Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 200
Capítulo 200


Notas iniciais do capítulo

Pessoas lindas do meu coração, voltei!

E sim, chegamos a 200 capítulos!!

Quero agradecer imensamente a todos! Se exceção! Ao pessoal que começou comigo, mas não está mais acompanhando (ou penso que estão esperando finalizar a história para poderem ler), ao pessoal que começou comigo e estão firmes e fortes até agora, ao pessoal que entrou no decorrer da história e estão comigo desde então! Ao pessoal que acompanha dentro da moita, ou seja, apenas leem a história sem se manifestarem nos comentários, e os que estão fora, acompanham e vez e outra comentam. E ao pessoal que está sempre chegando por indicação ou mesmo seja lá qual o motivo! Obrigada a cada um de vocês que contribuem para que a história continue!

Sei que história grande assim desmotiva muita gente a não ler, mas eu nunca esperei a chegar a essa marca. Achei que não passaria dos 50 capítulos, e cá estamos nós nos 200. Eu poderia ter feito em temporadas? Talvez, porém nunca me ocorreu que teria tanto capítulos. Não estou aqui para lamentar como poderia ter sido, mas sim comemorar essa marca!

O capítulo está um pouco diferente do que costuma ser, eu resolvi fazer um apanhado de lembranças, então as mentes não participarão desse capítulo. Gostaria de ter colocado mais lembranças, mas aí o capítulo ficaria imenso. Sei que talvez não sejam as principais lembranças, mas eu achei que essas seriam as mais divertidas! Talvez mais para frente faça outro capítulos apenas com as lembranças mais emotivas!

Divirtam-se e boa leitura!!



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Num piscar de olhos a semana entre natal e o último dia do ano passou voando. Estavam no meio da tarde do último dia do ano. Ângela e Leonard acabaram convencendo Cora, George, Péppe, Eugênia, John e Glinda a viajarem com eles por uma semana sem muito destino. Daniel e a família foram passar a virada do ano com Mary e David, na casa da mãe da mulher de cabelo curto, uma vez que ela e Killian são primos. Zelena e Elsa já haviam marcado uma viagem para a praia junto com as crianças e Violet acabou indo junto com as mães, enquanto Henry ficou na fazenda. Rose acabou voltando, uma vez que surgiu um caso importante e ela fora chamada para o caso. Aurora acabou indo junto e ia aproveitar para dar uma adiantada nos projetos. Do pessoal que que veio para o natal, apenas Jane, Maura e as crianças foram os que sobraram para passar a virada de ano na fazenda.

Emma estava sentada na cadeira de balanço na varanda, em mãos uma caneca de chocolate quente, enquanto olhava a neve cair suavemente. Soltou um suspiro e tomou um gole de sua bebida marrom. Rapaz com seu suéter bem reforçado estava deitado debaixo das pernas da loira, que estavam sobre a mesa de centro.

— Hey! – chamou Regina assim que apareceu a porta.

Com um sorriso nos lábios, a loira olhou para sua esposa, que se aproximou e se sentou ao seu lado, já se aconchegando no abraço que lhe era oferecido – Hey! – falou depois de deixar um beijo nos cabelos de sua morena.

— O que aconteceu para você estar aqui sozinha enquanto o pessoal está lá dentro? – questionou Regina se apaixonando novamente pela fazenda com aquele leve nevado que caía.

Emma se aconchegou melhor na cadeira e soltou um suspiro – Não aconteceu nada... Acho que desde o natal estou um pouco reflexiva, coisa bem incomum para mim.

A advogada soltou uma risada – Com certeza você reflexiva é bem incomum. – olhou para sua esposa – Algum motivo em específico para toda essa reflexão?

A loira olhou diretamente nos olhos castanhos de sua esposa – Nenhum, acho que com tudo que aconteceu conosco até chegarmos aqui, talvez não tenha tido tempo para isso. – riu. O silêncio pairou sobre elas por alguns segundos – E a calmaria que tomou conta da fazenda depois que as praguinhas passaram dos seis anos tenha ajudado a isso.

— E qual a sua reflexão de hoje? – brincou Regina deitando sua cabeça sobre o peito de sua esposa.

— Você irá rir de mim... – comentou a loira com um sorriso.

— Vou não, me conte, por favor. – pediu a advogada se conchegando melhor contra sua esposa.

Emma riu mais uma vez – Eu estava lembrando do nosso primeiro encontro.

— Fomos para Boston, não? – questionou Regina voltando no tempo.

Uma risada desgarrou dos lábios da loira – Não, eu digo a primeira vez que nos encontramos mesmo. – Regina franziu o cenho por alguns segundos, então soltou uma risada – Eu não disse que você daria risada.

— Mas também não tem como, porque aquilo foi cômico. – comentou a morena.

— Agora, depois de tantos anos é cômico, mas naquela época foi de muita raiva. – disse Emma rindo também.

— Foi você que estacionou na minha vaga, não? – brincou a advogada. Emma soltou uma risada.

— Acho que muito bem o contrário. – disse e sua mente voltou no tempo.

Emma parou a pick-up vermelha, sinalizando que iria dar a ré para estacionar na vaga desocupada, precisava passar na loja de produtos veterinários, Ruby precisava de uma medicação que havia encomendado ali. A loira estava olhando pelo retrovisor para não causar nenhum acidente quando ao olhar novamente para a vaga, viu incrédula uma Mercedes preta, modelo antigo e clássico, estacionar na sua vaga. Ela ficaria feliz em ver aquele modelo se não fosse pelo momento do acontecido. Emma parou bruscamente a pick-up no meio da rua para não bater no carro e desceu furiosa.

— Você não viu que eu estava dando sinal que iria estacionar ai? – perguntou muito brava, assim que se aproximou do carro.

— Sinceramente? – respondeu a morena que havia acabado de sair e trancando-o – Não. – terminou sem dar muita importância, guardando a chave dentro de sua bolsa sem olhar para a pessoa a qual estava falando.

Emma olhou para a pessoa a sua frente, com muita certeza ela não pertencia a essa cidade, pois seus trajes a denunciava, a morena estava usando uma saia lápis preta cintura alta que ia até a altura dos joelhos e uma camisa feminina branca com os dois últimos botões abertos, mostrando brevemente um pedacinho de sua lingerie, deixando margem para pensamentos nada santos. Emma teve que sacudir brevemente sua cabeça para afastar tais pensamentos. Continuou olhando e nos pés um salto alto preto que a loira deduziu ser pelo menos de dez centímetros. Mais uma peça para despertar pensamentos pecaminosos, e de novo mais um breve sacudir da loira para voltar a realidade - E pelo visto você não pretende tirar o carro da vaga, não? – perguntou irônica ao olhar a morena pela primeira vez nos olhos. Se não fosse pela raiva, Emma teria percebido a corrente elétrica que passou pelo seu corpo ao primeiro contato de seus olhos.

— Olha, mesmo sendo loira, até que você é bem inteligente. – respondeu Regina irônica de volta, finalmente olhando para a pessoa a sua frente. Deu uma boa olhada na loira caipira a sua frente. Cabelos longos e loiros, estavam soltos, chapéu preto, camisa xadrez e por baixo uma camiseta branca, as mangas da camisa estavam dobradas até na altura do cotovelo, calça jeans de cor escura colada e bota marrom cano alto até a metade da canela, salto baixo e quadrado. Balançou a cabeça para espantar os pensamentos, e em questão de segundos, Regina voltara a sua postura altiva de quando está nos tribunais e encarou a loira a sua frente. A tensão do momento não deixou que ela percebesse o frio que percorreu sua coluna quando ela encarou pela primeira vez aquele par de olhos verdes profundos.

Emma suspirou fundo para não falar coisa que não deveria – Olha, a sua sorte que estou com pressa... Tudo bem, Vossa Majestade, fique com a vaga. – Emma fez uma reverência e se afastou, murmurando bravamente – Só porque vem da cidade grande acha que pode fazer o que quiser... Sorte dela que estou com pressa e não tenho tempo para ficar brigando... – voltou para a pick-up, deu partida e foi atrás de outra vaga para estacionar.

Duas gargalhadas preenchiam a varanda – Acho que pior que isso, só quando eu entrei no escritório. – disse a loira assim que conseguiu parar de rir.

