Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 202
Capítulo 202


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, voltei!! Espero que todos estejam bem!

Quero agradecer imensamente a todos que comentaram, favoritaram e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita! Muito obrigada mesmo!!

Esse capítulo focado em Tom e o começo da realização de seu sonho. Aaahh esse capítulo retrocedeu só um pouquinho para contar um pouquinho do segundo colegial de Tom, mas depois voltou a cronologia normal e já deu um pulinho no tempo! Só estou explicando para que não ficar muito confuso agora o começo!

Boa leitura e divirtam-se!



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— Ele não é um sonho? – perguntou Nancy suspirou quando viu Tom e Jared passando pelo corredor, os dois rapazes conversando.

— Qual deles? – questionou Natalie sem muita paciência.

— Tom, é claro. – respondeu a moça levemente envergonhada.

— Eu já acho o primo dele mais bonito. – soltou Ruth ao se aproximar – Mas eles nem sabem que nós existimos. – comentou ao ver Jared sorrir abertamente para uma garota da outra turma, enquanto Tom conversava com sua colega.

— Mas Tom troca de namorada como troca de camiseta, então ainda tenho esperança de entrar nessa fila. – soltou Nancy.

— Ele nunca namorou sério. – comentou Ruth, enquanto caminhavam na direção da sala de aula, pois o sinal havia batido.

— Para mim, não tem problema, afinal sonhar ainda não custa. Além do mais quero apenas tirar umas casquinhas dele também. – piscou Nancy para sua amiga enquanto entravam na sala de aula.

—SQ-

— Namoro? – questionou Regina erguendo uma sobrancelha e olhando diretamente para seu terceiro filho Mais um filho de namoro! Ele até que demorou, Regina! Ah mente, agora não!

O rapaz soltou um suspiro – Não é bem namoro, namoro no sentido literal da palavra. – se defendeu.

— Ah não? – Emma questionou cruzando os braços e encarou seu filho também Vamos ver qual é a desculpa esfarrapada dele!

— É apenas um namorico, nada sério. – explicou Tom – Apenas curtimos um tempinho juntos e depois cada um para seu lado.

— E esse curtir um tempinho quer dizer o que? – Regina estava incrédula Eu não criei filho para se aproveitar assim!

— Ah mamãe, apenas alguns beijos, abraços e mais alguns beijos e então a vida segue. – respondeu e sorriu abertamente.

— Só espero que esses beijos e abraços não levem para uma terceira base ou mesmo uma corrida completa. – comentou Emma, levemente surpresa com seu filho, mas ela mesma não podia julga-lo que na sua época de colegial “aprontou” bastante Mas pelo menos eu sabia que não tinha como ficar grávida!

— Ow não!! – Tom franziu o cenho – Eu quero ser jogador primeiro, e não quero ser pai tão cedo.

— Espero mesmo que você continue pensando assim. – comentou Emma sorrindo de lado Pelo menos tem um pouquinho de juízo!

— Sem falar que você tem apenas dezesseis anos. – Regina lembrou E eu sou muito nova para ser avó!

Tom sorriu de lado – Fale isso para o Jared. – e riu.

Os olhos de Regina se alargaram – O que?

— Morena, deixe que Ruby e Kathryn se preocupem com ele. – disse a loira olhando para sua esposa – A nossa preocupação é com esse aqui a nossa frente.

— Mas eles têm apenas dezesseis anos. – murmurou totalmente surpresa.

Emma soltou um suspiro e olhou para seu filho – Tom, nós precisamos logo mais ter aquela conversar sobre isso, e nenhum filho passará sem termos essa conversa.

— Ah mãe... – ele começou a reclamar e Emma ergue sua mão o interrompendo.

— Como eu disse nenhum filho ficará sem essa conversa, mas ela não será agora, e sim mais para frente. – reafirmou Emma – E sinceramente eu espero que você não esteja enganando essas meninas com esse seu namorico.

— Eu juro, mãe. Já deixo bem claro que quero apenas beijos e abraços, nada sério. Mas se caso, aconteça algo, eu sei que preciso usar preservativo, eu tive aula de reprodução humana. – falou Tom sorrindo travessamente, então ficou sério – Eu realmente quero ser jogador primeiro e então só depois pensar em família.

— Confiaremos em você, meu filho. – comentou Regina olhando para o filho Darei um voto de confiança, assim como dei um voto para Jú e Hen!

Tom sorriu – Confie mamãe, eu sou um espírito livre e não quero me apegar a ninguém agora. – piscou – Estou liberado?

— Sim, espírito livre. – brincou Emma Era só o que me faltava! — Por enquanto está liberado. – gesticulou com a mão junto – Ah Tom? – chamou e o rapaz eu já estava a porta, parou e olhou para suas mães – Tenha juízo com esses seus namoricos.

— Sempre. – respondeu com um sorriso e piscada de olho antes de sumir da sala.

Emma se sentou na poltrona, enquanto Regina sentou no sofá – Espírito livre... Era o que eu precisava ouvir no momento. – brincou. Regina soltou um longo suspiro, mas acabou sorrindo Esses meus filhos!

—SQ-

— O que? – perguntou Kathryn muito surpresa e começando a ficar com raiva.

— Foi o que eu disse a vocês. – respondeu Jared encolhendo os ombros diante da fúria de sua mãe loira. Já Ruby estava apática, porém não estava brava – Eu não sou mais virgem.

— E quando isso aconteceu? Eu quero saber com quem também! – exclamou Kathryn possessa. Então sentiu uma mão sobre seu ombro e olhou para ver sua esposa.

— Katy... Ficar assim não irá adiantar, sem falar que não tem como voltar mais. – comentou Ruby serena.

— Mas ele só tem dezesseis anos! – resmungou para sua esposa, mas ainda brava.

— Eu sei. – concordou a veterinária – O que precisamos agora é orientá-lo para não engravidar ninguém antes do tempo.

— Eu não quero ser avó tão nova. – olhou para o filho – Espero que você não vire pai daqui a alguns meses.

— Não vou. – falou o rapaz – Eu usei proteção.

As duas mulheres soltaram um suspiro – Bom, então acho que podemos ter aquela conversa.

— Ah não. – resmungou o rapaz.

— Não vem com ah não. – Kathryn olhou séria para seu filho, que voltou a encolher os ombros.

