Eu não vou te perder escrita por PixieProphecy


Capítulo 3
Heike e Laila


Notas iniciais do capítulo

Olááááá, minha única leitor(a) acompanhante, como vai você, querido(a)?



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Lenalee

Acordei cedo, mas vi que a Laila não estava na cama, levantei, me agasalhei e sai a sua procura. Ela estava sentada na neve com as mãos no chão e seus olhos fechados, cheguei perto dela um pouco hesitante, então ela abre os olhos e me olha diretamente:

— Oi — Disse ela friamente — O que foi?

— Iie, nada — disse notando que seus olhos estavam negros — Porque está com a innocence ativa?

— Não sou eu que está com a innocence ativa — Disse fechando os olhos — É a Laila, eu só estou a guiando para onde está a innocence...

— Hã!? — Eu não to entendendo o que está acontecendo aqui”

— Ops... — Disse ela — Que falta de educação a minha, meu nome Heike. — Estendendo a mão, apertando minha mão e depois se virou, sentou e fechou os olhos novamente. Ficamos uma meia hora, ali, em silencio, até que vi uma raposa com um tipo de vaso antigo na boca, que o entrega para Heike, ela estende a mão e a raposa desaparece ao pular em sua direção:

— Heike? — Falei — Laila?

Ela ficou um tempo de costa para mim, depois se virou sorrindo:

— Vamos, Lenalee — Disse ela indo em direção ao acampamento.

— Quem é Heike? — Perguntei, pensando alto.

Ela parou dizendo, sem se virar:

— Uma personalidade que eu ganhei, quando matei meu primeiro akuma. — Disse ela tristemente — Vamos voltar para ordem, Lena-chan — Se virou novamente sorrindo.

Na ordem

Fazia uma meia hora que havíamos chegado e depois de descansar um pouco. Nós,menos o Kanda, fomos foi o refeitório e para a alegria do Jerry, Allen e Laila pediram uma quantidade exorbitante de comida:

— Oi Allen-kun! — Disse Jerry fazendo aquecimento — Pode mandar!

— Quero duas lasanhas,três porções de batatas, curry seco, tofu ma-po, um bife grande, uma torta de carne, calpaccho, nashigoren, salada de frango com batatas e para sobremesa quero três fatias de bolo, um pudim de leite e 30 miratashi dango.

— Certo Allen-kun! — Disse Jerry — Já está saindo!

Minutos depois, Allen sai com o carrinho lotado de comida e chega à vez da Laila:

— Oi! — Disse ela meio hesitante.

— Oh! — Disse ela sorrindo — Uma nova exorcista! Qual é o seu nome?

— Laila Bertolazzo — Disse sorrindo - E o seu?

— Jerry — Disse ele — Bom... Laila-san, como pode ver.... — apontando para o Allen — Peça o que quiser.

— Bom... Quero... O mesmo que o Allen-kun só que no lugar do miratashi, uma torta de limão, tá? — Disse sorrindo.

— Oh! Você também é um tipo parasita? — Disse entregando a comida — Foi um prazer conhecê-la!

— Sou sim! — Pegando a comida — E foi um prazer conhecê-lo também!

Finalmente chegou minha vez, eu pedi só uma salada e um suco de maracujá, Jerry reclamou e disse que eu viraria um palito. Sentei junto com eles e conversamos:

— Quem é Lavi? — Laila me perguntou.

— Ele foi pro Egito no meio da sua festa de boas-vindas... Ele é exorcista também... Ah! Olha ele ali! — Vi ele entrando no refeitório.

— Oi! Lenalee-chan — Disse sorridente como sempre.

— Oi! Lavi — Disse sorrindo — Conhece a Laila?

— Conheço — Disse ele beijando a mão da Laila — Mas não fomos devidamente apresentados. — Jogando todo seu charme — Meu nome é Lavi. É um prazer conhecê-la.

Laila não respondeu, ficando extremamente vermelha, ela se levantou rapidamente com a torta de limão e dizendo que ia pedir chantilly ao Jerry, mas acho que prendeu o pé em algo, perdendo o equilíbrio, só que Lavi a segurou:

— Tudo bem? — Disse Lavi.

— Etoo... — Sendo interrompida por Allen que fala em meio a gargalhadas.

— Ela está bem, mas o BaKanda... — Disse ele, ainda rindo e apontando para frente.

