Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 4
Capítulo 4 - Início de Uma Nova Vida


Notas iniciais do capítulo

Voltei meu povo, e com um capítulo fresquinho! o/

E temos a continuação da troca de farpas entre Regina e Emma huhuhu.... Pessoal só quero explicar que a história está um pouco vagarosa agora no começo, mas eu não tenho como apressar a passagem de tempo, pois preciso explicar os acontecimentos para então começar a dar uma pequena acelerada no andamento, e também falar que o relacionamento entre Emma e Regina acontecerá no mesmo esquema, vagarosamente, mas isso não impedirá de acelerar quando a paixão bater a porta huhuhu

Só espero corresponder a todas as expectativas de vocês! Então vamos que vamos!!

Agora chega de blablabla e vamos ao que interessa, o capítulo! o/

OBS: quero agradecer a todos que comentaram, eu adorei cada comentário, muito obrigada :) o/



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— Você só pode estar brincando? – disse Regina incrédula.

— Senhorita Mills... – começou o homem, mas logo fora interrompido pela morena.

— Sério mesmo? – perguntou novamente ainda incrédula – Isso só pode ser um engano!

— Senhorita Mills! – o homem mais velho apenas olhou seriamente para ela, e Regina fez um movimento com a mão para que ele continuasse – Senhorita Swan... Por favor, sentem-se para que possamos conversar. – pediu ele e cada uma sentou em uma cadeira a frente dele, mas mantendo certa distância entre elas - Bem, estamos aqui para legalizar formalmente o último pedido do senhor Henry antes de falecer... – olhou para as duas mulheres a sua frente – Dois dias atrás a senhorita Mills entrou em contato comigo falando que acataria o que o senhor Henry pediu no testamento, ela virá morar aqui na fazenda por um ano... – tomou um novo fôlego e antes de voltar a falar fora interrompido.

— Agora você está brincando, não é? – disse sarcasticamente Emma - Eu vou ter que aguentar a menina da cidade grande me infernizando a vida por um ano todo... – comentou a loira, alto o suficiente para todos escutarem.

Regina a fuzilou com o olhar – Estou vendo que terei que ensinar bons modos ao cavalo selvagem.

— Olha aqui sua engomadinha da cidade grande...

— Como ousa? – disse Regina abismada – Eu posso até ser uma engomadinha, mas pelo menos tenho gosto para me vestir, diferentemente de você, sua loira atrevida.

— Senhoritas! – interrompeu o homem não deixando Emma retrucar – Senhorita Swan, você sabe muito bem quais eram as condições que o senhor Henry fez no testamento.

— Sim, eu sabia... Mas não achava que sua filha fosse xucra, mesmo morando na cidade grande. – respondeu a loira alfinetando e lançando faísca com os olhos na direção de Regina – Pois em menos de um dia ela já me causou muitos problemas, imagina um ano inteiro?

— Escute bem senhorita Swan... – falou Regina a olhando mortalmente – Eu não tenho culpa se você é ruim de direção e muito menos não olha para onde anda. E outra quem terá que aguentar uma caipira sou eu, e para seu conhecimento, xucros são os seus cavalos!

Emma gargalhou – Uma coisa a senhorita pode ter certeza, os meus cavalos são bem mais educados que você! – rebateu a loira, e Regina a olhou se sentindo ofendida – Pois eu mesmo os adestro.

— Imagino a educação que eles tem, já que a senhorita não tem um pingo de educação. – alfinetou a morena novamente – Devem ser todos pirracentos igual a você!

— Senhoritas!! – exclamou o homem mais velho novamente – Peço que não percam a compostura! – pediu novamente e seu amigo só tentava segurar a risada e achava que com certeza aquele caso era o mais cômico que ele já havia visto. Depois de alguns segundos o silêncio voltou a reinar na sala – Bem, como estava dizendo... – respirou profundamente e pediu mentalmente para acabar logo com aquilo – A senhorita Mills virá morar aqui por um ano como último desejo de seu pai... – esperou para ver se ele não fosse interrompido novamente e então continuou – E também de acordo com o último desejo do senhor Henry, Emma Swan será responsável em administrar a fazenda nesse tempo...

— Que os céus nos protejam! Estou vendo que terei problemas com isso. – alfinetou Regina dessa vez – Nesse tempo aposto que ela levará a fazenda à falência.