— Se foi adulto suficiente para chegar aos finalmente, tem que ser adulto suficiente para termos essa conversa. – disse Ruby ao se sentar na poltrona de frente ao filho – Que a propósito, suas irmãs também tiveram essa conversa conosco, e seus irmão mais novos também terão, quando for o momento certo para eles. – fez uma pausa e Jared apenas soltou um suspiro – Então vamos lá...

—SQ-

Depois que ambas as famílias tiveram a conversa com seus dois filhos adolescentes, o tempo passou e Tom continuou “espírito livre” e com seus namoricos de uma ou duas semanas, enquanto Jared acabou engatando um namoro um pouquinho mais sério com a garota de quem ele gostava. Assim foi o segundo ano do colegial para eles, e então veio o terceiro ano, finalmente. Jared acabou terminando o seu namoro, enquanto Tom estava mais focado nos treinos, e dessa vez quase não dando muita conversa para os namoricos. Principalmente que seu treinador em uma conversa pouco antes de um dos treinos apontou alguns olheiros sentados na arquibancada. Aquilo fez com que Tom focasse mais ainda nos treinos e nos jogos.

O olheiro amigo de Gregory passava um relatório semanal para ele sobre todo o desenvolvimento de Tom dos treinos e jogos. Comentou também que começaram a aparecer mais olheiros, mas todos de universidades até o momento, pois era normal, afinal eles sempre estavam a procura de atletas para representar o nome dessas instituições nas competições e futuramente nos drafts. Não havia somente olheiros do baseball, mas de outros esportes também, pois era comum um atleta competir em mais de um esporte no colegial, e quando fosse para a universidade então firmar em apenas um esporte.

— Chad! – chamou Gregory assim que entrou na sala, o homem apenas o olhou – Tenho boas e más notícias.

— Me dê as más, primeiro. – brincou Chad se ajeitando melhor em sua cadeira.

— As más notícias é que aumentou o número de olheiros, mas no momento são todos de universidades. Afinal estamos quase nomeio do ano letivo e agora as estrelas brilharão mais ainda. – comunicou Gregory.

— Essas são as más notícias?

— Não, a conversa com Juan Xavez deu uma esfriada, já que Oakland Athletics também entrou na jogada. – respondeu.

— Mas ainda estamos conversando, não? – quis saber Chad.

— Bem lentamente. – disse Gregory com um suspiro.

Chad se reclinou para trás em sua cadeira, pensativo – Bom depois quero saber tudo sobre essa conversa. – voltou a falar assim que olhou novamente para seu amigo – Agora teremos as boas notícias?

Gregory sorriu – Espero que sim. – fez uma pausa – Hank, meu olheiro no menino Thomaz, andou me passando relatórios semanais sobre o garoto. Cada vez ele evolui mais.

— Isso é uma boa notícia para o garoto, nem tanto para nós. – comentou Chad.

— Mas a informação que tenho a mais pode ser uma excelente notícia. – disse Gregory – Hank chegou a ter uma pequena conversa com Thomaz depois de um de seus jogos, e o rapaz soltou que o sonho dele é jogar no Red Sox.

Os olhos de Chad arregalaram animados – Agora sim temos uma excelente notícia. Além de uma grande chance de Thomaz ser nosso.

— Quando parto em viagem? – brincou Gregory.

— Assim que eu providenciar tudo, eu aviso quando nós partiremos em viagem. – comentou Chad já pegando sua agenda e começando a folheá-la dando ênfase no pronome nós – Mas precisamos fazer um primeiro contato com a família antes do natal.

Gregory se levantou – Depois você me avisa a data de nossa viagem. – saiu e parou a porta – Depois do almoço te passou tudo sobre a conversa com Juan Xavez. – Chad assentiu e voltou sua atenção para sua papelada, enquanto Gregory sumiu no corredor.

—SQ-

Setembro passou, e com ele outubro, novembro e as duas primeiras semanas de dezembro. O frio veio com tudo aquele ano, pois nem havia terminado o outono e já tinha neve caindo do céu.

Um carro grande preto entrou na fazenda pela entrada dos alunos, parando no estacionamento específico, do veículo desceram Gregory e Chad, os dois devidamente vestidos com seus ternos e sobretudo sóbrios, cachecol e luvas.

Um assobio foi ouvido – Que coisa linda, essa fazenda. – comentou Gregory impressionado – Mesmo debaixo dessa neve toda. Imagina quando for primavera ou verão. – era meio da última semana antes da parada de uma semana e meia para natal e ano novo.

— Se a nossa conversa der certo hoje, veremos essa paisagem no verão. – comentou Chad trancando o carro, depois de pegar sua pasta de couro – Oi, boa tarde, estou procurando pela senhora Emma Swan-Mills ou Regina Swan-Mills. – perguntou assim que viu um empregado passando por perto.

— A dona Regina, provavelmente você a encontrará no escritório. – apontou para o prédio com a porta de vidro – Dona Emma se não estiver no escritório, provavelmente estará pela fazenda.

— Obrigado. – agradeceu e começou a caminhar na direção do prédio indicado, com Gregory ao seu lado – Boa tarde. – bateu a porta vendo uma loira dentro do prédio concentrada a frente do computador.

— Boa tarde, em que posso ajudá-lo? – perguntou Emma abriu um pouco a porta. Sua jaqueta de couro toda forrada por dentro pendurada no encosto de sua cadeira, seu chapéu no gancho ao lado da porta Acho que eles não estão interessados em aulas de montaria!

— Estou procurando por Emma ou Regina Swan-Mills. – respondeu ao dar um passo dentro do escritório, assim que a loira abriu de vez a porta de vidro.

— Eu sou Emma, por favor, entrem. – pediu a loira, fechando a porta, para não perder todo o calor dentro da sala.

— Esse é o meu assistente Gregory Ayers, e eu sou Chad Malloy, diretor geral do Boston Red Sox. – estendeu a mão para cumprimentar – Gostaríamos de conversar sobre seu filho Thomaz. – soltou por fim e Emma apenas sorriu.

A loira indicou para deixarem os sobretudos pendurados e ofereceu as cadeiras a frente de sua mesa – Aceitam café? Um chá ou água? Uma bebida?

— Um café cairia bem com esse frio. – respondeu Chad assim que se sentou e deixou a sua pasta perto de si, mas no chão.

— Dois, por favor. – completou Gregory assim que se sentou também.

