Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 223
Capítulo 223


Notas iniciais do capítulo

Voltei!

Sei que demorei, mas várias coisas foram acontecendo que foram me atrasando para escrever e então revisar o capítulo!

Mas o que importa é estou de volta com mais um capítulo!

Obrigada pela paciência _/_

Boa leitura!!



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O som do celular recebendo mensagem foi o suficiente para despertar Lucy. Vagarosamente foi abrindo seus olhos, se acostumando com a claridade que invadia o quarto, o qual para ela não muito familiar. Fechou os olhos novamente para tentar despertar de vez, e quando os abriu, escutou outra mensagem chegando em seu celular. Olhou para o lado e viu um rapaz dormindo tranquilamente, se espreguiçou e olhou para o outro e viu uma linda ruiva a encarando – Que horas são? – questionou em tom baixo.

A ruiva se virou para a mesinha que havia ao lado da cama – Pouco depois das sete... – murmurou a resposta e olhou de volta para a morena – Atrasada?

Lucy abriu um sorriso – Ainda não, mas preciso ir... – salpicou um beijo no rapaz que apenas se mexeu em seu sono, e então deu um leve beijo na ruiva – Foi divertida a noite... – se levantou e começou a se vestir.

— Não posso reclamar também. – a ruiva sorriu e meio que se sentou na cama sem a preocupação de cobrir seu corpo nu – Qual a agenda para hoje?

Lucy havia vestido suas calças – Tenho que trabalhar agora de manhã, e depois buscar minhas mães no aeroporto. – respondeu enquanto abotoava sua camisa e procurava seus sapatos.

— Na sala. – respondeu a ruiva sem Lucy precisar perguntar alguma coisa – Nos vemos?

Um sorriso radiante surgiu nos lábios da futura chef – Claro! – disse prendendo o cabelo em um coque – Me ligue quando quiserem repetir a noite... Até mais Sabrina e deixa um beijo para o Pierre. – acenou com a mão e saiu do quarto em buscar de seus sapatos, bolsa e a porta do apartamento.

Já na rua pescou o celular dentro de sua bolsa e o desbloqueou para ver de quem eram as mensagens. Sorriu mais uma vez ao ver que era suas mães apenas informando que haviam acabado de pousarem em Barcelona e que para não atrapalharem ela no trabalho, iriam de trem até Paris, assim aproveitariam um tempo juntas. Lucy digitou uma mensagem de volta dizendo para aproveitarem a viagem que é maravilhosa e que as esperaria na estação quando chegassem daqui a quase sete horas.

E menos de vinte minutos passou em um café para pegar um copo da bebida preta para acordar por completo e já estava na porta do restaurante ao qual trabalhava. A manhã foi corrida, igualmente com a hora do almoço – François, terminei por hoje. – disse pendurando seu avental – Nos vemos em dois dias. – sorriu.

— Oui ma belle cherie! – falou o colega de trabalho – Boa formatura e divirta-se nesses dois dias de folga. – piscou.

— Merci! – agradeceu e em seguida saiu da cozinha indo na direção do metrô para ir encontrar suas mães que logo estariam ali. Lucy nem acreditava que finalmente iria terminar os estudos, já estava trabalhando em um restaurante e agora suas mães estavam ali para prestigiá-la. Claro que ela gostaria de ter a família toda reunida naquele momento, mas sabia que não era possível, mas estava feliz mesmo assim. Feliz por saber que Júlia e Meghan finalmente ficaram noivas. Por Henry ser pai novamente. Por seu irmão Tom ter ganhado mais um título pelo time do coração. E por falar em coração, seu coração apertou em saudade de toda sua família, mas antes que pudesse pensar mais afundo nisso, avistou suas mães saindo do trem.

— Mães! – exclamou caminhando rapidamente na direção delas. Assim que se aproximou abraçou as duas mulheres ao mesmo tempo – Que saudades de vocês! – murmurou emocionada.

— Ah Lulu! Tantas saudades de você também. – falou Emma abraçada de um lado Saudades que não cabe no peito!

— Oh minha filha, como sentimos a sua falta lá na fazenda. – completou Regina abraçada do outro lado da filha Como ela cresceu! Nem parece aquela menina que vimos no orfanato!

Lucy se soltou um pouco do abraço para olhar para suas duas mães – Eu também sinto muito falta de todos lá da fazenda...

— Mas sabemos que está correndo atrás do seu sonho. – completou Emma pela filha Entendemos muito bem isso, e aguentamos a saudade! — Todos nós sabemos. – sorriu.

— Então vamos para casa, e quero saber de tudo que vocês acharam de viajarem de trem. – Lucy pegou uma mala para ajudar sua mãe morena, já que a loira estava com uma grande mochila nas costas.

— Eu adorei. – falou Regina sorrindo e acompanhando a filha Praticamente um sonho! — Estava falando para Emma quem sabe na nossa próxima viagem de lua-de-mel, não venhamos para a Europa, pois quero repetir essa viagem de trem.

— Super apoio, pois eu mesma fiz algumas durante alguns fins de semanas prolongados e foram maravilhosas. – sorriu para suas mães quando passaram pela catraca da estação do metrô para pegarem a linha que levava para o bairro em que Lucy morava – Se quiserem eu posso até indicar algumas viagens.

— Pode ter certeza de que iremos pedir as indicações. – confirmou Regina ao se sentar ao lado de sua esposa no vagão Será maravilhoso uma lua-de-mel aqui na Europa!

Emma sorriu de lado Quero saber das novidades! — Lu?

Lucy olhou para sua mãe loira e já sabia o que viria – Sim dona Emma. – riu.

— Como anda o “namoro”? – quis saber.

— Ah mãe, já disse que não é um namoro em si, é apenas um momento de diversão. – respondeu Lucy – Quando estamos afim, combinamos e curtimos a noite. Depois é vida que segue para cada um.

Regina escutou Ainda é um pouco confuso para mim! — Mas Lu, me explica direito... Eu sei que sou uma pessoa velha, apenas quer entender esse negócio de trisal ou como vocês chamam.

— Somos três amigos, eu, Pierre e Sabrina. – começou – Temos um combinado de quando estamos afim de ficar os três juntos combinamos, ou se é só eu e Pierre, ou eu e Sabrina, ou os dois... É tudo na base do combinado e assim estamos levando. Sem cobranças ou ciúmes. Apenas a parte da pegação. – fez uma pausa – Entendeu?

