Rosa dos Ventos – Draco & Hermione escrita por Lizzie Oliver


Capítulo 12
Capitulo 12: Aquele sorriso da foto


Notas iniciais do capítulo

Ola pessoas, como estão?
Segue mais um capitulo e espero que gostem (=



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— Rodolfo Lestrange e Scabior – Disseram juntos quando finalmente terminaram de conferir aquelas imensas listas. Eram os únicos nomes que não estavam na lista de condenados em Azkaban e na lista de óbitos, estávamos apenas na lista de Draco, a lista de presença das reuniões de quando era um merda de um Comensal do Morte.

Não pode ser pensou Draco, como ninguém os encontrou ainda?. Sentia-se tonto diante daquela descoberta. Lembrou-se de seu pesadelo na noite anterior, as coisas estavam aos pouco fazendo sentido...

Hermione, o homem, os gritos... Pela primeira vez, se viu diante de um caminho a seguir, pela primeira vez pode perceber a função da Rosa dos Ventos. Ela estava o guiando, o guiando por meios dos sonhos. Sentia-se aliviado por essa descoberta, mas ainda estava aflito... Porque Hermione?

— Harry, onde os tios da Hermione moram? Você já foi para la algum dia?

— Já fui, as vezes passava uns dias la na casa deles, nas férias de Hogwarts, quando não estava na Toca. O que esta pensando? – Harry perguntava curioso

— Devemos começar as investigações por lá. Deve ter alguma pista sobre o desaparecimento da Hermione.

— Como não pensei nisso antes? – Disse Harry indignado por sua lerdeza.

— Vamos, não podemos perder mais tempo – Disse Rony por fim.

~*~

POV DRACO

Aparatamos em um beco próximo a rua da casa dos tios da Hermione, de acordo com o Harry. Eu estava com uma mistura de sentimentos dentro de mim, excitação por esta conhecendo o mundo a aprendi a vida toda a odiar, preocupado por Hermione como vim estando desde que ganhei o colar que a proposito, brilhava em meu peito e medo, medo por não saber o que poderíamos encontrar no meio de todo aquele caos.

— É aqui – Disse Harry nos olhando, antes de bater na porta, mas ninguém atendeu. Entramos devagar, casa estava num total silencio, era quase perturbador. De repente vimos uma mulher vindo em nossa direção gritando.

— VÃO EMBORA DA MINHA CASA, VOCÊS DEVEM SER COMO ELES, NÃO É? VÃO EMBORA, NOS DEIXEM EM PAZ... POR FAVOR NÃO NOS MACHUQUE MAIS!

— Agatha se acalme, sou eu Harry, lembra? – Harry disse enquanto a segurava com firmeza.

— Harry? – Ela o olhava assustada, mas foi se acalmando a medida que parecia se lembrar dele.

— Sim, Agatha sou eu. Vem se sente no sofá, se acalme. Esses são meus amigos Ronald e Draco. Nos viemos conversar com vocês, sobre um assunto importante. Não viemos machucar ninguém.

A reação daquela mulher ao nos ver, estava me intrigando, o que tinha acontecido naquela casa, para ela estar daquele jeito?

— Desculpe querido, desde que ele foram embora eu não consigo mais viver em paz. Minha cabeça doi muito o tempo todo.

— Eles quem Agatha? – Perguntou Harry pacientemente.

— Os homens de Preto. Eles entraram na minha casa um dia no meio da noite, disse que nos conheciam. – seus olhos estavam cheio de lagrimas

— Como eles eram Senhora? – Me atrevi a perguntar, então ela virou o olhar para mim. Por um momento vi Hermione na minha frente, seus olhos castanhos tão penetrantes, tão assustados que senti vontade de abraça-la e lhe garantir que tudo ficaria bem.

— Eles eram altos, tinham cabelos pretos, traços pesados, usavam mascaras a maior parte do tempo quando estava com a gente. Ficaram aqui na minha casa, durante dois anos. Mantinham-nos trancados sob ameaças. Não me lembro de muita coisa que do aconteceu. Mas toda noite tenho uns flashes, durante sonhos deles dizendo que iriam se vingar. Todas as noites é sempre o mesmo sonho. Os homens de preto e as seguintes palavras: vingança, bruxo, Hermione. O mais estranho é que não conheço nenhuma Hermione, vocês conhecem? – sua voz falhava a medida que tentava lembrar dos sonhos.

