Como Romeu e Julieta escrita por Lily Potter


Capítulo 2
Dove la storia comincia¹


Notas iniciais do capítulo

Olá, todas explicações estarão nas notas finais, então recomendo que leiam elas.



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Era mais um dia ensolarado de verão em Sicília, as plantas estavam alegremente verdes e as flores estavam em seus tons mais coloridos e bonitos, tudo parecia ir de acordo com aquele importante dia a festa de aniversário de 16 anos da mais nova dos Weasley.

Ginevra Weasley, ou simplesmente Ginny para os mais próximos, completava 16 anos nesse belo dia ensolarado, filha de um estimado Conde italiano, uma menina deveras inteligente e bonita, possuía deslumbrantes olhos castanhos claros acompanhados de longos cílios, uma pele alva com a maciez de um pêssego salpicada por pequenas sardas, sua boca pequena em formato de coração cor carmesim, bochechas devidamente coradas, possuía um rosto de formato angelical isso era um fato, que nem mesmo os criados poderiam negar, porém o que mais encantava na beleza da menina eram suas longas madeixas ruivas completamente lisas com apenas pequenos cachos nas pontas, além de sua beleza exuberante, Ginny Weasley é uma pessoa extremamente gentil e amável, porém dona de um temperamento forte.
A sétima filha de uma linhagem nobre, a única menina de sete irmãos, que assim como a pequena Gina eram ruivos.

Arthur Weasley um homem exemplar, alto, ruivo, dono de brilhantes olhos castanhos claros, uma pessoa demasiada amável e rigorosa, dono de grandes latifúndios e casas de campo por toda a Itália, sua família era sua vida, sua esposa, Molly Prewett Weasley, uma ruiva esbelta dona de olhos azuis cristalinos maternais, mãe exemplar, dona de um corpo admirável e temperamento explosivo.

Toda Sicília conhecia os Weasley e não havia dúvida que todos apreciavam a grande e importante família de ruivos da província, porém era de conhecimento geral a rixa entre a alegre família dos Weasley com uma das mais antigas famílias de Sicília os Potter.

Os Potter assim como os Weasley eram uma grande e antiga família de Sicília, donos de grandes fazendas e vinhedos e recentemente empresas de celulares e computadores, uma família muito conhecida pela beleza de cada membro, e mesmo que muito relutantes e apenas em pensamentos os Weasley admitiam que os Potter de fato são tudo que dizem deles e possuem seu merecido cargo na alta sociedade.

O Sr. James Henrique Potter, o dono de toda a empresa, era um homem forte, alto, com cabelos rebeldes e olhos castanho esverdeados com um brilho maroto, muitas das moças diziam que ele o caminho para perdição e a outra parte delas, dizia que seu filho era o caminho para o inferno. A Sra. Lily Elizabeth Evans Potter, uma mulher ruiva, alta, dona de um corpo cheio de curvas, mãe de Harry (16 anos) e Megan Potter (14 anos), possui belos olhos verde esmeralda, seu temperamento é ao mesmo tempo amoroso e carinhoso como teimoso e severo.

Harry James Potter ou somente Harry para os familiares e amigos, um menino realmente inteligente e bonito, alto de pele bronzeada, músculos definidos por indetermináveis horas de práticas de diversos esportes, seus olhos verdes esmeralda assim como o de sua mãe, tinha pequenas quase imperceptíveis sardas na área de seu nariz e bochecha, seu sorri branco, formava covinhas em ambas bochechas, dono de um temperamento muito mais que forte, um ego enorme, muitos ciúmes de sua irmã e sua mãe, e uma alegria ilimitada.

Megan Lily Potter a mais nova dos Potter e única menina do casal, de estatura baixa média para sua idade, ruiva num tom mais acaju como o de sua mãe, pele branca com bochechas rosadas, olhos castanhos esverdeados como os do pai, um corpo cheio de curvas que rendia os olhares de muitos rapazes da região, temperamento calmo diferente de sua mãe e seu irmão mais velho e sua alegria ilimitada assim como a do irmão era contagiante.