— Ainda ficou um pouco confuso, mas se para você está bem assim, quem sou eu para me opor. – respondeu Regina Apesar de achar muito para frente isso! — Acho que não sou tão moderna a esse ponto.

Lucy soltou uma risada – Vocês são bem modernosas, apenas não são familiarizadas em compartilhar relacionamentos. – piscou.

— E estamos bem assim. – brincou Emma passando o braço pelos ombros de sua esposa Já fico com raiva só de pensar em alguém chegar perto da minha morena! Imagina dividir! As três soltaram uma risada.

— Vem é a nossa estação. – falou Lucy assim que escutou o nome da estação que o metrô estava chegando.

— Nossa, que cheiro maravilhoso. – comentou Emma quando estava fazendo a curva na esquina para entrarem na rua em que ficava o prédio que Lucy morava Estômago, lembrete de que assim que pudermos voltaremos aqui para experimentar todas as guloseimas deliciosas que fazem aqui! Anotado!

— É dessa padaria. – respondeu apontando – Se vocês quiserem podemos voltar depois que deixarmos as malas em casa, o que acham?

Antes que pudesse responder, o estômago de Emma se pronunciou – Acho que temos a nossa resposta. – brincou a advogada Fazia tempo que ele não se manifestava assim, de certo modo estava até com saudades disso!

— Maravilha. Tenho certeza de que não irão se arrepender. – disse Lucy sorrido – Vamos que o meu prédio é aquele menor. – indicou.

Nem meia hora depois estavam as três sentadas em uma mesinha de canto quando a garçonete entregou três cardápios e as deixou para que escolhessem.

— Sabia que deveria ter feito aulas de francês junto com Jú. – brincou Emma vendo o cardápio todo em francês Porque eles não colocam em inglês em baixo, assim facilitaria bastante!

— Não se preocupe, que eu ajudo... – disse Lucy – Afinal são coisas eu faço ou pelo menos já fiz alguma vez. – explicou os itens no cardápio – Eu também não fiz francês, apenas aprendi quando cheguei aqui, e mesmo assim não é muita coisa que sei. Apenas o básico mesmo.

Pedidos feitos, e em menos de dez minutos a mesa estava forrada com as guloseimas e bebidas – Quanta coisa. – brincou Regina, mas ela também estava com fome E estão com uma cara deliciosa, espero que o gosto seja maravilhoso também!

— Temos que aproveitar, afinal não ficaremos muito tempo aqui. Apenas três dias. – falou Emma se deliciando com um croissant recheado de creme Mas teremos outras oportunidades de voltarmos com mais tempo para aproveitar com mais calma! — Por meu chapéu, é tão diferente dos que tem em Boston...

— São muito melhores que os de lá. – concordou Regina se deliciando com o seu Esse com certeza não decepcionou no sabor!

— Que pena que são apenas três dias, mas um lugar pelo menos, faço questão de levá-las. – falou Lucy tomando um gole de seu suco – A Torre Eiffel. Ela está fechada para manutenção, mas pode ser vista de perto.

— Eu adoraria. – falou Regina tomando um gole de seu café. Continuaram conversando tranquilamente enquanto degustavam do café da tarde.

— Quanto tempo temos até a formatura? – questionou Emma ao sair da padaria e entrelaçar seus dedos com os de sua esposa Clima romântico de Paris!

Lucy tirou o celular do bolso – Três horas... Querem fazer algo até lá?

— Sei que você está empolgada com a nossa visita, Lulu, mas estou pregada... – disse Regina A viagem de trem foi maravilhosa, mas estou cansada! — Gostaria de descansar um pouco, teria algum problema?

— Claro que não, mamãe. – falou Lucy – Vamos, que o quarto de vocês está pronto e podem descansar lá. – completou já caminhando na direção do prédio mais uma vez.

— Você não ficou chateada, ficou? – perguntou Regina olhando para sua filha Suas mães já não são tão novas assim para ter um pique maior!

— Mamãe, claro que não. Que pergunta boba. Entendo completamente que estejam cansadas... – abriu um sorriso – Amanhã estarei de folga e poderemos aproveitar o dia todo. – piscou travessamente.

—SQ-

 A noite mal havia começado, e o saguão do prédio estava cheio para a cerimônia de formatura da turma de gastronomia. Diferentemente de formatura tradicional, os convidados estavam sentados juntos aos formandos em suas mesas, e claro, havia uma mesa principal com os professores e o reitor.

— Boa noite a todos, e agradeço a presença... – a professora chefe do curso começou o pequeno discurso – Hoje é uma noite de muita honra, pois estamos formando mais uma turma de cozinheiros fantásticos. E como somos uma escola de culinária, nada mais justo do que um jantar feito pelos formandos... – abriu os braços indicando os garçons – Desfrutem esse momento e quando terminarmos a sobremesa, finalizaremos a cerimônia com a entrega dos certificados... – fez uma pausa – Bon Appetit!– depois de quase duas horas comendo e conversando sobre todos os pratos – Quero mais uma vez agradecer a presença de todos, e espero que tenham gostado do jantar preparado pelos nossos formandos... – voltou a discursar – Como disse anteriormente, hoje é um dia de muita honra, pois sei que cada profissional que sairá daqui trilhará o caminho de sucesso, agradeço por esses dias aqui conosco, e espero que tenham aproveitado tudo que foi oferecido. E é com grande satisfação que chamo aqui no palco os formandos para pegarem seus certificados... – disse a professora que agora estava em um pequeno palanque – Jordan Pritchard... – começou a chamar os formandos, que subia no palanque, não antes de passar a mesa dos professores agradecendo e por fim, pegando seu certificado e voltando para a mesa de seus familiares. Comumente havia alunos de várias partes do mundo Japão, Rússia, Itália, Espanha, Estados Unidos, Brasil, claro, França e vários outros países – Lucy Swan-Mills. – chamou.

— Vai lá Lu. – Emma abriu um sorriso enquanto filmava a caminhada de sua filha, ela recebendo o certificado e então voltando para a mesa – Ah minha pequena morena... – se levantou e abraçou sua filha fortemente – Estou completamente orgulhosa de você. – se soltou Um ciclo se fechando para começar outro!

— Minha chef! – falou Regina com um imenso sorriso nos lábios Realização de um sonho!— Que seu caminho seja feito com muito sucesso. – abraçou fortemente – Muito feliz por você.