Emma fez dois expressos em sua máquina e levou para os dois homens adoçados com açúcar como queriam – Sobre o que exatamente vocês gostariam de falar sobre o meu filho? – quis saber assim que se sentou em sua cadeira novamente O que será que eles querem!

— Vou ser franco, senhora Swan-Mills...

— Emma, por favor. – pediu a loira – Assim fazem me sentir muito velha. – brincou.

Os dois homens riram, junto com ela – Como quiser... – Chad disse – Vou ser sincero Emma... Como me apresentei, sou diretor geral do Boston Red Sox, e sou responsável por garimpar talentos e contratações de jogadores para nosso time. – fez uma pausa – Se você não acredita pode procurar no site oficial do Red Sox que você verá minha foto lá.

— Acho que no momento, irei confiar na sua palavra. – disse Emma tomando um gole de seu próprio café – Mas continue, por favor.

— Meu assistente aqui... – apontou para Gregory – Tem vários olheiros espalhados pelo país, inclusive um aqui, e ele estava de olho em seu filho Thomaz...

— Estamos de olho nele praticamente desde o meio do ano passado. – comentou Gregory pela primeira vez.

— Sim, e vimos vários vídeos dele jogando baseball desde então... E temos interesse em firmar um pré-contrato com você e sua esposa, para que Thomaz seja jogador do Red Sox. – completou Chad sorrindo animado.

— Sério? – perguntou Emma surpresa Por essa eu não esperava! Tom irá enlouquecer de felicidade!

— Sim, muito sério. Thomaz tem muita capacidade para se tornar um excelente jogador, e gostaríamos de poder contar com ele em nosso time. – esclareceu Gregory.

— Aqui tem o pré-contrato que comentei... – falou Chad com a pasta em seu colo, aberta, entregando algumas folhas para a loira.

— Senhor Malloy, só vamos com calma, sim... – pediu Emma pegando o contrato Óbvio que estou feliz, porém essa parte não é comigo! — Eu realmente fico muito feliz que vocês tenham interesse no meu filho, mas a questão de contrato não é comigo e sim com a minha esposa... – fez uma pausa e colocou o contrato sobre a mesa – Vocês se importariam se eu telefonasse para ela e pedir para vir se juntar a conversa?

— Claro que não nos importamos! – respondeu Chad sorrindo – Talvez se quiser chamar Thomaz, se ele puder, para se juntar também, ficaremos felizes.

— Tudo bem, só um minuto então, por favor. – pegou o telefone da mesa e discou o número de sua esposa e esperou – Morena, está ocupada?... Teria como vir aqui no escritório? O Tom está com você?... Tudo bem, espero vocês dois aqui. – desligou o telefone ao colocá-lo de volta no gancho Quero só ver a cara do Tom quando souber disso tudo!— Em dez minutos eles estarão aqui.

— Vocês têm uma linda fazenda. – disse Gregory tentando iniciar uma conversa sem ser baseball ou Tom o foco principal no momento – Qual o negócio dela?

— Vocês precisam ver a fazenda no verão. – sorriu a loira – Nós trabalhamos com cavalos. Aulas de equitação, passeios. Temos uma equipe de competição também. Essa parte da fazenda deixamos apenas para as aulas. Subindo ao norte da fazenda, tem a área para os passeios e então mais acima nosso centro de treinamento da equipe.

— Impressionante. – comentou Gregory surpreso. Continuaram conversando por mais algum tempo esperando.

— Chegamos! – anunciou Regina abrindo a porta, entrou e logo em seguida Tom entrou – Desculpem o atraso, mas o dentista de Tom acabou atrasando. – tirou seu caso e cachecol. Tom tirou seu caso também, e seu gorro do Red Sox. Aquele gorro fez os dois homens sorrirem já.

— Sem problema, morena. – Emma sorriu feliz É agora! — Esse é Gregory Ayers, e esse é...

— Chad Malloy. – respondeu Tom sorrindo abertamente – Diretor geral do Boston Red Sox. – os olhos do rapaz brilhava intensamente.

— Pelo visto me conhece. – o homem riu. Tom apenas assentiu com um gesto de cabeça.

— Eu sou Regina... – falou a morena estendendo a mão para cumprimentar os dois homens.

— Thomaz... – disse o rapaz cumprimentando, depois que conseguiu controle do seu corpo novamente.

— Finalmente a oportunidade de conhece-lo rapaz. – falou Chad apertando a mão de Tom, que apenas sorria.

Emma sorriu Era essa a reação que estava esperando do meu garoto!— Posso dizer que hoje é um dia maravilhoso para Tom, tirando o dia que Tom conheceu David Ortiz. – brincou – Que tal se passássemos para a sala de reuniões, assim podemos todos sentarmos e conversarmos? – sugeriu a loira e todos assentiram.

Chad e Gregory se sentaram de um lado, enquanto Emma e Regina deixaram Tom entre elas – Do que se trata? – Regina iniciou a conversa Mas acho que posso ter uma breve noção do que se trata!

— Aqui morena... – a loira entregou o pré-contrato que recebeu.

A advogada passou os olhos rapidamente pelas folhas – O que seria isso?

— Nós estamos acompanhando Thomaz desde o meio do ano passado, pois suas habilidades no baseball são impressionantes. – começou Chad a explicar – Eu sou responsável pelas contratações de novos jogadores, e temos um grande interesse em contratar Thomaz.

Regina terminou de olhar o contrato Isso eu preciso ler com calma! — Mas pelo que eu entendo, vocês não têm um evento anual de escolhas e apenas para o pessoal dos últimos anos de universidade?

 - Sim, temos. – confirmou Gregory – Porém, a liga universitária de baseball não tem o mesmo nível de influência, habilidade e técnica que tem as ligas de basquete e futebol americano.

— E vocês, geralmente pegam jogadores da liga menores também. – acrescentou Tom, fazendo suas mães o olharem – Os times das ligas menores tem contratos de afiliação com os times da liga maior, e esse liga menor ajuda no desenvolvimento de jogadores, pegar ritmo para a liga maior, além de outras coisas. Essas ligas menores não são tão visíveis quanto a liga principal. – explicou rapidamente.

— Exatamente. – concordou Chad – E gostaríamos de contratar Thomaz assim que ele terminar o colegial.

— Vocês não vão esperar ele entrar na universidade? – questionou Regina surpresa, encarando os dois homens a sua frente Está um pouco estranho!