A mansão dos Weasley estava a vapor, hoje a mais nova de todos e a única menina completava 15 anos e para comemorar seus pais dariam uma grande festa de mascaras, todos os empregados arrumavam os detalhes para a festa que aconteceria as 19:00, enquanto todos os empregados da casa se ocupavam em arrumar o salão de festas e fazer a comida que seria servida e o restante dos serviços das casas, as mulheres Weasley arrumavam os últimos detalhes de suas fantasias e da decoração, já que tudo teria que estar impecável para uma data tão importante, afinal não era todo dia que uma menina Weasley passava da infância para a mocidade.

X-X-X

A casa estava cheia, nenhum dos empregados paravam e minhas cunhadas e minha mãe queriam tudo impecável, perfeito, mas eu não queria esta festa na verdade. Eu queria mesmo era uma viagem, ou poder frequentar um colégio que não fosse só para mulheres, por que era realmente irritante, queria não ser " A filha do Conde" ou " Ginny Weasley", eu apenas queria ser eu mesma, Ginny, nada de títulos ou rótulos, queria poder ser eu mesma, não ter que usar esses vestidos imensos e pesados, queria poder escolher o que quero fazer, não ser obrigada a me casar com um desconhecido, queria poder namorar e me apaixonar, viver como uma adolescente de verdade e não como uma princesa de séculos atrás de minhas aulas de história, ou pelo menos por um dia, no dia do meu aniversário, eu queria fingir que nada disso existe, e poder ser eu mesma, usar shorts ou calças, beijar algum garoto, rir e me divertir com minhas amigas, mas não eu tinha que ser a perfeita Ginny Weasley, que não pode errar, a filhinha do conde Weasley, a bonequinha de porcelana.

Ainda com a cabeça enfiada no travesseiro pego meu celular e vejo que já são oito horas da manhã, logo uma empregada iria aparecer e escolher minhas roupas, preparar meu banho, me ajudar meu vestido da manhã, fazer meu cabelo e sair me dizendo que o café da manhã estava pronto e que os outros me esperavam lá embaixo, depois eu iria para sala de piano e ficar dois tediosas horas sendo obrigada a aprender sobre o instrumento, para quando acabar ser obrigada a fazer outras tediosas tarefas, e é claro isso era quando eu não tinha escola, pois nos dias de escola, eu teria essas aulas quando chegasse até o jantar, tendo apenas o horário após o jantar até o horário de dormir para ter um tempo "só meu", o único momento em que eu podia ligar meu computador e atualizar minhas redes sociais e conversar um pouco com minhas colegas do . E assim como eu disse aconteceu, as oito e cinco, uma empregada bateu na porta de meu quarto, e eu comecei minha tortuosa rotina matinal de férias de verão.

O dia passara muito lentamente e em meio toda aquela agitação para festa, tudo o que eu poderia fazer era acenar e sorrir sem ao menos ouvir o que estavam dizendo, eu apenas sorria e acenava, fingindo estar feliz. Logo chegou a hora de me preparar para a grande festa e as empregadas foram me ajudar a me preparar, entro na banheira já devidamente aquecida e solto um longo suspiro triste e cansado que eu estive segurando durante todo o dia.

— O que foi minha menina? Você está com uma carinha tão triste. -Fala Lucy, me olhando maternalmente e eu suspiro novamente e ela se aproxima de mim afagando os meus cabelos.

— Oh Lucy, eu não quero ter essa festa, mas mamãe e papai estão tão animados não consegui falar não.- Respondo triste sentido as lágrimas contidas banharem meu rosto, Lucy as limpa com delicadeza e me olha com ternura.

— Ah minha menina, eu sei que é difícil para você, mas eu tenho um pressentimento muito bom de que você vai se divertir esta noite. -Fala com um sorriso genuíno no intuito de me acalmar e animar.

— Não sei Lucy, afinal o que de bom pode acontecer numa festa que não quero ter?-Pergunto incerta ensaboando minhas madeixas, e ela me olha misteriosa e me enxagua meu cabelo, e em seguida aplica o condicionador massageando minhas madeixas ruivas e me relaxando.