— Obrigada mães. – disse Lucy sorrindo, mas com lágrimas nos olhos, pois sempre sonhou com esse momento – Eu estou muito feliz por esse momento, e por vocês duas estarem aqui, gostaria que a família toda estivesse aqui, mas sei que não foi possível e quando eu for para casa quero uma festa bem grande em comemoração.

— Pode ter certeza de que teremos uma festa como nos velhos tempos. – falou Emma sorrindo e visivelmente emocionada pela filha.

— E saiba que toda a família gostaria de estar aqui presentes nesse momento, mas eles estão em seus pensamentos. – Regina sorriu mesmo entre as lágrimas Não tem como não se emocionar, afinal é mais um filho realizando um sonho!

Meia hora depois as três mulheres estavam fora do prédio – Acho que esse momento merece um brinde. – falou Regina empolgada Afinal não podemos perder a oportunidade de curtir a noite parisiense!

— Concordo plenamente. – comentou a loira olhando para a filha Espero que nos acompanhe! — Claro, se você não tiver nenhum compromisso essa noite.

Um sorriso surgiu nos lábios de Lucy – Sim, eu já tenho um compromisso marcado para essa noite...

Uma leve tristeza tomou conta da feição da advogada Achei que você ficaria conosco esse noite! — Entendemos...

Emma soltou um leve suspiro triste Tudo bem! — Então acho que seremos apenas nó duas, morena.

— Que hora seus amigos vêm te buscar? – questionou Regina, segurando a mão de sua esposa Podemos ficar aqui esperando com você!

A loira olhou ao redor Onde iremos? — Para que lado será que fica a Torre Eiffel? – questionou para si mesma Será que é difícil chegar lá?

— Por que todo esse drama dona Regina e dona Emma? – Lucy perguntou cruzando os braços a frente de seu peito.

— Não é drama nenhum... – falou Regina olhando para sua filha Apenas queríamos aproveitar esse momento com você! — Entendemos que você tem um compromisso agora, e não queremos atrapalhar seus planos...

— E estamos pensando no que nós duas podemos fazer já que você tem um compromisso, e não nos acompanhará. – completou Emma também olhando para sua filha Afinal você também tem sua vida!

O sorriso travesso nos lábios de Lucy continuava ali – Sim, eu tenho um compromisso essa noite, mas não é com meus amigos... – falou ainda sorrindo e já emendou antes que suas mães pudessem falar algo – E também não é nenhum namorado ou namorada meu compromisso... – as duas mulheres mais velhas apenas olharam para sua filha de forma confusa.

— Com quem então? – Emma se atreveu a perguntar Uma pontinha de esperança brota em nosso peito!!

— Com vocês é claro. – respondeu Lucy abrindo um sorriso – Mães, vocês acham que eu as deixaria sozinha nessa pequena visita?? Nem sonhando, vocês duas vão me aguentar nesses três dias que estarão aqui em Paris. – passou um braço em cada braço das mulheres, se mantendo no centro.

Emma e Regina sorriram – Para onde vamos, então? – questionou a loira Muito feliz agora!

— A Torre Eiffel fica naquela direção. – apontou as costas de suas mães – Vamos?

— Nos guie. – pediu Regina sorrindo Sei que estou sendo um pouco egoísta, mas estou muito feliz de passar esses três dias com Lucy!

No segundo seguinte Lucy chamou um táxi e em questão de minutos estavam na torre mais famosa de toda a França.

— Merci. – agradeceu depois de pagar pela corrida, depois que suas mães desceram e ela sendo a última – Então, o que acharam? – quis saber assim que se aproximaram o máximo que puderam da torre, pelo gramado.

— Mesmo a essa distância, ela é linda. – falou Regina toda apaixonada pela torre Na próxima vez temos que vir para visitar por dentro!

— Realmente é uma pena ela estar em manutenção, e esse ser o máximo que podemos nos aproximar devido a toda segurança, caso algum material caia. – disse Lucy levemente frustrada.

Emma olhou para sua filha – E não nos importamos. – sorriu. Voltou a olhar para a torre, soltou a mão de sua esposa, aproveitou para passar seu braço pelos ombros de sua morena e a trouxe para perto. A advogada aproveitou para se abraçar a sua loira e ali, aproveitarem a visita a torre, que deixou o clima mais envolvente e apaixonado.

— Eu te amo, minha loira. – Regina confessou apaixonada.

— Também te amo tanto, morena. – Emma fez um carinho no rosto de sua esposa. Instintivamente se inclinaram a frente e seus lábios uniram em um beijo carinhoso. Lucy apenas olhava maravilhada para suas mães, que mesmo depois de tantos anos, o amor, carinho e cumplicidade só haviam aumentado. Retirou o seu celular do bolso e sem deixar suas mães perceberem, tirou algumas fotos delas juntas com a torre ao fundo, num perfeito cenário romântico. Dali foram direto para um barzinho que Lucy costumava frequentar, para celebrar a mais nova conquista da chef.

O restante dos dias as três aproveitaram para conhecer um pouquinho de Paris, e quando perceberam, estavam no aeroporto esperando o voo que as levaria para Londres e então Boston.

—SQ-

Num piscar de olhos, três meses passaram rapidamente, desde que Regina e Emma chegaram da formatura de Lucy, a fazenda estava pronta para receberem os convidados, que aos poucos iam chegando, e claro, as noivas. Meghan e Júlia, depois que noivaram, haviam decidido não demorar muito para realizarem a união. Aproveitaram o início do verão, porque assim conseguiriam reunir a maior parte da família.

— Eu ainda não entendo o porque elas resolveram casar tão rapidamente. – comentou Emma terminando de se arrumar Algo me diz que tem um motivo escondido para isso!

— O motivo é que elas disseram que já moram juntas, e que era apenas para formalizar a união. – comentou Regina Também achei um pouco precoce, mas já que elas decidiram, é o que importa! sentada no banquinho a frente de sua penteadeira, enquanto dava os últimos retoques em sua maquiagem, para então poder ir ajudar sua filha a se aprontar para o casamento – E por isso não viam motivo para demorar. – completou, no começo também achou um pouco apressado, mas depois entendeu o motivo.

A loira se sentou em sua cama, soltou um suspiro – Não que eu esteja reclamando, mas sei lá... Parece que há um motivo maior para essa pressa. – comentou, então sorriu ao ver sua esposa se levantar Ah minha morena! — Linda como sempre.

