O brilho de uma vida escrita por Camila J Pereira


Capítulo 12
Capítulo 12




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— Você tem certeza? – A pergunta fez Rosie parar um pouco para rever os acontecimentos. Estava um pouco tonta ainda da bebida que tomou com os amigos e por estar com sono também. Tinha acabado de deitar-se quando recebeu a chamada de Edward e foi bombardeada de perguntas.

— Sim, tenho. – Falou mais sobriamente. – Não demorou muito Bella despediu-se da gente dizendo que iria para casa. – Rosie ficou em silencio novamente. Edward não sabia o que fazer naquele momento. – Se ela não foi até ai, não veio para cá... Talvez na casa dos pais... Não, ela não faria isso.

— Se ela estiver bem chateada... – Edward voltou atrás logo em seguida. – Não, ela não faria isso.

— Provavelmente ela só queira ficar só por um momento. Você foi bem idiota...

— Eu sei, mas ela sabe porque estou sendo.

— Ela sabe sim. – Rosie concordou.

— Por onde começo a procurar? – Edward ouviu a porta abrindo. – Espere. Acho que é ela. – Saiu em disparada até a porta da sala e viu Bella parecendo pálida. – Por onde esteve? Você está bem? – Abraçou a noiva com força. – Fiquei preocupado, ainda bem que está aqui. – Bella não correspondeu ao abraço e permaneceu calada. Notou que ela estava ainda chateada. – Rosie, ela está aqui. Desculpe por preocupá-la também. Boa noite. – Disse tudo isso olhando para Bella que continuava muito quieta. – Porque está tão pálida? – Edward tocou-lhe o rosto com delicadeza.

— Preciso dormir um pouco. – Bella estava indo se afastar dele, mas ele a abraçou novamente.

— Desculpe amor, sei que fui pareci indiferente quando queria passar um tempo comigo e nossos amigos depois de tanto tempo sem isso. Admito que estou bastante focado, eu lamento tê-la magoado. Lamento que me irritei também, desconsiderando o seu ponto de vista.

— Eu, está se matando de trabalhar por nós. Edward, não quero que se mate. Quero que enquanto trabalhe, aproveite a vida. Isso significa também, aproveite seus amigos e a mim.

— Eu sei. – Pedindo desculpas silenciosas em forma de beijos no rosto, ele permaneceu por um tempo.

— Edward Cullen, por favor, não se perca. – Aquilo o fez parar para encará-la novamente. Bella ainda pálida, mantinha o olhar baixo, seus lábios entreabertos eram finos e delicados.

— Manterei isso em mente. Não se preocupe, querida. – Delicadamente, ele retirou a bolsa do seu ombro. Jogou-a no sofá enquanto a guiava até o quarto.

Edward retirou as suas próprias roupas sob o olhar cada vez mais excitado de Bella. Depois, da mesma maneira precisa, ele retirou as suas delicadas peças. Conduziu novamente até o banheiro e depois de certificar-se da temperatura da água do chuveiro, entrou com ela sentindo a temperatura envolvê-los.

A medida que a ensaboava, tentando retirar o seu suor e cansaço, ele também a massageava e acariciava. Bella já mantinha seus lábios entreabertos, tendo uma respiração cada vez mais incerta.

Depois de enxugá-la completamente, deitou-a sob os lençóis quentes da cama. Sem pressa, com a tranquilidade que parecia ter esquecido nos últimos tempos, dedicou-se a dar-lhe caricias com seus lábios e língua entre as suas pernas. Bella estava quente e cada vez mais úmida a medida que suas investidas ficavam mais ousadas e intensas. Sentiu que ela se contraia e ao mesmo tempo que tinha espasmos por todo o seu corpo, soltou gemidinhos de prazer.

Foi só então que ele encaixou seu corpo sobre o dela e a beijou aos mesmo tempo em que a penetrava. Com movimentos lentos, parecia que ele não almejava nada além de estar dentro dela. Porém aos poucos, Bella voltou a sentir cada vez mais prazer naquilo. Edward então ficou mais agressivo, até o seu total prazer.