— Minha querida, eu sinto que vai acontecer uma coisa que irá mudar sua vida hoje, acredite em mia bambina( minha menininha.) hoje uma coisa muito especial irá acontecer então, coloque um sorriso no rosto se anime que nós vamos te deixar parecendo uma princesa. - Fala ela terminando a massagem e saindo do banheiro me deixando sozinha para acabar meu banho e pensar.

Será que Lucy está certa? Uma coisa especial vai acontecer hoje? Bem se eu quiser descobrir vou ter que enfrentar a festa, com esse pensamento na cabeça retiro o condicionador do cabelo e termino meu banho, me seco e coloco minha roupa intima, coloco um roupão por cima e com cuidado desnecessário amarro o laço com perfeição, saio do banheiro e quando chego ao quarto vou em busca de minhas criadas para poder colocar o vestido e depois poder fazer meu cabelo e maquiagem.

O vestido era perfeito de um azul bem claro, longo e rodado, justo na parte do busto com pedras incrustadas na mesma região indo até o começo da saia que descia se abrindo volumosamente na área de minha cintura, elas me ajudam a colocar o vestido que ficou ainda mais perfeito em meu corpo, o azul fazia um contraste interessante em minha pele, em minha cabeça parecia a água da praia da província contra a areia branquinha, vou até a penteadeira acompanhada de Lucy, Mary e Anne, me sento na confortável cadeira e elas começam a me pentear.

Meia hora depois meu cabelo já estava devidamente seco e cacheado nas pontas, com duas tranças pequenas no topo de minha cabeça e um pequeno acessório de cabelo entre elas, a maquiagem era de um azul bebê em meus olhos e um blush fraco na maçã de meu rosto, no batom elas resolveram ousar e passaram um vermelho vinho em minha boca, para finalizar a minha roupa coloco meu conjunto de joias de safiras feitas especialmente para essa festa, o conjunto era constituído por um colar com um pingente de coração com a pedra de safira e brincos de safiras, calcei os sapatos de salto de brilhantes e me sentei na cama pegando pela primeira vez no dia meu celular, desbloqueio a tela e abro imediatamente meu whatsapp, tinha muitas mensagens, mas não era para ela realmente, era apenas grupos que ela estava, a única mensagem que era realmente para ela, era de sua única amiga.

Hey Gin, animada para o baile? (8:30 a.m.)

Hey amiga, vc tá aí? (12:15 p.m.)

Eu já estou a caminho, avise seus seguranças para me deixar entrar okay? (17:30 p.m.)

Vc já tá aqui? (18:30 p.m.)

 Acabei de chegar, já espero te ver logo =) (18:32 p.m.)

Vou pedir a Lucy, para falar com minha mãe, talvez ela consiga convencer minha mãe de te deixar subir (18:33 p.m.)

Okay :D

— Lucy, você pode deixar a Luna subir? - Peço fazendo cara de cachorrinho e ela assente com um sorriso maternal e se retira do quarto me deixando sozinha novamente, pois Anne e Mary já haviam se retirado me deixando apenas com Lucy.

Eu admirava a amizade das três Lucy a mais velha tinha sido abandonada pelos pais quando tinha apenas 11 anos, ela passou um ano em orfanato antes dele ser fechado, ela teve que morar nas ruas, não ficou por muito tempo lá, mas me disse que o tempo que passou ela viu coisas que criança nenhuma merece ver, ela chegou aqui com 13 para 14 anos depois de fugir de sua família adotiva que estava abusando dela, consigo ela trouxe Mary a filha mais nova do casal, quando tudo isso aconteceu eu não tinha nascido, quando eu nasci Lucy com a ajuda de meus pais tinha terminado o ensino médio e trabalhava em nossa casa Lucy deveria ter no máximo cinco anos e então quando eu tinha dez anos Anne apareceu ela é apenas três anos mais velhas que eu, nunca soube o que aconteceu com ela, mas também nunca insisti Lucy diz que é uma coisa muito delicada para se falar, então eu não pergunto.