Nós nos viramos e vimos que a torta tinha caído em cheio no rosto de Kanda. Lavi caiu na gargalhada, Laila se levantou e foi para frente de Kanda dizendo:

— Gomen, Kanda — Disse ela.

— Tsc. Desastrada — Disse se virando e indo embora.

Laila me olhou confusa, mas também bastante irritada, tanto que foi atrás dele:

— Ei! Seu Grosso — Disse ela, chegando até a porta — Volta aqui! Eu pedi desculpas!

— Fica ia! — Disse ele — Chibi Baka!

—É a vovozinha! — Disse já se irritando, se vendo ignorada por Kanda que já tinha virado para outro corredor — Yuu no patsu — Gritou.

Silêncio.... Em todos estavam com medo de Kanda voltar querendo matar um (menos Laila que queria mesmo era briga/Lavi, pois estava nem ligando e Allen que estava mais interessado na comida), mas ele não voltou. Ela respirou fundo e voltou para a mesa perguntando para mim, onde era o quarto dela:

— Não sei... vamos ver com o nii-san — Disse para ela.

— Tá — Disse ela visivelmente zangada ainda.

Ele indicou a caminho, mas disse para eu ficar, pois tinha que perguntar algumas coisas que ficaram pendentes no relatório da missão, então Laila disse:

— Fica, Lena-chan — Sorrindo — Ele explicou direitinho, eu vou achar! — Saindo.

XXX

—Onde eu estou? — Laila estava assustada, pois não conhecia o lugar onde estava.

—Você entrou nas minhas lembranças — Disse Heike calmamente.

Uma espécie de filme começou a passar na frente de Laila e Heike começou a narrar:

Eu vivia na ordem asiática, o nome do supervisor de lá é Chang Clan Li, ele era um cara sonhador e estava criando uma guardiã para a ordem, pois não tínhamos exorcistas... Bom. Tinha uma, que era eu, mas eu não conseguia controlar minha innocence, afinal tinha só sete anos de idade, mas quando ele terminou a guardiã, quase três anos depois, fui à primeira vez para a central, aprender a controlar minha innocence.

Meu mestre era britânico, seu nome era John Miller, ele tinha como arma anti-akuma um arco e flecha simples, mas extremamente poderoso. Ele fez com que eu criasse armas menores como o uma lança com a Warrior Angel e me mandou usar a mais forte, porém incontrolável para mim só em caso de emergência, cinco anos depois chegou um novato chamado Kevin Yeegar, então dando meu treinamento como completo me enviaram para a ordem asiática.

Quando revi o supervisor e os outros, foi à maior festa, descobri que o supervisor tinha se casado com uma estrangeira chamada Lara Monroe, logo depois tive que sair em missão, atrás de akumas próximos a grande muralha, eu estava sozinha e a luta ficou intensa, me machuquei bastante, mas derrotei todos os akumas. Fiquei semanas na enfermaria, não tinha condições para nada.Quando me deram alta, no mesmo dia me enviaram para uma missão na cidade proibida, descobri que o imperador havia virado um akuma e o destruí aquele monstro.

Dois anos depois tinha completado 17 e estava voltando para a ordem depois de matar akumas na cidade de Fuzhou, na província de Fujian, fui surpreendida por um humano e um akuma que eu logo destruí, me virei para o humano que sorria para mim:

— Quem é você e o que está fazendo do lado dos akumas?

— Sou um Noah, meu nome é Neah Walker — sua pele se tornou cinza e seus olhos amarelos — E vim para matar aquilo que impedi que dominemos essa parte do país — Disse ainda sorrindo — Passe me sua innocence que eu prometo te matar sem dor!

Coloquei-me em posição de ataque, mas ele era muito forte e me derrubou rapidamente , me levantei e me esquivei de outro ataque, onde o impacto fez um buraco imenso no chão, e vendo que eu não tinha mais opção ativei a minha arma mais forte que só posso usar quando ativo 100% a innocence seu nome é Flames of the Apocalypse, onde uma armadura revesti meu corpo e seguro duas espadas com aspecto de metal em brasas e ataquei , ele revidou, a luta se arrastou por muito tempo, mas de repente ele para e fala com alguém na sua cabeça, emburrados se despede e some.

Quando desativei a minha innocence, cai, não conseguia me mexer, estava quase perdendo a consciência quando vi um garoto de preto com a cruz da ordem que pintava algo antes de me encontrar:

— Me ajude! — Depois disso eu desmaiei.