***

Bella pulou em seus braços e ele a segurou firme pela cintura, girando-a. Aquele sorriso, era também o reflexo do seu, mas para ele o que valia a pena mesmo era ver aquele rosto que estava desanimado há alguns dias, zangado e pálido na noite passada, feliz naquele momento. Era tudo o que importava, seu coração transbordava.

— Eu te amo! – Bella disse e o beijou ainda sorrindo, ele mesmo sorria ainda mais ao beijá-la. – Parabéns meu amor.

— Não é incrível?

— Você é incrível. – Deixou-se ser beijado por todo o rosto. Quando ela desceu do seu abraço, já havia tomado a decisão.

— Preciso finalizar...

— Ei. – Bella ergueu o dedo para ele deixando-o em alerta. Caminhou de costas com cuidado até a mesa onde estava o seu celular. Discou ainda com o dedo apontado na direção dele como uma aviso ou ameaça talvez. – Como vai, sogra? – Edward sorriu com a atitude da noiva. – Ah, estamos bem. Ed tem um motivo para comemorar, então que tal irmos até aí com nossos amigos comemorar durante o final de semana?

— Querida, espere um pouco... – Edward estava pensando que seria um tempo perdido em que poderia estar resolvendo algum assunto importante.

— Ele sabe que não pode ficar tão envolvido, porque começo a me irritar. – Aquilo sim foi uma ameaça. – Então ele está concordando em ir já que faz um tempo desde a última vez. Vocês passaram tão rapidamente aqui, não pude matar as saudades. Beijo sogra. – Bella desligou, mas começou a digitar velozmente e Edward já sabia que ela estava convocando a todos. – Ponto. – Disse por fim. – Temos um compromisso no final de semana. Sua mãe adorou a ideia, todos adoraram.

— Bella, pode ser que ele ainda volte atrás em querer investir... Na verdade, isso parece tão improvável. Pelo que Victoria Jenks disse, ela ficou sabendo sobre o nosso jogo e achou interessante. Como havia tempo em sua agenda fomos para o seu escritório e mostramos um pouco do que já fizemos e ela adorou.

— O que achou dela?

— Parece ser um pouco irônica, às vezes um pouco rude, mas é bem carismática e confiável.

— Percebi bem você o “carismática” antes do “confiável”.

— Bella, eu só tenho olhos para você. Nem de brincadeira sugira que estou interessado em outra.

— Não precisa ficar birrento agora. É tempo de comemorar.

— Bella, eu amo ver você tão animada, mas só teremos certeza quando papéis forem assinados. – Relembrou amargo a última experiência.

— Tenho certeza de que dessa vez é para valer. – Nada mais poderia ser feito a não ser o que ele fez: Correu para Bella e a abraçou beijando-a profundamente.

***

Logo cedo, Bella levantou-se e decidida acordou Edward também. Juntaram alguns pertences e foram para a casa dos pais dele, mas antes passaram em um supermercado onde compraram mantimentos para o final de semana de festa.

Edward riu bastante como sempre quando ia ao supermercado com Bella. Ela tentava, mas ainda não havia vencido a dificuldade com relação a comida e cozinhar. Edward pediu que ela apenas o acompanhasse quando começou a ficar tarde e ele mesmo pois tudo o que precisava dentro do carrinho.

— O pessoal já está indo. – Bella sentada no banco do passageiro do carro disse ao ler mensagens de texto em seu celular.

— Como que você pôde combinar tanto com os meus amigos e meus pais?

— Eu nasci para ser sua mulher, simples assim. Vim do jeitinho certo. – Ela piscou. Edward sorriu de orelha a orelha, pois sabia que suas palavras estavam todas corretas.

Embora estivesse ansioso para dar seguimento ao trabalho duro que viria, tentou fazer como a sua noiva queria e relaxou simplesmente. Então, como antes conversaram animadamente na estrada, ouvindo música e falando bobagens divertidas.

