Entre o Céu e o Inferno escrita por Lu Rosa


Capítulo 6
A visita


Notas iniciais do capítulo

Uma atração começa a surgir... E uma visita irá causar uma reviravolta na vida da nossa Genny.



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Genny, Freya e Elijah voltavam da cremação de Clary quando viram que Klaus tinha visita.

                - Não convém que ela seja vista. Freya, leve-a a para o andar de cima. – Elijah pediu à irmã.

                - Venha Genesis. – Freya a levou pelo braço. As duas subindo as escadas o mais silencioso possível.

                - O que está acontecendo? – perguntou a loira.

                - É Marcel Gerard. Ele comandava o Quartel antes da chegada dos meus irmãos. Ele foi criado por Niklaus, mas se voltou contra ele quando meu irmão voltou. Agora estão em termos mais ou menos amigáveis, mas como você percebeu, Niklaus é imprevisível.

                - Então só temos que descobrir qual fio cortar: o vermelho ou azul para desarmá-lo.

                Freya ficou olhando para ela sem entender.

                - Sabe? Cortar o fio? Imprevisível, bomba? Desarmar a bomba Niklaus. – Genny fez um gesto como se tudo explodisse.

                Para a sua surpresa, a Mikaelson achou graça no gesto de Genny e riu. Há muito tempo que ela não ria espontaneamente. Como se não pudesse resistir, Genny também riu ao imaginar Klaus como uma bomba relógio.

                De repente o choro da pequena Hope atraiu a atenção das duas e Freya foi até o quarto da bebê. Ela havia trocado o berço de Hope para o seu quarto desde que Hayley havia voltado para o Pântano com a volta da maldição da Lua.

                Genny acompanhou Freya e viu, pela primeira vez, o bebê Mikaelson.

                - Essa é Hope. Minha pequena sobrinha.

                A bebê chorava a plenos pulmões.

                - Venha, preciso trocá-la e amamenta-la.

                - Ela é tão linda... puxou a mãe, naturalmente.

                Apesar de trocada e amamentada, o bebe não parava de chorar.

                - Será que ela tem cólicas? Eu sempre ouvi falarem disso. Onde está a mãe dela?

                - Hayley não está disponível no momento.

                - Ela precisou viajar? Com um bebê tão pequeno?

                - Na verdade, Hayley é uma loba. – esclareceu Freya. – Apenas uma vez a cada lua cheia, ela pode se transformar em humana e ver a filha. Elijah se encarrega de leva-la toda a vez.

                - Nossa! Coitadinha. Será que eu posso...

                - Claro! – assim Freya passou Hope para o colo de Genny. Imediatamente o bebê parou de chorar.

                - Nossa! Você tem jeito com crianças. – Freya admirou-se

                - É que no Instituto, quando eu dava umas escapadas dos estudos, ficava vendo os aprendizes menores. Eu sempre os divertia com histórias ou jogos. Mas aí os instrutores nos achavam e.… a brincadeira acabava.

                Enquanto Genny embalava o bebê em seu colo, Freya encostou-se em uma das colunas da cama e cruzou os braços, pensativa.

                - Não sabemos muito sobre você Genesis. Aquela mulher, Clary, não era sua mãe de verdade, não é?

                Genny sentou-se na cadeira de balanço e começou a movimentá-la. O bebê Mikaelson aparentemente estava adormecido, embalado no colo dela.

                - Não. Clary não era minha mãe. Na verdade, eu sei muito pouco da minha infância. Só que Clary e o marido Jace, impossibilitados de terem filhos, me adotaram quando eu tinha cinco anos. De antes disso, eles nunca falaram.

                - E você nunca teve curiosidade?

                - Um dia, eu tentei acessar os arquivos do Instituto. Algum documento, fotos que me contasse da minha origem, mas qualquer coisa que eu acessasse de 1995 ou de antes era negado.

                - Eu posso tentar acessar a sua mente. Alguma lembrança perdida.

                - Eu não sei, Freya. Às vezes eu tenho a sensação de que eu não devo saber.

                Freya olhou para a sobrinha adormecida e falou.

                - Vou coloca-la no berço e então podemos fazer algo, o que acha?

                Genny levantou-se e entregou o bebê a Freya.