Emma a olhou ofendida – Para seu conhecimento senhorita Mills... – usou as mesmas palavras da morena - Eu venho administrando essa fazenda já há alguns bons anos, e posso dizer o contrário do que está pensando, e inclusive ajudei seu pai a aumentar os lucros e a expandir os negócios.

— Não desacredito na capacidade de meu pai, mas em você...

— Senhoritas, por favor, peço que parem com essas rusgas... – pediu o advogado perdendo um pouco da paciência – O senhor Henry não gostaria de vê-la se digladiando dessa forma, ele tinha muito apreço pelas duas senhoritas. – soltou o homem para ver se por hora elas paravam de ficar se alfinetando – Será que podemos continuar o assunto que estamos tratando sem provocações de ambas as partes? – perguntou olhando para as duas mulheres e viu que elas queriam retrucar ele continuou – Podemos? – pediu mudando a entonação da voz e fazendo com as duas concordasse com um breve aceno de cabeça, ele limpou a garganta – Bem como dito antes, a senhorita Swan ficará responsável pela administração durante esse um ano em que a senhorita Mills virá morar aqui. Ainda também é sabido que a senhorita Mills, nesse tempo, apenas poderá intervir em algo na administração caso a senhorita Swan se ausentar devido a problemas de saúde ou a mesma vier pedir demissão. No mais, depois de um ano, a fazenda assim como a administração da mesma passa para a senhorita Mills em definitivo. Lembrando que se a senhorita Mills, por qualquer motivo, venha deixar de morar aqui na fazenda nesse tempo, findado o um ano a mesma passa para a posse em definitivo para a senhorita Swan. – concluiu o advogado – Entenderam? Alguém tem alguma pergunta?

— Da minha parte não. – respondeu Emma se levantando da cadeira, e dando uns passos para um lado e para o outro, então parou perto do barzinho que tinha ali no escritório.

— Eu tenho alguns assuntos pendentes ainda em Boston que preciso resolver... – começou Regina – E terminar de empacotar as minhas coisas e de meu filho.

— Bom, hoje é quinta-feira... – disse o homem fazendo umas contas mentalmente – Acha que até domingo agora consiga resolver esses assuntos? – Regina afirmou com a cabeça – Ótimo! Segunda-feira nos encontraremos aqui para finalizarmos esse assunto.

— Então terminamos por hoje? – perguntou Emma, e os dois homens acenaram sim com a cabeça – Querem uma bebida? – ofereceu já se servindo uma dose de uísque – Senhorita Mills?

— Sim, por favor, para mim e meu colega. – respondeu o homem mais velho, Emma entregou um copo a cada um.

— Quem te deu essa liberdade? – perguntou Regina ao se aproximar do barzinho.

— Seu pai me deu essa liberdade... – respondeu a olhando – Aceita?

— Muitas coisas irão mudar a partir da semana que vem. – disse Regina pegando o copo que Emma encheu para si.

— Disso eu não tenho dúvidas. – respondeu de volta, e encheu um copo para si novamente e virou para os dois homens – Creio que estamos perto da hora do almoço, então os convido a almoçarem conosco, e você também, senhorita Mills, pois até Boston é uma longa viagem para se fazer de estômago vazio.

— Eu aceito de bom grado o convite. – respondeu o homem mais novo pela primeira vez.

— Por favor, o caminho é por aqui. – disse Emma saindo do escritório e indo em direção a cozinha para conversar com Eugenia que hoje o almoço seria servido na sala de jantar, por terem convidados. Os outros três ocupantes da sala acompanharam Emma sem dizerem uma palavra.

—SQ-

Depois que almoçaram, Emma pediu licença para se retirar momentaneamente, pois tinha alguns afazeres que precisava dar atenção, mas que em meia hora estaria de volta. O advogado então tomou a liberdade de mostrar, novamente, toda a casa principal para Regina, pois Henry havia feito muitas reformas desde a última vez que a morena estivera ali, assim como alguns empregados que ali trabalhavam. Ela apenas se lembrava de Eugenia, pois era a mulher que sempre lhe dava biscoitos deliciosos. Quando a reencontrou amorena deu um abraço bem aperto na senhora, que no se fez de rogada e retribuiu o abraço.

— O que achou da casa? – perguntou o homem mais velho, depois que voltaram para a sala e sentarem a espera de Emma.

— Realmente meu pai mudou muita coisa desde a última vez que estive aqui. – respondeu Regina – Está muito bonita.