— Eu não acreditava no que estava vendo naquele segundo. – completou Regina e voltaram naquele episódio.

— Desculpem a minha demora, mas aconteceram alguns imprevistos... – começou Emma ao adentrar a sala e fecha a porta, sem olhar direito para dentro do recinto.

— O que você está fazendo aqui? – perguntou Regina ao reconhecer a pessoa que entrava na sala.

Os olhos de Emma se arregalaram assim que escutou aquela voz já conhecida e virou-se para onde vinha a mesma – Achei que você estaria vendo os cavalos! – falou a loira olhando diretamente para a morena, agora vestindo outra calça jeans, assim como outra camiseta xadrez e outro par de botas, era o mesmo modelo, só a cor era diferente, agora era preta, e seu inseparável chapéu na mão – Geralmente é o que as pessoas vem fazer aqui na fazenda. – explicou.

— Vejo que já se conheceram. – disse o homem mais velho.

— Se você quer dizer por conhecer alguém que te chama de caipira? – disse Emma – Então temo que nossos conceitos não são os mesmos.

— E chegou a mal educada caipira. Trocou a ferradura, foi? – perguntou Regina incrédula.

— Sim, precisei trocar, já que uma moça xucra da cidade grande fez o favor de derrubar café nela. – respondeu a provocação.

— Senhoritas! – disse o homem mais velho, tentando conter os nervos aflorados das duas mulheres, enquanto o mais novo só tentava esconder o sorriso – Vamos conversar civilizadamente.

— Acho meio impossível, afinal temos um cavalo selvagem na sala. – alfinetou novamente Regina.

— E um cavalo xucro. – rebateu Emma. - Senhoritas, peço, por favor, que se comportem... – pediu novamente o homem mais velho – Vamos conversar como pessoas adultas, se não for por vocês, mas que façam isso em memória do senhor Henry. – assim que o homem disse o nome de Henry, as rusgas cessaram imediatamente – Muito obrigado. Antes de começarmos a conversar sobre o testamento, me deixe fazer as devidas apresentações... – o homem tomou um fôlego novo – Regina Mills, essa é Emma Swan, a administradora da fazenda. – apontou a loira e os olhos da morena se arregalaram em surpresa – Emma Swan, essa é Regina Mills, filha de Henry Mills. – agora foi a vez dos olhos da loira se arregalarem.

— Você só pode estar brincando? – disse Regina incrédula.

— Senhorita Mills... – começou o homem, mas logo fora interrompido pela morena.

— Sério mesmo? – perguntou novamente ainda incrédula – Isso só pode ser um engano!

Emma ria juntamente com sua esposa – Mas que tanto vocês estão dando risada? – perguntou Ruby ao aparecer na varanda, ela havia se comprometido a fazer o jantar daquele dia.

— Estamos lembrando de alguns acontecimentos. – respondeu Regina – Você precisa de ajuda?

Ruby soltou um suspiro – Por favor. – pediu.

— Tudo bem. – a advogada se levantou – Vem Emma, assim continuamos nossa viagem pelas lembranças. – as três mulheres entraram.

— Vem Rapaz, que aqui fora está frio. – chamou seu cachorro que no segundo seguinte estava dentro da casa e ela fechou a porta enquanto caminhavam para a cozinha. Ali acabaram encontrando com Kathryn, Maura e Jane.

— Mas diz aí, quais as lembranças que vocês estavam tenho para dar tanta risada? – questionou Ruby indicando o que Regina precisava fazer.

— De quando nos conhecemos. – respondeu Emma colocando mais um pouco de chocolate quente para si.

Os olhos de Ruby se abriram – Oh eu tenho uma muito boa. – falou enquanto mexia o conteúdo da panela.

— Qual? – Maura quis saber tomando um gole de seu vinho.

Um sorriso de lado e travesso – A guerra de lama. – respondeu.

— Aquela que todas nós participamos, foi divertida...

— Não minha loira... – falou Ruby abaixando o fogo e se virando para as mulheres – A única guerra de lama existente na face da terra... – começou a rir, assim que Emma e Regina começaram a gargalhar – Quem vai contar?

— Eu conto... – falou Emma assim que parou de rir.

— Droga! – Emma exclamou vencida.

— O que aconteceu?

— Atolamos! – respondeu brava – E a culpa é sua!

— Olha aqui sua loira abusada! – rebateu a morena – Falei que eu não tenho culpa se você é ruim de direção.

— Eu sou abusada? Você que é turrona, se estivéssemos a cavalo não teríamos atolado. – respondeu Emma olhando profundamente para Regina.

— Qual a parte que eu não monto em um cavalo a cabeça loira não entendeu? – debochou segundos depois de se perder e se achar naquela imensidão verde dos olhos de Emma.

— Hei dona onça não fale da cor de cabelos dos outros, apesar de você ter cabelo castanho não entendeu que era melhor ter vindo de cavalo. – falou Emma olhando ao redor do carrinho e viu que elas estavam em uma grande poça de lama – Fique aqui, que vou descer e ver se consigo empurrar o carrinho e desatolar. – comentou indo para trás parar poder descer – E aconteça o que acontecer, não acelere. – pediu firmemente ao descer do carrinho pela parte de trás.

— Acho que sairíamos mais facilmente se acelerar. – comentou a morena olhando a situação.

— E depois eu que sou a loira. – debochou Emma dando um leve empurrão no carrinho – Eu já tentei acelerar e não funcionou.

— Hey! Sua loira aguada, cuidado! – falou Regina se segurando para não cair – Talvez não tenha acelerado o bastante.

— Ops! Esqueci de avisar a vossa majestade para se segurar. – falou Emma com sarcasmo e sorrindo zombeteira – Segure-se majestade que darei outro empurrão em vossa carruagem para ver se consigo sair do atoleiro. – e outro tranco foi sentido.

Aquele sarcasmo na voz da loira fez o sangue de Regina ferver em segundos – Sem problema, serva fiel... – ela sorrateiramente passou para o lado do motorista e um sorriso diabólico surgiu em seus lábios – Eu só acho que devemos acelerar mais para sair do lugar. – e sem aviso pisou fundo no pedal do acelerador e no instante seguinte a loira estava toda salpicada de lama.

— Qual o seu problema? – bradou ferozmente quando Emma se deu conta do que havia acontecido – Qual parte que eu falei para não acelerar, que você não entendeu? – ela estava ao lado da morena, sem se importar com as botas afundando na lama.

— Ops, desculpe! Esqueci de avisar que ia acelerar minha carruagem real. – falou com ironia a morena usando quase as mesmas palavras da loira, com a mão a frente da boca para segurar o riso, mas não aguentou e gargalhou – Talvez o meu problema seja o seu sarcasmo para com a minha pessoa.

— Oh desculpe vossa majestade pelo meu sarcasmo... – Emma fez uma reverência tão baixa que Regina não percebeu a mão da loira se enchendo de lama e quando voltou a posição inicial jogou a lama na morena – Oh mil perdões, oh majestade. – Regina parou de rir no exato momento que viu sua roupa cheia de lama também e olhou furiosa para a loira atrevida e abusada – O que foi? Agora não é mais engraçado? – perguntou a loira com ironia.

— Ora sua... – foi apenas o que Regina disse, seus olhos castanhos faiscantes, no instante seguinte ela havia se jogado contra a loira a derrubando para trás no chão enlameado.

— Olha o que você fez dona onça! – exclamou Emma realmente muito brava agora olhando para Regina em cima de sua barriga, com uma perna de cada lado do corpo, uma mão de cada lado da cabeça, seus olhos fixos um no outro e por poucos instantes o mundo parou ao redor das duas – Isso não irá ficar assim. – então inverteu as posições, ficando ela por cima de Regina, com o corpo mais perto e suas respirações mais próximas, arrepiando todos os pelos do corpo das duas mulheres – E agora? – veio a voz que liberou uma descarga elétrica pelo corpo da morena.

— Sua loira abusada... – exclamou Regina ao se deparar com as costas na lama, e o corpo da loira por cima, Emma ficou alguns segundos olhando fixamente para aquele par de olhos castanhos e seu corpo todo se arrepiou ao escutar aquela voz rouca e no momento Regina seguinte inverteu novamente as posições. Então se levantou deixando a loira no chão, que encheu a mão de lama e jogou na morena, acertando-a em cheio – Você vai me pagar. – falou Regina também enchendo a mão de lama e jogando na loira, mas Emma conseguiu se desviar a tempo.

