Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 9
Capítulo 9 - Uma Conversa Séria


Notas iniciais do capítulo

Voltei! Escutei um OBA! Podem acender uma velinha para a nossa senhora das escritoras de fanfics, pois hoje é sábado e como prometido eis me aqui com mais um capítulo... Esse levemente maior para compensar o anterior que fora um pouquinho mais curto que o normal...

Só esclarecendo, por mais que já tenha alguns capítulos, o tempo da história não andou muito ainda, então peço um pouco de paciência, pois eu preciso mesmo desenvolver essa parte da história se não ela fica sem sentido, pois principal é mostrar o amadurecimento da relação de Emma e Regina, a convivência e tudo que gira ao redor delas, e isso leva um pouquinho de tempo huhuhu Também não adianta eu chegar aqui e falar que as duas se odeiam, no dia seguinte são melhores amigas, no dia posterior se casa e vivem felizes para sempre XD...

PS: Muito obrigadas pelos comentários, vocês fazem uma autora feliz e confesso que cada vez mais estou apaixonada pelo comentários, e cada vez que vou escrever o capítulo releio os comentários para ver se posso colocar alguma dica (que sempre é bem-vinda) na história, pois vocês que estão do lado de fora podem ver um ponto que eu não vi, e isso enriquece muito a história! Muito obrigada! E muito obrigada também as pessoas que apenas acompanham, cada um de vocês é peça fundamental para que a história continue... Bom, chega de blablabla e vamos ao que interessa!! |o/



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— Divirta-se, e se comporte. – disse Regina ao filho assim que chegaram a porta da sala a qual ele começaria a frequentar – E claro, obedeça a professora.

— Olá! – cumprimentou uma ruiva – Você é meu aluno novo? – perguntou olhando para o menino.

— Sim. – ele respondeu – Henry Mills. – disse estendendo a pequena mão para a professora.

— Oh muito prazer senhor Mills. – disse a mulher apertando a mãozinha do menino – Eu sou Zelena Page. – deu um passo para o lado – Henry, vamos entrando, coloque sua mochila perto das demais e pode sentar naquela cadeira que está vazia. – instruiu.

— Tchau mãe! – ele deu um beijo na bochecha da morena – Até mais tarde! – entrou na sala e foi se acomodar.

— Tchau meu querido! – ela respondeu e viu seu filho se acomodar então olhou para a professora – Regina Mills! – estendeu a mão – Desculpe entrar assim depois do início do ano, mas aconteceram alguns imprevistos. – disse depois de cumprimentar a ruiva.

— Oh sem problema... – respondeu – Meus sentimentos pela perda de seu pai. Ele era um homem amável... – fez uma pausa – Não se preocupe, o pequeno Henry ficará em boas mãos aqui. – sorriu.

— Page? Alguma relação com o prefeito? – perguntou Regina curiosa.

— Sim, meu pai! – respondeu Zelena – Mas não se preocupe, eu sou bem diferente dele. – brincou fazendo a morena rir.

— Bom, ao final da aula eu venho buscar meu filho. Até mais! – disse e caminhou em direção a saída da escola.

Minutos mais tarde, Regina desceu de seu carro e caminhou com certa dificuldade até a casa principal, visto que mesmo a terra estando seca, seus saltos afundavam levemente – Droga, realmente saltos altos e finos com fazenda não combinam... Preciso urgentemente arrumar um sapato mais propício para andar aqui na fazenda... – resmungou ao chegar a escada. Agora andando elegantemente em seus saltos, Regina caminhou até a cozinha.

— Eugenia! – chamou assim que adentrou no local, e se dirigiu para pegar um pouco de café.

— Sim? – disse a mulher ao olhá-la rapidamente e voltar o olhar na panela – Ai desculpe, mas não posso descuidar daqui se não eu perco o ponto e acabo queimando.

— Sem problemas. Só quero saber se a senhorita Swan está no escritório ou pela fazenda. – disse ao se aproximar e ver que a senhora estava fazendo um tipo de creme, provavelmente um recheio de torta, enquanto tomava um gole do café.

