O Boneco de Plastico escrita por J S Dumont


Capítulo 22
Edzinho


Notas iniciais do capítulo

olá gente, cheguei, tem mais um capitulo de "o boneco de plastico", espero que gostem e não deixem de comentar, ainda mais agora, se puderem favoritem e recomendem também, estamos perto da reta final *-* vamos lá gente, aumente os numeros aqui galera, para eu fechar com chave de ouro...
beijos beijos e nos vemos nos comentários!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/725955/chapter/22

VINTE E UM

EDZINHO

Alguns dias depois...

— Ai nossa, como o treino foi puxado... Ah eu quero agua! – Tanya falou, enquanto se abanava, ela passou a mão em sua testa soada, e depois olhou para mim com aquele sorriso tipo: haha, eu sou a vilã dos contos de fadas querida, e seu dever é me obedecer.

E realmente senti-me a cinderela e ela uma das irmãs malvadas, e me sinto assim desde que comecei a trabalhar para as lideres de torcida.

Tentando controlar o ódio que eu estava sentindo da oxigenada sem cérebro, eu me aproximei e entreguei uma das garrafas de agua que eu segurava para ela, seu sorriso maldoso ficou ainda mais visível, enquanto ela apontava para uma das toalhas que havia em meu ombro, logo a peguei e entreguei a ela.

— Hum... Boa menina! – ela elogiou, naquele tom irônico que eu odiava, revirei os olhos e depois tratei de entregar as outras toalhas para as outras lideres de torcida, que diferente de Tanya era bem mais amáveis. (o que me deixou bastante surpresa, afinal, nunca esperava que seria tratada tão bem assim por elas).

Estávamos na quadra, às garotas havia acabado de ensaiar, SIM eu havia me tornado a garota da toalha, graças ao meu namorado maravilhoso que acabou compreendendo que essa era a única solução para resolvermos esse problema, afinal já estava mais do que obvio que eu não tenho dom para ser líder de torcida, não precisa nem ser um expert para ver isso. Alice e Rosalie de inicio não queriam aceitar muito essa ideia, mas depois ao verem que consigo ser uma ajudante muito eficiente, as garotas perceberam que minha ideia é genial, e até se perguntavam como não tinha tido essa ideia antes. Isso por que:

1º elas tinham uma toalha para secar o seu rosto na hora que queriam;

2º elas tinham agua fresquinha na hora que queriam, e não precisava nem andar até o bebedouro para bebê-la;

3º eu ainda podia comprar as coisas para ela, como suco, lanches naturais e tudo mais que elas quisessem na cantina da escola;

4º ainda elas tinham minha maravilhosa opinião (e olha que eu sou muito boa para isso, e eu nem sabia) eu podia opinar sobre tudo, sobre as roupas que elas usavam, maquiagem, unhas, cabelos.

Tá legal! Não que eu entendesse muito disso (tá eu não entendo nada), mas para elas era suficiente eu falar “uhum” e concordar com a cabeça, e completar “está ótimo”, elas adoravam, e até criei uma nova teoria sobre elas: lideres de torcida não gostam de ser contrariadas.

Então, eu podia concluir que não era tão ruim ser a garota da toalha, eu havia até virado uma conselheira sentimental, tirando a Tanya, havia me dado bem com todas, elas gostavam de desabafar comigo e isso ERA OTIMO! Pois eu já tinha conseguido fofocas quentes para colocar no jornal da escola, Tyler estava até menos insuportável por causa disso, e eu tinha certeza de que se eu tivesse virado líder de torcida em vez da “garota da toalha”, talvez eu não tivesse conseguido o mesmo efeito com elas, eu não tinha me tornado “a amiguinha”.

E enfim: eu só não podia dizer que “tudo está perfeito”, por um único detalhe Tanya é um saco (o que não é nenhuma novidade), ela queria sempre me provocar e me tornar sua escrava.

 - Sabe, você poderia fazer o meu trabalho de língua inglesa! – ela falou para mim, assim que entreguei a ultima toalha, virei para ela tentando lançar um olhar que deixava bem claro, QUE NÃO VAI ROLAR.

— O que? – perguntei num tom de: “você está louca?”.

— Ué, você agora nos auxilia, e deve ser com tudo, não é? – ela perguntou.