— Você errou! – cantarolou igual a uma criança, e aquilo deixou a morena com mais raiva ainda, que jogou novamente mais um pouco de lama e de novo a loira se esquivou – Errou de novo. – cantarolou feliz, para então parar de rir quando um punhado de lama acertou seu peito em cheio.

— Ué, agora não é mais engraçado? – alfinetou - Pelo visto dessa vez eu acertei. – falou Regina vitoriosa. No instante seguinte sentiu uma batida em seu peito e quando olhou viu Emma abaixada jogando punhados e mais punhados de lama nela – Isso não vai ficar assim! – rebateu e começou a jogar lama também. Ficaram ali trocando bolas de lama até que elas escutaram um limpar de garganta, pararam e olhando para onde tinha vindo o som.

Muitas risadas eram dadas na cozinha – Eu vendo aquilo de longe juntamente com David era muito engraçado. – comentou Ruby voltando para sua panela.

— Depois dessa, foi só ladeira abaixo eu me apaixonando perdidamente pela minha morena. – confessou Emma sorrindo para sua esposa, que havia se sentado ao seu lado.

— Sim. – falou Regina brincalhona – Mas eu também me apaixonei perdidamente por você. – fez uma pausa – Então vieram as adoções de Jú e Tom. A gravidez dos gêmeos.

— Os meus monstrinhos... – a loira fez uma cara amorosa – O casamento... – completou Emma.

— A gravidez do Sam. – Ruby sorriu abertamente sentada ao lado de sua esposa.

— E aquela maravilhosa briga pelos buquês. – comentou Kathryn rindo.

— Todo mundo preparado? – perguntou Regina ao ver a pista de dança, recebendo um sonoro sim das candidatas a pegar o buquê.

— Rubs, isso vai ser uma briga de foice no escuro. – comentou Emma brincalhona vendo todo o alvoroço de sua cadeira.

A veterinária soltou uma sonora gargalhada – Eu não quero saber, já estou casada mesmo, então esse risco de pegar o buquê eu não corro mais. – brincou também.

Foi a vez da loira soltar uma sonora gargalhada – Ainda bem que eu também não corro mais esse risco.

— Um brinde a nós, que já estamos casadas. – Ruby ergueu seu copo de suco, enquanto Emma já havia trocado sua taça de champanhe por um copo de cerveja. Brindaram – Como eu queria um copo de cerveja agora. – murmurou Ruby olhando inconsolavelmente para seu copo de suco de maçã.

— Calma Loba, logo você poderá voltar a beber cerveja. – comentou Emma dando um pequeno incentivo a sua amiga – Quando seu filhotinho nascer verá que valeu a pena ficar sem beber cerveja, e quando você for liberada, nós iremos tomar um porre até esquecer nossos nomes, mas não esqueceremos que estamos casadas. – riu.

— Como nos velhos tempos? – perguntou Ruby gostando da ideia rindo também do comentário da amiga.

— Sim, como nos velhos tempos. – concordou Emma. As duas mulheres acabaram brindando mais uma vez – A lá, minha morena vai jogar o buquê primeiro. – comentou e as duas mulheres voltaram suas atenções para o pequeno coreto e toda a pequena multidão amontoada na pista de dança.

— Três!... – Regina começou a contagem regressiva para jogar o buquê, de costas para a pequena aglomeração na pista de dança. Essa pequena multidão se compunha por todas suas amigas, tirando Mary que já estava casada, até Kristin estava no meio da muvuca – Dois!... Um! – terminou e jogou o buquê sobre sua cabeça.

O arranjo floral sobrevoou todos. A multidão que acompanhava, não economizou nos puxões, pesadas no pé, cotoveladas, e viram o arranjo floral cair no colo de Daniel que estava sentado tomando sua cerveja tranquilamente em uma das mesas perto da pista de dança. As mulheres se viraram com o olhar predador e extremamente intimidador para o paisagista. Os olhos de Daniel se arregalaram em surpresa, para depois entrarem em pânico. Já Killian que estava no meio da multidão era só amor em seus olhos. Em um ato de desespero e temendo por sua vida, o homem pegou o buquê e o jogou para o alto mais uma vez sem uma direção definida.

Os olhos da multidão acompanharam o buquê em sua trajetória aérea até vê-lo cair na cabeça de Jane, e consequentemente em seu colo. Os olhos castanhos escuros de Jane se arregalaram em surpresa. Ângela tinha as duas mãos sobre a boca em total espanto e surpresa – Sério? – perguntou a detetive quando finalmente compreendeu o que aconteceu.

— Janie! Que maravilha! – exclamou Ângela extremamente feliz. Jane ergueu o olhar e viu sua noiva sorrir feliz – Nem pense em jogar esse buquê fora. – advertiu Ângela antes que Jane pudesse fazer qualquer coisa.

— A briga seguinte foi épica, nenhum outro casamento superou essa disputa pelo buquê. – comentou Emma rindo divertidamente.

— Vamos lá mulherada! – chamou Kathryn assim que se recuperou do ataque de riso – Contem comigo. – pediu e se virou de costas – Um... – começou e o coro continuou a contagem – Dois!... Três! – a loira jogou o buquê sobre sua cabeça.

O segundo arranjo floral sobrevoava enquanto em baixo as mulheres se cotovelavam, puxavam, empurravam umas as outras, e ali no meio tinha o Killian que também não mediu esforços para tentar pegar o buquê, já que uma vez seu namorado havia se desfeito do primeiro.

O buquê fez um alto arco no ar e começou a cair diretamente nas mãos de Killian, os olhos de Daniel se arregalaram imediatamente e antes que seu namorado pudesse agarrar o arranjo, “acidentalmente” o paisagista bateu o braço no buquê o tirando das mãos de seu namorado. O arranjo saltou batendo na cabeça de Eugenia que estava sentada em uma cadeira perto da pista de dança, e foi cair nos braços de Kristin. Anna e Zelena que estavam ao seu lado imediatamente acabaram agarrando um punhado de lírios.

Assim, começou um momento de guerra bastante desagradável. Aquilo era guerra! Kristin tentou bater nas outras duas mulheres com seus cotovelos, mas elas não iriam deixar isso facilmente. Na sequência da briga, o buquê voou para o alto e pousou nos braços de Rose. Todas suspiraram em alívio, achando que a loirinha não iria querer o buquê e o jogaria para o alto novamente. Para surpresa geral, Rose tentou correr com o buquê, somente para ser derrubada pelas outras três mulheres.

Elas se tornaram uma grande nuvem de poeira e pétalas. As pessoas podiam ver Zelena puxando a perna de Rose, ou Anna puxando o nariz de Kristin. Killian horrorizado até se afastou daquele tumulto. Enquanto isso os fotógrafos não perdiam um clique se quer, ou um puxão de cabelo.

Quando a poeira abaixou, cada mulher emergiu olhando triunfante com um pequeno fragmento esfarrapado do buquê em mãos – Consegui! – exclamaram ao mesmo tempo.

O silêncio que se seguiu no instante seguinte era sepulcral. Olhos arregalados surpresos com o desenvolvimento do acontecimento. A perplexidade deixou todos boquiabertos com o acontecido.

— Loirão, corrigindo o filme, está mais para terror... – comentou Ruby ainda surpresa com tudo - Jogos mortais por um buquê de noiva. – terminou e não aguentou e caiu na gargalhada, para segundos depois todos que haviam testemunhado a feroz briga pelo último buquê também rirem de tudo aquilo.

— Hora do bolo. – falou Eugenia, depois que se recuperou do ataque de risos, e tirar o foco das mulheres que ainda exibiam o pequeno fragmento de buquê orgulhosamente. As noivas sorriram e foram para a mesa que continha o grande bolo.

— O melhor é que eu ainda tenho gravado tudo isso. – disse Emma rindo.

Os olhos de Ruby se arregalaram – Precisamos marcar um dia para nos reunirmos e assistir a esse vídeo de casamento.

— Eu super topo. – concordou Kathryn tomando o último gole de seu vinho – Mas gente, eu lembro perfeitamente do dia que eu vi, na época Regina Mills vestindo seu primeiro modelito country.