Escuto barulhos de motos e vou até a sacada, sei que meus pais nunca aprovaram esse tipo de locomoção, mas eu não poderia deixar de achar os meninos e meninas que andam de moto mais legais e também não poderia não imaginar como seria andar em uma moto, aquela sensação de vento batendo nos cabelos, a adrenalina, assim que o barulho dos motores cessam volto para meu quarto e pego minha máscara, para observa-la melhor, era azul como vestido porem em um tom mais escuro, tinha detalhes em dourado, prata e branca decorando, e cobria apenas meus olhos e um pedaço do nariz, deixando minha boca e queixo visíveis, era para ser presa a minha cabeça, pois eu praticamente implorara a minha por uma máscara que eu não tivesse que ficar segurando.

Meu celular vibra e eu o olho confusa, por alguns minutos, até perceber que já eram 18:55 e a Luna não tinha subido e que eu deveria descer no exato momento, sem dar atenção á mensagem que provavelmente era de Luna, coloco minha máscara e desço as escadas com pressa quase tropeçando em meu vestido.

Chego ao salão em um rompante e minha mãe me olha com reprovação, pela entrada nada elegante e totalmente desajeitada, ignorando seus resmungos olho para o salão de festas que estava completamente decorado em tons de rosa, azul, branco, prata e dourado, havia mesas redondas espalhadas ao redor da sala cobertas por uma toalha branca e por cima um tecido leve de azul e rosa, na mesa continha vasos de flores de cristal com uma areia fina na cor dourada e prata dentro, e rosas azuis e rosas dentro, flores de cerejeira cobriam todo local dando um ar mágico, uma parte do salão foi separada para a pista de dança e a outra parte as mesas de comes e bebes, o salão estava lindo, parecia aqueles salões de baile de filmes de princesas de época ou as da Disney.

— Ginny você está atrasada, os seus convidados estão quase chegando!-Bronqueia minha mãe, eu a amo muito, mas ela pode ser bem desgastante e irritante as vezes, porém logo em seguida ela se aproxima de mim e me olha atentamente antes de sorrir. - Você está linda meu amor, está parecendo uma princesa dos contos de fada.

— Me desculpe mamãe, eu fiquei lendo e acabei perdendo a hora de descer.-Falo ocultando uma parte da verdade e ela sorri compreensiva. - Obrigada mamãe, você também está fantástica.

— Obrigada minha querida. - Ela responde sorrindo ternamente para mim e me olha com orgulho e amor, eu poderia odiar todo esse status e essa vida de glamour, mas eu nunca poderei reclamar de minha família, eles são tudo para mim, meu porto seguro, minha alegria, o que me faz suportar essa vida de princesa que eu odeio, eu amo eles mais do que tudo, mas é claro como tudo em minha vida, eu mal tinha tempo para eles, só conseguia falar de fato com eles aos fins de semana pela manhã ou a noite, e mesmo assim esses raros momentos duravam um tempo mínimo, e hoje não foi diferente.

— Senhora Weasley os convidados estão chegando. - Aviso um dos milhares de mordomos da casa e minha mãe assente e eu solto um suspiro quase inaudível, porém mesmo assim minha mãe o escuta e sorri encorajadoramente para mim.

— Obrigada Angelo. - Agradece com um sorriso singelo dirigido ao mordomo. - Quais famílias chegaram? - Pergunta ela se posicionando ao meu lado e fazendo um gesto para meu pai, irmãos e cunhadas fazerem o mesmo.

— A família Lovegood, os Tonelli, os Dursley e o Sr e a Sra. Black. -Ele fala olhando um papel e minha mãe o encara com surpresa, não pelo papel, isso era de fato uma coisa banal para nós os Weasley em eventos sociais de grande porte como este, mas sim pelo nome de duas famílias que apareciam na lista, mas apesar de sua estranheza ela o libera para guia-los até a nós, cumprimento a todos, me demorando mais com Luna e sua família, continuo a receber os convidados até que o jantar é anunciado e todos ocupamos uma mesa, após o jantar fico rondando pelo salão cumprimentando pessoas e dando falsos sorriso, entre conversas falsas e tediosas, danças obrigatórias, e sorrisos ainda mais falsos que as conversas, consigo um minuto para ir aos jardins.