Regina sorriu ao se aproximar – Obrigada. – se inclinou e deu um leve selinho nos lábios de sua esposa, mas com cuidado para não borrar sua maquiagem – Vou ajudar Jú. E você, pare com esses pensamentos, pois elas já explicaram porque estão casando.

— Tudo bem. – concordou Emma Tentarei não pensar nisso! — Eu vou terminar de me arrumar e vou descer para receber os convidados... Que já são mais do que de casa. – riu ao lembrar a bagunça que foi durante a semana, pois cada dia chegava um pouco da sua família. Primeiro a família de Daniel, depois Aurora e Emilie, então todos os Rizzoli. Lucy, Tom e Amanda chegaram no mesmo dia também. Sarah e Jared também estavam presentes. Kathryn e Ruby estavam radiantes com todos os filhos reunidos depois de muito tempo. Ou seja, depois de muitos anos a fazenda estava com toda a família reunida, tanto pelo lado de Emma e Regina, quanto de Ruby e Kathryn Saudade da época que a fazenda ficava assim pelo menos uma vez ao mês!

Não muito tempo depois Kathryn, Ruby e Meghan surgiram da porta principal da casa, uma vez que a tenda para a realização do casamento estava montada no gramado da frente. Ruby logo se juntou a Emma, que estava no bar, tomando um copo de água, enquanto olhava o pessoal sentados as mesas, toda sua família e alguns amigos do trabalho tanto de Júlia quanto de Meghan. Instintivamente seus olhos verdes pararam na figura de seu pai, que estava rodeado dos amigos de longa data Ah meu velho!

— Quanto tempo que não reunimos a família assim? – perguntou Ruby pegando um copo de água para si também.

Emma soltou um suspiro depois de tomar um gole de sua água – Ah muitos anos, acho que as noivas ainda eram crianças. – brincou Faz muito tempo, e ele passou muito rápido!

— Não acham que é um pouco cedo para beberem? – brincou Jane assim que se aproximou de suas amigas.

Emma sorriu – Um casamento no final da manhã é uma boa desculpa para começar a beber cedo. – piscou brincalhona Apesar de estarmos tomando água!

— Concordo com você. – se virou para o bartender – Me vê o que elas estão tomando. – pediu e imediatamente recebeu seu copo e tomou um gole – Mas é agua. – disse chocada.

— Acho que preferimos ver nossas filhas casar primeiro para depois ficarmos bêbadas. – brinco Ruby terminando sua água – Afinal não somos mais tão novas assim para termos o mesmo pique de antes...

— Faz sentido. – comentou Jane e tomou mais um gole de sua água. O silêncio pairou sobre elas, enquanto refletiam sobre a rápida passagem do tempo e viam a movimentação na tenda era grande.

Instintivamente os olhos de Emma caíram novamente sobre seu pai, e viu o sorriso fraco que abriu – Vocês têm a impressão de que esse casamento foi feito meio que as pressas? – perguntou quebrando o silêncio Vou prometeu a Regina que não ia mais pensar nisso! Eu disse que tentaria não pensar nisso, mente!

— Mais que o nosso, não mesmo. – brincou Ruby, fazendo as três mulheres rirem – Mas não tenho essa impressão... Talvez queiram apenas formalizar o que já vivem.

— Foi a mesma coisa que minha morena disse. – comentou Emma olhando a festa toda Viu? Isso é coisa da sua cabeça Emma, pare com isso! Tudo bem mente, vou tentar deixar de lado, mas algo me diz que tem um algo a mais!

Jane colocou a mãe sobre o ombro da amiga – Então deixe de pensamentos bobos e vamos curtir o casamento.

— Jane tem razão. – Ruby reafirmou – Vamos que hoje é dia de festa, afinal as nossas duas filhotas estão casando.

A loira soltou um suspiro – Acho que vocês têm razão... – abriu um sorriso – Vamos curtir o casamento, e torcer para ter uma briga pelos buquês. – brincou Assim teremos algo para rirmos juntamente com todos os outros acontecidos passados!

— Oh se tiver, com certeza não será tão visceral como foi a do casamento de vocês. – a sargento riu.

— E Ângela não vai pegar no seu pé para você fazer parte dessa briga pelos buquês. – brincou Ruby terminando sua água.

Jane ergueu as mãos para o alto – Ainda bem que já sou casada e não preciso mais passar por essa “humilhação”. – brincou e as três riram, continuaram conversando tranquilamente enquanto o horário da cerimônia não começava.

—SQ-

— Então Jú, o que você quer fazer? – perguntou Regina entrando no quarto no qual sua filha estava se arrumando, ali também estavam Lucy e Violet, mas essa estava sentada devido a sua avantajada barriga grávida Ai mente, e pensar que estou casando mais um filho, no caso filha, e logo serei avó novamente! Ah Regina, o tempo passa e passamos junto com ele!

— Já demos várias opções... – comentou Lucy um pouco desanimada, uma vez que sua irmã não gostou de nenhuma opção.

— Ah Lucy, não fique brava, mas acho que uma maquiagem gótica não é apropriada para o momento. – riu Júlia.

— Já disse que não é maquiagem gótica, só porque eu sugeri uma maquiagem na tonalidade de roxo? – colocou as mãos na cintura indignada.

— Nem em tons vermelhos também é apropriada para o momento. – Violet colocou a mão sobre a boca para esconder o sorriso. Regina apenas comprimiu os lábios na tentativa de sorrir imaginando Júlia naquelas cores sugeridas Elas têm razão! Afinal é um casamento ao ar livre, então tem que ser leve!

— Mas tons de rosas dá um ar de gótica boneca. – Lucy ainda estava inconformada com aquele pensamento, e debochou da sugestão de Violet.

— Tudo bem. – Regina acalmou os ânimos, então olhou para sua filha Vou resolver logo isso, se não será eterna essa discussão! — Confia em mim? – perguntou.

— O que você pretende fazer? – questionou Júlia olhando para sua mãe.

— Só quero saber se você confia em mim, para me deixar fazer o que tenho em mente. – falou Regina olhando todas as maquiagens disponíveis Preciso pegar algumas minhas para completar essas! — Porque tenho certeza quando eu finalizar, você irá adorar o resultado.