— Contratação diretamente logo após o colegial não é tão comum... – começou Gregory – Porém, Thomaz tem habilidades natas que gostaríamos que ele fizesse parte da nossa equipe.

— Veja bem... – falou Chad – No baseball temos cinco fundamentos básicos...

— Arremesso, rebatida, recepção, posicionamento em campo ou fielding, e basear ou movimento de corrida entre as bases. – respondeu Tom sorrindo.

Chad sorriu – Exato mais uma vez... – fez uma pausa – Um jogador bom, tem dois fundamentos bem desenvolvidos. Um jogador excelente tem dois fundamentos e um terceiro em desenvolvimento. Um jogador excepcional tem de três a quatro fundamentos desenvolvidos. Mas isso levasse anos para desenvolver.

— Já Thomaz tem pelo menos dois fundamentos bem desenvolvidos em curta idade, com mais um e eu arriscaria dois em desenvolvimento. – explicou Gregory – E gostaríamos de torna-lo um excepcional jogador.

— Por isso o nosso interesse em contrata-lo ao termino do colegial. – completou Chad sorrindo para Tom – Então, gostaria de ser um jogador do Red Sox?

— É o que eu mais quero nessa vida, é o meu sonho. – disse Tom animado.

— Tom, só um pouco de calma. – pediu Emma Vamos segurar os cavalos! — Sei que é o seu sonho, mas precisamos conversar certo sobre isso, afinal achávamos que você só seria draftado, ou escolhido, depois da universidade.

— Mas mães...

— Meu filho, sei que isso significa o mundo para você, mas precisamos realmente conversar direito sobre isso e principalmente ver o que está escrito nesse contrato. – comentou Regina colocando a mão sobre as folhas Afinal não é no impulso que faremos as coisas! — Você, mais do que ninguém, sabe o quanto te apoiamos em seu sonho, por isso pedidos um pouco de calma nesse momento.

Tom soltou um suspiro – Vocês têm razão. – concordou depois de ponderar tudo que foi dito.

— Senhores... – começou Regina assim que voltou sua atenção dos dois homens a sua frente Vamos aos negócios! — Creio que vocês entendem... Precisamos de um tempo para que eu, minha esposa e filho possamos conversar, e o principal, eu ler esse pré-contrato com mais calma. – apontou para as folhas.

— Sim, entendemos perfeitamente. – concordou Chad então entregou um cartão para Regina – Para caso Thomaz tenha um empresário...

— Oh ele não tem, mas acho que faço essa função. – Regina sorriu pegando o cartão – Posso não entender de baseball como meu filho, mas se tem uma coisa nessa vida que eu entendo, é de contratos.

Chad sorriu educadamente – Sem problemas, que tal voltarmos a nos falar no final de janeiro? Seria tempo suficiente?

— Creio que seja tempo suficiente. – concordou Regina com um sorriso profissional.

— Esse é um pré-contrato padrão, mas podemos fazer algumas mudanças se necessário. – comentou Chad fechando sua pasta.

— Tudo bem. – concordou Regina apenas observando o mesmo em sua mão Vamos ver o que esse contrato nos oferece!

Chad e Gregory se levantaram – Então voltamos a nos falar no final de janeiro. – estenderam as mãos – Tem um ótimo natal e virada de ano novo. – cumprimentou Emma e Regina – E rapaz, realmente foi muito bom conhece-lo. – apertou a mão de Tom. – foram conversando até a porta, quando se despediram em definitivo. Viram os dois homens entrarem no grande carro preto e logo sumir depois da saída dos alunos.

— Ah eu não acredito que o Red Sox veio aqui para me contratar. – Tom comemorou feliz, dando pulos no lugar – Mães, só me falem que eu vou jogar para eles, por favor. – seus olhos eram tão pidões como na época que era criança.

Emma e Regina sorriram – Claro que vamos deixar você jogar para eles, mas antes nós precisamos ter uma conversa muito séria sobre isso. E claro, eu preciso saber todos os pormenores desse contrato.

— Tudo bem, e quando podemos conversar? – perguntou ansioso.

— Depois do natal, pode ser, porque terei tempo para ler e reler o contrato quantas vezes precisar. – pediu Regina sorrindo para o filho Claro que vamos deixar você jogar pelo Red Sox, mas não e metendo as mãos pelos pés que faremos isso!

— É! Acho que consigo aguentar até o natal. – brincou.

Emma pegou o gorro do filho e colocou na cabeça do mesmo de qualquer jeito Estou feliz por você, meu filho, mas ainda temos que conter os ânimos! — Até parece... Aguentou até agora, uns dias não irá mata-lo. – vestiu sua jaqueta que havia pegado enquanto caminhava para a porta.

— Eu posso ligar para a tia Janie e contar o que houve? – perguntou animado.

— Pode, mas só depois do jantar. – concordou Regina enquanto caminhavam na direção da casa principal Tom recebeu seu presente de natal um pouco adiantado, mas que presente também!

—SQ-

— Hey Emma, o que houve?— perguntou Jane do outro lado da linha.

— Nah, sou eu tia, o Tom. – respondeu o rapaz com o celular de sua mãe no viva-voz – Mas estou usando o celular da minha mãe, assim que não preciso pagar a ligação. – brincou.

— Hey Tomzinho, o que você aprontou?— brincou a sargento — Esperto!— riu.

O rapaz riu – Eu não aprontei nada... Ainda. – brincou e escutou Jane rindo – Você está podendo falar, tia?

— Claro, estamos aqui em casa, jantando. – disse — A família toda reunida.

— Os tios e a vó Angie também? – questionou animado.

— Como disse, família reunida.— brincou — E suas mães?

— Estamos aqui. – respondeu Regina – Está no viva-voz seu celular?

— Não...

— Acho que deveria colocar. – sugeriu Emma rindo Porque todo mundo irá gostar dessa notícia!

— Pronto... Está no viva-voz.— falou Jane — Qual a notícia bomba do dia?— brincou.

— Chad Malloy veio até a fazenda... – respondeu Tom e esperou. Silêncio por um minuto inteiro.

— Calma... Você está falando o mesmo Chad Malloy que eu conheço?— questionou Frankie.

Tom riu – Eu só conheço um...

— O diretor geral do Red Sox?— Tommy disse surpreso.

— Esse mesmo! – afirmou Tom sorrindo de orelha a orelha. Eles haviam contado a novidade para toda a família durante o jantar e claro, estava todo mundo feliz por Tom – Ele veio até a fazenda, porque me querem no Red Sox assim que eu terminar o colegial.