— Humm... – pensou por uns instantes - A menina Emma deva estar ajudando minha neta a tratar dos cavalos que chegaram. – respondeu a senhora abaixando o fogo e olhando sem problema para a mulher mais nova – Ela havia comentado algo sobre isso.

— Sua neta? – indagou curiosa ao terminar o café colocar a caneca dentro da pia.

— Sim, Ruby. A veterinária. Emma sempre a ajuda a tratar dos cavalos, assim como ajuda em muitas coisas aqui na fazenda, ela praticamente é uma faz tudo aqui. – disse Eugenia e já se encaminhou para a pia a fim de começar a lavar e cortar os legumes que ela usaria para fazer salada. Regina se surpreendeu ao saber que a loira praticamente era mão para toda obra – Quer que a chame? – perguntou Eugenia ao perceber o silêncio que a morena fez e finalmente desligar o fogo da panela com o creme.

— Se não for atrapalhar muito. – disse meio sem jeito, pois não sabia onde a loira estava e muito menos como ir lá.

— Sem problema. – falou a senhora limpando as mãos no avental e indo até a porta – Pequeno John! - chamou o jovem homem que estava passando perto dali com alguns cavalos, indo em direção aos estábulos.

— Pois não Dona Eugenia.

— A menina Emma está lá nos estábulos, tem como você avisá-la que a menina Regina chegou e quer falar com ela? – pediu.

— Claro! Estava indo para lá mesmo.

— Muito obrigado meu jovem. – ela agradeceu e voltou ao seu posto para terminar de corta os legumes – Pronto, daqui a pouco ela estará aqui.

— É assim que se chamam as pessoas quando se precisam delas ou mesmo falar com elas? – perguntou intrigada.

— Na realidade não. – riu a senhora – Tem os telefones internos da fazenda, mas depois da última tempestade, eles não funcionam mais e seu pai não quis consertar, pois ele mais vivia pela fazenda do que aqui dentro, então era mais fácil dele falar com os empregados.

— Entendo... – respondeu pensativa Preciso pedir para alguém dar uma olhada nesse sistema de telefonia— Bom, por favor, avise a senhorita Swan que estarei no escritório a esperando para conversarmos. – disse já se retirando.

— Tudo bem! – respondeu concentrada na arte de picar os legumes.

—SQ-

— Emma! – chamou o homem assim que entrou no segundo estábulo e viu Ruby e Emma entretidas cuidando da medicação dos cavalos que chegaram recentemente.

— Sim pequeno John? – perguntou a loira enquanto segurava o cavalo e Ruby aplicava a medicação.

— Dona Eugenia disse que Dona Regina chegou e quer conversar com você. – respondeu ao chegar perto.

Emma soltou um longo suspiro assim que escutou o que o rapaz disse – Muito obrigado pequeno John... Acho que David por hoje não tem mais aula agora de manhã, tem como você chamá-lo para mim?

— É para já! – disse saindo rápido a procura de David depois que colocou os cavalos dentro das baias.

— Eita! O que ela quer com você, Loirão? – disse Ruby trocando a cápsula do revolver de medicação – Será que vem mais “juras de amor” entre vocês? – brincou marotamente.

— Aí Rubs não é nada disso, prometi ao garoto hoje de manhã que iria conversar com a mãe dele, pois ontem ele nos viu brigar. – disse Emma arrumando sua camisa xadrez.

— Sério? – perguntou Ruby incrédula, e Emma só concordou com a cabeça – Então aproveita para vocês conversarem mesmo e resolverem tudo para começarem certo dessa vez... – fez uma pausa – Lava essa cara q está toda suja. – riu.

— Vamos ver! – disse Emma com o ar cansado, pegou seu chapéu e começou a caminhar em direção a casa – David, você pode ajudar a Ruby com a medicação, está faltando pouco, eu preciso resolver um assunto agora. – pediu assim que viu seu amigo apareceu a porta do estábulo, erguendo as mangas e lavando as mãos e depois o rosto.