— Pronto! Agora podemos ir. – disse Regina ao surgir na cozinha vestindo uma calça jeans de lavagem escura, sua bota cano alto, uma camiseta branca por baixo da camisa xadrez em tom vermelho, com as pontas amarradas na cintura, e em sua cabeça o chapéu que havia ganhado de Emma.

Quatro pares de olhos arregalados a olhavam surpresos, não acreditando na imagem a frente deles – Pelos botões de Bah e meus processos todos juntos! – exclamou Kathryn incrédula, sendo a primeira a quebrar o silêncio que havia pairado no ar assim que Regina reapareceu na cozinha – Rá! Eu sabia que um dia a veria toda country! Preciso tirar uma foto... – murmurou pegando o celular – Junta com sua noiva, assim fica mais legal a foto.

Regina sorrindo se aproximou de Emma e envolveu sua cintura com seu braço. A loira apenas piscou algumas vezes ainda incrédula da forma como sua noiva estava vestida – Loirão, mude essa cara. – pediu Kathryn, Emma olhou para a outra loira, mas ainda não conseguia concatenar seus pensamentos. Kathryn sorriu e acabou tirando uma foto assim mesmo – Pronto! Agora eu tenho uma prova desse dia.

— Ah Katy, eu decidi que já que vou morar na fazenda e aprender mais sobre ela, tinha que deixar a minha veia country aflorar. – brincou a morena mais nova – É o famoso ditado, se não pode contra, junte-se a eles.

— Com certeza! – concordou Kathryn – Mas vai que você está um arraso.

— Vamos? – Regina se virou para sua noiva. Emma ainda a olhava desacreditada – Minha loira? – chamou Regina novamente e passou a mão a frente do rosto da loira – Tudo bem?

Finalmente Emma piscou voltando a realidade – Sim... – murmurou, limpou a garganta – Sim, estou... Eu só estou muito surpresa com o seu estilo hoje.

— Estou feia? – Regina perguntou fingindo estar triste olhando para suas roupas.

— Não! Você está linda, eu só não estou acostumada a te ver tão diferente do que você geralmente usa, minha morena country toda sexy. – comentou Emma sorrindo.

— Então vieram todos os embustes juntos. – falou Regina soltando um longo suspiro.

— Essa parte a gente pula, pode ser? – pediu Kathryn olhando para sua amiga, praticamente irmã.

— Concordo plenamente. – disse Emma terminando o seu chocolate quente – Então vieram as adoções em definitivo de Tom e Jú, que passaram a integrar a família oficialmente.

— Também acabamos encontrando a Meggie. – falou Kathryn toda amorosa.

— Que acabamos descobrindo depois que era a amiga de Jú lá do orfanato.

Regina sorriu – Foi tanta emoção quando as duas se encontraram novamente.

Meghan que estava entretida com os cachorros parou ao escutar os apelidos tão conhecidos – Jú? Tom? Será? – murmurou parando completamente os carinhos não cachorros e se levantou olhando na direção das vozes.

Kathryn apenas colocou a mão sobre o ombro de sua esposa que ainda estava no chão e indicou Meghan, assim que Ruby a olhou. A veterinária também parou os carinhos nos cachorros, e sem pressa se levantou.

Os olhos de Meghan se fecharam brevemente como que custando a aceitar o que estava vendo – Jú? – chamou alto o suficiente – Jú é você? – perguntou dando um passo a frente, na direção da menina.

Júlia que estava brincando com seus irmãos parou ao escutar alguém lhe chamar – Parece a Meggie. – comentou e olhou na direção de quem a havia chamado.

— A Meggie? – Thomaz falou mais alto e se virou para onde sua irmã estava olhando.

— Jú? É você mesma? – perguntou Meghan novamente dando mais um passo, seus olhos começando a lacrimejar – É você!

— Meggie! – exclamou Júlia descendo da bicicleta e andando apressadamente na direção da amiga – É você! – então saiu correndo ao confirmar que era a sua amiga.

— Jú! – exclamou Meghan também correndo na direção da amiga – Júlia!

Emma tinha um sorriso nos lábios e instintivamente passou seu braço ao redor dos ombros de sua esposa, a trazendo em um abraço. Regina passou seu braço pela cintura de sua esposa, enquanto seus olhos fixos nas duas meninas, e um sorriso feliz nos lábios.

Kathryn por trás, passou seus braços em volta da cintura de sua esposa, e apoiou seu queixo no ombro direito de Ruby. Seus olhos fixos nas duas meninas que estavam prestes a se encontrarem em definitivo. Ruby se aconchegou no abraço de sua esposa, mas tinha toda a sua atenção voltada para as duas meninas.

O restante do pessoal que estava na varanda apenas continuou ali como expectadores daquela cena que parecia de filme. Eugenia tinha os olhos úmidos, mas um imenso sorriso no rosto. Cora tinha as mãos sobreposta e em cima do coração. George havia passado o braço ao redor do ombro de sua namorada. Péppe estava de mãos dadas com Eugenia e John havia se sentado no degrau da escada para observar tudo, seus olhos úmidos e sorriso feliz nos lábios.

— Meggie! Jú! – exclamaram ao parar frente a frente, a poucos centímetros uma da outra. Imensos sorrisos nos lábios, olhos úmidos pela emoção de reencontrar a amiga. Sem dizerem mais nada as duas meninas se abraçaram fortemente. Os corpos das duas tremeram quando o choro foi inevitável.

— Senti tanto a sua falta, Meggie. – disse Júlia ainda no abraço da amiga, seus olhos fechados – Eu não acredito que você está aqui agora.

— Eu também senti sua falta. – comentou Meghan abraçando mais forte a amiga.

— Meggie! – Tom exclamou feliz o ver a amiga também, e saiu correndo. Abraçou a irmã e a amiga. Meghan sorriu e olhou para o menino.

— Senti sua falta também Tom. – passou um braço ao redor do menino, o envolvendo no abraço.

— Que lembrança mais linda. – comentou Maura emotiva – Imagina a mínima possibilidade disso acontecer, e o mais importante, é que aconteceu. – completou e todos assentiram com um aceno de cabeça.

Ruby riu, atraindo as atenções para si – E o dia que fomos inaugurar a pousada e a bolsa de Regina estourou, juntamente com a minha momentos depois.

— Na realidade aquele dia foi uma loucura total. – comentou Regina sorrindo e indo dar uma olhada no assado que estava no forno.

— Sim, Jú? – Emma disse voltando sua atenção para a filha. A loira estava conversando com algumas pessoas que haviam sido convidadas.

— A bolsa da mamãe estourou. – disse a menina olhando para a sua mãe, já pegando na mão para começar a puxá-la se fosse preciso – Ela está precisando de você.

— Ah Jú, sem problema, qualquer coisa ela manda arrumar ou mesmo compra outra bolsa. – respondeu Emma não se atentando ao real significado do que sua filha havia dito – Isso não é importante no momento.

Júlia bufou irritada com a lentidão de sua mãe loira – Não é esse tipo de bolsa mãe. A bolsa dos bebês que estourou. A mamãe está tendo os bebês. Meus irmãos estão nascendo. – falou firmemente já puxando a sua mãe pela mão – Corre para ajudar a mamãe.

Os olhos de Emma se arregalaram cheios de surpresa – Por meu chapéu! – exclamou a loira dando o copo de bebida que segurava para a pessoa a qual conversava, e no segundo seguinte estava correndo até a sua esposa – Morena! – disse avistando sua esposa e rapidamente se aproximou – Calma, está tudo bem. – disse, olhou para Ruby, ao se abaixar para ajudar sua esposa – Por favor, Rubs, liga para Emilie e diga que estamos indo para o hospital agora. – falou ajudando Regina a se levantar da cadeira – Vem morena, com calma. – falou Emma tentando passar uma calma que não tinha naquele momento. Kathryn percebeu uma estranha movimentação e imediatamente se aproximou.

— Por meus clientes, os bebês estão nascendo! – anunciou alto o suficiente para muitos ali perto escutarem. Aquela notícia parou tudo ali perto, e o silêncio foi tomando a festa ao ponto de pará-la por completo e chamaram a atenção de todos os presentes para o casal. Cora e George, que conversavam com Terry e Trisha assim que ouviram que Regina estava tendo os bebês se apressaram e no segundo seguinte estavam ao lado das mulheres.