— Seu pai não sabia economizar em certas ocasiões... – brincou o homem, fazendo Regina sorrir brevemente – Ele também aumentou os hectares totais da fazenda, agora ela tem um espaço bem maior! Creio que assim que tudo estiver acertado, senhorita Swan lhe mostrará tudo que a fazenda tem e pode ser oferecido. E arrisco a dizer que a senhorita irá gostar muito do que verá.

Regina não teve tempo de responder quando escutou a voz da loira - Senhores, voltei! – anunciou Emma entrando pela porta que vinha do corredor, como seu inseparável chapéu preto em mãos – Bom, vamos terminar, pois ainda tenho muitas coisas para fazer até o final do dia.

— E falando nela... – comentou provocativamente, mas continuou assim que Emma lhe lançou um olhar raivoso - Sim, por favor, ainda tenho que voltar para Boston. – concordou Regina pela primeira vez com a loira.

— Aposto que sim, deva demorar muito para arrumar suas roupas engomadinhas. – alfinetou Emma apenas para que Regina ouvisse.

— Creio que o assunto principal já fora discutido hoje no período da manhã... – começou o homem mais velho interrompendo o clima tenso que havia acabado de se instalar – Só precisamos combinar o horário na segunda para acertamos os últimos detalhes.

— Na primeira hora depois do almoço? – sugeriu Emma – Segunda de manhã será bem corrida aqui na fazenda, pois é dia da equipe de treinamento voltar, para iniciarem a nova temporada de treinamento, e eu preciso fazer uma reunião com o técnico e toda a equipe.

— Por mim não tem problema. – concordou a morena, e sorriu ao saber que seu pai agora tinha uma equipe de competição – É até melhor, pois assim não preciso sair tão cedo de Boston.

— Bom, então está marcado. – confirmou o homem mais velho – Segunda, na primeira hora depois do almoço... Bom, então vamos! – disse se virando para seu colega.

— Ah sim, pois acho que não conhece o sentido da palavra levantar cedo. – mais uma alfinetada da loira.

— Olha aqui sua loira abusada... – começou Regina – Para seu conhecimento...

— Senhores, a estrada está pior que hoje de manhã... Pois enquanto estávamos em reunião caiu uma pancada de chuva forte, então ofereço para que fiquem aqui até segunda. – Emma interrompeu Regina sem a menor cerimônia – Assim também não precisam ficar na pousada da cidade, pois sei que vocês não são daqui de Storybrooke.

— Eu não gostaria de atolar novamente na estrada. – murmurou o homem mais novo, ao se lembrar do ocorrido, mas que graças a um dos funcionários da fazenda os tiraram do atolamento.

— Nós agradecemos a hospitalidade, Senhorita Swan. – agradeceu o homem mais velho, também não querendo passar por aquilo novamente.

— Irei falar com Eugenia para arrumar dois quartos de hóspedes para vocês. – falou a loira, e indo para a cozinha.

Regina estava espumando de raiva, porque aquela loira atrevida e abusada a deixou falando ao vento, depois suspirou frustrada ao escutar a loira dizer que a situação da estrada havia piorado – Como vou fazer para voltar a Boston? – perguntou mais para si do que para as pessoas da sala.

— Aqui! – disse Emma oferecendo um documento e uma chave, assim que voltou da cozinha, pois apesar das desavenças, não tinha coragem de deixar a morena atolar novamente. Regina apenas ergueu a sobrancelha interrogativamente – É o documento da pick-up ranger azul.

— E por que eu iria de pick-up para Boston e deixar meu carro aqui? – questionou Regina a olhando ainda com a sobrancelha erguida, a raiva ainda estampada em seu rosto.

— Bom primeiro, querendo ou não seu carro não é próprio para estrada de terra, muito menos cheia de lama como está agora, e segundo, as condições da estrada pioraram, creio que escutou o que eu disse para os senhores, então aconselho a ir de pick-up para Boston, a não ser que queria ficar atolada novamente no meio da estrada. – fez uma pausa – Se for preocupação com o carro, não tenha, ele ficará bem seguro aqui, e se quiser podemos até colocá-lo dentro do galpão, para que não fique no tempo.

Regina ponderou por uns segundos, bufou irritada, pois sabia que a loira petulante tinha razão, aceitou o documento e a chave do veículo – Onde está? – a irritação estava transparente na sua voz.