— Claro! – se prontificou a ajudar.

— Isso, assim mesmo, bem arrumadinha! – zombou - Boa sorte Loirão! – brincou a morena – Você irá precisar. – depois riu, fazendo Emma rir levemente.

— O que eu estou perdendo? – disse o loiro ao segurar o próximo cavalo para Ruby aplicar o remédio.

— Muita coisa! – respondeu ela – Mas logo você estará interado, porque estou aqui para falar. – riram e continuaram os afazeres.

—SQ-

  - Você pediu para me chamar? – disse Emma entrando ao bater a porta.

— Sim... – respondeu a morena que estava de costas para a porta, olhando algumas fotos da fazenda que seu pai tinha ali no escritório.

— Essas fotos são bem antigas, a fazenda praticamente quadruplicou o tamanho desde que ele tirou essas fotos anos atrás... – começou Emma – Mas a beleza continua igual, ou talvez esteja mais bonita ainda.

— Do pouco que vi até agora eu imagino a quão bonita ela esteja. – comentou a morena colocando a foto no lugar, e virando-se para a loira – Nós precisamos conversar... – adiantou.

— Sim... – respondeu brevemente e apontou para o mini bar – Posso? – pediu permissão e Regina concordou com a cabeça. Emma se serviu de uma dose bem generosa de bebida – Quer uma? – ofereceu.

— Por favor!

Assim que colocou bebida em seu copo e um para a morena, Emma se aproximou e entregou o copo para a outra mulher. Brevemente seus dedos se tocaram, e aquele pequeno encontro foi o suficiente para mandar descargas elétricas por seus corpos.

— Obrigada! – agradeceu Regina tentando ignorar aquela sensação – Vamos nos sentar. – pediu e indo na direção do sofá.

Emma levou alguns segundos a mais para voltar a raciocinar, pois estava absorta naquela sensação e tentando entender a reação de seu corpo devido ao singelo encontro de dedos. Então seguiu Regina para o sofá, sentando-se na poltrona de frente ao sofá maior onde estava a morena.

A morena deu um gole em sua bebida para criar um pouco de coragem – Olha... Eu sei que exagerei um pouco ontem.

— Com certeza exagerou... – alfinetou a loira.

— Mas você também não pode falar muita coisa não. – retrucou de volta – Principalmente quando me chamou de dona onça.

— Como se fosse sempre minha culpa se as nossas conversar acabam ficando mais animadas. – disse Emma desdenhando e começando a se exaltar – Você insinuou que eu sou irresponsável e que não tenho cuidado nenhum...

— Agora vai dizer que a culpa é minha? – falou Regina começando a se enfurecer também – Muitas vezes as suas atitudes e seu comportamento é de uma criança! As vezes meu filho é mais maduro que você.

Emma se levantou e caminhou para um lado e para o outro, tentando se acalmar, pois não era assim que ela queria conversar com a morena. Tomou um gole grande de sua bebida – Olha, eu estou aqui para conversar porque prometi ao garoto... – corrigiu logo em seguida depois do olhar desaprovador da morena – Prometi ao Henry que o faria... E não quero ficar aqui discutindo... Será que podemos tentar conversar sem nos atacar?

Agora foi a vez de Regina dar um gole de sua bebida para tentar acalmar os ânimos – Você tem razão... Henry me pediu para conversar e não brigar... Acho que podemos tentar uma conversa civilizada sem troca de “elogios”. – por fim terminou a sua bebida e colocou o copo em cima da mesa de centro.

— Acho que podemos tentar uma conversa calma. – disse Emma tomando o resto de sua bebida e voltando a se sentar na poltrona – Desculpa, por ontem, eu exagerei e não deveria ter me exaltado daquela maneira, principalmente na frente do seu filho, falado um palavrão...  E muito menos ter lhe chamado de dona onça.