— Vem que eu ajudo, Emma. – George estava do outro lado de Regina, ajudando sua filha a levar a esposa para a pick-up com Cora e Kathryn no encalço.

— Vamos morena, que vou te levar para o hospital. – falou Emma andando com sua esposa na direção da porta, por sorte ela havia parado a pick-up perto da pousada – Pai... – começou, mas foi interrompida pelo seu pai.

— E ainda teve a Ruby logo em seguida naquela mesma noite. – brincou Regina rindo.

— A sorte é que os gêmeos já haviam nascido, porque a Emilie não sabia se conseguiria dar conta de três nascimentos ao mesmo tempo.

— Ow por céus! – exclamou a morena em pânico.

Aquilo fez Kathryn sair rapidamente do banheiro – O que foi Rubs? – perguntou vendo a cara de espanto de sua esposa.

Ruby apenas olhou para suas pernas, tanto o colchão quanto o lençol, coberta. Todos molhados. Com a luz do segundo abajur acesa dava para ver melhor no quarto – Minha bolsa estourou. – anunciou ainda olhando para suas pernas.

Os olhos azuis de Kathryn se arregalaram em pânico – Por meus casos!! – deixou o copo sobre um móvel qualquer no quarto e começou a andar para todos os lados do quarto sem um objetivo específico, feito uma barata tonta – O que eu faço? – soltou a pergunta ao olhar para sua esposa – Ai socorro! – exclamou em pânico praticamente girando ao redor do quarto. Totalmente perdida.

— Me leva para o hospital, oras! – a veterinária trouxe sua esposa para si novamente. Kathryn parou e a olhou – Nosso filho está nascendo, e não quero que ele nasça aqui no quarto. – disse Ruby tentando se levantar da cama.

Kathryn no segundo seguinte estava a lado de sua esposa – Vem, me deixe ajudá-la. – passou o braço ao redor de sua esposa. Assim que elas estavam passando a frente do quarto de Meghan, a porta se abriu.

— O que está acontecendo? – a menina perguntou esfregando o olho, em claro sinal de sono – Porque os gritos?

— Meggie! – exclamou Kathryn surpresa.

— Sam está nascendo. – disse Ruby segurando a parte baixa de sua barriga.

Aquela notícia fez a menina acordar por completo – Meu irmão está nascendo! – exclamou feliz.

— Sim. – confirmou Kathryn ajudando Ruby a descer as escadas – Tome, pegue o meu celular e ligue para o hospital e diga que sua mãe está indo para lá imediatamente. – pediu olhando onde tinha colocado as malas prontas, assim que ajudou Ruby a entrar no carro e correu para pegar as malas.

— Pronto! Eles já estão avisando a médica. – disse Meghan devolvendo o celular para sua mãe loira – E agora?

— Agora vá para a casa de Regina, que os tios estão lá... – fechou o porta-malas e caminhou na direção do lado do motorista – Diga que assim que der daremos notícias. – entrou no veículo. A menina assentiu e saiu correndo na direção da casa mencionada. No segundo que Kathryn viu Meghan entrar na casa de suas amigas, saiu em disparada para o hospital.

Emma soltou uma risada – Eu sinto pelo senhor Sullivan. – disse travessamente – O pobre homem sofreu na nossa mão durante essa gravidez e depois com as das seguintes.

— Sim, coitado dele, sofreu e muito conosco. – concordou Ruby rindo.

— Gente, estou morrendo de tanto rir com isso. – disse Jane limpando a lágrima que se juntou em seus olhos de tanta risada.

— Mas lembro alguém que ligou a sirene do carro para que pudéssemos chegar mais rápido ao hospital. – comentou a legista olhando para sua esposa.

— Liguei mesmo, minha filha estava nascendo e o tráfego estava péssimo aquele dia. – comentou Jane sorrindo travessamente para sua esposa.

— Adoraria ficar aqui conversando e lembrando de mais coisas, mas nesse momento temos um batalhão de crianças para dar banho e apronta-las para o jantar. – disse Regina desligando o forno com o assado pronto.

— Sim! – concordou Ruby desligando a última panela no fogão – Vamos levar metade do batalhão e quando todos estiver arrumados, nós voltamos.

— Vamos nos preparar aqui também. – disse Emma ao se levantar para começar a saga do banho.

—SQ-

A imensa mesa estava pronta e cheia de comida, uma música alegra enchia o ambiente, as crianças menores brincavam de um lado a outro. As crianças do meio estavam jogando vídeo game e as maiores estavam em grupos e conversando tranquilamente.

Emma e Ruby estavam tomando cerveja enquanto olhavam toda aquela agitação na casa – Se alguém me disse uns quinze aos atrás que estaríamos assim... – começou a veterinária – Casada, com uma penca de filhos e extremamente felizes eu com certeza iria rir da cara da pessoa.

— Eu também. – concordou Emma e tomou um gole de sua cerveja.

— Então qual a lembrança agora? – Jane quis saber assim que se aproximou das duas mulheres, ela também estava segurando uma cerveja long neck.

— Nenhuma no momento, mas apenas conversando se alguém me contasse que a minha vida seria assim uns quinze anos atrás, eu daria risada na cara da pessoa. – respondeu Emma rindo.

Jane que estava tomando um gole de sua cerveja quase engasgou – Ow sabe que eu também daria risada e ainda diria que essa pessoa estaria louca.

— Aconteceu tanta coisa nesses últimos anos... – começou Emma depois de alguns segundos quando as três mulheres ficaram em silêncio – Que se brincar daria um livro para cada um aqui, pelo menos.

Ruby soltou um suspiro antes de tomar um gole de sua cerveja – Como aconteceu... Mas vamos celebrar, afinal mais um ano se passou e estamos aqui reunidos festejando a isso e ao próximo ano.

Assim fizeram durante as próximas três horas, comemoraram, comeram, beberam e conversaram bastante. Em dado momento, Emma estava sentada na poltrona com Regina aconchegada contra si, e as duas estavam rindo – Ah morena, foram tantos momentos maravilhosos ao seu lado... – depositou um beijo nos cabelos de sua esposa – Nascimentos das gêmeas, Lucy chegando a família... Henry conquistando seu primeiro campeonato.

— Nossas crianças crescendo... – comentou Regina olhando para os gêmeos já não tão crianças assim, as gêmeas já não mais os pinguinhos de gente que elas costumavam ser – Ah Emma o tempo está passando tão rápido...

— Sim, morena... Está passando muito rápido. – concordou Emma – Tão rápido que já temos dois filhos na universidade, o terceiro a um passo de ir também.

— Não lembre... – disse Regina soltando um longo suspiro – Mas nesses anos também tivemos momentos maravilhosos apenas nós duas... – olhou para sua esposa e um brilho divertido em seus olhos.

— Oh com certeza tivemos muitos momentos maravilhosos e prazerosos posso assim dizer. – concordou Emma sorrindo de lado – E acho que estamos precisando de um viagenzinha apenas nós duas.

— Isso eu concordo com você. – Regina sorriu abertamente – Poderíamos pensar em algum lugar diferente de praia, não que eu não goste, mas seria bom dar uma variada no nosso destino.

— Não poderia discordar de você, morena. – Emma se inclinou abaixo para selar seus lábios em um breve beijo. Não demorou muito e os outros dois casais mais velhos se juntaram a elas.

— Sabe o que eu estava lembrando agra a pouco? – questionou Kathryn tomando um gole de seu vinho.

— Solta logo. – pediu Jane já rindo.

Kathryn sorriu abertamente – Da primeira vez que Regina e eu fomos ao pub aqui... E houve aquela dança fantástica...

Imediatamente a mão de Regina foi parar em sua testa – Nossa, verdade.

— Mas quem se deu bem no final fomos eu e minha loira estonteante. – brincou Ruby.

— Cadê a Emma para eu parar na mesma vaga que ela? – brincou a loira, fazendo Regina rir junto.

— Como você é má, Katy... – disse a morena assim que conseguiu parar de rir.

Kathryn respirou fundo – Não sou má, mas juro que eu queria ter visto vocês duas nesse dia, assim como queria ter visto vocês duas brigando na lama... Deve ter sido hilário. – comentou a loira assim que terminou de fazer a manobra para estacionar.