— Espera! Você está me dizendo que o diretor geral Chad Malloy do Red Sox foi até você para contratá-lo?— perguntou Jane animada — Você assinou o contrato, não?

— Ainda não...

— Como não?— questionou Jane mais surpresa agora — Emma e Regina, como vocês não assinaram o contrato?

— Minha empresária, mais conhecida como minha mamãe quer ler o contrato primeiro e precisamos conversar certinho sobre isso. – respondeu.

— Ela está certa.— Maura finalmente entrou na conversa — Tem que ler e saber tudo do contrato.

— Foi o que ela disse, mas também me garantiu que eu vou assinar contrato com eles. – comentou Tom muito feliz.

Jane soltou um suspiro — Sua mãe e Maura tem razão, precisa ver isso certo mesmo.— conversaram mais um tempo, e antes que desligassem Tom foi parabenizados por todos.

—SQ-

A festa de natal foi mais animada que de costume, pois estavam comemorando o fato de que Tom seria um jogador do seu tão sonhado Red Sox. Infelizmente esse ano a família Rizzoli-Isles não viria para a fazenda, pois a mãe de Maura sugeriu uma viagem para eles todos irem com ela para Paris, depois de muita conversa aceitaram o convite. Mas Daniel e sua família apareceram para ajudarem na alegria. Júlia e Meghan ainda estavam no esquema de pegação apenas entre elas duas. A futura veterinária estava feliz devido ao seu estágio em uma clínica de cães e gatos que estava quase evoluindo para uma futura vaga de emprego assim que se formar. Já Júlia havia passado dois meses na área pediátrica, por amis que achasse linda crianças, não havia se empolgado, passou também pela área de ortopedia e foi outra que não a empolgou. Agora estava na área de obstetrícia, mas só estava esperando a hora que passasse pela área de neurologia, que era a área que ela queria muito quando resolveu que queria fazer medicina.

Henry estava cada vez mais encantando com seu curso, assim como Sarah. Ele ainda continuava treinando e havia algumas equipes profissionais de olhe nele. Claro que Regina também estava sabendo sobre isso, e assim como Tom, ela também seria a “empresária” de Henry.

As gêmeas cada vez estavam melhores em suas montarias, e Lana falava que não queria ser igual ao Henry e sim igual a sua mãe loira. Cuidar da fazenda e dos cavalos. Jennifer falava que gostava de ajudar sua mãe na “papelada”. As duas mulheres achavam que a loirinha talvez quisesse fazer administração, já Lana ainda era uma dúvida para qual curso ela iria fazer. George comentou que gostaria de seguir os passos de sua dinda e ser agente do FBI, e Benjamin seguiria os passos de Cora e John sendo arquiteto. Lucy continuava firme e forte em seu desejo de ser uma grande chef de cozinha. Samuel também queria ser como seu avô John e ser arquiteto. O pai de Kathryn não se continha de felicidade. Jared ainda não tinha muita ideia do que gostaria de fazer. Anastasia disse que achava legal ser dentista e queria fazer isso, e Joshua queria ser mecânico e consertar carros. E nessa alegria passaram a véspera de natal e o dia de natal.

—SQ-

Tom, Regina e Emma estavam sentados a mesa da cozinha, a advogada tinha em mãos o pré-contrato e havia lido, pelo menos umas cinco vezes, e anotado algumas coisas para esclarecer tanto com seu filho, o que já havia acontecido e agora era esperar para conversar com o pessoal do Boston Red Sox. Nesse tempinho, Regina e Emma também haviam conversado entre elas sobre isso também.

— Então? – questionou Tom ansioso em saber qual seria a decisão.

— Tom, meu filho, serei sincera... – começou Regina Afinal por mais que eu queira ver você realizando seu sonho, eu tenho minhas preocupações! — Eu acho um tanto quanto arriscado você já ingressar do colegial para a Liga. Sem nem ao menos ter passado por uma universidade.

— Mas é o que eu quero fazer, mamãe. – ele disse soltando um suspiro.

— Nós sabemos Tom, mas digamos que por algum imprevisto, você não consiga seguir na carreira de jogador, o que você irá fazer? – questionou Emma Eu quero ver você sendo jogador, mas preocupação nunca é demais! — Não estamos desejando que você não seja jogador, muito pelo contrário, torcemos e muito para isso... Mas a vida pode dar algumas rasteiras que não estão previstas. – completou Eu sei muito bem disso!

O rapaz olhou para sua mãe loira – Mãe, não tem nada que eu queira mais do que ser jogador de baseball... Não tenho interesse em ir para uma universidade como a Jú ou o Hen... – fez uma pausa – Se por algum motivo isso não acontecer eu venho trabalhar aqui com você na fazenda. Pronto resolvido.

— Tom...

— Mãe e mamãe, é sério... Se eu não conseguir seguir na carreira de jogador, eu venho sem problema trabalhar aqui na fazenda. – reafirmou – E você pode me dar qualquer serviço para fazer que eu farei. Mas por favor, me deixem ir. – pediu – Eu venho treinando tanto para isso.

Regina e Emma se olharam, e um longo suspiro saiu dos lábios da advogada Nesse ponto ele está certo! — Tudo bem, nós deixaremos... – comentou a loira. Imediatamente Tom comemorou erguendo seus braços e então se levantou para abraçar suas mães.

— Obrigado! – deu um beijo em cada bochecha das mulheres e voltou para seu lugar.

— Ainda bem que Boston é perto. – brincou a loira – E temos pessoas conhecidas lá.

Regina olhou para o filho – Mas você sabe que tem algumas coisas que preciso negociar com o diretor geral, não?

— Sim, eu sei... – então sorriu travessamente – Mas se ele veio até aqui, ele não abrirá mão tão fácil assim de mim.

— Pouco convencido você, não? – brincou Emma sorrindo para a felicidade do filho Fazia tempo que não via um sorriso tão feliz assim no rosto dele!

— Só um pouquinho. – respondeu brincalhão – Terminamos? Posso voltar para a sala de tv?

Emma assentiu Terminamos por enquanto! — Tom? – chamou e o rapaz parou a porta – Desejamos que você seja um grande jogador. E faça história. – desejou e o rapaz sorriu abertamente para sumiu no segundo seguinte na direção da sala de tv.