 A morena balançou a cabeça aceitando a desculpa – Eu também quero me desculpar, eu também exagerei, principalmente quando escutei que Henry havia andado a cavalo... Quando criança meu pai sem intenção acabou me deixando cair de cima de um, e eu acabei ficando com muito pavor... Entrei em desespero que algo igual pudesse ter acontecido ao Henry. – fez uma pausa longa depois tomou fôlego novo para continuar a conversa – Acho que não começamos com o pé direto...

— Com certeza não... – riu marotamente.

— Olha quero me desculpar pelas brigas que tivemos ultimamente... – tomou novo fôlego – E você tem razão, eu não te dei uma chance de você me mostrar do que é capaz... Eu não sou de ficar julgando as pessoas, não é do meu feitio isso... E como teremos um ano inteiro pela frente ainda, temos que ter pelo menos uma relação cordial de negócios, já que você está encarregada da administração da fazenda e teremos que conversar sobre.

Emma a olhava escutando suas palavras – Senhorita Mills... – soltou um suspiro – Coisas foram ditas de ambas as partes que magoaram a nós duas, e essas feridas ainda são recentes, então no momento vamos deixar o passado no passado... Estou aqui disposta a deixar nossas muitas diferenças de lado para podermos começar de novo, como você mesma disse, precisamos ter pelo menos uma relação cordial para o bem da fazenda... – terminou o discurso erguendo uma bandeira branca.

— Eu também pretendo deixar de lado as nossas diferenças, para trabalharmos em equipe para o bem da fazenda. – concordou em levantar a bandeira de trégua. – E por falar em fazenda, Eugenia falou que aqui tem um sistema de telefonia interna, mas que depois de uma tempestade não funciona mais, e meu pai não quis consertá-la.

Emma riu ao se lembrar da história – Sim, isso é verdade... Quando a tempestade passou mal, tínhamos luz aqui na fazenda... – começou – Seu pai, por bem resolveu por bem ter alguns geradores externos de força, pois algumas medicações e cuidados mesmo com os cavalos não podem ficam muito tempo sem força... Eu até tentei convencê-lo a arrumar o sistema, mas ele turrão como era falou: Não Emma, eu não irei arrumar isso, pois passo mais tempo aqui em campo com vocês do que dentro da fazenda... E assim eu consigo manter uma relação mais pessoal com meus funcionários e amigos! Eu falei: Mas Henry, é preciso ter essa telefonia interna, principalmente porque estamos expandindo a fazenda... Na época estávamos quase terminando a área que iríamos abrir ao público nos finais de semana, mas ele não quis saber Quando realmente for necessário, arrumamos isso, por hora não vejo necessidade, estamos conversando não estamos? Então não precisamos de telefones para isso.— ela riu da lembrança tentando imitar a voz do senhor, e fez Regina rir também, com certeza esse era o pai dela.

— Então eu preciso que você contrate alguma empresa para verificar todo o sistema novamente e ver se é possível arrumá-lo, se não for, peça um orçamento de um novo... – pediu Regina – Creio que isso fora a muito tempo e como você mesma disse, a fazenda expandiu.

— Isso era uma das coisas que eu iria fazer, mas infelizmente não tive tempo com todo o acontecido, acabei deixando de lado, mas retomarei isso semana que vem. – comentou Emma.

— Eu preciso conhecer a fazenda, quando você tem um folga para poder me mostrá-la? – perguntou a morena.

— Pode ser sexta depois da reunião que marcamos? – sugeriu a loira.

— Por mim sem problema. – concordou a morena – Agora quanto aos negócios da fazenda?

— Posso começar a te passar algumas coisas agora, se quiser... – sugeriu novamente Emma a olhando – Aí o resto que sobrar, eu posso mostrar amanhã cedo, pois agora a tarde fiquei de resolver algumas questões quanto ao conserto de algumas coisas que quebraram e isso levará a tarde toda.