Muitos dos adolescentes das famílias ricas, estavam no salão dançando e os poucos que estavam no jardim, estavam ali para conseguirem algo além de uma simples dança ou discretos toques, eles queriam beijos vorazes, selvagens e urgentes e eu tenho certeza que eu vi um casal indo muito além de beijos atrás de uma porta a apenas alguns minutos atrás, me sento em um banco qualquer do jardim e escuto passos, temo ser um de meus familiares para me forçar a voltar a festa ou um casal querendo mais liberdade, mas era apenas um garoto, ele vinha em minha direção distraído e sozinho.

— Com licença posso me sentar aqui? - Pergunta o belo garoto desconhecido apontando para o lugar vago ao meu lado, ele tem uma voz aveludada, e ao mesmo tempo suave.

— Claro, fique a vontade. - Respondo com um sorriso parando para observa-lo melhor, ele é alto, com uma postura altiva, seus olhos são de um verde brilhante que parecem esmeraldas que acabaram de ser esculpidas, seu cabelo, pelo que pude notar era de uma tonalidade escura, não pude observar melhor suas características faciais, pois sua máscara ocupava boa parte do rosto, então o ouço rir baixinho. - O que foi? - Pergunto estreitando meus olhos.

— Nada, só estou pensando em como a vida é engraçado, primeiro eu venho acompanhar meu melhor amigo para ele não ficar entediado, cercado de pessoas que não conhece e ele some com uma garota, então quando eu acho que minha péssima noite está acabada, esbarro em você uma bela ruiva sentada no jardim melhorando absurdamente minha noite. - Fala em tom jocoso e me lança um sorriso feliz, e quando vejo este sorriso branco, sinto vontade de beija-lo nesse exato momento sem ao menos saber seu nome, sem ao menos te conhecer, já desejo me entregar por inteira a você, seu sorriso fez meu coração bater descompassadamente e minhas mãos suarem, e tudo isso por um sorriso.

— É bom saber que não é só para mim que essa festa está um saco. - Falo rindo e você me acompanha, ficamos rindo por um tempo e eu escuto a minha música favorita do momento começar a tocar, em ato de impulsividade me levanto e estendo a mão para você que sorri e também se levanta, aceitando meu pedido mudo para dançar.

A música começa e ele me oferece a mão e eu faço uma reverência que ele retribuí com sorriso no rosto, coloca suas mãos em minhas costas e eu coloco meus braços envolta de seu pescoço, começamos meio incertos e tímidos, mas a cada passo que dávamos ficávamos mais confiantes, você me rodopiava e me guiava com leveza pelo gramado, eu o acompanhava com um sorriso no rosto, a música se acabara e outra mais agitada começa, comigo ainda em seus braços você me guia em um ritmo quente e ousado, eu nunca tinha dançado algo assim, mas era extremamente divertido e ao fim da música me pego rindo em seus braços enquanto você sorria abertamente por minha felicidade.

— Acho que nunca me diverti tanto, muito obrigada, acho que nunca saberei como te agradecer corretamente! - Agradeço me sentando no banco em que outrora estávamos, você se acomoda no lugar ao meu lado e sorrir ternamente, se vira para um arbusto que estava ao seu lado e retira uma singela rosa vermelha dali, o moreno misterioso se vira em minha direção novamente e me estende a pequena flor.

— Não há de que rossa, mas se você faz questão de me agradecer tem uma coisa que você poderia fazer por mim. - Fala com um sorriso cheio de promessas e se aproxima de mim, temo no primeiro instante, mas cometo o erro de olhar em seus olhos verde e me perco em seu olhar, em sem ao menos perceber me aproximo mais ainda de você e abro um sorriso amoroso, nós já estávamos inquestionavelmente próximos, nossas respirações se misturavam e seu cheiro másculo, meio amadeirado estava me levando a loucura, então você finalmente acaba com nossa tortura e me beija.

