No Time For Love escrita por Unhas Roxas


Capítulo 18
Recebo uma carta babada




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     -Ouch!

     -Cala a boca Robert! Ela vai responder.

     Estávamos escutando a conversa das garotas há algum tempo, tá sei que é errado, mas graças a ela descobrimos coisas bem importantes sobre Percy e Annabeth. Porém agora esse silêncio estava realmente me deixando nervoso.

     “Por que Anna não responde? É obvio que ela sabe que nossa relação está na base do ficar, então por que não responde? Será que ela, bom quem sabe, quer algo a mais? Mais sério?” Naquele momento pensei de tudo, do pior ao melhor. Sabia, pelo tempo que ficamos juntos, que ela gostava realmente de mim.

     “Mas e eu? Estou há bastante tempo totalmente apaixonado por Anna, por que ainda não a havia pedido ela em namo... ? Ah deuses eu sou um idiota!”

     -Escutem! –Falou Percy chegando mais perto da parede da barraca para ouvir.

     -Eu... eu... Eu queria algo mais. Eu o amo. -Anna disse mais como um sussurro.

     O que se seguiu após sua fala foram vários gritinhos e vivas de Annabeth e um sincero: Não vejo o porque, Nico é tão... filho de Hades, de Thalia.

     -Anna está apaixonada, Anna está apaixonada, Anna está apaixonada!

     -Shhhh! Os garotos vão ouvir!

     -Se é que já não estão ouvindo, não é? –Falou Thalia e depois riu, provavelmente da expressão das garotas. –Ei, olha a hora, tenho que ir ver se as meninas e os três estão bem. Podem ir dormir, aposto que demoro.

     Ouvimos Thalia se levantar e entendemos que era a deixa para que nós parássemos de ficar escutando conversa alheia. Cada um de nós foi para sua “cama” e fingiu ter estado assim a noite toda. Ela parou a nossa porta e se anunciou.

     -Hey, estou entrando, ok? –E sem esperar a resposta entrou. –Vim ver se precisavam de alguma coisa.

     -Não, estamos bem. –Disse Percy e eu concordei com a cabeça.

     -Então boa noite. –E Thalia saiu de nossa barraca.

     -É acho que vou dormir, boa noite. –Disse Robert.

     -Eu também, boa noite.

     -Boa noite. –Respondi aos dois.

     Apagamos as lanternas, contudo continuei acordado escutando musicas em meu iPod que as pessoas chamariam de musicas “emos”. Depois de umas dez musicas adormeci pensando em Anna.

No Olimpo...

     -Apaixonada? Por ele?

     Apolo entrou estressado na sala dos tronos seguido por Afrodite. Nenhum dos deuses jamais havia visto Apolo arrumar confusão por causa de um namorado de qualquer uma de suas filhas, mas também nenhum deles era um filho de Hades.

     -A culpa é sua Afrodite!

     -É claro que é minha, sou a deusa do amor, não lembra? –Todos riram, inclusive Zeus que não ria há muito tempo.

     -Poderia ser pior, ela poderia estar namorando o filho de Posseidon. –Disse Atena de seu troto sem tirar os olhos de seu livro.

     -Se você ainda não gosta de Percy, imagine depois de amanhã. –Falou Apolo.

     -O que o Jackson vai fazer a minha florzinha? –A deusa da sabedoria olhou preocupada para Apolo.

     -Amanhã é o aniversario de namoro de Percy e Annabeth, e minha filha esta fazendo altos planos para a noite dos dois. –Atena arregalou os dois olhos fazendo uma cara de espanto misturada com raiva hilariante.

     -Eu deveria até dar parabéns a ela, seus pensamentos são tão criativos, imaginem quando ela começar a imaginar seu próprio aniversario de namoro! –Disse Afrodite sonhadora.

     E então Apolo fez a mesma cara de Atena e os dois saíram juntos batendo os pés da sala do trono, deixando os outros deuses morrendo de rir.

Dia seguinte, P.O.V. Nico

     Senti algo pesado sendo jogado em cima de mim, tentei me virar mas não consegui, abri os olhos devagar e vi Anna de pijama sorrindo para mim. Ela chegou perto e me deu um beijo no nariz.

     -Bom dia, raio de sol! –Eu disse baixinho, pois Percy e Robert ainda dormiam.

     -Vem comigo.

     Ela saiu de cima de mim e da barraca. Eu estava só de short, porém saí daquele jeito mesmo, ainda eram cinco e vinte da manha e não achei que alguém acordasse àquela hora, graças aos deuses eu estava certo.

     Anna estava a poucos metros do fim da clareira onde o acampamento estava montado, esperando por mim. Quando cheguei ao seu lado ela pegou minha mão e começou a me guiar por entre as arvores.

     -Aonde estamos indo? –Ela não me respondeu.

     Em poucos minutos mais andando para frente descobri onde ela estava me levando. Não havia percebido que estávamos subindo, mas nós dois estávamos próximos ao topo de uma colina verdinha com apenas uma arvore em cima. Continuamos subindo e nos sentamos em baixo da arvore.

     -Não poderia ter esperado mais um pouco, ainda esta escuro?

     -Em dois minutos você vai ver. –Disse ela olhando o relógio e depois o topo das arvores a nossa frente.

     Passei meu braço por trás de sua cintura e a puxei para mais perto de mim. Contemplei junto com ela as arvores.

     -Aaa... gora!