— No galpão a esquerda assim que sair da casa. – respondeu Emma mostrando com a mão junto, sem se importar com o tom usado pela morena – Bom, agora se dão licença, voltarei aos meus afazeres. – partiu em direção a cozinha, pois tomaria uma xícara de café e continuaria seus afazeres, mas fora interrompida pela voz da morena.

— Senhorita Swan? – chamou a mulher loira, que parou e apenas a olhou – Será que poderia fazer a gentileza de colocar meu carro no galpão? Deixarei as chaves aqui em cima dessa mesinha. – apontou o pequeno móvel de canto perto da porta. Emma apenas acenou com a cabeça e continuou seu caminho até a cozinha. - Até segunda, senhores. – disse Regina, saindo, indo em direção ao seu carro, pegando o que precisava, voltou e deixou as chaves no lugar indicado e partiu para o galpão que avistou assim que fechara sua Mercedes. Quando adentrou ao galpão, seus olhos se arregalaram, pois ali havia cinco pick-ups, uma marrom, duas pretas, a azul e a vermelha que ela viu hoje de manhã com Emma.

—SQ-

Não fazia muito tempo que Regina havia saído de Storybrooke, e estava pensando em como havia sido sua manhã. Uma coisa ela tinha que concordar com a loira petulante, com a pick-up foi muito mais fácil andar naquela estrada cheia de lama, e agora na estrada ela mostrava ter muita potência. Regina tinha que admitir, ela gostou de dirigir aquela pick-up, apesar de ter paixão por seu carro. Assim que chegou a Boston, querendo ou não, por onde passava ela atraía alguns olhares.

Ela havia acabado de estacionar em frente ao seu prédio, acionou o alarme, quando viu Kathryn e Henry saírem de seu prédio. Um imenso sorriso adornou seu rosto ao avistar seu filho.

— Mamãe! – disse Henry correndo de encontro a morena.

— Oi meu príncipe! – disse Regina se abaixando e pegando seu filho no colo – Você deu muito trabalho a sua madrinha? – olhou para sua amiga – Oi Katy!

— Eu me comportei muito bem. – respondeu o menino assim que soltou o pescoço de sua mãe, depois do abraço.

— Não tenho do que reclamar dele, Regina! – disse a loira ao se aproximar – E essa pick-up?

— É da fazenda... Lá choveu muito essa madrugada, na ida meu carro atolou na lama... – começou a morena, colocando seu filho no chão – E para eu não ter o mesmo problema na volta, a Senhorita Swan falou que seria melhor eu voltar com a pick-up.

— Entendi... – disse Kathryn olhando melhor o grande veículo – Muito bonita!

— E pensar que lá ainda tem mais quarto pick-ups, fora o que ainda não sei. – apenas comentou a morena, fazendo a loira arregalar os olhos ao olhá-la de volta - Fique para o jantar Katy, temos que conversar algumas coisas sobre o escritório.

— Claro, e depois quero saber tudo o que aconteceu no seu dia. – pediu a loira acompanhando sua amiga para dentro do prédio novamente.

— Só posso te adiantar que ele foi longo e que meu ano não será nada fácil. – disse cansada, lembrando-se dos acontecimentos com uma certa loira irritante.

— Vejo que você já tem altas histórias! – brincou.

— Você não faz ideia. – rebateu rindo.

Jantaram, e depois que Regina colocou seu filho para dormir, ela e Kathryn foram para a sala conversar. Cada mulher tinha uma taça de vinho em mãos.

— Agora me conte tudo e não me esconda nada. – pediu a loira assim que se acomodou na poltrona do lado da poltrona a qual a morena se acomodou também.

— Só me deixa mandar uma mensagem para o Robin, avisando que quero conversar com ele amanhã cedo. – disse digitando no celular, assim que mandou a mensagem colocou o celular em cima da mesa de centro e olhou para sua amiga - O que posso te dizer... A fazenda do pouco que vi, continua mais linda do que me lembro, e bem maior também, pois meu pai comprou as fazendas ao redor... – fez uma pausa ao tomar um gole de seu vinho – E todos os meus problemas se resumem em uma única pessoa, a qual ainda para ajudar não começamos com o pé direito e provavelmente me dará muita dor de cabeça nesse ano que virá... – suspirou e tomou outro gole do seu vinho.

— E essa pessoa é? – quis saber Kathryn, enquanto ouvia tudo que sua amiga dizia.

— Emma Swan. – respondeu Regina e sua amiga a olhou interrogativamente – A administradora da fazenda.

— Ah sei... – disse assim que reconheceu o nome – O que aconteceu?