— Então podemos começar. – pediu a morena que seguiu Emma que se levantou e foi em direção as estantes com as pastas e aos arquivos existentes ali, procurou o que precisava e voltou a mesa, ficando cada uma de um lado oposto, pois inconscientemente elas tentavam manter algo que as separassem fisicamente, pois as sensações do leve toque ainda estavam presentes em seus corpos, sem falar do inebriante aroma de cada corpo ainda na memória desde o primeiro encontro do dia na cozinha  – Por que o escritório principal está aqui e não em uma sala específica para tal?

— Henry que não quis construir um novo, pois achou que com isso perderia o ar familiar que a fazenda tem. – respondeu Emma pegando um mapa e abrindo sobre a mesa para mostrar a Regina o tamanho real da fazenda tinha quando Henry comprou e depois que a última fazenda havia sido agregada – Ainda tenho o projeto do escritório, se você quiser dar uma olhada qualquer dia desses é só me falar... Acho que uma hora irá precisar de um lugar só para isso, pois esse aqui não está mais comportando tanta papelada, ainda mais agora que a fazenda se expandirá para o fundo. – fez uma pausa - Antes de começarmos, eu posso levar o pequeno Henry para outro passeio pela fazenda? – pediu a loira mudando de assunto.

— Vai ser em cima de um cavalo novamente? – perguntou receosa e a loira afirmou com a cabeça – Promete cuidar para que ele não caia?

— Palavra de cowboy. – disse Emma fazendo a morena sorrir – Prometo cuidar bem dele, Senhorita Mills. Eu irei com ele no cavalo.

— Tudo bem, você pode levá-lo para outro passeio. – concordou por fim - Qual o tamanho real da fazenda? – perguntou Regina olhando a loira abrir o mapa, e voltando para o assunto anterior.

— Obrigada! – agradeceu a loira – Bom, esse era o tamanho da fazenda logo que seu pai a comprou de Leroy... – começou Emma apontando um pequeno pedacinho no mapa – Aí Henry comprou a fazenda do lado... – a loira aumentou o espaço – Para logo em seguida comprar a do outro lado. – mais uma vez aumentou o espaço do mapa – Então Henry não contente... – ela riu fazendo a morena rir também já imaginando seu pai – Comprou a terceira fazenda do outro lado... – expandiu mais uma vez o espaço no mapa – E por fim comprou a última atrás da fazenda. E tem no total tudo isso de terra. – terminou Emma de expandir o espaço no mapa.

Regina estava com os olhos arregalados – É muita terra. – comentou incrédula.

— Sim, mas todas essas terras estão ativas nos negócios da fazenda, assim como essa última fazenda que ele comprou já temos todos os projetos prontos e só falta fechar com a construtora e iniciar as obras. – explicou Emma indo novamente até a estante e pegando os tubos onde os projetos estavam enrolados, e Regina apenas acompanhou com o olhar – Esse projeto irá ficar aqui... – apontou no mapa assim que abriu a folha do projeto – Esse outro irá para cá. – novamente apontou o local no mapa repetindo o mesmo processo anterior – E esse terceiro irá para lá. O escritório caso seja construído ficará aqui. – por fim apontou as últimas localidades no mapa.

— Entendo... – Regina apenas disse ainda um pouco atordoada com tanta informação sobre a fazenda, e isso não era nem um terço do que ainda ficaria sabendo.

— Sei que a senhorita é advogada, como seu pai era... – falou Emma e Regina concordou com a cabeça – Não sei qual o seu ramo, mas irei precisar de sua ajuda com os contratos da fazenda... Seu pai fazia essa função, por que por mais que eu faça os negócios, essas coisas de leis e clausulas nunca entrou na minha cabeça, então ele se encarregava disso, todos os contratos passavam pelas mãos dele... Eu posso contar com a sua ajuda para isso?

— Claro! – respondeu imediatamente a morena – Depois você me passa os últimos contratos que meu pai fez, e todos os que você quer que eu dê uma olhada.

— Depois eu separo todos e te entrego. – respondeu a loira – Você analisa e depois me passa um parecer deles, tudo bem? – perguntou Emma na expectativa de aprovação, pois não estava querendo contratar um advogado para cuidar dessa parte que Henry fazia muito bem.