De início foi tímido e até mesmo constrangedor, mas logo nossas bocas se moviam em perfeita sincronia, sua boca tinha um gosto doce de baunilha e framboesa, suas mãos que outrora estavam apoiadas no banco de madeira estavam em minha cintura e sua mão vazia um carinho gostoso ali, minhas mão estavam em seu cabelo o bagunçando, você me beijava com ardor e carinho e eu retribuía da melhor maneira que consegui, sua língua timidamente passou por meu lábio inferior e por puro instinto - já que este era o meu primeiro beijo- abro minha boca, e sinto sua língua invadi-la e explora-la com fervor, faço o mesmo em sua boca e quando o fôlego ameaçava acabar, mordo seu lábio inferior o puxando para mim e você solta um gemido rouco, nos separamos ofegantes e eu vermelha, já que eu não podia ver seu rosto através da máscara, mas eu supus que você estava no mesmo estado que eu, ficamos alguns instantes em silêncio para nos recuperar e inconscientemente passo um dedo por meus lábios e sinto um sorriso se formar em meu rosto

— Me desculpe, eu não costumo beijar meninas sem antes as conhece-las, mas dessa vez foi inevitável, me perdoe rossa, mas para compensar meu erro, poderia dizer o nome da bela largatazza que eu acabei de beijar? -Pergunta soando realmente arrependido por me beijar sem consentimento, mas nada arrependido por me beijar, ainda com um sorriso no rosto me viro para encara-lo.

— Ginny Weasley e você é? Me desculpe caso eu não reconheça, mas sua máscara realmente dificulta o processo. - Brinco, mas vejo seus olhos se arregalarem quando lhe falo meu nome. -Qual é o seu nome?

— Harry, Harry Potter. - Fala com um suspiro descrente e me olha mais atentamente. Eu não consigo acreditar eu beijei um Potter? O filho das pessoas que meus pais odeiam com toda a sua força? O único menino que realmente e estritamente nunca deveria sequer chegar perto?-Eu sou um burro mesmo, como eu não reconheci esses cabelos ruivos? Mais que droga eu tinha mesmo que beijar justamente a filha do Conde Weasley, meus pais vão me matar, ou melhor seus pais vão me matar! Por que eu tinha que gostar tanto de ruivas? Por que diabos eu fui perguntar seu nome? Agora eu estou tão irremediavelmente encrencado e é tudo culpa do do Black, vou matar aquele desgraçado. -Murmura ele sob a respiração andando freneticamente de um lado para o outro, olho para ele incrédula ele realmente tá preocupado com isso por uma rixa idiota de famílias que não têm nada a ver com a gente, ele está mesmo surtando por um beijo.

 - Ora, pelo amor de Deus Potter! Você o maior pegador de toda Sicília segundo boatos que eu ouvi, está surtando por um beijo?- Explodo batendo meus punhos em seu peito, em um ato impensado de raiva, ele por sua vez segura minha mãos e se afasta ligeiramente,batendo sua perna no banco. - Okay, eu sei que não devia ter acontecido, nossas famílias se odeiam e tudo mais, mas esse beijo foi tudo que poderia desejar para o meu aniversário, então por favor não se desculpe por ele ou surte, tá legal?-Termino em um fôlego surpreendendo a mim e a ele, que arregala os olho e se aproxima de mim com sorriso se formando no canto dos lábios.

— Como pode estar tão calma? - Ele pergunta com os olhos brilhando em curiosidade crua. 

— Que tipo de pergunta é esta? -Retruco indignada, eu estava fervendo de raiva e fúria, mas todos  na alta sociedade aprendem desde suas ternas idades a ter uma máscara de calma e indiferença, ao invés de surtar por algo. - Vossos pais não lhe ensinara a manter sempre a calma? Como bom herdeiro de tudo que possuístes? 

— É claro que não, meus tiveram filhos não apenas "herdeiros" como vossa graça fez questão de ressaltar, eles acima  de tudo me criaram para expressar tudo o que eu sinto, seja ofensivo ou não. - Ele fala com grosseria, fúria brilhando em seus olhos. 

— Me desculpe, eu não quis ofende-lo ou a qualquer um de seus pais, é só tão estranho vê-lo ficar tão louco apenas por te me beijado, mesmo que eu tenha apreciado o beijo. - Falo em tom conciliador e sussurro a última parte passando os dedos sobre meus lábios.