— Só brigamos! – comentou a morena dando um suspiro cansado. Kathryn tomou um gole do seu vinho esperando sua amiga continuar – Quando cheguei na cidade, não consegui encontrar o caminho para a fazenda, então quando fui parar em uma vaga livre confesso que havia visto uma pick-up vermelha que estava dando sinal e que ia parar na mesma vaga que eu, então acabei agindo por impulso e estacionei primeiro... – suspirou e tomou mais um gole do seu vinho, e Kathryn sorriu travessamente – Acabei meio que discutindo ali com a motorista da pick-up... Katy, pensa em um mau gosto para se vestir? Calça jeans agarrada, bota até no meio da canela, camisa xadrez, chapéu de cowboy... Eu me senti em alguma cidade do Texas quando tem rodeio... Céus, nem o esquadrão da moda dá um jeito naquilo.

— Regina! – exclamou a loira com a mão na boca, para segurar o riso.

— Eu não tenho culpa... Bom, isso não vem ao caso... – fez uma pausa - Ah Katy, estava com preguiça de procurar para outra vaga e também não iria demorar muito ali... – riu marotamente – Fui ao café ali perto para pedir um café para poder acordar um pouco e também pedir a informação para seguir para a fazenda. – outro gole do seu vinho – Quando estou saindo, acabei dando de frente com uma pessoa, e acabei dando banho um de café nela... Estava distraída, olhando o celular, e quando percebi o meu café estava todo nela... Eu ia me desculpar, mas ela soltou algumas provocações e acabei respondendo a altura, e sim, era a mesma mulher que eu roubei a vaga.

— Juro que se não fosse me contando isso, eu acharia que era cena de filme. – comentou Kathryn rindo.

— Eu que vivenciei o acontecido não estou acreditando, imagino você, adiantando a história, peguei a estrada que ia para a fazenda, mas acabei atolando na lama que se formou, pois havia chovido na madrugada...  – fez uma pausa – Estava procurando no meu celular algum número para poder chamar quando escutei alguém na janela do meu carro e quando vi, era a mesma mulher da pick-up pela terceira vez no dia, falando que meu carro não era próprio para aquele tipo de estrada, e me ofereceu ajuda... A princípio recusei, então vi que não tinha sinal ali no meio do mato e acabei aceitando a ajuda dela... Ela engatou um gancho no meu carro e me rebocou pela estrada até a fazenda, e quando ia agradecer ela já havia entrado na pick-up e sumido da minha vista...

— E eu perdendo tudo isso... Fico imaginando sua cara com tudo isso. – riu novamente a loira.

— Minha cara era de tudo e mais um pouco... Quando já estava dentro do escritório limpando meus saltos, afinal até eles não são adequados para o campo, pois eles afundaram na terra molhada. – Kathryn não aguentou e gargalhou – Estou eu limpando meus saltos quando a administradora da fazenda entrou e qual foi a minha surpresa quando vi quem era... – tomou um gole do vinho – Era a loira irritante que me atormentou a manhã toda... E ali descobri que ela é a Emma Swan, a pessoa que administra a fazenda... Trocamos mais farpas até finalmente eu vir para cá. – terminou seu vinho.

— Gente, preciso conhecer essa mulher. – comentou Kathryn marota – Preciso conhecer a mulher que em poucas horas tirou minha amiga do sério tão facilmente, e claro ver o quão fashion ela é!

— Você muito provavelmente terá muitas chances para isso a partir de segunda, quando passo a morar lá na fazenda. – comentou Regina – Quanto ao gosto pelas roupas, sem comentários.

— Já estou até imaginando a cena... – Kathryn ergueu as mãos abertas meio que mostrando seus pensamentos - Estou eu chegando a fazenda e te encontro com os mesmos modelitos? Calça agarrada, bota até o meio da canela, chapéu, camisa xadrez... – gargalhou a loira, fazendo a morena rir junto – Aí para completar, você dançando música country na quermesse da cidade. – outra gargalhada da loira, e Regina não aguentou mais e gargalhou também

— Pelo amor dos céus Katy! – exclamou a morena já se recompondo – Nunca você me verá assim.

— Nunca diga nunca, Regina. – riu com gosto da amiga já imaginando a cena em sua cabeça - Bom, já está tarde. – anunciou a loira se levantando, depois que se recuperou do ataque de riso – Amanhã no vemos no escritório para acertarmos os últimos detalhes, e se você precisar de ajudar para empacotar suas coisas, é só me pedir.