Elas ficaram ali conversando mais sobre o território da fazenda. E as duas perceberam, mas não comentaram que apesar das rusgas iniciais, a conversa pelo menos na parte principal sobre os negócios fluía sem maiores problemas naquele momento, até uma brincadeira ou outra acontecia seguidas de risos, parecia até que elas eram conhecidas de longa data. Pareciam até que as brigas nunca existiram. Desde que estavam absortas com a conversa elas não trocaram uma ofensa ou mesmo uma alfinetada e muito menos uma provocação. Ali Emma passou mais sobre as construções existentes e toda a parte física da fazenda. Quando foram interrompidas por Eugenia.

— Com licença menina Regina, desculpa interromper, mas vim avisar que o almoço está pronto. – anunciou a senhora, então viu que Emma ainda estava ali e as duas estavam inteiras, o local também estava em ordem, ela não havia escutado nenhuma gritaria quando chegou ao escritório, e bagunçada estava só a mesa com a papelada em cima e o principal elas estavam conversando sem maiores problemas – Quando quer que sirva?

— Nossa, é já essa hora? – comentou Regina olhando para o relógio da parede, e percebeu que a manhã havia voado - Pode servir agora, pois estou com fome. – comentou a morena que olhou para a loira e em uma conversa silenciosa concordaram que era hora de fazerem uma pausa e almoçarem. Sem dizerem uma palavra as três mulheres caminharam para a cozinha.

— Por que você faz tanta comida assim? Não é de hoje que eu percebo! – questionou Regina curiosa ao ver as grandes panelas em cima da bancada da pia e fogão.

— Ah menina por causa de seu pai... – começou a senhora colocando comida em algumas vasilhas própria para comida e as tampando – Ele dizia que já que eu ia cozinhar para ele, que podia cozinhar para mim, minha neta, Emma e o pai, juntamente com David e sua esposa, pois eles não teriam tempo para ficar fazendo almoço para eles... – virou-se para Emma – Pronto. Aqui estão. – entregou as vasilhas de comida para Emma.

— Obrigada Bah. – agradeceu Emma dando um beijo na bochecha da senhora assim que pegou todas as vasilhas destinadas as pessoas que Eugenia havia dito – Senhorita Mills, outra hora continuamos conversando mais sobre a fazenda e aí entro sobre os negócios e te passo os contratos. Até mais. – saiu assim que a morena acenou com a cabeça concordando.

— Parece que vocês finalmente se acertaram. – disse a mulher mais velha esperançosa.

— Pelo menos dessa vez quase não brigamos. – respondeu a morena – O que temos para o almoço? – mudou de assunto, pois não queria pensar sobre o momento que passou ao lado da loira abusada sem brigarem, e fora até certo ponto agradável, mas isso ela deixaria para mais tarde.

— Ah de tudo um pouco. – brincou Eugenia fazendo Regina sorrir – Menina Regina, você não ficou brava porque eu continuei fazendo comida a mais, não é? Apesar de haver um refeitório para os funcionários, seu pai insistiu que fizesse comida para nós todos, pois ele não queria se sentir comendo sozinho. – terminou se lembrando das muitas vezes que ele mesmo levava as vasilhas com a comida e almoçava ou jantava juntos do pessoal que ele havia aprendido a amar e a confiar.

— Claro que não Eugenia. – respondeu Regina comendo um pedaço da torta que mais cedo ela havia visto a senhora fazendo o recheio e soltou um gemido – Isso está maravilhoso. Muito bom mesmo. – mais uma garfada – Não tem problema em fazer comida a mais Eugenia, se meu pai ordenou não tem porque eu retirar a ordem. – Eugenia sorriu amavelmente e saiu para a cozinha deixando Regina ali degustando a maravilhosa comida da senhora – Se eu não achar um jeito de perder todas essas calorias, daqui a pouco viro uma bola... – riu do seu pensamento.