O silêncio pairou na cozinha por alguns segundos – E nosso terceiro filho abandonará o ninho. – comentou Emma saudosa já, passando um braço por cima dos ombros de sua esposa, a trazendo para um abraço lateral Essas crianças estão crescendo rapidamente!

— E nosso ninho cada vez ficando mais vazio. – concordou Regina se aconchegando melhor no abraço Vá com calma tempo! Emma murmurou algo em concordância e depositou um beijo nos cabelos de sua morena.

—SQ-

— Senhor Malloy e senhor Ayers, prazer em recebe-los novamente. – cumprimentou Emma assim que abriu a porta de vidro do escritório para deixar os dois homens entrarem.

— Emma! Prazer em estarmos aqui novamente, e torcendo para que cheguemos a um acordo. – comentou Chad tirando seu sobretudo e o pendurando.

— Vocês aceitam algo ou já preferem ir direito para a conversa? – perguntou Emma olhando para os dois homens.

— Acho que podemos ir direto a conversa. – respondeu Chad com sua maleta em mãos – Então se tudo der certo, aceito a bebida depois. – sorriu.

A loira assentiu com um aceno de cabeça – Vamos para a sala de reuniões que Regina e Tom já estão lá. – comunicou já caminhando com os dois logo atrás.

— Então? – perguntou Chad depois de cumprimentar Regina e Tom e se sentar em sua cadeira.

Regina limpou a garganta Vamos negociar de verdade agora! — De um modo geral o pré-contrato é bom, mas tem algumas coisas que gostaria de negociar, já que você me disse que algumas coisas poderiam ser mudadas.

— Tudo bem, e quais seriam? – questionou Chad e indiciou para que Gregory pegasse o notebook que estava com ele. O assistente assim o fez e abriu no contrato que havia entregado uma cópia para a advogada.

— O primeiro seria um contrato e não um pré-contrato. – começou Regina.

— Senhora isso é um protocolo do clube... – respondeu – Esse pré-contrato é válido por alguns meses apenas, pois nós precisamos fazer alguns testes com cada jogador e claro passar por toda a sessão de exames médicos que a Liga pede. E ainda tem o pequeno fato que Tom ainda é menor de idade.

— Mas eu faço aniversário no meio do ano. – resmungou Tom.

Chad soltou um suspiro – E mesmo assim, com um contrato em vigência Tom só começaria a jogar ano que vem, pois quando ele se formar o período de troca e inscrições para jogadores terá terminado.

Regina apenas ergueu uma sobrancelha e olhou para o filho, que assentiu em concordância com o que o direto havia dito – Nesse ponto ele tem razão com relação a inscrições de novos jogadores.

— Tudo bem, então você fará uma cláusula que permitirá Tom começar a treinar no segundo semestre, mesmo que ele não jogue. – o cérebro de Regina trabalhou rapidamente Já que vocês querem meu filho, então terão que fazer as coisas certo! — Assim vocês podem trabalhar melhor os fundamentos de Tom... – olhou para seu filho, que assentiu – E quando começar a nova temporada Tom estará mais preparado para os jogos.

Chad ficou pensativo por alguns segundos e olhou para Gregory – Gostei dessa sugestão, assim o teremos e podemos trabalhar com Tom e enquadra-lo no nosso tipo de jogo.

— Tudo bem... – concordou Chad – Pode colocar uma cláusula sobre isso. – completou. Gregory assentiu e começou a digitar essa cláusula.

— O que acha? – quis saber assim que terminou.

— Para mim está ótimo. – então Gregory virou o notebook para Regina que leu e aprovou também – O que mais quer negociar.

— O contrato será de cinco anos e não três. – afirmou Regina séria Sei muito bem como funciona essa questão de anos! — Tomando por base nossa equipe de equitação, em três anos um jovem atleta não consegue demonstrar todo seu potencial. – explicou. Chad apenas a olhou – Oras, vocês querem meu filho jogando para vocês, não? E outra, tem muitos pontos apenas a favor de vocês no pré-contrato. Principalmente nessa indicação apenas de três anos para um contrato assim que o pré-contrato terminar.

Chad soltou um suspiro – Tudo bem, faremos um contrato inicial de cinco anos. – cedeu, indicando para que Gregory já digitasse – Mais alguma coisa?

Um sorriso de lado surgiu nos lábios da advogada Mais um item sim! — São cento e sessenta e duas partidas em uma temporada, e aqui indica que Tom iria jogar apenas trinta partidas e o restante na liga menor na temporada. – fez uma pausa – Não aceito menos que cento e vinte partidas na liga principal por temporada nos três primeiros anos. Se Tom não corresponder nesse tempo então nos dois anos seguintes de contrato vocês podem colocá-lo para jogar nas ligas menores.

— Você joga duro. – comentou Chad visivelmente surpreso.

— É o futuro do meu filho que estamos tratando aqui, senhor Malloy. – respondeu Regina E vou brigar até onde eu puder por ele! — Se para nossos atletas eu também brigo por um contrato bom para ambas as partes, não seria diferente para meu filho.

— Gostei disso. – disse o diretor, pensou mais alguns segundos – Tudo bem, aceito cento e vinte partidas na liga principal nos três primeiros anos, e se Tom não corresponder ao que é esperado dele, nos próximos dois anos ditamos as regras. – acenou para que Gregory colocasse isso no contrato – Algo mais que queira negociar?

Regina revisou suas anotações – No momento não. Acho que a questão de valores do salário para alguém que vai começar como Tom, está de bom grado. – respondeu – Como disse, agora vejo um contrato equilibrado onde ambas as partes saem ganhando. – sorriu.

Chad conversou com Gregory enquanto o assistente terminava de digitar tanto o pré-contrato, quanto o contrato. Assim que terminou, imprimiu o pré-contrato na impressora do escritório – Como disse, esse pré-contrato é protocolo do clube, e ele valerá até Thomaz se formar para então assinar esse contrato. – explicou entregando dois blocos de folhas – No pré-contrato temos exclusividade em negociar com Thomaz, ou no caso, você, mesmo que já tenho um contrato pré estabelecido. Temos nosso código de ética e conduta, que creio que vocês também tenham. – indicou uma sessão nos papéis do contrato.

— Sim temos, mas eles são válidos enquanto o atleta está competindo e treinando, nas férias ele não tem validade. – explicou Emma Afinal são férias!