Eu sabia perfeitamente como era passar noite e noite tendo os mesmo pesadelos e não saber como se livrar deles. Sabia perfeitamente, o que ela estava sentindo. Eram eles, eu tinha certeza disso. Esta explicado a paz que estamos vivendo até então no mundo bruxo, aqueles infelizes estavam vivendo no mundo trouxa, ameaçando um família para finalmente conseguirem se vingar de Hermione.

“. O mais estranho é que não conheço nenhuma Hermione, vocês conhecem?” Aquela frase martelava na minha cabeça a cada segundo. Agatha não conhece mais a própria sobrinha, Hermione não existe mais para aquela família.

O feitiço deu errado. Se o Obliviate não fosse bem executado, daria o efeito ao contrario na pessoa que receberia, além de perder partes da memoria, alguma lembranças voltariam por meio dos sonhos, deixando a pessoa a beira da loucura. E era exatamente isso que estava acontecendo com aquela mulher a minha frente. 

— Conhecemos Agatha, ela é nossa amiga, viemos por causa dela. Ela é sua sobrinha – Disse Harry na duvida se era muita informação para ela digerir de uma vez.

— Sobrinha, mas não me lembro de nenhuma sobrinha – Ela olhava para nos confusa – como ela é?

Harry tirou uma foto de Hermione do bolso da jaqueta, nunca poderia imaginar que ele tivesse trazido uma foto dela, parecia que ele estava adivinhando. Ela estava sorrindo, seu cabelo estava um pouco armados, usava roupas simples e segurava um livro, sempre tinha algum livro nas mãos. Se perdia facilmente no meio deles. Ela parecia tão feliz, não, ela estava feliz, seu sorriso não mentia, era o sorriso mais sincero que já pude ver. Ela estava tão diferente de como costumava ver todos os dias nos meus pesadelos. Agora mais do que nunca, queria trazer aquela Hermione da foto de volta, de volta para o seu mundo, o mundo que ela pertence, e sempre pertencera. Eu irei até o inferno se precisar, mas traria aquele sorriso da foto de volta em seu rosto.

— Ela é linda – disse baixo, quase sussurrando – Meu Deus, porque não consigo me lembrar?... me ajudem, por favor!

— Iremos ajudar Agatha, não se preocupe – disse Harry tentando acalma-la

— Vamos te ajudar, mas precisamos que nos ajude – Não sabia se deveria fazer aquela pergunta do nada, pois sei que vou escutar mais um milhão depois daquela, mas eu precisava saber. – Conhece alguma floresta, próxima aos arredores de Londres? – os três me encaram como eu fosse louco.

— Te... Tem, uma floresta a 3 horas daqui, sentido ao norte, costumava ir para la as vezes durante as férias com o meu marido, mas faz muitos anos que não vamos, dizem que ela esta bem diferente de uns tempos para cá, meio abandonada.  

— Harry, posso falar com você um minuto – perguntei fazendo- o levantar.

— Fala o que foi... que pergunta louca é essa?

— Eu sei que pode parece estranho, mas estou com uma intuição dentro de mim, que devemos ir para la imediatamente. Na verdade estava pensando de você ficar aqui com a Agatha, enquanto eu vou para essa floresta com o Ronald. Eu prometo que explico tudo depois com mais calma, so precisamos ser rápidos. Já era noite e a chuva não ira embora tão cedo.

~*~

O bom de ser bruxo, é que não perdíamos tempo, é tudo mais fácil. Assim que eu e Ronald saímos da casa de Agatha, voltamos ao beco que tínhamos aparatado e num instante, estávamos onde eu queria. Estávamos la, no meio daquela floresta escura, exatamente como nos meus pesadelos, como sempre o colar brilhava intensamente no meu pescoço enquanto a chuva nos encharcava.