— Não querida, uma coisa é eu ajudar vocês aqui, na quadra, outra muito diferente é você querer me fazer de escrava, e outra, você é da coluna de fofocas, deveria saber fazer trabalhos de língua inglesa, ah claro, eu já li suas colunas de fofocas, seu linguajar é terrível, Tyler só te aguenta porque sabe que você adora cuidar da vida dos outros! – eu soltei, mas na verdade minha vontade já era partir para agressão.

— Pelo menos eu tenho uma matéria, já você está ali apenas para revisar matérias, pobrezinha nunca terá destaque em nenhum lugar, aqui você é uma simples ajudante, e lá, uma... ah claro, ajudante também! – ela retrucou, sorrindo maldosamente, e naquele momento eu tentei metralhar ela com meu olhar. (ah se pudéssemos fazer isso mesmo). Como eu queria soltar para ela nesse momento que sou a enigmática.

MALDITA!

— Para sua informação querida, eu que não quis ser líder de torcida, mas eu tenho a vaga e posso me tornar uma líder de torcida quando EU QUISER! – retruquei, dando ênfase nas palavras: eu quiser.

— Claro, você não aceitou porque não tem talento! – ela falou, cruzando os braços, olhando-me dos pés a cabeça e fazendo aquela cara de nojo, na verdade ela nem precisou se esforçar muito, pois a cara dela já é um nojo naturalmente.

— É, mas, tenho muitos outros talentos mais importantes do que esse, eu sou inteligente e vou ter um grande futuro, agora você não tem cérebro para ser nada nessa vida, a única coisa que você sabe fazer é rebolar essa sua bunda gorda, fazer fofoca e servir de diversão para os atletas, passando em mão e mão! – retruquei, e Tanya abriu a boca, fazendo uma expressão de ofendida, e quando vi que depois dessa deixei Tanya sem resposta, sorri vitoriosamente.

— Hei, hei, hei! Chega de briga! – Alice falou, entrando no meio de Tanya e eu. – Vocês duas precisam brigar todos os santos dias? Parece que virou uma espécie de rotina!

— Fala para ela parar de me provocar! – falei, e então ela e eu cruzamos os braços no mesmo momento, e nos encaramos com olhares raivosos.

— Você viu que ela me chamou? Ela me chamou de vadia, você deveria suspender essa invejosa! – ela disse e então eu ri.

— Invejosa? De quem você está falando que tenho inveja? De você? – perguntei, ela sorrindo concordou com a cabeça. – Tá, me explica Tanya, do que eu teria inveja de você? Sou inteligente, tenho um belo de um namorado, um brilhante futuro, ahm e você? Nem sendo uma líder de torcida, nem sendo popular, conseguiu namorar um atleta, no máximo que conseguiu foi que ele dormisse com você, uma, duas vezes seguidas no máximo... – retruquei (hoje eu estava boas para resposta, Isabella Swan PODEROSA estava na área).

— Ah, mas que vadia! Só porque está namorando Edward Cullen tá se achando né? Eu vou é quebrar essa sua cara! – ela falou, tentando vir em minha direção, mas Alice a segurou.

— já chega, Isabella swan vai para o vestiário, e você Tanya, vai ficar aqui comigo, teremos uma conversinha... – Alice avisou, agora ela estava fazendo a função da Rosalie, enquanto a loira ainda se recuperava para voltar para sua função de capitã.

Eu fui então para o vestiário, extremamente satisfeita com as respostas que dei para aquela metida, também ela está achando o que? Que só porque estou auxiliando-as, ela vai ficar me maltratando e querendo se aproveitar de minha bondade? Haha! Ela caiu do cavalo.

Sorrindo, feliz da vida fui para o vestiário, logo uma das lideres de torcida, a Judith, veio falar comigo, ela é uma garota branca, de cabelos negros, olhos azuis, alta e extremamente esbelta:

— Ah, eu também não suporto a Tanya, acho aquela garota metida demais! – ela comentou, enquanto se observava no espelho, eu me encostei na parede, cruzei os braços e fiquei observando-a. – Ainda é uma vaca, acredita que ela quis dar em cima do Damon, enquanto ele ainda estava comigo, safada, mas também depois de ter dormido com ele, deve ter caído do cavalo...