Júlia soltou um suspiro – Você não irá me dizer, né? – Regina apenas negou com a cabeça e sorriu – Tudo bem, faça sua mágica mãe.

— Um minuto que já volto. – Regina disse e saiu do quarto, para buscar algumas maquiagens próprias – Voltei. – anunciou assim que entrou dois minuto depois – Vamos ao trabalho. – piscou Tenho certeza de que você irá adorar!

—SQ-

— O que você achou? – questionou Kathryn assim que ajudou sua filha a se maquiar, elas estavam em outro cômodo, mas no andar de baixo da casa principal.

— Ficou perfeito. – disse Meghan se olhando no espelho – Bem suave, porém com ênfase nos olhos.

— Ainda bem que a mãe chegou para ajudar. – brincou Sarah – Porque se dependesse de você, nem uma escova no cabelo passaria.

— E se bobear ainda iria de jaleco. – brincou Anastasia, a irmã mais nova.

Meghan olhou para sua irmã – Também não exagera.

— Não estou exagerando, tanto que não conseguimos fazer você tirar seu tênis all star do pé. – apontou para o tênis vermelho.

A veterinária deu um sorriso de lado – Tenho que manter meu estilo.

— Nervosa? – perguntou Kathryn, que estava sorrindo, assim que se sentou, depois de juntar suas coisas de maquiagem. Por mais que ela quisesse negar, achou que o tênis da filha havia combinado com o visual.

— Estaria mentindo se dissesse que não... – Meghan soltou uma longa respiração – Mas acho que só não é maior, porque Jú e eu já moramos juntas, e isso é apenas para formalizar nossa união.

— Também não é para menos, pois é um grande momento na vida de vocês duas... – disse Sarah feliz pela irmã – E se você não estivesse sentindo nada, você seria uma pessoa muito fria.

— Acho que não existe uma pessoa que não sinta nada nesses momentos. – comentou Meghan tentando controlar a respiração – Mas sei lá, como disse, sinto um nervoso aqui no estômago... – colocou a mão direita sobre o mesmo – E uma imensa alegria aqui. – colocou a mão esquerda sobre o coração.

— Então você está no caminho certo. – a advogada piscou para a filha – Por mais que o meu foi uma surpresa, ali na frente do juiz, eu estava assim, exatamente como você está agora.

— Mana, não se preocupe, no final sempre dá tudo certo. – Sarah sorriu para a irmã mais velha.

— Está muito boa a conversa, mas acho que devemos descer... – falou Anastasia rindo travessamente – Afinal quero aproveitar a festança do casamento.

Meghan soltou uma risada – Sabia que você estava aqui somente pela festa e comida. – brincou com sua irmã mais nova.

Anastasia olhou para sua irmã – E festas de casamento não são para isso? Comer e se divertir? Os noivos que fiquem com todo o nervosismo. – piscou brincalhona.

— Sabia, é minha cópia, mas tem todo o temperamento da outra mãe. – falou Kathryn rindo enquanto as quatro saiam da sala de estudos e caminhavam na direção da porta principal.

— Vai sua interesseira... – brincou Meghan dando um leve empurrão em sua irmã, para ir para frente – Faça algo útil e veja se a escada está vazia. – pediu.

— Pode vir. – falou a mais nova – O caminho está limpo... Me sinto em um filme de ação. – brincou. Conversando tranquilamente as quatro mulheres saíram da casa e sorriram ao ver a tenda naquela movimentação alegre.

— Quanto tempo que não via a fazenda cheia desse jeito, com todo mundo reunido. – sorriu Kathryn, quando inúmeras lembranças invadiram sua memória.

— Cheia ou não, agora vou curtir a festa. – falou Anastasia rindo e foi conversar com suas primas.

— Essa não tem jeito. – falou Meghan rindo – Mas acho que a última vez que todo mundo reunido foi quando ainda era criança. – arriscou um palpite.

Kathryn assentiu com a cabeça – Muito provavelmente, bom, vamos aproveitar os minutos antes de começar a cerimônia. – falou a advogada e foi na direção de sua esposa, que ainda conversava com Emma e Jane.

— Bom casamento minha irmã. – Sarah deu um leve beijo no rosto de sua irmã e foi se enturmar com os seus primos da mesma idade.

Meghan sorriu e caminhou na direção da mesa de seus avós, que já estavam todos sentados e apenas esperando a cerimônia começar – Vovôs. – falou abraçando um de cada vez, e deixou por último, o pai de Emma – Vô Georgie. – sorriu emocionada.

— Ah Meggie, como você está mais linda que o de costume. – falou o pai de Emma emocionado – Assim o coração desse velho não aguenta de tanta alegria. Obrigado por me proporcionar mais essa emoção em vê-las casar. – colocou a mão sobre o rosto de sua neta.

— Ah vô, eu que tenho que agradecer por tê-lo em minha vida. – sorriu amorosamente – Só não me faça chorar, se não vai arruinar a minha maquiagem e a minha mãe vai me matar antes de casar. – brincou e com o dedo indicador e com todo cuido limpou a lágrima que surgiu – Então Jú vai me ressuscitar para então me matar de novo.

— Não se preocupe, que antes de Katy te alcançar, ela terá que passar por mim. – piscou George travessamente.

Emma enquanto conversa não tirava os olhos dos convidados. Sorriu ao ver Meghan surgir na porta, com um sorriso estampado em seu rosto O tempo passou rápido demais! É o segundo casamento dos meus filhos, estou ficando velha demais! Sem comentar que logo você será avó novamente! Ah mente, e temos mais uma neta vindo aí para bagunçar junto com Amy! Então seu semblante franziu ao ver a cena de Meghan e seu pai, achou um pouco estranho, mas não era momento de perguntar, afinal era um casamento e momento de alegria Mas depois eu pergunto!

—SQ-

— O que achou? – perguntou Regina assim que terminou a maquiagem Eu acho que ficou perfeita com tudo!

— Ah mamãe, ficou maravilhosa. – disse Júlia se olhando no espelho – Obrigada. – sorriu.

— Essas cores mais claras realçaram seus olhos, e a cor um pouco mais vibrante nos lábios deu um toque mágico. – comentou Regina orgulhosa de seu trabalho, enquanto fechava os estojos de maquiagem Que bom que ela gostou!