— O nosso também funciona assim. – explicou Chad – Aqui estão as datas que precisamos que Thomaz vá para o Fenway Park, pois faremos uns testes físicos com ele, além dos exames médicos necessários para então efetuarmos a contratação em definitivo se tudo ocorrer conforme o esperado.

Regina olhou para o papel com as datas – Tudo bem... – concordou.

— Para encerrarmos só preciso que vocês duas assim o pré-contrato, assim como Thomaz. – pediu Chad apontando onde deveriam assinar – Regina como empresária e Emma como responsável dando permissão ao Thomaz, e claro a assinatura do jogador em questão. – sorriu, todo mundo assinou o que precisava, inclusive Chad e Gregory, então entregou uma cópia assinada para Regina – Esperaremos por Thomaz na primeira semana das datas para começarmos os testes. – falou já a porta do escritório.

— Estaremos lá. – Emma disse depois de se despedir dos homens Pode apostar!

— Podem contar com isso. – disse Tom sendo o último a se despedir.

Chad soltou um suspiro aliviado – Que bom que tudo correu bem... – colocou o cinto de segurança depois de se sentar atrás do volante.

— Sim, já temos assegurado um bom jogador, o qual tentaremos transformá-lo em um excelente jogador. – concordou Gregory também afivelando seu cinto de segurança.

— A mãe advogada dele joga duro. – comentou já ligando o carro.

— Claro que ela jogaria, agora que me lembrei... – comentou Gregory – Lembra daquele caso de gigante das indústrias Blanchard? Tem uns sete ou oito anos, creio.

— Sim, lembro sobre sonegação e falência. – respondeu Chad prestando atenção na estrada – Mas que foi revertido e as indústrias continuam firmes.

— Esse mesmo, e sabe quem era a advogada do senhor Blanchard? – sorriu de lado olhando para seu amigo.

Os olhos de Chad se alargaram em surpresa – Regina Swan-Mills?

— A própria, só que na época acho que ela ainda não era casada, então era apenas Regina Mills. – informou Gregory – Então não é a toa que ela foi dura na negociação do contrato do filho.

Chad soltou um riso – Eu que não quero estar em um tribunal contra ela.

— Então é nós fazermos o nosso como sempre e cumprir certinho nossos contratos que não teremos problemas com ela. – brincou o assistente – Mas fico feliz que conseguimos exclusividade com Thomaz.

— Eu também. – então o silêncio pairou dentro do veículo enquanto seguia na direção de Boston.

—SQ-

Nas datas marcadas, Tom sempre acompanhado de suas mães foi para o Fenway fazer todos os testes de habilidade que tinha que fazer, fez os exames médicos necessários também. Para a alegria de todos, mas principalmente dele, Tom foi muito bem nos testes de habilidades, e seus exames médicos estavam dentro dos padrões.

— Fico feliz. – falou Chad acompanhando da família para o estacionamento, já que todos iriam embora – Agora é só esperar você se formar e então começaremos o seu treinamento. – comentou animado.

— Eu não vejo a hora de voltar para cá em definitivo. – disse Tom animado – Sempre foi um sonho jogar pelo Red Sox e estou a pouco mais de dois meses para realizar esse sonho. – olhou para suas mães – Obrigado.

— Que isso, Tom, sempre incentivamos você a correr atrás de seu sonho. – falou Emma envolvendo um braço sobre os ombros do filho, que nesse tempo “inexplicavelmente” cresceu e estava na altura de sua mãe loira, deu um beijo nos cabelos do filho Que você se torne um maravilhoso jogador!

— Você merece, treinou duro para chegar aqui. – disse Regina tirando uma mecha loira do rosto do filho e colocando atrás da orelha, então se inclinou e depositou um beijo na bochecha Meu Tomzinho está virando homem! Primeiro foi o meu príncipe Henry, e agora você!

Chad apenas sorria diante da cena familiar, ele mesmo era casado e tinha um casal de filhos, porém eram pequenos ainda – Você me falou que tem irmãos...

— Sim, mais sete irmãos. – respondeu Tom sorrindo feliz – Eu sou o terceiro na sucessão do trono. – brincou.

— Oito filhos? – questionou o diretor surpreso – Deve ser difícil ver a casa cheia e aos poucos começar a se esvaziar, não? – perguntou pensativo, já imaginando seus filhos saindo para estudar.

— Sim, é muito difícil. – concordou Emma sorrindo Mesmo longe, eles estarão sempre conosco! — Mas filhos temos que criar para o mundo e não para nós.

— Mas ver esse sorriso feliz no rosto os vendo começando a sua caminhada da vida adulta e perseguindo seus sonhos, vale tudo a pena. – completou Regina sorrindo orgulhosa de seu filho A felicidade é maior que a tristeza!

— Bom... – Chad estendeu a mão para Emma – Satisfação em revê-las mais uma vez... – apertou a mão da loira, depois a de Regina – E pode negociar. – depois de apertar a mão de da advogada se virou para Tom – Te espero no começo de julho.

— Nem um dia a mais. – Tom apertou a mão do diretor.

— Bem-vindo ao Boston Red Sox. – se despediu e foi para seu carro, enquanto os três continuaram caminhando até a pick-up vermelha.

— Para onde agora? – questionou Emma dando a partida no veículo.

— Para a fazenda. – respondeu Regina terminando de afivelar o cinto Esses três dias aqui foram intensos, principalmente que essa foi a última data daquela lista! — Temos uma família inteira para contarmos a novidade.

— E a tia Jane? – questionou Tom olhando para sua mãe morena.

— Depois telefonamos e combinamos um final de semana com mais calma para virmos visitar e então contaremos tudo com maiores detalhes. – explicou a advogada – Tudo bem?

— Posso ligar agora? – perguntou Tom ansioso.

Emma deu uma olhada no relógio do painel – Acho que ela deve estar no trabalho... Mande uma mensagem perguntando se pode ligar, vai que ela está em algum caso, se ela disser que pode, então você liga.

— Melhor. – concordou Tom pegando seu celular e começando a digitar a mensagem.

— Fazenda Vale dos Sonhos, aqui vamos nós. – disse Emma pegando a rua que levava na direção da rodovia que os levaria de volta para Storybrooke.