— Que diabos estamos fazendo aqui Malfoy?... Para que buraco você me trouxe – Ronald me perguntou nervoso

— Calma Weasley, esta tudo bem. Não posso te contar agora até ter certeza de tudo isso, mas preciso que confie em mim. Alias, porque esta tão nervoso? Cadê a sua coragem Grifinoria?

— Cala a boca Malfoy. Só espero sair vivo daqui.

— Todos nos sairemos Ronald, todos nos. – Disse antes de seguir andando pela floresta, olhei para o Ronald que me encarava com uma cara que não estava entendo nada.

~*~

 Enquanto isso no casebre...

— Levante sangue – Ruim. Temos uma conversinha a tratar. – Disse Rodolfo escancarando a porta do quarto, enquanto Hermione tentava se sentar com muita dificuldade.

— Por favor, so não me machuque mais – sua voz era fraca, quase um sussurro. Ela estava tremendo.

— Isso vai depender do seu comportamento – encarava seus olhos com uma maneira sádica com a varinha em punho. – Me conte maldita, como foi viver durante todos esses anos em paz?... Enquanto eu vivia no seu maldito mundo de merda? Foi bom? Pena que não foi por muito tempo não é? Eu batalhei durante a vida toda para derrotar pessoas como você, sangues – ruims, pessoas que não merecem viver como nos, mas como foi que tudo terminou? Perdemos, perdemos a guerra mais importante de nossas vidas, por sua culpa – levantou dando um tapa no rosto de Hermione – Olha pra você, cadê a grande heroína do mundo bruxo, hein? Não passa de uma qualquer, que logo ira apodrecer no inferno como seus pais.

— CALA A SUA BOCAAA, NÃO FALA DOS MEUS PAIS. VOCÊ PODE FALAR O QUE QUISER DE MIM, MAS DELES NÃO. VOCÊ SIM IRA MORRER COMO TODOS OS OUTROS. IRA PARA O LUGAR QUE MERECE, SEMPRE MERECEU O INFERNO, JUNTO COM O SEU QUERIDO MESTRE E SUA MALDITA MULHER. – Terminou tossindo, pois sua garganta parecia que estava sendo dilacerada.

— CRUCIUS – tinha a varinha apontada para ela, enquanto ela se contorcia naquele chão frio – Não vou para la, antes de você imunda, até porque né? Você não tem mais ninguém, seus pais estão mortos e seus tios não sabem mais que você existe. Alias acho que você não sabe... sua mãe morreu durante a viagem na Austrália, pegou uma doença qualquer e morreu e seu pai, eu tive o prazer de matar também. Se você soubesse como sofreu. Acha mesmo que passei dois anos apenas vivendo naquela casa? Logico que não. Eu interceptava as cartas que sua mamãe mandava para a sua tia, eu sabia para onde eu tinha que ir e fui, realmente a Austrália é um lugar muito bonito. Sua mãe tinha razão quando dizia nas cartas. Se não acredita, leias essas cartas – jogou todas as cartas em Hermione, enquanto ela balançava a cabeça em negação, com os perdidos – Você não tem mais ninguém, quem ira se aproximar de uma mulher como você, uma vadia. – deixou o quarto sem ao menos olhar para trás.

 Jogada naquele chão frio, ouvia a forte tempestade cair sobre o telhado, os trovões faziam seu corpo tremer, não tinha coragem de ler aquelas cartas, ela sabia que ele estava dizendo a verdade. Não tinha mais ninguém, estava completamente sozinha. Pela primeira vez, pensou que a morte poderia acolhê-la como uma velha amiga. Não fazia mais sentido viver daquela maneira.

Quem diria que a querida Sabe tudo, a menina mais inteligente de sua geração, iria carregar cicatrizes em sua alma. Sempre procurou ter tudo sob controle, os estudos, as amizades, a vida, mas a essa altura não conseguia mais ter o controle de si mesma, de seus medos e traumas. Não é apenas medo de chuva.

~*~

Estávamos andando pela floresta, sabe la quanto tempo, já estava me sentindo muito cansado. A rosa brilhava tão intensamente no meu peito que eu sabia que não podia desistir. Iria encontra-la.

— Para onde estamos indo exatamente? – perguntou Ronald se sentindo cansado – estamos andando a horas, vai saber se não estamos perdidos.

