe

Abri meus olhos,me afastando de Dag e pude ver Drago,querendo fugir de fininho.

—Vai embora sem se despedir?-debochou meu irmão,o que fez todos se calarem.

Sem mesmo darmos ordens,os dragões se meterem na frente de Drago,impedindo sua passagem.

Eu,Soluço,Dag e Astrid nos aproximamos do homem,que permanecia incrédulo.

—Como...como fizeram isso!?!-se enfureceu.

—Nós somos guardiões-respondi-Só precisávamos...que acreditassem em nós.

Ele tentou fugir outra vez,mas recuou quando os dragões rosnaram ameaçadores.

—Acha mesmo que vamos deixá-lo sair impune?-indaguei aborrecida.

Assim que ele me encarou outra vez,criei correntes de gelo do chão e prendi seus pulsos.Fiz força e o coloquei de joelhos no chão.

—Drago Sangue Bravo,pelos seus crimes contra Berk,eu o sentencio à morte!-declarou Soluço sério e Banguela abriu a boca para disparar.

Desviei o olhar,mas eu ouvi o disparo e o corpo caindo no chão.Em seguida,todos gritaram em comemoração.

Dag suspirou,me abraçando com força.

—Eu senti tanto a sua falta...-confessou.

Sorri,me afastando para encará-lo.

—Tenho uma coisa pra te contar-declarei vendo ele levantar as sobrancelhas curioso-Eu tô grávida.

Ele arregalou os olhos chocado.

—É sério?Eu vou ser pai!?!-exclamou empolgado me fazendo rir,mas confirmar com a cabeça-EU VOU SER PAI!EU VOU SER PAI!-me abraçou com força.

(....)

Em Highland...

—Preciso de algo pra atrair minha mãe pro castelo!-justifiquei-Vou transformar ela em humana outra vez,na frente de todos.

—Hum,que interessante...-comentou Boo enquanto me analisava-Pode usar os peixes.Ah!E não se esqueça da tapeçaria!

(...)

Assim que saí da casa de Boo,usei meu arco para pegar centenas de peixes.E com todos que eu consegui,fui fazendo uma trilha em direção ao castelo.

Logo que me aproximei,enquanto botava os peixes no chão,as pessoas paravam assustadas ao me verem.Elas já conseguiam me ver,mas a minha mãe,ainda não.

—Merida!-exclamou meu pai se aproximando-Como você...

—Shhhh!-pedi fazendo sinal de silêncio-Ninguém se mexe.

Ouvi o ranger das grandes unhas no chão.Mamãe se aproximava lentamente,enquanto comia os peixes.

—Espera!É aquele urso!-meu pai se irritou.

—Deixa comigo!Só fica quieto!-insisti enquanto me aproximava de mamãe-Oi mãe...

Ela me encarou e pendeu a cabeça pro lado,curiosa.Ótimo.Ela não estava agressiva.

Estendi minha mão na sua direção e ela a cheirou.Em seguida,abaixou a cabeça,deixando que eu lhe fizesse carinho.

Suspirei aliviada.Graças à Deus.

Quando ela começou a voltar pra forma humana,peguei a tapecaria e a cobri.

(...)

Em Corona...

Pov's Punzi

Bem na frente do castelo,os meus amigos do "Patinho fofo",ajeitavam o "megafone" berkiano que Soluço havia me emprestado.

—Esses vikings são bem criativos...-comentou Gancho analisando o instrumento impressionado.

Sorri,tentando me animar,mas meu amigo percebeu que eu não estava no clima.

—Ei garota-chamou sério,pondo a mão em meu ombro-É só cantar.

Respirei fundo,me pondo em posição,perto do instrumento.Pouquíssimos habitantes prestavam atenção,mas o resto,apenas passava direto.

Fechei os olhos e então comecei:

—"Brilha linda flor,teu poder venceu.Traz de volta já,o que uma vez,foi meu".

Fechei as mãos em punho,nervosa.

—"Cura o que se feriu.Salva o que se perdeu.Traz de volta já,o que uma vez,foi meu".

—"Uma vez foi...meu..."—senti meu coração acelerar ao ouvir várias vozes cantarem em coro a última parte.

Abri meus olhos cheios de lágrimas,vendo todo meu povo prestando atenção.Eles gritaram em comemoração e eu não podia descrever a felicidade que sentia naquele momento.

(...)

Em Arendelle...

Pov's Elsa

Como Jack sabia voar,foi ele que me levou para o meu reino.Explicamos nosso plano para Vovopapy,que nos entregou a pedra sem hesitação.

Depois disso,fomos para o castelo,no telhado.O castelo estava velho e caindo aos pedaços.

Me soltei de Jack,enquanto andava até a ponta da torre principal do castelo.

—Cuidado.Esse castelo está caindo aos pedaços-alertou meu namorado com um certo temor.

Sorri.

—Minha casa precisa de uma reforma-brinquei,mas na verdade,estava muito ansiosa.

Escalei a ponta da torre e pus a pedra no ferro que tinha em cima.

—Estou nervosa-confessei com a voz trêmula.

—Só você pode ativar a pedra-alertou Jack de trás de mim.

Respirei fundo.

—Eu tô pronta-declarei estendendo minha mão até a pedra.

Gritei assustada quando algo me atingiu,me derrubando do telhado.

Pov's Jack

—ELSA!-me desesperei ao ver areia negra atingir Elsa e a derrubar do telhado.