— Nos vemos amanhã. – disse Regina a acompanhando até a porta – E claro que vou querer a sua ajuda. – sorriu por fim ao ver a loira entrando no elevador.

—SQ-

— Hey Rubs! – chamou a loira assim que viu sua amiga.

— Fala Loirão? – respondeu a morena com mechas vermelhas, trancando a porta do consultório.

— Vamos tomar uma cerveja? – pediu assim que se aproximou.

— Eita que hoje não é dia de cerveja, esse dia foi ontem. – olhou confusa para sua amiga – Mas quem sou eu para negar uma cerveja depois de um puxado dia de trabalho? – sorriu fazendo a loira sorrir também, e foram para o fusca amarelo de Emma.

— Jimmy, duas cervejas, por favor. – pediu Emma assim que elas sentaram no banquinho no balcão. O The Rabbit Hole era o único pub da cidade. Cada dia da semana tocava um estilo diferente no pub. Ontem foi o dia do country, hoje está rolando o rock, amanhã tocará blues, e assim o pub acaba agradando a maioria dos moradores.

— Aqui estão, meninas! – falou o senhor entregando as duas cervejas.

— Muito obrigada. – agradeceu a morena – Tudo bem, pode falar.

— O que te leva a crer que eu quero te falar alguma coisa, sua loba safada? – perguntou a loira com um sorriso maroto após brindar sua cerveja com a da amiga e tomar um grande gole.

— Emma...

— Tudo bem! Tudo bem! – soltou um longo suspiro – Regina Mills!

— O que tem a filha do Henry? – perguntou Ruby confusa.

— Pensa em uma pessoa que poderá fazer a tua vida um inferno? – disse Emma com o olhar perdido nas garrafas de bebidas a sua frente na prateleira dentro do balcão.

— Ainda continuo não entendendo.

— Lembra que te falei da mulher mal educada da manhã, quando fui te levar a medicação? – perguntou e a morena concordou com a cabeça – Então, essa mesma mulher é Regina Mills.

— Jura? – Ruby quase cuspiu de volta o gole que estava tomando – E?

— E apesar dela ser mal educada e toda dondoquinha... – Emma tomou um fôlego novo – Ela é maravilhosa!!

— Emma!! – exclamou Ruby rindo – Você não presta. Não tem jeito.

— Ai Ruby, é verdade! Eu presto e muito, quanto ao jeito, eu tenho de sobra. – Emma riu também – Tirando isso, só sei que vai ser um ano bem difícil. Pressinto muitas brigas e muita dor de cabeça nesse tempo. – voltou a falar séria.

— E como as coisas ficarão?

— Ainda não sei, provavelmente precisarei sentar junto com ela e discutir todas as questões sobre a fazenda, e tudo que está relacionada a mesma. – respondeu Emma dando outro grande gole de sua cerveja a finalizando e acenando para Jimmy pedindo outra, que fora prontamente atendida – Obrigada Jimmy.

— Quando que ela vem em definitivo?

— Segunda agora... – Emma soltou uma longa respiração – Então temos liberdade até segunda. – brincou a loira.

— Mas ela é maravilhosa mesmo? – perguntou Ruby agora curiosa.

— Você não tem ideia do quanto. – respondeu a loira – Quando vocês forem apresentadas, você poderá tirar suas próprias conclusões. Vamos comemorar. – e as duas amigas riram juntas.

— E por falar em comemorar... – soltou Ruby maliciosamente assim que viu quem havia acabado de entrar, e Emma olhou para onde sua amiga apontava com a boca da long neck.

— Céus!... – resmungou a loira – Era tudo que eu precisava para terminar o dia. – comentou sarcástica.

— Oi Emma! – cumprimentou uma morena ao vir direto para onde a loira estava sentada – Que surpresa te encontrar aqui!

— Lily esse é o único pub da cidade, então não acho que seja surpresa você me encontrar aqui. – respondeu Emma sem paciência, hoje ela só queria beber sua cerveja e depois ir embora sem chateação.

— Nossa, quanto ânimo. – alfinetou Lily – Mas eu posso te animar se você quiser. – falou passando a ponta dos dedos sobre o braço da loira que segurava a cerveja.

— Não comece Lily... – respondeu a loira dando um gole de sua cerveja, para se livrar daquele contato – Hoje eu vim para beber uma cerveja e daqui a pouco estou indo embora, amanhã tenho que levantar cedo. Tenho muitas coisas para fazer.