— Então você gostou rossa²?- Pergunta com um sorriso se formando no rosto e um brilho malicioso no olhar, e se aproxima mais ainda de mim, me puxando pela cintura, sinto meu coração bater descompassadamente, minhas pernas bambearem e meu estômago dar cambalhotas, ele me olha com um sorriso antes de grudar seus lábios nos meus, ao contrário de que muitos pensam, e do que de fato seria certo, acabo o espaço entre nós e correspondo o beijo com entusiasmo, o beijo era carinhoso e gentil e ele segura minha cintura de forma possessiva enquanto eu bagunçava seus cabelos, me separo dele com um sorriso, eu sabia que era errado, muito errado estar beijando um garoto, principalmente um Potter, mas era tão bom que eu não conseguia parar. - Eu acho que isso responde minha pergunta, não é mesmo?-Ele brinca se sentando novamente e eu me sento ao seu lado, ele me olha com carinho e eu pego sua mão a entrelaçando na minha.

—Eu não acredito que eu estou fazendo isso, Deus! És tão insano, até alguns minutos atrás, eu não sabia o que pensar dos Weasley e agora aqui do lado da princesinha do Conde, tudo o que eu posso pensar é em como ela é linda e beija tão bem. -Comenta Harry me olhando ternamente, passamos alguns segundos apenas nos encarando, então ele desvia o olhar para o relógio e solta um longo suspiro. -Droga, já são quase 23:30, minha mãe vai me matar, se ela chegar em casa e não me encontrar lá, eu tenho que ir rossa, mas não se preocupe é só vossa graça me dar teu número e o problema estarás resolvido. -Ele fala com um sorriso sedutor no rosto e eu sorrio para ele me levantando.

—Tudo bem, eu vou te dar meu número e você me chama tá bom? Eu talvez consiga algum tempo para te responder ainda hoje, e bem mesmo que você não fosse embora eu ia ter que voltar lá pro inferno.-Falo com um suspiro pesaroso e você me encara curiosamente.-Ops eu quis dizer minha festa de dezesseis anos. -Explico brincando e você ri e me braça de lado, passo meu número que você prontamente anota em seu celular e eu paro em canto escuro do jardim para nos despedir.

—Feliz aniversário rossa. - Deseja com sinceridade e me dá um sorriso sincero, me beija na testa, em ambas bochechas, no nariz e por fim na boca, me deixando me deliciar com seu sabor adocicado e refrescante, mas infelizmente tínhamos que nos separar devido a maldita falta de ar e você se separa com sorriso radiante que ia de orelha a orelha. -Boa noite minha linda donzela, eu vou te mandar um mensagem, e até qualquer dia .-Diz e sai de perto de mim após um último selinho, vai caminhado entre as sombras, me deixando parada bobamente ali.

Levo meus dedos a meus lábios, roçando tão suavemente como um pluma, apenas para ter certeza que tudo aquilo fora real. Parecia um sonho se tornando realidade. Um cavalheiro de armadura dourada e cavalo branco para me salvar da mesmice que era minha vida. Balanço a cabeça , não acreditando que estava imaginando coisas tão tolas, mas ainda com um lânguido no rosto e os olhos castanhos - que permaneciam opacos desde seus 10 anos de idade  - brilhavam tanto que se assemelhavam a poças de chocolates derretido.

É talvez a Lucy tivesse razão, a festa não foi de todo ruim.


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Notas finais do capítulo

Hey lindos, sei que eu disse 15 dias depois e bla bla bla, mas eu realmente prefiro atualizar todo domingo então vim um pouco antes, com o capítulo semi revisado - meu word tá uma bosta - e lhes presenteando com o primeiro capítulo de Como Romeu e Julieta.

Comentem pois eu realmente aprecio responder seus comentários e eles ajudam muito quando vocês dão opinião, assim posso fazer meu melhor para agradá-los.

Beijos e até 15 dias - espero conseguir terminar o segundo capítulo até lá - tenham um ótimo domingo e uma semana tão boa quanto se pode ter quando temos aula.

¹ Onde a história começa. ( Segundo o google)

² Ruiva (Também segundo o google)



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