Antes de sequer levantar vôo,fui atingido e caí no chão.

Ergui meu olhar,vendo Breu em pé,próximo à mim.Ele parecia furioso.

—Acha que vou deixar vocês estragarem meu plano?-questionou irritado.

Pov's Elsa

Abri meus olhos,percebendo que meu corpo estava pendurado de cabeça pra baixo,com algo segurando meu pé.Me balancei um pouco,vendo que era areia negra que me segurava.Porque Breu não me deixou cair?

Dispersei esses pensamentos e pelo o pé mesmo,comecei a transformar o cabo de areia negra em gelo.

Pov's Jack

Atirei gelo com meu cajado na direção de Breu,mas ele desviou e avançou.

Arregalei os olhos,soltando um grito quando Breu perfurou meu peito com um espinho de areia negra.

Ele retirou o espinho com força,me fazendo cuspir sangue e cair no chão,gemendo de dor.Observei-o rir enquanto me encarava.

—Adeus Frost-debochou erguendo a mão em minha direção.

Pov's Elsa

Joguei um raio enorme de gelo em Breu,que foi jogado pra longe.Me assustei ao ver Jack ferido,mas só poderia socorrê-lo se derrotasse o bicho papão.

Breu tentou me atacar,mas eu me defendi com gelo.Em seguida,comecei a lhe dar múltiplos ataques,sem lhe dar a chance de revidar.

Quando ele já estava muito exausto,congelei ele dos pés ao pescoço,prendendo-o.

Fui até a torre,a escalei e toquei na pedra,que disparou um círculo roxo e brilhoso no céu.Diante dos meus olhos,meu reino começou a voltar ao normal.

Me virei para Breu e então,caminhei em sua direção,enquanto criava um espinho de gelo na mão.

—Vou lhe perguntar algo antes de lhe matar-declarei me aproximando e me pondo em sua frente-Como você conheceu minha mãe?

Ele arregalou os olhos surpreso e em seguida,sorriu largo.

Franzi a testa confusa,o que o fez acrescentar:

—Eu já fui casado com ela e quando a deixei,ela estava grávida de uma menina-ele parecia estar divertindo.

Arregalei os olhos chocada,deixando o gelo cair da minha mão e espatifar no chão.

—É uma prazer conhecê-la também,filha-brincou.

(...)
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O gemido alto de dor do Jack me despertou dos meus devaneios.Me afastei de Breu e corri até meu amado,vendo que seu peito sangrava muito.

—Eu...vou...morrer...-disse com dificuldade.

—Não fale isso!-repreendi aflita-Nós vamos dar um jeito.

Virei minha cabeça para dar uma olhada em Breu,mas me surpreendi ao ver que ele não estava mais lá.

(...)

No Polo Norte...

—Aqui!Coloquem ele na cama!-pediu Punzi para Soluço e Bunny,que carregavam Jack,quase inconsciente.

Fui entrar no quarto,mas Merida se meteu na minha frente,barrando minha passagem.

—Punzi disse para não deixar você entrar-declarou.

—SAÍ DA MINHA FRENTE MERIDA!-ordenei alterada.

—Elsa,se acalme!-pediu North em pé,ao lado da cama.

Observei Punzi tirar a camisa de Jack,revelando uma enorme ferida ensanguentada em seu peitoral.Ela colocou as duas mãos com brilho dourado e a ferida começou a sumir.

Mas me preocupei ao ver que minha prima,não parecia satisfeita.

—Não tá dando certo-alertou Soluço percebendo e Punzi começou a fazer massagem cardíaca no peito de Jack,que já havia desmaiado.

—O QUE HOUVE!?!O QUE ELE TEM!?!-me desesperei tentando entrar,mas Merida me segurou.

—Ele não tá respirando!-respondeu meu prima sem me encarar.

Vi Seeylfe ativar os olhos de dragão.

—Claro que não tá!Tem sangue preso!-comentou se aproximando de Jack e metendo a mão dentro de seu peito.

—SEEYLFE!-berrei,arregalando os olhos em choque.

Ela retirou a mão cheia de sangue e em seguida,Punzi fechou a ferida com seu poder.

—Ele voltou a respirar!-suspirou aliviada.

Arregalei os olhos surpresa.

—De nada,Snow-ouvi Seeylfe dizer.

(...)

Depois que vimos que Jack já estava bem,chamei todos na sala de reuniões e contei como o ataque aconteceu.Também falei que deixei Breu escapar.

—Não acredito,Elsa...-murmurou Merida incrédula-Você estava com Breu nas mãos e o deixou escapar!

—Eu não consegui matá-lo.Ele disse que...-confessei,mas não continuei.

—PORQUE?PORQUE NÃO MATOU AQUELE DESGRAÇADO!?!-Punzi se indignou.

—PORQUE ELE É MEU PAI!-me exaltei.

Vi o choque nos rostos de todos.Ah não...

—Como assim?-questionou North estupefato.

—Ele disse que já foi casado com a minha mãe e a abandonou quando estava grávida de mim-expliquei.

—Mas ele pode estar mentindo-alarmou Soluço.

—Ele não mentiu.Pode parecer mentira agora,mas em vez dele me matar,apenas me prendeu-declarei-Ele não quis me matar.

—Que loucura...-comentou Seeylfe ainda surpresa.

—Vai contar para Jack?-indagou Punzi temerosa.

A encarei e em seguida,suspirei cansada.

—Eu preciso-confessei.