— Que bom que vieram! Estava com saudades! – Esme mal deixou Bella sair do carro e a abraçou. Viu a sua noiva derreter-se sob os carinhos de sua mãe.

— Mãe, eu estou aqui. – Edward pigarreou e ergueu um pouco um dos braços. Esme desta maneira, soltou-se de Bella e ao abraçou também.

— Carlisle! – Bella cumprimentou o sogro da mesma maneira carinhosa que fez com a sogra.

— Você está bem? – Carlisle perguntou sorrindo.

— Estamos bem. – Bella sempre respondia pelos dois. Edward se enternecia a cada vez.

— Filho! Demoraram de voltar. Muito coupado?

— Um pouco, pai. – Edward dava tapinhas nas costas de seu pai enquanto caminhava com ele para a parte traseira do carro para pegar o que haviam levado.

Os quatro reuniram-se na varanda e conversaram enquanto admiravam a linda paisagem do lugar. Bella sempre se sentia em paz e alegre ali.

— Devemos simplesmente deixar tudo e viver num lugar desses? - Perguntou com seus lindos olhos brilhantes ao noivo.

— Penso que o ar daqui age de uma maneira divertida em sua mente. – Bella fez beicinho para o pouco caso que Edward fez da sua pergunta sincera.

— Pelo o que eu conheço do Edward, ele não voltará tão cedo a morar aqui.

— Tenho meus objetivos, mãe. – Concordou com ela.

— Porque não estão falando sobre o casamento? Achei que estivesse muito ocupado quando fomos visitá-los da última vez. É isso?

— É sim.

— Ainda sim quero casar nos próximos meses. – Bella revelou.

— Bella, seria bom se esperasse um pouco mais. Assim que o jogo for lançado...

— Não, isso pode demorar, os prazos podem se estender e não quero estender isso.

— Se farão um casamento simples como disse, não tem porque prolongar isso. Eu ficarei feliz em ajudá-los com o que for preciso. – Carlisle ofereceu-se. – Gostaria muito de vê-los casados, ambos querem isso, espero ver isso em breve. Não quero pressioná-los, mas gostaria de ver isso. – Disse simplesmente. – Desejo de pai, talvez.

— Oh querido, também sinto o mesmo. – Esme estava emotiva.

— Não acha que já devemos fazer isso? – Bella lhe perguntou. Edward apenas sorriu levemente e Bella sentiu a sua hesitação.

Horas depois, uma grande mesa foi posta no exterior da casa, enfeitada com belos jarros e com pratos e talhares. Uma música foi posta, não estava alta, mas era dançante da mesma forma. Risos e conversas eram ouvidos de diferentes direções. A alegre se manifestou com mais força quando Edward recebeu uma mensagem de Victoria pedindo que na terça-feira fizessem uma reunião para finalizar o contrato.

Bella como sempre estava bebendo e rindo. Edward vez ou outra permanecia apenas olhando para ela de longe. Estava prestes a começar a ser merecedor de estar com ela, daria tudo do melhor para Bella. Ela seria a sua rainha, mas antes, ele deveria conseguir garantir uma boa soma de dinheiro.

De repente, viu quando Bella e Rosie se dirigiram para o interior da casa. No mesmo momento haviam ficado sem gelo e ele ofereceu-se para buscar mais na cozinha. Edward não estava com a intenção de bisbilhotar, mas o tom de voz das meninas o alertou. Bella e Rosie estavam sentadas na cozinha lado a lado.

— Então eu estava certa. Victoria é sim a sua tia. Estava me perguntando de onde reconhecia esse sobrenome. – Rosie estalou os dedos diante dos olhos. – Mas porque quer manter isso em segredo?

— Só até Edward finalizar tudo. Do jeito que eu o conheço, sei bem que não aceitaria tal coisa como a ajuda de um parente meu.

— Isso é verdade. – Ele não conseguiu se manter calado por mais tempo. Bella levantou-se sobressaltada. – Por acaso foi você que pediu esse favor por mim?