— Eu nem falo nada...

— Nossa, esse é o Pub The Rabbit Hole? Por fora parece apresentável... – comentou Kathryn assim que desligou seu carro depois de estacionar – Será que eu exagerei? – perguntou a loira para a amiga ao ver duas pessoas não tão arrumadas entrando no pub.

— Ainda lembro que Katy, não fez o favor de ajudar e sim de atiçar mais. – brincou Regina.

— Aticei mesmo, quem sabe assim você não partisse para outra. – a loira piscou – E acho que deu certo. – sorriu – Já que estão casadas a mais de dez anos.

— E a parte da dança? – Jane queria saber.

Regina sorriu – Eu tentei sensualizar para uma certa morena... – Emma começou, mas minha tática virou contra mim. – riu – Porque eu mexi com a dona onça errada. – riu fazendo sua esposa rir também.

— Vamos Rubs, vamos dançar! – chamou Emma já se levantando de seu banco – Eu adoro essa música. – apesar de ser um pub, Jimmy tentava sempre tocar músicas variadas, e hoje sábado a noite ele estava tocando remixes de músicas de baladas.

— Você está bêbada Loirão... – riu a morena ao ver a amiga falar enrolado – Mas claro que não vamos perder a oportunidade de ver Emma Swan dando show na pista de dança.

— Não estou, talvez um pouco alta, mas vamos nos divertir... E com certeza a pista de dança será pequena hoje... – disse puxando a morena pela mão e indo ao pequeno espaço reservado para dançar. A loira se posicionou propositalmente de frente para a mesa de Regina, mais especificamente de frente para a morena. Seus verdes olhos não desviavam a atenção da morena sentada a mesa, todo gesto era carregado de sensualidade e luxúria. Regina por sua vez, acabou virando em um gole só o recém-chegado martini e já pedindo outro, também não desviava seus castanhos olhos da loira, todo movimento da loira era como um imã que atraía o olhar da morena para seu corpo. A loira dançando era uma força avassaladora, o balanço do quadril no ritmo da música, os olhares intensos, as mãos de Emma que passavam em seu próprio corpo, como Regina queria que fossem as suas mãos ali, conhecendo e reconhecendo cada pedaço, cada curva, cada centímetro de pele alva daquela loira atrevida, abusada e deliciosamente perturbadora. Mesmo observando sua amiga, Ruby não deixava de olhar intensamente para Kathryn que também retribuía o olhar lascivo da morena. Emma remexia o corpo e ficava provocando Regina. O balanço dos corpos no ritmo das músicas estava mexendo com as quatro mulheres. Emma se insinuava e incitava Regina com a movimentação de seu corpo enquanto dançava, até o ponto que a morena não aguentou mais e se levantou.

— Só isso? – questionou Jane decepcionada.

— Que nada, então veio o contragolpe. – brincou Regina – Porque ouvi algumas coisas bem interessantes, por assim dizer, enquanto estava no banheiro... Depois daquilo resolvi agir. – sorriu com seu sorriso maléfico.

— É por isso que eu amo essa mulher. – brincou Emma rindo.

— O que você ouviu? – Maura estava curiosa para saber.

— Ai amiga... – disse Ariel frustrada assim que abriu a torneira – Emma está aqui e ela nem está dando moral para mim... – se queixou a mulher lavando as mãos. No instante seguinte o rosto de Regina ficou vermelho de raiva – Mas queria tanto mais uma chance... – riu bobamente e soltou um suspiro alto – Mais uma chance de sentir novamente aquelas mãos pelo meu corpo todo sem pudor... Aquelas mãos tem uma habilidade fora de série, sem falar na pegada, ai que pegada Emma tem... Só de lembra ainda fico sem ar... – suspirou a ruiva – E aquela boca? Você nem sonha o que aquela boca é capaz de fazer... Ela conseguiu me fazer chegar ao orgasmo apenas usando a boca... Aquela boca juntamente com a língua é capaz de te levar ao céu e o inferno ao mesmo tempo. – comentou Ariel se abanando, morrendo de calor só de lembrar aqueles momentos.

— Mas tire seu cavalinho da chuva... – disse a amiga assim que saiu do reservado e foi lavar a mão – Lily está aqui e você sabe que aquela doida é pior que cão de guarda quando o assunto se trata de Emma.

— Elas não são nada, Emma já deixou claro isso um monte de vezes... – comentou a ruiva.

— Pra mim não interessa, só sei que eu não gostaria de ter uma Lily lunática e raivosa atrás de mim. – disse a amiga, por fim ao terminar de secar as mãos.

— Mas tem coisas que valem a pena, e se for esse o preço para ficar mais uma vez com Emma eu pago! – falou Ariel assim que elas saíram do banheiro.

Novamente sozinha Regina saiu do reservado e foi para a pia – Droga!! Quando penso que conseguirei ficar um minuto sem pensar naquela loira perdição, vem duas songamongas e ficam falando do que Emma é capaz. – o ciúme estava batendo no nível altíssimo na morena, então ela respirou profundamente umas três vezes para se aclamar e se olhou no espelho – Se você continuar pensando naquela loira arrasa quarteirão você irá enlouquecer, aliás, eu nem sei porque fico pensando nela e o principal, não tenho porque pensar nela... Será que ela realmente faz tudo aquilo que aquela songamonga falou? E o principal, porque me incomoda quando falam dela perto de mim? – ela molhou a mão e passou na nuca para se acalmar, então se lembrou de Emma dançando na pista de dança – Loira fantástica maldita e abusada. Como ousa dançar daquele jeito? – passou novamente a mão úmida na nuca, sua respiração estava voltando ao normal – Isso não vai ficar assim sua loira assanhada... Se é guerra que você quer é guerra que você terá! Regina Mills não é mulher de fugir da lutar. – se arrumou e voltou para sua mesa decidida a afrontar aquela loira atrevida. Ela iria mostrar do que Regina Mills era capaz na pista de dança – Já que ela quer brincar com fogo espero que saiba tratar de queimaduras! – murmurou quando saiu do banheiro, ela olhou a procura de sua amiga e a viu na pista de dança perto de Emma e Ruby – Perfeito! É agora! Se prepara senhorita Swan, pois você verá o que é sedução enquanto danço!

— Regina Mills modo ataque. Adoro. – brincou Kathryn tomando um gole de seu vinho.

— Não interrompa Katy, continue Regina. – pediu Jane interessadíssima.

Regina ergueu um ombro na batida da música e encarou a amiga, jogou a cabeça para o lado e olhou para Emma por cima do ombro enquanto suas mãos seguravam os ombros de Kathryn. Nos lábios da morena um pequeno sorriso malicioso, e levemente ela afastou as pernas e requebrou os quadris de um lado a outro duas vezes, mas os movimentos foram tão rápidos que Emma mal conseguiu acompanhá-los, pois seu cérebro já havia entrado em combustão com apenas o olhar que havia recebido da morena. Regina se virou e ficou de frente para Emma, o sorriso malicioso ainda adornando seus lábios, pousou sua mão esquerda em seu ombro do mesmo lado, e a direita um pouco abaixo do seio direito, mais para a lateral, e novamente requebrou os quadris de um lado a outro rapidamente, ao mesmo tempo que jogou suas mãos ao alto em um movimento no sentido contrário dos quadris, e parando as mesma na altura das coxas, e sedutoramente ergueu um pouco o tecido do vestido, deixando mais ainda a mostra aquelas pernas torneadas. Ruby que literalmente parou para ver Regina dançar, aliás não só ela, assim como o pub inteiro estava agora de olhos na morena que dançava divinamente. Kathryn sorria internamente. Regina fez um giro com os quadris e no mesmo movimento colocou a perna esquerda a frente, ficando de lado, requebrou mais uma vez os quadris, esticando os braços para baixo no ritmo do passo de dança, e voltou a posição inicial. Abaixou a cabeça para subir logo em seguida, como se fosse um mergulho, e virou-se para o lado esquerdo e ondulou os quadris juntamente com o corpo todo, e seu olhar fixo em Emma, que a essa hora já tinha a boca aberta em um perfeito Ó, e seus olhos arregalados nem piscavam para não perder nem um momento do que aquela morena sensual estava fazendo.