— Henry, seu velho mais sortudo... – cochichou consigo mesmo a senhora ao se ver sozinha na cozinha – Aposto que onde quer que esteja, você está sorrindo... Como você sabia que elas se encaixariam tão bem no comando da fazenda?... Está certo que não tem dois dias inteiros ainda, mas pelo menos devagar as coisas estão caminhando para o caminho certo entre elas. – e riu sozinha.

—SQ-

Fazia pouco tempo que Regina havia terminado de almoçar e estava de volta no escritório revendo tudo que Emma havia lhe mostrado mais cedo. Ao ver tudo aquilo, ela se sentiu um pouco culpada agora por ter contratado a equipe para ver a papelada da administração, mas não tinha volta. Batidas a porta a tiraram de seus pensamentos.

— Sim?

— Dá licença, mas tem umas pessoas aí falando que são de uma empresa de administração... – anunciou Eugenia assim que abriu a porta e entrou.

— Chegaram! – disse Regina se levantando e indo com a senhora até a sala.

— Eles que vão administrar a fazenda? – Eugenia perguntou confusa – Achei que fosse a menina Emma que continuaria na administração.

— Ela irá continuar na administração... – respondeu Regina enquanto as duas mulheres caminhavam pelo corredor – Apenas contratei essa equipe para eles revisarem a papelada toda e me colocar a par do que acontece.

— Por quê? Você não confia na menina Emma? – perguntou triste a senhora – Seu pai confiava nela como nunca confiou em ninguém que não fosse da família dele.

Regina soltou um longo suspiro – Isso foi um ato impulsivo meu, em um momento de raiva... – explicou a morena.

— Emma já sabe sobre isso? – Eugenia perguntou olhando para Regina, que respondeu apenas com um aceno de cabeça – Então ela deva estar uma fera... – murmurou a mulher mais velha e Regina apenas ergueu uma sobrancelha – Ah menina Regina, a menina Emma leva essa fazenda muito a sério... E uma das coisas que ela mais detesta nessa vida é que duvidem de seu trabalho sem dar uma chance para ela mostrar do que é capaz antes de a julgarem. – terminou pesarosa a senhora. Regina soltou um longo suspiro novamente – Bom, deixa eu ir pra cozinha.

— Boa tarde. – disse Regina ao aparecer a sala depois de alguns segundos que havia ficado sozinha no corredor – Eu sou Regina Mills, e pedi para minha amiga Kathryn Midas contratar o serviços de vocês.

— Prazer, eu sou James Smith, e essa é a minha equipe. – disse o rapaz e apresentando as outras cinco pessoas – No que podemos ajudá-la senhora Mills?

— Senhorita e não senhora, por favor. – corrigiu a morena.

— Perdão senhorita, isso não acontecerá mais! – respondeu James.

— Venham comigo que explicarei. – pediu e voltou para o escritório – Essas pastas e arquivos são de toda a administração da fazenda, desde a compra até os mais novos negócios e gostaria que vocês dessem uma olhada e fizessem um relatório para mim. – explicou a morena.

 Michael soltou um longo assobio – Desculpa! – falou assim que seis pares de olhos fixaram nele – Mas é muito papel. – brincou.

— Concordo e por isso que pedi uma equipe grande, pois quero isso para o mais rápido possível. – falou Regina – Quanto tempo vocês acham que levarão?

— Três a quatro dias. – respondeu James ao olhar ao redor – Se começarmos agora, talvez menos.

— Então fiquem a vontade... – comentou a morena – Pedirei para Eugenia aprontar os quartos de hóspedes para vocês ficarem mais a vontade. E qualquer coisa que precisarem podem falar com a Eugenia ou comigo.

— Tudo bem, muito obrigado. – agradeceu o jovem homem - Vamos lá pessoal, que temos muito trabalho a fazer. – então conversaram brevemente e cada um partiu para fazer o combinado.

—SQ-

— Eugenia? – chamou Regina assim que entrou na cozinha, mas não viu a senhora. Procurou na dispensa e nada, então olhou para fora e a viu conversando com um senhor – Eugenia?

— Oh menina Regina. – respondeu quando escutou seu nome – O que você precisa?