— Tenho que concordar com a mamãe, ficou perfeita a maquiagem. – falou Lucy, agora convencida, que suas ideias não eram lá muito adequadas para o momento. Pescou seu celular ao escutar que havia recebido uma mensagem. Sorriu – A outra noiva já está pronta para o casamento. – disse e olhou para sua mãe e irmã – Hora de levar a noiva que falta?

— Sim! – disse Júlia ao se levantar, com um sorriso nos lábios. Lucy assentiu com a cabeça e escreveu uma resposta. Sem dizerem mais uma palavra, as três mulheres saíram do quarto e caminharam na direção da escada.

—SQ-

— A outra noiva está pronta e vindo. – falou Henry ao receber a resposta de sua irmã – Hora do casamento. – anunciou.

— Vamos começar. – Ruby disse animada – Teremos um casamento para celebrar. – foi na direção de sua filha. Assim que chegou ao lado dela, viu Meghan dar um beijo em seu avô, e acompanhada de sua mãe, as duas caminharam até o pequeno palco, onde a juíza que realizou o casamento de Henry estava ali pronta para realizar mais uma cerimônia – Filhotinha, te desejo tudo de bom, e sabe que pode contar comigo e toda essa família.

— Eu sei, mãe. – Meghan disse feliz – Obrigada. – Ruby apenas sorriu abertamente, depositou um beijo nos cabelos da filha e foi se sentar ao lado de sua esposa, a mesa que já tinha Maura, Daniel e Killian. Assim que ergueu seu olhar, viu Júlia saindo da casa, e imediatamente seu coração acelerou. Nunca havia visto Júlia tão linda como naquele momento, e ali caiu de amores mais ainda.

Júlia correu seus olhos por todos ali, percebendo que depois de muitos anos todo mundo estava ali, não estava faltando ninguém. Sorriu abertamente, então seus olhos caíram em seu avô, um sorriso carinhoso foi ofertado a ele, que retribuiu o sorriso.

— Pronta Jú? – Emma parou ao seu lado, percebendo a troca de sorrisos Vamos te levar até a sua noiva!

— Sim. – respondeu alegre.

— Permita-me? – ofereceu seu braço para sua filha, que o aceitou.

— Permita-me? – Regina ofereceu seu braço para sua filha Os casamentos aqui na fazenda sempre têm algum detalhe que marca e diferencia! O seu casamento que o diga, não Regina? Não tem um, mas vários detalhes marcantes! Esse abriu as portas para os casamentos seguintes mente!

— Claro. – respondeu Júlia aceitando, passando seu outro braço, e acompanhada por suas duas mães, a médica caminhou até o palco em que sua noiva estava.

As duas mães deram um beijo na bochecha da filha, a deixando ao lado de Meghan, desejaram coisas boas e foram se sentar a mesa.

— Que todos sejam bem-vindos... – começou Beatrice sorrindo – Confesso que estou feliz em poder voltar aqui para poder celebrar mais uma união. – sorriu novamente e fez uma pequena pausa – Hoje é um dia de alegria, pois estamos aqui para testemunhar o casamento de Júlia Swan-Mills e Meghan Lucas-Midas... – olhou para as duas mulheres – Além de tudo que as noivas me falaram sobre elas, eu tomei a liberdade de ir conversando com alguns convidados, melhor dizendo, familiares, para conhecer um pouco mais sobre as noivas, e descobri coisas fantásticas a respeito, claro que não somente delas, mas de todos. – sorriu.

— Sinto muito juíza, mas agora que sabe todos os segredos dessa louca e imensa família, você agora está fadada a realizar todos os casamentos que surgirem a partir de hoje. – brincou Daniel, tirando risadas de todos.

— Aceito meu destino e sentença sem nenhum problema. – brincou de volta, então soltou um suspiro – O amor. O amor pode construir pontes, pode construir famílias, ele é o alicerce para tudo. E é o que vejo muito aqui. Amor. Amor entre os avós. Amor entre pais e mães. Amor entre irmãos. Amor entre amigos. E esse amor é tão forte que foi capaz de unir pessoas tão diferentes nessa grande e maravilhosa família. – fez uma pequena pausa – E a comprovação é esse lindo casal a minha frente, que hoje celebram mais um feliz dia em suas vidas... – soltou um suspiro – É de livre e espontânea vontade que se unam hoje em matrimônio?

— Sim. – respondeu as duas ao mesmo tempo.

— Há alguém presente que tenha algo a dizer que possa impedir esse casamento? – esperou, e ninguém se manifestou – As noivas gostariam de dizer algumas palavras?

— Sim... – disseram ao mesmo tempo, então Meghan sorriu e deixou Júlia falar primeiro – Eu nem sei por onde começar... – iniciou a médica – Mas o que eu sei que minha vida não seria do jeito que é se você não estivesse ao meu lado desde o primeiro momento. – soltou uma longa respiração – Na época do orfanato, quando você foi adotada eu era uma mistura de sentimentos... Feliz porque você teria uma família, mas triste ao mesmo tempo porque eu estava me separando da minha melhor amiga. Sei que é egoísta, mas era o que estava sentindo naquele momento... – sorriu entre as lágrimas – Então aqueles dois anjos, que hoje são minhas mães, me trouxe a oportunidade de poder sonhar com uma família novamente, mesmo tendo você longe. E o quão grande foi a minha surpresa quando em uma tarde ensolarada eu vi você nesse mesmo gramado, você não sabe o quanto fiquei feliz por ter de volta a minha melhor amiga em minha vida... – fez uma breve pausa – E desde então eu fiz de tudo para te manter e não pretendo te deixar se afastar nunca mais. – soltou uma longa respiração, pegando a aliança da almofada que Amy segurava – Eu, Júlia Swan-Mills, aceito você Meghan Lucas-Midas, como minha esposa. – colocou a aliança no dedo – A mulher que pretendo amar pelo resto da minha vida e a mulher que quero construir a nossa família.

— Meghan? – perguntou a juíza, sorrindo feliz, e enquanto Júlia falava, ela percorreu os olhos pelos convidados e eram os poucos que não estavam emocionados. Mas percebeu em especial, o pai de Emma, bem emocionado, seguido das quatro mães. Ângela era emotiva por natureza, também estava emocionada.