— Está com medo... – riu maliciosamente – E outra levantar cedo nunca te impediu de se divertir. – fez uma pausa - Nem parece que nós temos algo, Emma. – disse mais próximo do ouvido da loira.

— Essa é a questão, Lily. Nós não temos algo, e eu já deixei isso bem claro a você. – respondeu a loira afastando um pouco o rosto – Então, por favor, não comece com isso novamente.

— Como você quiser Emma, mas um dia você irá vir correndo atrás de mim e aí, sou eu que não vou mais querer nada. – ameaçou Lily voltando a ficar reta, mantendo uma pequena distância de Emma.

— Acho isso muito difícil. – mais um gole da cerveja – Praticamente impossível.

— Você irá se arrepender. – avisou a morena aumentando o tom da voz, chamando a atenção de algumas pessoas próximas.

— Lily, por favor, já pedi para não começar novamente com essa história... – suspirou a loira – Olha... Eu tive um dia longo e estressante, e agora quero apenas beber uma cerveja, relaxar e esquecer os problemas.

— Eu posso te relaxar, se você me deixar... – se insinuou novamente e Emma apenas a fuzilou com o olhar - Fiquei sabendo que a filha de Henry apareceu na fazenda hoje. – comentou Lily displicentemente, fingindo que não vira o olhar da loira e mudando de assunto.

— Sim, ela apareceu. – a loira se limitou a dizer.

— Ela é bonita? – perguntou ela cheia de ciúmes.

— Lily... – Emma avisou com o tom.

— O que ela queria? – questionou novamente.

— Ela me pediu em casamento e eu aceitei. – respondeu loira já sem paciência – Nesse fim de semana já nos casaremos e iremos viver juntas e felizes para sempre.

— Credo Emma! Precisa me responder assim? – disse Lily se sentindo ofendida.

— O que você acha que ela pode querer lá na fazenda, Lily? – questionou a loira a olhando pela primeira vez em toda a conversa – Ela é a dona da fazenda, o que você acha que ela foi fazer lá? Olhar para meus lindos olhos verdes e sorriso charmoso? – terminou sua cerveja, se levantou do banco, tirou o dinheiro das quatro cervejas e deixou em cima do balcão, mostrando ao Jimmy o dinheiro – Vamos Ruby, que eu já perdi a vontade de ficar aqui e relaxar. Obrigada Jimmy. – disse e saiu.

— Tchau Lily. – debochou a morena, que estava quieta apenas escutando a conversa das duas mulheres, ao passar pela outra morena. Ruby não era de se meter nos relacionamentos da amiga, mas aquela mulher não inspirava coisa boa, e Ruby sabia que uma hora ou outra Lily iria dar muito problemas. Lily ficou ali olhando as duas mulheres saírem do pub, sua raiva era tanta que ela estava vermelha.

— Você ainda virá se rastejando aos meus pés Emma Swan... – disse Lily entre os dentes – E farei você sofrer com isso.

—SQ-

Segunda de manhã, Regina terminava de arrumar as malas dentro da caçamba da pick-up, e as amarrando para que não caísse durante a viagem. Agradeceu mentalmente por estar com a pick-up, pois infelizmente o porta-malas de seu carro não caberia todas as suas coisas. Ajeitou a cadeira elevada e colocou Henry, o prendendo com o cinto do banco. Ela agradeceu novamente pela pick-up ser cabine dupla, assim seu filho não precisaria ir no banco da frente. Assim que terminou de afivelar seu filho na cadeira, ela virou-se para sua amiga. Trocaram mais algumas palavras e assim cada uma seguiu seu caminho. Na noite anterior ela havia conversado e passado um tempo com Robin, e eles haviam combinado de se encontrar na fazenda daqui a quinze dias, mais ou menos, pois o homem teria um caso difícil pela frente e ela havia pedido para ele se empenhar nesse caso para recuperarem um pouco do prestígio que haviam perdido com os casos anteriores, e Robin havia prometido se empenhar por inteiro.

Depois que fizeram uma pausa para usarem o banheiro, e comerem algo eles continuaram a viagem até Storybrooke. Perdida em pensamento, Regina olhou para seu filho através do retrovisor e viu que ele havia adormecido e um grande sorriso surgiu em seu rosto ao se lembrar da conversa que tiveram sobre ir ou não morar na fazendo de seu avô.