     Continuei olhando e depois entendi o significado de estarmos ali. Era simplesmente magnífico o Sol nascia por trás das arvores avermelhado e lentamente, sem, mesmo que o olhássemos, machucar nossos olhos. Anna estava encantada e sorria como uma criança em manhã de natal. Parecia com uma pintura.

     -Lindo, não é?

     -Não tanto quanto você. –Sorri francamente.

     -Nico, você... Você realmente gosta de mim?

     -Anna, pode parecer uma completa idiotice, mas apesar de estarmos juntos a pouco tempo eu te amo, de verdade.

     -Você tem certeza disso? –Ela parecia preocupada.

     -Sim, eu tenho. E é por isso que... –Procurei dentro dos meus bolsos. Achei. Respirei fundo e disse: -Anna quer namorar comigo?

     Entreguei a ela meu presente. Não, não era um anel, clichê de mais; também não era um colar, não tenho tanta habilidade. Era uma presilha de cabelo em formato de uma flor preta.

     -Eu mesmo fiz ontem a noite, com umas pedras de um rio aqui perto.

     -Como você fez?

     -Eu disse a você que tenho um pouco de geocinese. Mas então aceita meu pedido?

     -É claro que sim!

     Ela pegou a flor de minhas mão e colocou no cabelo, depois pegou meu rosto e começou a me beijar delicadamente. Era nosso primeiro beijo como namorados.

     -Por que fez a presilha ontem?

     -Já estava com o pedido na cabeça a algum tempo, só faltou coragem. –Admiti, mesmo que só parte fosse verdade.

     Estávamos com nossas testas juntas e nossas bocas a poucos centímetros, nos olhávamos olhos nos olhos, sorrindo bobamente um para o outro. De repente uma lágrima escorreu de seus belos olhos claros.

     -Espero que seja uma lágrima de felicidade. –Eu disse limpando a de sua bochecha.

     -É claro que sim! –Ela disse e voltou a me beijar.

     E como sempre, quando o beijo começou a se intensificar senti uma enorme sombra sobre nós e uma rajada de vento quente e úmido, e é claro que me virei para olhar o que era, infelizmente interrompendo nosso beijo.

     Olho para o lado e vejo um enorme cão de três cabeças “sorrindo” para mim e abanando o rabo. Uma das cabeças segurava uma pequena arvore e outra um papel gigante totalmente babado.

     -Qual é Cerb, o que foi agora rapaz? –Me levantei e fiz carinho na cabeça do meio.

     Cérbero me entregou a cartolina em forma de bilhete que automaticamente diminuiu de tamanho. Olhei para Anna e ela também estava achando isso muito estranho. Li o bilhete.

     Você é louco garoto? O que eu lhe disse sobre não se apaixonar por essa meio-sangue? Sabe como seria bom para nossa família –grande família, eu, ele e Perséfone, uau!- se você for o semi deus da profecia? Não estrague tudo, pelo amor que ainda lhe resta por seu pai! E mais uma coisa, as coisas estão se agitando no Tártaro novamente, existem rumores terríveis rolando por aqui. Não conte a ninguém, e não confie no garoto Sanders. Só estou tentando ajudar.

     Li e reli a carta umas três vezes, até Anna perguntar o que havia escrito nela.

     -Nada de mais, só meu querido papai me dando uma bronca por acabar de te pedir em namoro.

     Brinquei uns cinco minutos com Cérbero, só para recompensar-lhe o trabalho de vir aqui, depois mandei o ir embora. Eu certamente referia passar meu temo com minha morada a um cachorro. (N/Nico: Tão legal falar isso, minha namorada!)

     -Como será que eles sabem das coisas tão rápido?

     -Ah, -ajudei Anna a se levantar para voltarmos para o acampamento. –Tem a TV Hefesto e caso não tenha notado, seu pai acabou de passar por nós e com certeza nos viu abraçados.

     Ela corou ao lembrar-se desse fato, mas nós continuamos andando e conversando abraçados. Eu estava completamente bobo, (N/A: Não sei por que, alguém tinha alguma duvida de que os dois ficariam juntos?) e nem um pouco ligando para o bilhete do meu pai. Exceto pela ultima parte.

     as coisas estão se agitando no Tártaro novamente... continue não confiando no garoto Sanders... Não conte a ninguém.” O que será que está acontecendo? Por que sempre só me contam as historias pela metade? E espera, por que não confiar no Robert, sei que nunca gostei dele, no entanto também nunca achei que ele fosse alguém perigoso, ou filho de alguém perigoso...

     Chegamos à clareira onde antes estavam montadas as barracas e agora só havia uma mesa de madeira com comidas de café da manhã e várias garotas sentadas na grama. Anna me parou antes de entrarmos de verdade na clareira.

     -Espera aqui enquanto eu busco suas roupas com Thalia. –Ela me disse, e completou ao ver minha cara de não entendi. –Se não se lembra, esta só de short de pijama e você tem uma namorada aqui que não gostaria que outras garotas te vissem assim!

     -Você é a melhor Anna. –Dei-lhe um selinho e ela foi falar com Thalia.


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Notas finais do capítulo

Eai povo! Estão curtindo? Achei que estava muito grande e dividi o capitulo em dois, talvez eu poste o resto mais tarde! *Momento chantagem* Mas só se tiver muitos comentarios! rsrsrsrs
Bjux, até mais tarde!



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