— Ah é e por que? – perguntei, levemente curiosa. Afinal, ela está falando de um atleta.

Judith virou –se para mim e me olhou, com um leve sorriso no rosto.

— Ele é péssimo de cama, além de ter o negocio pequeno, ele acaba muito rápido, não dá tempo nem de curtir... – ela disse, fazendo-me ficar boquiaberta. Caraca! QUE BABADO!

Depois de me tornar a garota da toalha, eu estava descobrindo cada uma...

***

Os atletas sempre gostam de ficar dando uma de garanhões, isso não é nenhuma novidade e eu já havia dito em outras matérias que eles gostam de ficar com lideres de torcida para se aparecer, mas, algo que eu descobri e agora vou informar a vocês em primeira mão que eles não são sempre o que parece ser.

Eu, enigmática, descobri que o atleta Damon Hocking não é tão garanhão assim, pelo menos não embaixo dos lençóis, dizem que quando o assunto é cama, ele deixa a desejar, além de se “empolgar” rápido demais, seu negocinho é negocinho mesmo, não dá para aproveitar muito dele. Pelo menos parece que as lideres de torcida não estão se empolgando muito com a eficiência de Damon na cama. É lideres de torcidas, quem ainda não o pegou, melhor partir para outra!

— É eu acho que ficou ótima! – eu li, satisfeita, tratei de escrever a coluna assim que cheguei em casa, mas claro que eu estava com a intenção de esperar um mês para publicar ela, afinal, se eu já publicasse semana que vem, Judith poderia sacar, ela acabou de me contar a fofoca e eu já ia publicar no jornal? Não, seria bem arriscado, deixa para o mês que vem mesmo, quando ela esquecesse que me contou esse babado.

Eu estava bem distraída relendo a fofoca, quando a campainha tocou, coloquei-a em cima da mesa de jantar e segui em direção á porta de entrada, assim que abri, e vi de quem se tratava, fiquei boquiaberta.

— oi! – ele disse, fazendo-me sorrir, e descer o olhar para olhar o que havia na mão dele.

— O que... O que... – eu não conseguia nem falar, voltei a olhar para Edward, sorrindo feito uma idiota.

— Você acha que eu tinha esquecido que você queria um... – Edward disse, entregando-me um filhote de cachorro da mesma raça que o dele. Não acredito, depois de tanto desejar o Rex, agora tinha o meu, o meu cãozinho. Ele estava com uma fita azul no pescoço e era tão pequenininho e lindinho, que eu peguei e o agarrei.  Calma, não aperta tanto assim, pode machuca-lo! – ele falou.

— Ahhhh você é maravilhoso! – eu disse, dando um selinho demorado em Edward, ele então entrou em casa e fechou a porta.

— Eu sei! – ele disse. Caramba! Não dá para elogiar ele mesmo.

— Ai que gracinha, olha que rostinho lindo! – eu disse, olhando para o rostinho do cachorro, ainda emocionada com lindo presente que ele me trouxe, o cachorro tratou de lamber meu rosto, realmente ele é bem parecido com o Rex.

— Eu espero que seu pai não fique com raiva do presente... – ele comentou.

— Não, eu adorei, e meu pai quer a minha felicidade! – eu garanti, e depois olhei para o cachorro. – Ele é tão lindo, vou chama-lo de Edzinho!

— O que? – ele falou, e então eu o olhei.

— O que tem? – perguntei.

— Você me chama de Edzinho, você vai por o meu apelido no cachorro? – ele falou.

— Sim e você deveria ficar feliz, por eu me lembrar de você! – falei.

— Primeiro num boneco de plástico, agora no cachorro! – ele falou, parecia inconformado. Mas eu nem liguei. Coloquei o cachorro no chão e o observei, vi que ele estava de braços cruzados e emburrado. Como ele ficava lindo emburrado. Tratei de apertar o nariz dele.

— Aiii! – ele gemeu, massageando o nariz.

— Seu narigudo! – falei, num tom brincalhão, colocando meus braços em volta do pescoço dele.  – Obrigada por me dar o Edzinho, me deixou muito feliz!

— Não pode trocar o nome do cachorro não? – ele falou.