A morena deu um passo a frente quase chegando perto de Emma, então girou em seu eixo e voltou para trás, abriu levemente as pernas, esticou o braço direito para o lado, e requebrou os quadris para o lado direito, então o braço esquerdo se juntou a coreografia e Regina requebrou o corpo todo em sensualidade. Lentamente ela começou a andar na direção de Emma movendo os quadris de um lado a outro, trançando as pernas a frente, ergueu seus braços acima da cabeça, cruzando os mesmos e entrelaçando seus dedos. Assim que Regina chegou a uma curta distância da loira, ela soltou os dedos e mexeu os braços juntamente com os quadris, os girando na mesma direção, deu umas duas voltas completas, então desceu rapidamente os braços ao mesmo tempo em que parava com as pernas levemente abertas e deu aquela leve empinada nos seios. Nesse momento Emma, completamente, se esqueceu de como se respirava, aliás, ela já não tinha mais controle sobre seu corpo. Lentamente Regina requebrava os quadris juntamente com a parte de cima do tronco, e em nenhum instante ela havia tirado os olhos de Emma. A morena deu alguns pequenos passos para trás e em um ato fingido de timidez, Regina colocou a mão esquerda sobre o peito e a direita sobre seus quadris, como se quisesse esconder algo, e pela primeira vez quebrou o contato visual olhando para o lado quando virou o rosto. Mas no instante seguinte elevou os braços acima da cabeça novamente, seus olhos voltaram a se fixar na loira, e ela deu um passo para a esquerda com a perna do mesmo lado, mexendo os quadris juntos com os braços, voltou a perna esquerda junto a direita enquanto abaixava os braços se movendo junto ao corpo, na batida seguinte da música o braço esquerdo ficou colado junto ao corpo e o direito foi para o topo da cabeça a jogando para trás. No instante seguinte, a morena agachou quase até o chão, e apontou levemente as duas pernas para o lado esquerdo, com os braços novamente acima da cabeça, não durou nem um segundo nessa posição, Regina já havia se levantado e deu um passo na direção da loira, parando com as pernas levemente afastadas, com os braços ao longo do corpo e jogou a cabeça para o lado direito que voltou com um empurrão do ombro e sua mão direita parando com os dedos no pescoço e desceu lentamente até chegar quase em cima do seio direito. A música estava chegando ao fim, com um último requebrar de quadris a morena esticou seu braço para cima.

Alguns milésimos de segundos em silêncio até que o pub inteiro caiu em assovios e aplausos para o que havia acabado de acontecer.

Aquele silêncio não durou muito e logo outro remix estava tocando e aquela demonstração da morena havia incentivado a mais gente a dançar, e pela primeira vez na história do pub, a pista de dança estava lotada sem ser o dia de música country.

Ruby abriu um largo sorriso ao ver sua amiga paralisada no lugar com o queixo lá no chão e os olhos arregalados – Loirão, vamos se mexe e não fique aí parada com cara de boba e babando feito um bebê... – disse a morena assim que se aproximou e balançou a loira para sair do estupor em que se encontrava – A noite ainda nem começou direito... Vamos dançar! – sorriu maliciosamente e olhou na direção de Kathryn e sinalizou com os dois dedos indicadores Emma e Regina, e os juntado. Kathryn entendeu perfeitamente e acenou brevemente com a cabeça concordando com o recém-elaborado plano.

Emma olhava para os lados sem entender nada do que estava acontecendo, aquela dança havia acabado com toda sua sanidade e se havia sobrado algum resquício, a bebida acabaria, pois quando ela voltou a realidade pediu uma dose bem grande de uísque para o garçom. Assim que ele trouxe a dose, ela virou de uma vez e agradeceu, voltou a dançar no ritmo da batida das músicas remixadas. Ruby arregalou os olhos ao ver sua amiga praticamente tomar um copo inteiro de uísque e logo começar a dançar na batida da música também e se aproximou da loira.

— Loirão, como você aguentou tudo isso? – Jane perguntou em tom de brincadeira.

— Eu não aguentei. – respondeu Emma soltando uma gargalhada.

— Loirão, depois dessa dança eu teria ficado de pernas bambas... – comentou Ruby perto do ouvido da loira – E não deixaria barato, eu cairia em cima, chegando junto... Para mostrar quem que manda! – atiçou a morena enquanto olhava para Kathryn.

— Quem disse que minhas pernas não estão bambas? – retrucou a loira tentando voltar a ter o controle do próprio corpo – Meu coração está batendo na boca e minha garganta está seca... – se virou para um garçom que vinha trazendo um caneco de cerveja – Era disso que eu precisava... – disse pegando o caneco e o virando de uma vez – Obrigada Albert. – sorriu amavelmente – Adoro um desafio...

— Eu também precisaria de um caneco desses depois daquela dança. – ele sorriu marotamente e voltou para pegar outro caneco.

— Gente, que maravilha. – comentou Maura se divertindo.

— Ainda não acabou. – comentou Kathryn rindo.

— Só sei que fomos dançando, uma atiçando a outra até que finalmente a música terminou. – comentou Regina.

— Estávamos quase dando nosso primeiro beijo. – continuou Emma.

— Mas teve algum filho de uma boa mãe que acabou arrumando alguma confusão e as duas se separaram sem beijo. – comentou Ruby suspirando frustrada.

— Ai que ódio, tudo para ter um final perfeito. – comentou Jane frustrada também.

— Sim, mas como eu disse, no final que recebeu o beijo fui eu, um beijo da minha loira estonteante. – comentou Ruby tomando um gole de sua cerveja.

— Isso me fez lembrar do dia que Emma ficou cheia de ciúmes por causa de Daniel, e acabamos dançando música country. – comentou Regina rindo.

— Gente, como assim ciúme de Daniel, ele é gay. – Maura comentou como a mais óbvia coisa do mundo.

Emma riu – Mas no dia eu não sabia e ele veio cheio de galanteios para cima da minha morena.

— Conta que eu quero saber. – pediu Jane rindo divertida.

— Daniel! – respondeu Regina ao avistar o homem que tinha um sorriso sedutor no rosto.

— Regina, meu amor! – disse o homem ao se aproximar e envolver a morena em um abraço apertado – Que saudades de você.

— Saudades de você também, Daniel. – respondeu de volta ao se soltar do abraço – Por onde tem andado?

— Eu rodei esse país todo, até terminar em Boston e ser contratado pela empresa de Aurora. – respondeu ele ainda com o sorriso no rosto.

Emma apenas assistia a cena incrédula, e instantaneamente fechou o semblante.

— Não sabia que tinha se formado em engenharia. – comentou a morena surpresa – Você nunca gostou de números. – riu.

— E você tem toda razão, ainda não gosto de números. – comentou ele rindo – Eu sou arquiteto paisagista com especialidade em jardinagem... – fez uma pausa – E como essa obra envolve muito verde, por isso estou aqui.

— Realmente paisagismo tem mais a sua cara. – comentou a morena.

Aurora arregalou os olhos surpresa – Vocês se conhecem?

— Temos uma longa história juntos. – respondeu Daniel brincalhão. Então Regina se virou para sua loira Droga! O que aconteceu para você fechar a cara, hein minha loira abusada? Não vai me dizer que está com ciúme de Daniel?

— Bom, senhorita Brownstone... – Emma limpou a garganta e se pronunciou pela primeira vez, seu semblante estava sério – Como estão os preparativos? Quando começam as obras? – terminou a loira e seu tom era indiferente, sem emoção, extremamente profissional.

— Depois de tudo, enquanto estávamos indo embora, pedi para que Emma encostasse a pick-up e assim poderíamos conversar. – continuou Regina.

— Ah minha loira abusada... – disse Regina adorando o ciúme de Emma – Você não precisa ficar assim com relação a Daniel, ele é apenas um amigo. – comentou e passou a mão pelo rosto da loira – Estudamos juntos no colegial.

— Amigos? – olhou a morena em questionamento – Apenas amigos? Não me pareceu pelo jeito galanteador dele.

Regina não se aguentou e soltou uma gargalhada, mas Emma se irritou – Olha se for rir da minha cara, podemos parar agora com essa conversa e voltarmos para a fazenda. – ela fez menção de ligar a pick-up novamente.

Regina parou de rir e segurou a mão da loira – Me desculpe Emma, não estava rindo de você, mas sim do seu ciúme, que não precisa ter.