— Precisamos continuar Weasley... vamos... – parei no mesmo instante em que ouvi um grito. Era ela.

— O que foi isso? – Weasley estava assustado

— Vamos rápido... – saímos correndo em meio as arvores. Os gritos pareciam estar mais parto. De repente la estava a casa dos meus pesadelos. – vai para aquele lado que eu vou por esse, lembre-se não deixe ninguém te ver. A Hermione esta la dentro Weasley, precisamos tira-la de la logo.

— CO.. COMO, COMO SABE? – ele estava pálido, apavorado. – Isso não faz o menor sentido, o que esta acontecendo Malfoy?

— Só faça o que eu digo... – segui devagar até uma das janelas da casa, mesmo escuro, vi diante dos meus olhos, a imagem que mais temi. Ela estava encolhida num canto, tremendo, toda machucada. Tinha marcas roxas no rosto, nas pernas, suas roupas estavam rasgadas, cabelo bagunçado. Não era aquela Hermione da foto.    

— você ainda vai me explicar tudo direitinho Malfoy – falou Weasley ofegante do meu lado – Acabei de dar um jeito naquele imbecil do Scabio... Ele esta morto.

— Olha... – Weasley olhou pela janela e ficou mais branco que papel. Apenas abaixei a cabeça e encarei o colar.

— Hermione... – Ronald sussurrou

Ouvimos a Voz de Lestrange dentro da casa, ele estava chamando por Scabior, provavelmente notou a demora no mesmo.

— Onde esta você, seu imbecil? – ouvimos seus passos, estava seguindo para fora da casa.

— Vai atrás da Hermione, ajude ela... Que eu vou dar um jeito nesse desgraçado – Disse firme, Weasley apenas assentiu e seguiu para trás da casa. Respirei firme e fui em sua direção. – Como vai Lestrange, quanto tempo! – Ele virou para mim, sem acreditar.

— O que esta fazendo aqui, como descobriu? – tinha a varinha apontada para a minha direção.

— Tenho os meus meios... Então quer dizer que passou todo esse tempo vivendo como um trouxa? Quem diria hien?

— Surpreso traidor? Ate que não foi tão difícil, tinha como me distrair. Veio resgatar a  princesa sangue-ruim? – Riu de deboche

— Você é um homem morto por isso Lestrange – estava fervendo de raiva

— Não, não sou... você não tem coragem Malfoy, você é um fraco.

Tinha prometido para mim mesmo que nunca mais iria ser chamado daquela maneira. Com toda a raiva que estava sentindo, lancei um crucio em sua direção, mas ele desviou, me lançando outro, mas consegui desviar com a mesma agilidade. Éramos comensais, tínhamos o mesmo treinamento. Era um contra o outro no mesmo nível.

— Acaba logo com isso Malfoy – Gritou Ronald, com Hermione nos braços

Aproveitei a distração de Lestrange ao encara-los e o lancei Sectumsempra, o fazendo cair enquanto o sangue escorria por todo o seu corpo. Encarei seus olhos com tanto ódio que estava prestes a lançar um Avada naquele instante.

— Você não tem coragem seu traidor, nunca teve. – rio da minha cara com gosto – Não passa de um nada, desonrou a própria família.  

— Crucio – ele gritava e se contorcia no chão, o sangue saia pelo seu corpo descontroladamente. – Posso ter sido um traidor, mas sou melhor do que você. Eu não vou te matar, seria muito fácil, quero que você sofra muito, ira pagar por tudo que causou a ela.

— Vamos Malfoy, leve Hermione daqui, eu cuido dele. – corri em direção ao Weasley e peguei Hermione nos braços, ela tremia, tinha os olhos perdidos e marejados. Chovia muito, a cobri com o casaco que esta usando e corri para onde tínhamos aparatado. Antes de aparatar o olhei nos olhos por alguns minutos, eu precisava faze-la acreditar que tudo ficaria bem.

— Acabou Hermione – lhe dei um beijo demorado na testa, e então ela fechou os olhos.  


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Notas finais do capítulo

Ate a próxima...
Beijão



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