— Eu sei o que você sentiu, pois eu senti o mesmo quando voltei para o orfanato e descobri que você e Tom haviam sido adotados. Uma mistura de felicidade e tristeza. Então um dia dois anjos surgiram na minha vida querendo me adotar, e elas também não comentaram que conheciam a Júlia, aliás, elas nem sabiam que nos conhecíamos, foram saber só depois de algum tempo... – Meghan sorriu entre as lágrimas – Quais as chances de nos reencontrarmos em tão pouco tempo? Eu já estava feliz por novamente ter sido adotada, então imagina a minha felicidade ao reencontrá-la nessa fazenda? – limpou a lágrima que se formou em seu olho – Você sempre me diz que a minha história de vida daria um roteiro de filme, mas sendo bem sincera, a sua também daria um baita filme. – fez uma pausa e olhou para todos – A história de cada um aqui daria um excelente filme...

— Não meu bem, o meu seria uma mega trilogia de sucesso. – brincou Killian, fazendo todos rirem.

Meghan riu – Ou então um seriado maravilhoso. – continuou, então pegou a aliança, respirou fundo – Eu, Meghan Lucas-Midas, aceito você, Júlia Swan-Mills como minha esposa. – colocou a aliança no dedo – A mulher que eu não vejo mais a minha vida sem, e se não for para construir a nossa família com você, minha vida não teria sentido nenhum. – sorriu para a juíza.

— Eu, juíza Beatrice Sherman, diante dos poderes a mim investidos pelo estado, realizo e oficializo a união civil desse casal a minha frente, diante a justiça. A partir de hoje, as duas se tornam uma só, unindo de uma vez essa família. – fez uma pausa. Júlia e Meghan haviam conversado e acordado que apesar de casadas, não uniriam os sobrenomes, porque seria um gigantesco sobrenome, mantendo os nomes de solteiras – Assim as declaro esposa e esposa. Podem se beijar. – sorriu feliz.

Imediatamente as duas se inclinaram a frente e selaram a união em um selinho carinhoso. Meghan se virou e viu muitos ali chorando emocionados – Sei que muitos de vocês vieram apenas para esse momento, então vamos festejar. – brincou.

— Era isso que eu queria ouvir! – brincou Anastasia.

— Agora o babado começa realmente. – Daniel entrou na brincadeira.

Megah e Júlia riram, a veterinária segurou a mão de sua, agora, esposa e foram para a pista de dança e ali dançariam a primeira música. Dançaram uma música e meia apenas as duas na pista de dança, então os demais casais começaram a “invadir” e a dançarem também. Em um dado momento, as duas foram até o vô George e conseguiriam convencê-lo a dançar com as duas ao mesmo tempo, depois o retornaram a cadeira.

A festa foi pela tarde toda e adentrou a noite, foi quando as noivas discursaram a alegria em poderem compartilhar aquele momento com quem mais importava, e o quanto estavam felizes e gratas por ter conseguido reunir a família toda naquela comemoração. Claro que teve muitas lembranças desde elas pequenas e até as bagunças que os maiores faziam nos churrascos. Despediram de todos, e estavam na limusine que as levariam até Boston para elas pegarem um avião e irem para Nova Orleans, por fim curtir a lua-de-mel mais que merecida.

Não muito tempo depois, Cora estava ajudando George a se levantar, quando Emma apareceu a seu lado – Hey, seu velho turrão. – brincou a loira. Mas com uma ponta de verdade, já que ele negava muitas coisas, como exemplo, a bengala para ajudá-lo a andar. – Vem que eu ajudo. – segurou seu pai pelo braço e o olhou Ah meu velho, o tempo passou para você também! — Vocês não querem dormir aqui hoje? – ofereceu.

— Ah minha doce e encantadora filha. – brincou George de volta – Hoje não Emma, a casa já está cheia, e outra, meus remédios ficaram lá em casa.

Emma olhou para Cora – Vocês sabem que sempre cabe mais gente aqui. E eu posso buscar seus remédios.

A arquiteta sorriu – Sabemos, mas preferimos ir para casa, já estamos numa fase de que precisamos de silêncio em uma parte do dia. – riu – E como George disse, os remédios dele está em casa.

— Tudo bem, então eu ajudo vocês. Mas porque não vieram com o carrinho? – falou a loira e sem pressa começou a caminhar junto a seu pai, na direção da casa deles – Gostaram do casamento? – começou a puxar uma conversa leve enquanto caminhavam.

— Uma caminhada seria muito bom para mim, minha filha... – respondeu o homem – E você sabe que detesto aquele carrinho. – brincou. Emma sorriu, mas preferiu não prolongar esse assunto, pois já havia diversas vezes conversado com seu pai, mas ele continuava firme em sua resposta.

— Foi lindo. – respondeu Cora, mudando de assunto, sorrindo abertamente lembrando da festa e enquanto via a felicidade de suas duas netas mais velhas.

— Foi inesquecível como todos os outros que aconteceram aqui nessa fazenda. – respondeu George sorrindo diante de tantas lembranças – E lindo como todos.

— Chegamos. – disse Emma assim que pararam a frente da pequena escada que leva a varanda da casa Falta pouco!— Vamos lá, só mais uns degraus e alguns passos até a sua poltrona. Assim você pode descansar do agitado dia de hoje.

— Tudo bem, Georgie? – perguntou Cora ao ver seu marido sentar na poltrona.

— Sim, minha querida. – respondeu soltando um longo suspiro – Apenas cansado mesmo, vou descansar um pouco aqui e depois vou me deitar. Tudo bem?

— Claro, descanse um pouco enquanto eu vou pegar seu remédio, que está na hora de tomar inclusive. – disse Cora saindo da sala.

Emma apenas olhou para onde Cora saiu, e depois se agachou a frente de seu pai Vamos ver se ele fala alguma coisa! — Hey meu velho, o que está acontecendo? – perguntou carinhosamente Tudo bem mente, eu sei o que está acontecendo, ele está ficando velho!

George olhou para sua filha – Seu velho pai, já não é tão novo assim, o tempo está acontecendo. – respondeu e fechou brevemente os olhos.

A loira o encarou por alguns segundos, pensativa Eu sei disso, porém sinto que tem algo a mais e que você não quer me contar! — Você me contaria se algo estivesse errado, não contaria?

Mais um longo suspiro – Claro que contaria. – respondeu ao abrir os olhos ao mesmo tempo – Não está nada errado, apenas o tempo mesmo, minha filha.

— Cheguei. – anunciou Cora com o remédio e um copo de água – Aqui, tome. – entregou ao seu marido – Acho que você deva descansar um pouco agora, que tal?