— Eu fiquei muito mordida de ciúmes. – comentou Emma.

— Eu também teria ficado. – concordou Jane e terminou sua cerveja.

— Quando minha morena soltou que Daniel era gay eu não acreditei até finalmente a gente sair e ir dançar novamente. – continuou a loira.

— Para tudo! Gente, quem iria dizer que aquela Regina que eu conheci no colegial louca por meninos agora iria se lambuzar com uma mulher. – veio a voz de Daniel atrás das duas mulheres que ainda estavam na porta.

— Daniel. – disse Regina ao se separar de Emma, mas segurou sua mão ao mesmo tempo – Vamos nos sentar? Temos muitas conversas para colocar em dia.

— Ah minha querida, nisso você pode apostar. – comentou e então olhou para Emma – Tudo bem?

— Daniel sendo Daniel como sempre. – brincou Jane rindo.

— Nessa parte ele não vai mudar nunca, sempre foi assim desde da época do colegial. – disse Kathryn.

— Dança comigo, morena? – pediu Emma sorrindo para Regina.

— Mas eu não sei dançar esse ritmo. – tentou argumentar.

— Vamos! – pediu novamente.

— Essa eu quero ver, Regina a rainha da salsa dançando country. – Daniel soltou provocando a morena.

Regina soltou uma respiração profunda e olhou para o amigo – Observe! – se levantou do banco.

Emma sorriu – Com licença! – guiou sua morena até a pista de dança, que outrora essas duas mesmas mulheres protagonizaram a cena mais quente do local.

— Fique avisada que se eu pisar em seu pé, a culpa é sua, pois isso eu não sei dançar. – alertou Regina em tom de brincadeira.

— Morena, depois daquele show que você deu aqui nessa mesma pista, duvido e muito que você pise no meu pé, é mais fácil você sair com o pé pisado. – brincou Emma de volta.

Posicionaram-se na pista de dança, uma de frente a outra, Emma ergueu sua mão esquerda e Regina depositou sua direita, a direita de Emma foi para o ombro da morena, que automaticamente posicionou sua esquerda no vão do cotovelo.

— É só deixar a música levar. – comentou Emma então começou a guiar Regina a empurrando para trás, dando passos já se remexendo para um lado e outro, entrando na grande roda que havia se formado na pista, com mais casais dançando.

Regina ia acompanhando dois para lá, dois para cá, enquanto iam passeando pela pista de dança, vez ou outra ela soltava um sorriso para Emma que já não tinha mais rosto devido ao tamanho de seu sorriso. Então Emma abaixou sua mão esquerda no mesmo instante que deu um giro para esquerda, voltando a posicionar sua mão acima novamente e mais um giro na mesma direção. No momento seguinte, segurou a mão direita da morena a erguendo acima da cabeça, a fazendo dar uma volta completa em seu eixo e para novamente a sua frente. Então ficaram de lado, e novamente Emma fez Regina girar mais duas vezes a passando para o outro lado, parando então foi a vez de Emma dar uma volta, passando Regina por trás de si e segurou sua mão novamente, a qual havia passado a suas costas, e fez a morena voltar do mesmo jeito, e novamente segurou sua mão e a ergueu fazendo Regina girar novamente duas vezes, parando ao seu lado, enquanto Regina tinha seu braço esquerda envolta de sua própria cintura, e o braço direito de Emma em suas costas, segurando a mão direita da morena, dando dois passos para frente, dois passos para trás, e em seguida a perna vai e volta.

— Aquela noite foi divertida. – comentou Ruby.

— E eu tive realmente certeza de que Daniel é gay. – confirmou Emma.

— Meninas, se vocês me dão licença, eu preciso ir a caça, pois faz tempo que estou de olho em um possível candidato a namorado. – soltou Daniel terminando sua cerveja e pedindo mais duas para Jimmy – Até qualquer hora. – saiu e foi direto para o homem que olhava para ele sem parar desde o começo da noite. As três mulheres ficaram vendo toda a cena, então a boca de Ruby se abriu em um O perfeito, os olhos de Emma se arregalaram e Regina soltou uma risada quando elas viram Daniel praticamente atacar o homem o beijando ardentemente.

— Tenho a impressão que a noite dele vai ser regada a muito sexo selvagem. – brincou Ruby ao ver o outro homem passar as mãos pelas costas de Daniel ferozmente. Aquele comentário fez Emma e Regina rirem.

— Agora você acredita que não aconteceu nada entre nós dois, Emma. – disse Regina ao olhar sua loira – No colegial vivíamos atrás dos meninos.

— Acho que agora estou convencida que ele não quer nada com você. – concordou Emma – Vamos embora? – sugeriu, e as duas mulheres concordaram.

— Foram tantas coisas que aconteceram na nossa vida que daria umas três trilogias de filmes. – comentou Emma rindo.

— Ah Loirão, com certeza daria e ainda faríamos sucesso. – brincou Ruby.

— Gente, adoraria continuar aqui e ficar lembrando das coisas que já aconteceu, mas vamos aproveitar esses poucos mais de dez minutos desse último dia do ano. – falou Maura se levantando e indo se juntar com as crianças menores.

— Ela tem toda a razão. – concordou Jane seguindo sua esposa no segundo seguinte. Kathryn e Ruby apenas trocaram olhares em concordância e foram se juntar as crianças também.

— Nós? – perguntou Emma olhando para sua esposa. Regina beijou levemente os lábios de sua loira, se levantou e lhe ofereceu a mão.

— Vamos! – convidou. Sem pensar duas vezes, a loira aceitou a mão estendida e se juntou a sua esposa, e de mãos dadas e dedos entrelaçados, elas foram caminhando sem pressa pela casa, vendo toda a bagunça que elas adoravam, acontecendo. Viram Ruby e Kathryn brincando com as crianças do meio. Ficaram ali olhando por uns dois minutos, então continuaram andando e viram Jane e Maura com as crianças menores e os cachorros. Ficaram ali mais uns dois minutos, apenas observando tudo. Então caminharam até encontrarem os maiores e os verem conversando animadamente. Observaram também, até que Ruby apareceu gritando.

— Trinta segundo para dar meia noite, vem todo mundo aqui. – chamou da sala que estava a mesa de jantar.

No segundo seguinte a sala estava abarrotada com tantas pessoas – Cada um com um copo de bebida, claro que para as crianças suco ou refrigerante, e para nós adultos bebida alcoólica.

— Nós três podemos tomar um copo na virada? – pediu Henry sorrindo travessamente.

— Só um copo. – concordou Regina sorrindo, viu Henry pegando um copo de cerveja, juntamente com Meghan e Júlia se serviu com um copo de vinho. Sentiu sua esposa passando o braço sobre seus ombros. Instintivamente se virou de frente para sua loira e a envolveu em um abraço na altura da cintura.

— Vinte segundos. – gritou Ruby animada.

— Sei que isso deveria ser dito na data do nosso casamento... – comentou Emma sorrindo e envolvendo sua esposa em um abraço.

— Dez segundos!

— Nove...

— Oito...

— Sete...

— Seis...

— Está pronta para mais um ano ao meu lado e colecionando mais lembranças? – questionou Emma sorrindo abertamente.

— Cinco! – começou o coro.

Um sorriso imenso adornava os lábios da advogada – Mais um ano não, mas sim muitos anos, até o último dia da minha vida. – confessou, então selou seus lábios em um beijo apaixonado.

— Quatro! – continuou o coro, com Emma e Regina se juntando a ele.

— Três!

— Dois!

— Um!

— Feliz Ano Novo!

 


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Notas finais do capítulo

Bom, talvez vocês esperassem por algo diferente no capítulo, mas de uma modo geral, eu gostei, pois assim consegui fazer uma leve recapitulada nas lembranças e agora vamos seguir em frente. Com isso pretendo voltar os pulos no tempo para adiantar um pouco a história. E claro que eu não esqueci da Jú e da Meggie, vamos ver o que nos aguarda no próximo capítulo ou capítulos!!

Lembrando que sugestões para nomes dos capítulos que estão sem são sempre bem-vindas, assim como ideias, caso tenham.

Provavelmente eu volto com uma OneShot antes do próximo capítulo! Cuidem-se!

Até a próxima!



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