                - Eu acho que está na hora de seguir o meu caminho.

                - Você sabe que pode ficar conosco.

                - Freya, existe algo lá fora atrás de mim. Eu não posso arrastá-los numa luta que não é de vocês.

                - Genesis, o que os Mikaelson mais sabem fazer é enfrentar lutas. Contra inimigos e até contra nós mesmos.

                - É, considerando o tempo da existência de vocês, devem haver muitas histórias do lado de fora dessas paredes. Eu agradeço por tudo que fizeram, mas acho que chegou minha hora de ir,

                - Não! – as duas ouviram Elijah falar. Ele estava encostado no batente da porta com os braços cruzados.

                Genny enrolou os braços em torno do corpo como se quisesse protege-lo.

                - Olha, Elijah... eu agradeço pelos cuidados, pelo funeral..., mas você não pode me manter aqui, não.

                Ele estendeu o braço, soltou o punho da camisa e mostrou a runa gravada em sua pele.

                - É só uma marca. – Genny desdenhou. – Tenho certeza que Freya pode tirá-la com facilidade.

                - Não é só uma marca na pele. É uma marca na alma. E me dá plenos poderes de manter você aqui.

                - Presa?!

                - Protegida.

                - Ah claro. E Sebastian lá fora, atacando cada Instituto que houver na ânsia de me procurar. Matando pessoas enquanto eu fico aqui.

                Os irmãos Mikaelson se entreolharam.

                - Quem é Sebastian?

             - Imaginem o mal... Sebastian é o mal absoluto. Infernal mesmo.

                - Alguém me chamou? – Klaus apareceu na porta.

                Genny bufou, Elijah cruzou os braços e Freya riu.

                - Isso é assunto decidido, Genesis. Se você precisar ir até Nova York, não irá sozinha. - Elijah falou a Genny.

                - Elijah, o Marcel esteve aqui. Esse não é momento de você sair daqui. Estou praticamente sozinho. Sem ofensas Freya. - argumentou Klaus

                - Está vendo? Não há necessidade de me acompanhar. Estou vendo que vocês têm suas próprias batalhas aqui. Então se me der licença... – Genny saiu do quarto.

                Mas mal chegou no meio das escadas, Elijah já estava embaixo esperando por ela.

                - Tudo bem. Vai ser assim, não é? – ela pegou a estrela de Clary do bolso e desenhou uma runa. A de velocidade.

                                         

                E tentou passar por ele.

                Mas mesmo assim, ela sempre falhava em fugir.

                - E então? Ela conseguiu? – Klaus perguntou a Freya que acompanhava tudo.

                - Não. Mas acho que nosso irmão está se divertindo com essa brincadeira de gato e rato.

                - Sério?! O Elijah se divertindo? – Klaus se inclinou sobre a balaustrada para ver melhor.

                Uma hora depois, Genny encostou-se na parede, ofegante.

                - Ah! – Genny bateu o pé no chão. – Isso está ficando chato!

                Elijah deu um meio sorriso.

                - Vai desistir?

                - Por enquanto. E por que eu estou muito cansada para ir onde quer que fosse.

                - É interessante esses desenhos. – ele apontou com o braço dela. - Cada um tem uma finalidade?

                - Sim. Força, visão noturna, velocidade. “Invisibilidade! ”, ela pensou com um sorrisinho.

                - Impressionante... – Elijah tirou a estrela do bolso e se pôs a olhá-la como quem admira uma obra de arte.

                - Mas... como?! – Genny apalpou o próprio corpo. Tinha certeza que tinha colocado a estrela no bolso da jaqueta curta que usava. Do lado de dentro! – Me devolve isso!

                - Não. E eu sei que Clary aprovaria.

                - Você não a conhecia.

            - Mas eu sim e tenho certeza que ela aprovaria todo esse cuidado. – disse uma voz.

                Eles olharam na direção da fonte e um jovem vestido de maneira extravagante estava sentado no banco ao redor dela e passava a mão levemente sobre a água com se tivesse todo o tempo do mundo.


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Notas finais do capítulo

E agora? Quem é esse jovem misterioso e que surpresas ele trará?
Um abraço e até o próximo capítulo.



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