—SQ-

Para Emma e Regina aqueles pouco mais de dois meses passaram voando, já para Tom passou na lentidão de uma tartaruga. Para coroar seu último ano no colegial, ele juntamente com o time de baseball se consagrara campeões pela segunda vez consecutiva, e finalmente conseguiram ganhar o campeonato de futebol também. Muitas universidades ofereceram bolsa atleta para ele tanto para competir no futebol americano quanto no baseball, mas ele recusava educadamente e indicava para que fosse ofertado para outros atletas que precisavam mais que ele.

— Então Tom, está nervoso? – perguntou Júlia ao lado dele. Claro que ela não perderia a formatura do irmão por nada. Assim como não perdeu a formatura de Henry, e não perderá a dos outros irmãos. Aliás, a família estava toda ali reunida, só não estavam o pessoal de Boston, mas eles prometeram uma enorme festa quando eles fossem para lá, para Tom começar a treinar em definitivo.

— Sim e não. – ele respondeu, usando sua toga na cor azul e amarela, que eram as cores do brasão da escola – Nervoso porque tudo vai mudar, e ao mesmo tempo estou tranquilo, porque tudo vai mudar. Não sei se me entendeu. – sorriu.

Júlia abriu um imenso sorriso – Claro que entendi. –  abraçou fortemente seu irmão – Eu te amo, Tomzinho. E agora que você vai para Boston, nas suas folgas podemos fazer alguma coisa. – disse ainda abraçada ao irmão.

— Eu vou adorar. – ele disse correspondendo o abraço – E voltaremos de onde saímos. – murmurou.

— Mas agora temos para onde voltarmos quando sentirmos saudades. – disse Júlia se soltando um pouco do abraço e fez um carinho na bochecha do irmão, e sentiu a barba que começava a querer aparecer.

— Sim, sempre teremos a fazenda e nossas mães. – sorriu abertamente, enquanto Júlia assentia com a cabeça.

— Tom! – exclamou Jared ao se aproximar – Nós vamos nos formar. – disse contente.

— Inacreditável, não? – ele brincou com o primo. Não demorou muito e todos os filhos de Emma e Regina, Ruby e Kathryn estavam ali conversando, incluindo Henry e Sarah que vieram especialmente para a formatura dos dois.

— Ah Loirão... – comentou Ruby ao parar ao lado de sua irmã de vida – Mais um filhote que abandona o ninho. – soltou um suspiro. Claro que ela estava feliz por ver seus filhos criarem asas, mas sempre tinha aquela pontinha de tristeza – E esse sem vergonha vai para o outro lado do país, fazer a universidade que o avô fez.

Emma sorriu para a veterinária Estou feliz por meus filhos ainda estarem perto o suficiente!— Eu tenho sorte que Tom ama de paixão o Red Sox, então está perto, mas as vezes fico pensando se eles não tivessem mostrado interesse nele, e sim qualquer outro time, gostaria de saber se Tom seguiria em frente mesmo assim.

Ruby olhou para a loira e sorriu – Do jeito que ele ama baseball, talvez aceitasse a oferta de outro time, e iria achar um jeito do Red Sox contratá-lo no futuro.

Uma risada desgarrou dos lábios de Emma Esse é o meu garoto! — Do jeito que conheço Tom, não duvido. – continuaram conversando até finalmente a cerimônia de formatura começar.

— E como me sentindo parte da família de vocês, só posso desejar a vocês muita sorte nesse novo caminho e que eu os guardarei em minha memória. – sorriu abertamente – Eu declaro a turma de 2015 do Storybrooke High School formada. – anunciou por fim e no segundo seguinte foi aquela chuva de capelo no ar pelos formandos.

— Boston Red Sox, aqui vou eu! – comemorou Tom abraçando sua família.

 


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Notas finais do capítulo

Um capítulo todo dedicado ao nosso querido Tom e o começo da realização de seu sonho. Tivemos também uma pequena cena de Kathryn e Ruby se descabelando ao saber que seu filho Jared já não era mais virgem! No próximo teremos um pouco mais do Tom e seu sonho e embalando para dar sequência na história.

Se cuidem e até a próxima!

Pessoal, para quem não acompanha os esportes americanos, o que foi falado nesse capítulo é o que acontece. O Draft é um evento televisionado e acompanhado por muitas pessoas, porém, os Drafts mais famosos são o do Futebol Americano (NFL – National Football League) e Basquete masculino (NBA – National Basketball Association). O Draft nada mais é que um evento de escolhas de acordo com a posição dos times, claro que podem ocorrer negociações para troca de posições de acordo com o interesse dos times. O Draft da NFL dura três dias, e o da NBA dois dias. Geralmente são escolhidos universitários que estão no penúltimo, último ano, e claro, que são destaques em suas posições. Na NFL tem um tipo de “peneira” mundial, que os times podem escolher um jogador estrangeiro (sim, temos brasileiros temos o kicker Cairo Santos – atuante, e o Duzão que foi escolhido pelo Miami Dolphins – uns dois anos atrás – e até o momento ele ainda não jogou oficialmente). Já na NBA é mais comum ter jogadores estrangeiros escolhidos, e sim tivemos e temos brasileiros jogando, Leandrinho, Varejão, Nenê. Isso é um resumo geral do que acontece no Draft. No hóquei (NHL – National Hockey League) também tem o draft, assim como no baseball (MLB – Major League Baseball), porém não são tão badalados como os dois acima. Na NHL é bem mais comum ainda ter jogadores estrangeiros (principalmente advindos de países escandinavos, por ser comum a prática desse esporte).
Tanto que no baseball você contratar um jogador direto do colegial é muito raro, mas já aconteceu (inclusive tem até um filme). Na NBA e NFL não ocorrem esse tipo de escolha, a única vez que aconteceu foi na NBA, o jogador foi o LeBrown James, ele foi escolhido direto do colegial e os chefões não gostaram e então fizeram uma lei proibindo esse tipo de escolha. E pelo meu conhecimento, creio que somente o baseball tem ligas menores, os outros esportes abaixo das ligas principais são as ligas universitárias em termos de importância.

Eu fiz um resumão, mas caso alguém queira entender um pouco mais sobre os esportes e suas ligas, ou mesmo o draft, links abaixo:

https://pt.wikipedia.org/wiki/Major_League_Baseball

https://pt.wikipedia.org/wiki/National_Hockey_League

https://pt.wikipedia.org/wiki/National_Basketball_Association

https://pt.wikipedia.org/wiki/National_Football_League

https://pt.jejakjabar.com/wiki/Minor_League_Baseball

https://pt.wikipedia.org/wiki/Draft



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