— NÃO! – respondi. Afinal, eu sou insistente, se eu disse que o cachorro vai se chamar Edzinho, ele vai se chamar Edzinho mesmo.

— Mas... – ele tentava dizer, mas logo o calei, colando meus lábios nos dele, iniciando um beijo lento, mas ao mesmo tempo bastante profundo. E como eu imaginei, ele se calou e me correspondeu.

***

Parece que as coisas estavam cada dia melhores, e eu estava até surpresa com a minha sorte, afinal, eu nunca tinha tido ela por tanto tempo. Agora eu tinha um cachorrinho pela primeira vez na vida e até mesmo o meu pai havia gostado dele, tirando o fato de que ele adora morder as coisas, e principalmente o meu pé e também baba feito um bebê, o meu primeiro dia de experiência como dona de um cachorro havia sido bem legal.

Além disso, o meu relacionamento com Edward estava cada dia evoluindo mais, ele estava cada vez me tratando melhor, e parecia querer se esforçar o máximo para que nosso namoro desse certo, e claro, eu também estava tentando contribuir o máximo, cada dia eu estava confiando mais nele e tentava ser uma namorada legal, eu achava que poderíamos mesmo dar certo, e tenho que confessar que eu estava me apegando cada dia mais, ao mesmo tempo em que eu achava isso ótimo, eu também achava perigoso. Mas fazer o que? Eu estava me deixando levar...

Mas é como dizem: alegria de pobre dura pouco...

No outro dia eu fui para a escola feliz da vida, caminhei até chegar ao meu armário e então o abri, eu havia me lembrando de que tinha que mostrar a matéria nova que escrevi para Tyler, ela estava ótima, mesmo ele sendo um cretino torturador duvido muito que ele terá algo para falar de minha matéria. Não terá o que reclamar.

Vi Mike aproximando-se de mim, ele parou ao meu lado para abrir o seu armário, olhei para ele e sorri.

— Bom dia... – eu falei.

— Bom dia! – ele falou.

— Você viu o Tyler? – perguntei para ele.

— Acredito que ele esteja na sala restrita, torturando alguém... – ele falou e então eu ri, era legal ver que Mike concordava comigo de que Tyler é um cretino torturador. Só falta ele também concordar com a minha teoria, de que o negocio de Tyler é meninos!

— Ah provavelmente, terei que ir lá falar com ele! – falei, pegando os livros do armário e colocando em minha mochila, fechei o armário e voltei a olhar para Mike.

— Boa sorte, você vai precisar, eu vi ele hoje e notei que ele está de péssimo humor... – Mike disse, fazendo-me revirar os olhos.

— Ah isso não é nenhuma novidade, ele sempre está de mal humor... – falei, e então tratei de olhar para minha mochila e começar a fechá-la. Mike ficou em silencio por um tempo, até que de repente, ele comentou:

— Hei Bella, olha lá, aquela garota, acho que ela é nova, ela é mó parecida com você... – no mesmo momento meu coração disparou e olhei rapidamente para trás para olhar para onde Mike estava olhando.

Meus lábios se entreabriram, eu pisquei varias vezes para ver se o que eu via era mesmo real, caramba, era ela, só podia ser ela.

Ela estava caminhando em minha direção, ela era mesmo parecida comigo, só que era minha versão mais descolada, ela usava maquiagens fortes, batom marrom, sombra escura, blush, enquanto eu sempre fiquei no básico mesmo, as suas unhas eram grandes e pintadas de preto, enquanto as minhas eram ruídas, os cabelos escuros dela estavam jogados para o lado, e brilhavam como nunca, já os meus, embora eu fizesse hidratação nunca achei que tenha ficado tão legal assim.

Ela passou do meu lado e continuou caminhando, como se nem tivesse me visto, já eu fiquei parada no mesmo lugar, sentindo-me tonta e logo imaginei: Ela só podia ser uma única pessoa, afinal, não deve ter tantas garotas por ai com a mesma cara que a minha.

— Bella está tudo bem? – Mike perguntou para mim.

Mas não consegui responder, minha cabeça ainda girava e girava, enquanto uma frase ficava repetindo em minha mente: só pode ser ela, só pode ser a Alicia.

Continua...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

N/A: IAI... Será que a Alicia mesmo? comentem, recomendem, favoritem!