— Acho bom. – concordou George entregando o copo vazio para Cora – Obrigado. – se levantou sem problemas.

— Bom, vou deixa-lo descansar então. – falou Emma se levantando, e indicou para que Cora a acompanhasse até a porta, e viu seu pai acenar e caminhar sem pressa para o quarto – Cora, seja sincera, está tudo bem com o meu pai? – quis saber assim que estavam do lado de fora.

A mulher mais velha apenas soltou um suspiro – Emma, você sabe que seu pai já está com idade avançada, assim como eu, Eugênia e todo mundo dessa geração... – fez uma pausa – Mas no geral ele está bem.

A loira apenas observou sua sogra, então soltou um suspiro – Sim, eu sei que a idade chega para todo mundo... – parou e pensou dizer algo a mais, mas desistiu no último minuto – Sabem que se precisarem de alguma coisa, me chamem, por favor. – pediu Vou deixar quieto por hora, mas ainda vou procurar saber mais!

— Você sabe que chamaremos. – confirmou a arquiteta. Despediram e Cora ficou ali alguns segundos vendo Emma se afastar, soltou um longo suspiro, então entrou e foi para o quarto, quando entrou, viu seu marido a olhando – Você está bem? – quis saber.

— Apenas cansado. – respondeu ele sentado em um poltrona – Vem, sente-se aqui. – pediu indicando a outra poltrona.

Cora sorriu e foi se sentar – Georgie, você sabe que deveria contar a Emma. Afinal ela não é boba e já está bem desconfiada...

Um longo suspiro saiu de seus lábios – Eu sei... – murmurou – Uma hora eu conto, não se preocupe.

— Só não demore muito. – foi a última coisa que respondeu. Ajudou seu marido a ir para a cama, e então deitados, pegou o controle da tv e a ligou para assistirem algum programa, apenas para passar um pouco de tempo e irem dormirem.

—SQ-

A noite já estava alta, todos haviam se recolhido, apenas as coisas da festa estavam no gramado. Emma soltou um suspiro assim que se sentou na cadeira de balanço, com Rapaz aos seus pés. Ficou ali olhando para as luzes da fazenda acesa, e aquela imensidão escura. Tomou um gole de água do copo que tinha em mãos.

— Hey! – chamou Regina assim que apareceu a porta – Problemas para dormir? – sentou-se ao lado de sua esposa – Foram as emoções do casamento? – brincou Foi emocionante!

— Na! O casamento foi lindo. – respondeu Emma ainda olhando para a imensidão escura Apenas pensamentos da minha cabeça! — Acho que Hen inaugurou a era dos casamentos sem emoções, no sentido de não haver nenhuma história para ser contada, tipo briga por buquê. – riu.

Regina soltou uma risada Não sei se agradeço ou reclamo por isso!— Acho que prefiro assim, pois não tenho mais idade para essas aventuras. – fez uma pequena pausa Vamos lá! — Me conte o que está te deixando pensativa.

Emma finalmente olhou para sua esposa – Eu não consigo te esconder nada, não?

A advogada abriu um sorriso carinhoso Nem na época em que brigávamos! — Praticamente vinte anos juntas, eu conheço cada movimento seu, minha loira. – fez uma pausa – Vai me contar?

— Estava reparando em meu pai... – começou depois de alguns segundos em silêncio – Ele está bem cansando... Ele diz que é a idade... Mas sei lá, talvez tenha algo relacionado ao coração... Mas turrão do jeito do que é não me deixa acompanha-lo nas consultas e sempre diz que está tudo bem. – desabafou.

A advogada soltou um suspiro – Também não gosto de pensar nisso, mas nossos pais estão envelhecendo, minha loira, assim como nós... Creio que seja apenas isso, se não for, com certeza eles teriam nos contado algo. – olhou para sua esposa – Amanhã ou em um momento oportuno conversarei com minha mãe e tentarei descobrir algo, tudo bem?

A loira ficou olhando para sua esposa, ainda um pouco incerta No momento é que tenho!— Pode ser... – o silêncio pairou sobre elas, que ficaram ali uma aconchegada a outra por vários minutos em silêncio – Você viu a felicidade das nossas meninas hoje? – Emma quebrou o silêncio, mudando o foco do assunto Ah elas estavam tão lindas, e o melhor, tão felizes!

— Eu vi, e fiquei tão feliz por elas. – concordou a morena Hoje o dia foi tão especial para elas! — Quem será o próximo ou a próxima a casar? – quis saber.

— Espero que ninguém, pois não quero pensar que estou ficando velha. – brincou a loira Ainda está cedo para pensar em algum outro casamento! — Acho que a canseira bateu, vamos voltar para a cama? – soltou um bocejo.

— Eu concordo, pois estou caindo de sono aqui. – disse a advogada, deu um beijo na bochecha de sua esposa, e se levantou, estendendo a mão – Vamos? – Emma sorriu Com você morena, vou para qualquer lugar que você disser! aceitou a mão oferecida. Sem dizerem nada, entraram e fecharam a porta assim que Rapaz entrou.

—SQ-

Fazia quase um mês que o casamento havia acontecido. Em alguma pequena cidade perdida no interior do estado Texas, na quase divisa com o Novo México, um homem sentado no banquinho no balcão de um bar, tomando sua cerveja barata, enquanto fumava seu último cigarro do maço.

Ali havia mais alguns homens, sempre os mesmos, praticamente fregueses conhecidos do local. O dono, estava atrás do balcão limpando alguns copos. A tv ligada em um canal de esportes, estavam comentando sobre a rodada de baseball.

— Hey Ed, se eu não soubesse que você não tem família, e muito menos filhos... Eu diria que esse jogador do Red Sox, o Swan-Mills, é seu filho. – brincou um dos caras sentado um pouco afastado, mas também no balcão.

Ed levantou o olhar e fixou na tv justamente na hora que deram um close no rosto de Tom – É... Filho... – murmurou e terminou de tomar sua cerveja.

 


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Notas finais do capítulo

Tadá!

Quem diria não? Lucy toda descolada no romance e finalmente se formando! Emma e Regina aproveitando a viagem para conhecerem um pouquinho de Paris, enquanto curtem a companhia da filhota. Finalmente Jú e Meggie se casaram oficialmente. Será que teremos pessoas ressurgindo? Aguardaremos os próximos capítulos!!

Até a próxima!



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