— Desculpa atrapalhar... – disse ao se aproximar e olhar melhor para o homem a sua frente, pois ele não lhe era estranho.

— Que nada... – disse a mulher – Acho que você se lembra dele, não? – perguntou.

— Não me é estranho, mas não consigo me lembrar, desculpe. – respondeu a morena constrangida.

— Sem problema... – disse o homem sorrindo abertamente – Você cresceu bastante e se tornou uma mulher muito bonita, senhorita Mills... – fez uma pausa – Eu me chamo George...

— Obrigada. – agradeceu o elogio antes que o homem falasse seu nome inteiro – Ah agora me lembro de você... Era o braço direito de meu pai aqui na fazenda.

— Isso mesmo... – disse ele travessamente – Era até minha filha tomar o meu lugar. – brincou.

— Sua filha? – disse curiosa.

— Sim... Alta, loira, olhos verdes e um sorriso encantador. – brincou ele descrevendo a filha.

Os olhos de Regina se arregalaram imediatamente após encaixar a descrição do homem com a pessoa que veio a sua mente – Senhorita Swan? – perguntou surpresa.

— A própria.

— Eu descreveria mais como alta, loira, abusada e atrevida. – soltou Regina, e com isso arrancou uma sonora gargalhada do senhor e um olhar surpresa da senhora – Ai, perdão! Não quis ser desrespeitosa.

— Isso tudo também, pois faz parte do charme dela. – disse o homem assim que conseguiu voltar a respirar - Sem problema, não precisa se desculpar, conheço bem a minha filha, não tomarei como ofensa...

— Do que você precisa Regina? – perguntou Eugenia ajudando a sair daquela situação embaraçosa.

— Ah sim... Irei buscar meu filho agora na escola... – respondeu e agradeceu mentalmente pela mudança de assunto – A equipe está lá no escritório, assim que você puder, por favor, arrume os quartos de hóspedes, eles irão ficar alguns dias aqui conosco.

— Tudo bem, mais alguma coisa? – perguntou a senhora – Ah eu coloquei as caixas que você me pediu lá no quarto de seu pai.

— Não! – respondeu sem rodeios – Obrigada. – virou-se para o homem - Prazer em revê-lo George, até daqui a pouco Eugenia.

— Até menina Regina. – respondeu quando Regina já estava voltando para a cozinha.

— Agora entendo minha filha. – comentou causalmente o homem e Eugenia o olhou suspeito – O que? – tentou se fingir de bobo.

— Desembucha. – pediu a senhora marotamente – E não adianta se fingir de bobo que te conheço muito bem. – riram.

— Agora entendi porque de tanto elas brigarem... – disse o homem – São duas mulheres de gênio forte então óbvio que elas irão sempre se atritarem. – desconversou ele parcialmente, pois ainda precisava conferir essas duas juntas para então ter certeza de suas suspeitas sobre a filha.

— Só te digo que Henry era um velho sortudo. – riram novamente – Até errando ele acertava e com essas duas não será diferente...

— Com certeza essas duas ainda irão aprontar muito antes de sossegarem. – riram mais uma vez então George tomou rumo de sua casa e Eugenia voltou para a cozinha a fim de começar a preparar o jantar, já que eles terão mais pessoas.

 


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Notas finais do capítulo

Eu ouvi um Aleluia bem alto? Finalmente elas conseguiram ter uma conversa civilizada! Henry brincando de santo casamenteiro kkkk Mas não se desesperem, isso é apenas uma pequena calmaria antes da tempestade kkkk Tudo isso de história e ainda nem se passou direito três dias kkkk pequenos indícios de uma atração mútua? muita coisa para rolar ainda kkkkk Zelena dando ar da graça para que lado a banda dela irá tocar? Não percam as cenas do próximo capítulo da “novela Troca de Farpas” huhuhu

Lembrando que o próximo capítulo está quase pronto, então continuem com a reza que pretendo voltar até no máximo quarta agora!! huhuhu

Até o próximo!



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