— Ed... Escute com calma. – Bella pediu, mas a cada segundo, sentia que a irritação lhe tomava todo o cérebro.

— Iria esconder isso de mim até o fim? Resumidamente, Bella, conte-me... – Pediu espumando de indignação.

— Algo está errado? – Esme entrou e percebeu o clima e as expressões de seus rostos.

— Eu pensei em como poderia ajudá-lo. Alguém que sinceramente apoiaria vocês. Victoria não é como meus pais.

— Ela é uma deles. São parentes!

— Ei, eu estou inclusa nisso.

— E quando você age assim tentando manipular as coisas eu me lembro vividamente. – Bella não pode dizer nada depois desse comentário tão maldoso. – Eu não aceitei o seu dinheiro, assim como não aceitarei o dinheiro de nenhum de seus parentes. Eu não preciso que eles me ajudem! Para que? Para depois jogarem isso na cara?

— Do-do que...Ed, do que isso se trata?

— Vou conseguir por meus próprios meios. E espero que entenda que não aceitarei mais a sua intromissão. – Bella estava chocada. Vendo os olhos vermelhos e úmidos de Edward, sabia que ele estava irritado e sentindo-se manipulado e humilhado. Bem, ele não sabia de toda a verdade, ele não lhe dera a oportunidade. Quantas vezes ele a trataria daquela maneira, quantas vezes ele poria o seu orgulho na frente até mesmo dos sentimentos dela?  Ela também possuía ego.

— Bem... Você expressou bem seus sentimentos.

— Bella, não leve tão a sério... – Esme pediu. – Edward está confuso.

— Não tenho nem forças para dizer o quanto estou magoada. O quanto você está sendo idiota agora. Não pedi que ela te ajudasse, pedi que ela visse o seu trabalho. Embora ela seja da família, assim como eu, ela vive em outra realidade. A única coisa que ela me garantiu, foi que daria atenção ao seu trabalho e resolveria caso achasse que valeria a pena. Eu sou a sua noiva, me preocupo com você, me preocupo com todas as áreas de sua vida e quero participar. Edward, você nunca me dá espaço para isso, nunca. E me julga. Você de todas as pessoas não deveria. E eu não estou apenas magoada, estou enraivecida. – Bella tirou a aliança com ódio de deu dedo.

— O que vai fazer? Bella não. – Ele pediu aproximando-se dela. Bella foi mais rápida e lançou janela a fora a aliança. – Não! – Ele gritou.

— Bella! – Esme e Rosie estavam assustadas.

— Você não fez isso. – Edward ainda possuía a esperança de ter sido enganado com aquele movimento, mas as mãos dela estavam vazias.

— Você não terá mais a minha intromissão em sua vida. Espero não ter a sua também. Antes de tudo, sou eu quem está terminando desta vez. Não quero nenhum de vocês atrás de mim agora. – Ela falou com ele e com Rosie.

Esme a alcançou na porta da frente da casa. Bella estava trêmula.

— Está escuro lá fora, você não está em condições de dirigir. Durma no quarto dele por essa noite.

— Desculpe Esme, mas não.

— Bella, você pode se envolver em um acidente da maneira que está. – Rosie apareceu e silenciosamente a levou para o quarto.

— Você sabe que está muito errado. – Esme voltou para a cozinha onde Edward permanecia parado. – Ela dormirá em seu quarto essa noite e não ouse se aproximar dela por hoje. Mesmo que ela tivesse ido e pedido por ajuda, ela teria feito por amor. Só quem ama consegue passar por cima do orgulho dessa maneira, mas você está deixando o seu orgulho ganhar. Bella não suportará por muito tempo, talvez tenha já suportado o suficiente.

— Mãe...

— Eu sei que se sente inferior a ela. Lamento que tenhamos lhe oferecido uma vida mais simples. Ainda assim, não justifica você ter dito tudo isso para ela. Ainda assim, não aceito que você esteja agindo dessa maneira. É tarde para te por de castigo, mas eu acredito que a sua consciência seja o melhor castigo agora.

E era e estava insuportável até respirar.


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