— Henry? – chamou a morena assim que parou a porto do quarto do filho.

— Aqui dentro, mãe. – veio a resposta, quando ela entrou viu seu menino deitado na cama de barriga para baixo, e seus olhos vidrados no desenho que passava na tv.

— Será que podemos conversar? – pediu assim que se sentou na cama ao seu lado.

— Posso terminar de ver o desenho? Está quase no fim. – pediu sem tirar os olhos do desenho.

— Claro. – assentiu e se encostou à cabeceira da cama e pousou seu olhar no desenho, esperando o mesmo terminar.

— Pronto! – disse Henry desligando a tv, colocando o controle em cima da mesinha do lado da cama, e se sentando para ficar de frente para sua mãe – O que você quer falar comigo?

Regina suspirou – É sobre seu avô... – ela começou, mas fora interrompida pelo menino.

— Ele está bem? – perguntou preocupado.

— Eu acredito que sim. – respondeu ela sem saber o que exatamente falar para seu filho – Lembra quando seu peixinho não acordou mais? – o menino acenou positivamente – Então, o seu avô também se deitou para dormir e não irá mais acordar.

— A gente vai poder vê-lo dormir? – indagou esperançoso.

Ela suspirou profundamente – Henry... Lembra que tivemos que enterrar seu peixinho para ele poder dormir para sempre? – mais um aceno positivo do menino – Então, seu avô também precisou ser enterrado para poder dormir para sempre.

— Mas ele não irá passar mal lá dentro? Debaixo de tanta terra? – questionou novamente preocupado.

— Não, meu príncipe, ele estará bem lá em baixo. Só fizemos isso por saber que ele não irá passar mal. – respondeu a morena tristemente, e ele assentiu satisfeito sabendo que seu avô não teria problemas – Mas tenho outra coisa também para te falar, alias é mais para saber a sua opinião. – disse ela e o seu garoto a olhou expectante – Você se lembra de onde o seu avô morava?

— Sim, aquela imensa fazenda cheia de cavalos. – respondeu, abrindo os braços o máximo que pode para mostrar o quão grande era a fazenda, e o seu olhar estava perdido nas lembranças.

— O que você acharia de ir morar lá? – titubeou para perguntar.

No instante seguinte seus olhos brilharam diante de tal possibilidade – Morar lá de verdade, verdade? Assim como a gente mora aqui?

— Sim, como a gente mora aqui.

— Eu irei adorar. – respondeu eufórico, então seu entusiasmo diminuiu, mas não muito.

— O que foi? – perguntou preocupada.

— Lá eu não terei meus amigos. – respondeu ele.

— Mas lá na fazenda poderá fazer novos amigos, assim como na escola nova. – respondeu ela passando a mão pelos seus curtos cabelos – E nas férias poderá chamar seus amigos daqui para ficarem alguns dias lá com você!

Ele ponderou por uns instantes, então seus olhos se iluminaram – Lá eu poderei ter um cachorrinho?

— Eu ainda estou pensando sobre isso, mas as chances de você ter um cachorro lá são maiores. – respondeu a morena.

— Então não tenho que me preocupar. – disse abrindo um largo sorriso para sua mãe, e no instante seguinte abraçou a cintura de sua mãe – Quando nós vamos para lá?

Regina abriu um imenso sorriso e abraçou seu filho de volta quando ele se acomodou ao lado do seu corpo – Assim que eu acertar as coisas aqui para podermos viajar. – ficou acariciando os cabelos castanhos curtos de seu filho.

— Espero que não demore muito. – murmurou ele quase fechando os olhos, para logo em seguida cair em sono profundo.

 


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Notas finais do capítulo

E quem surgiu? Lily! huhuhu Pelo visto a Lily irá dar muito trabalho para a Emma... Imaginaram a Regina toda country? Eu já kkkkk E a loira e a morena brigando feito cão e gato, me divirto demais, e com o tempo toda essa briga dará lugar aquela tensão sexual kkkk

Até a próxima! o/

Para quem quiser dar uma olhada e ver como são as outras pick-ups, links abaixo.

https://www.noticiasautomotivas.com.br/ram-heavy-duty-2013-e-apresentada-no-mercado-americano/

http://www.performaxint.com.au/showroom/ford/ford-f-truck-450

http://www.car.blog.br/2013/12/ford-ranger-2014-traz-aperfeicoamentos.html

http://allfotocars.com/odin/gallery/gmc%20canyon/gmc-canyon-01.html



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