Acordei e vi o garoto ainda a pintar, sentado do lado da minha cama, olhei ao redor e reconheci que estava na ordem asiática, fiquei aliviada, me virei para ele novamente que finalmente repara que eu havia acordado:

— Oi, você está bem? — Disse ele sorrindo — Foi uma luta e tanto para deixar um exorcista nesse estado. Certo?

— Foi. Encontrei um noah no meu caminho — Parei — Qual é o seu nome?

— Froi Tiedoll — disse o menino — Prazer em conhecê-la.

— Obrigado por me ajudar, Tiedoll — Sorri — Meu nome é Heike.

Laila observava Tiedoll, achando graça o fato dele não largar aquela prancheta nunca, até mesmo nos dias atuais.

Então notei que havia outro garoto de cabelos pretos, encostado na parede, sorri para ele o cumprimentando, mas ele se virou e foi embora, então Tiedoll disse me vendo confusa: Laila não conseguiu vê-lo, quando ela se virou ele já tinha ido embora.

— Liga não, ele é assim — Disse ele — Não quer admitir, mas sente saudades da noiva que deixou para trás. Seria bom não ter lembrança para não sofrer de saudades. — Suspirou.

— Nasci aqui — Eu falei tristemente — Minha mãe escapou de um akuma e o Li a encontrou, quando eu nasci ela morreu.

— Hã? — Ele estava confuso

— Minha vida toda foi lutando contra akumas — Parei por um instante — Vocês tiveram... Pelo menos viveram em uma realidade em que não precisavam se preocupar se alguém mudaria de forma e tentaria te matar. Nunca tive a chance de ter uma infância tranquila ou de conhecer alguém especial e se não fosse o pessoal daqui provavelmente já tinha me matado. — Conclui olhando para o lençol.

O silêncio se instalou na enfermaria, mas logo cortado pelo barulhento do Li que ficou super feliz de me ver acordada.

Eu estava fraca e sabia que iria demorar a melhorar, só conseguia mexer os braços, da última vez tinha ficado assim durante meses, mas dessa vez era diferente, eu não estava mais sozinha para cuidar dos akumas, aqueles que me ajudaram, foram transferidos para a ordem como reforço.

O tempo foi passando e só conversava com o Tiedoll, o outro nem na enfermaria aparecia, meses de depois, já me conseguindo me mexer direito fui comunicada que ira a central pegar minha innocence que tinha sido enviada para Hevlaska e pediram para o outro me acompanhar, o nome do emburradinho era Saito Hajime e entrou na sala da supervisão logo depois que eu recebi a notícia — Disse Heike apontando para Laila a direção que ela devia olhar e ela ao se virar tomou um susto, era ele... Estava de cabelo curto e repicado, mas tinha que ser ele: Kanda.

Laila ficou paralisada de descrença, mas Heike, sem notar a cara de Laila, continuou a narrar o que acontecia:

Ele não ficou nada feliz, não sei se foi por me acompanhar ou por ter que ir para a central, mas depois que embarcamos no trem, tentei conversar com ele, mas ele me ignorava até que me irritei e perguntei:

— O quê que eu fiz para você ser assim comigo?

Ele me olhou sem dizer uma palavra.

— Se está tão revoltado por ser um exorcista que está descontando em mim? — Estava tão zangada que comecei a chorar — Olha o lado bom pelo menos tu tens do que se lembrar?

Ele respondeu com raiva:

— Você não sabe nada da minha vida, garota. — Disse com um olhar intimidador.

— Você deve ter sido um daqueles meninos mimados e idiotas que qualquer lugar tem!

Ele se levantou e me pressionou pelos ombros contra a parede, me olhando nos olhos e dizendo:

— Você não sabe o que é deixar família, a pessoa que ama e uma vida toda para traz? — Disse ele com a voz exaltado — Você não sente falta de ter uma vida normal?

Eu dei uma joelhada em sua barriga, que o fez voltar para seu lugar gemendo, me levantei saindo da cabine, mas antes me virei dizendo:

— Vida normal? — Ri debochada (o que o fez ficar vermelho de raiva) — Minha mãe morreu, não conheço ninguém da minha família e desde que me conheço por gente sou forçada a caçar akumas. Olha o lado bom, revoltadinho, pelo menos tu tiveste algo para chamar de vida normal!

Ele ia falar algo, mas nesse momento Laila acordou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenha gostado! E se não estiver acompanhando, acompanhe! Um cap. novo toda semana ;)



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