— Bom dia garotas! – cumprimentou Emilie assim que Ruby e Kathryn entraram na sala da médica. Elas haviam deixado Meghan na escola, e foram direto para o hospital.

— Bom dia doutora. – responderam as duas juntas, ao mesmo tempo em que se sentavam na cadeira oferecida pela outra mulher.

— Como vocês estão? – quis saber, sorrindo educadamente. Depois das rusgas iniciais, Emilie passou a ser mais profissional. Sem falar que ela estava começando a acostumar com o ritmo da cidade, então aquele misto de emoções havia abaixado. Mas um encontro casual com uma certa loira engenheira na lanchonete da cidade fez com seu interesse amoroso focasse somente nela.

— Estamos bem, apesar de toda a agitação. – respondeu Ruby sorrindo colocando a mão sobre seu abdômen levemente avantajado.

— Bom saber, mas claro que iremos fazer alguns exames para atestar se estão bem mesmo. – comentou a médica já se levantando. Pediu para Ruby colocar o avental. Uma vez com aquela incomoda roupa a médica indicou para que Ruby subisse na balança – Humm... Muito bom apenas dois quilos a mais dentro de um mês.

— Só isso porque eu e a Bah controlamos o que ela come, pois se deixasse ela devorava até o reboco da parede. – brincou Kathryn sorrindo para a esposa.

— Quero só ver quando for você que estiver aqui no meu lugar se será tão engraçado assim. – Ruby mostrou a língua em tom de brincadeira. Emilie apenas sorriu de lado.

— É normal as grávidas quererem comer um pouco a mais do que geralmente comem... – disse Emilie indicando para que Ruby se sentasse na maca. Envolveu o braço de Ruby com o aparelho de pressão – Mas é bom não exagerar, pois pode ser prejudicial para você, mas principalmente para o bebê. – aferiu a pressão da veterinária – Sua pressão está boa. – então tirou algumas ampolas de sangue e pediu para Bethany levar para o laboratório junto com o pedido dos exames – Pode se deitar. – pediu mais uma vez.

— Eu sei, mas as vezes é que eu não consigo segurar a vontade de comer. – comentou Ruby olhando para sua esposa Viu? É normal essa minha fome!

— Com licença... – falou Emilie abrindo o avental – O gel está um pouco gelado, mas depois você acostuma. – anunciou segundos antes de despejar uma quantia suficiente sobre o abdômen – Vamos lá! – disse colocando o transdutor sobre o gel e começou a espalhar sobre o abdômen enquanto visualizava todo o ventre.

— Então doutora? – perguntou a loira impaciente, tentando ver alguma coisa naquela tela cinza.

— Aparentemente está tudo bem com o bebê... – respondeu olhando para o monitor – Está do tamanho adequado para quatro meses... Está se desenvolvendo bem... – ia dizendo enquanto passava o transdutor sobre o abdômen – Ele está em uma posição boa para saber o sexo. – olhou para as duas mulheres – Vocês querem saber ou preferem a surpresa do nascimento.

Ruby olhou para sua esposa – A ansiedade não é a minha melhor amiga. – brincou.

— A curiosidade também não. – respondeu a loira sorrindo travessamente – Então?

— Doutora nos diga qual o sexo do nosso baby. – pediu Ruby olhando para a médica.

Emilie soltou uma risada – Muito bem... – disse passando o transdutor, a loira olhou atentamente para a tela cinza para ter certeza do que iria falar – Sem sombra de dúvidas é um menino.

Os olhos de Ruby se arregalaram – Minha loira estonteante, vamos ter um menino! – disse emocionada.

— Sim, minha morena, já não tão mais rebelde. – brincou – Nós vamos ter um menino. – comentou olhando apaixonada para Ruby.

A veterinária abriu um sorriso apaixonado também, mas logo se tornou travesso – E a fazenda ganha mais um menino para a conta. – brincou – Porque além de Henry e Tom, ainda tem o Neal, e agora o nosso baby. Fico só pensando como Meggie e Jú irão lidar com tantos meninos.

Kathryn soltou uma gargalhada – Com certeza elas saberão lidar com tanto meninos ao redor. – respondeu – E vamos torcer para que pelo menos um dos babes de Regina seja uma menina. – piscou para sua esposa.

— Aqui! – disse Emilie ao entregar algumas fotos do ultrassom para Kathryn – Pode distribuir ou mesmo montar o álbum de fotografias. – brincou – Vou limpar o gel e você está liberada para se trocar. – informou e passou o papel para tirar todo o gel do abdômen de Ruby.

Nesse entretempo a enfermeira Bethany havia voltado com alguns resultados de sangue – Aqui doutora. – entregou os papéis.

— Obrigada. – agradeceu e se sentou em sua cadeira. Passou os olhos atentamente sobre os resultados – os resultados estão bons, faltam alguns que sairão apenas amanhã. – informou, vendo as duas mulheres se sentarem novamente nas cadeiras a frente da mesa – Se eles estiverem alterados eu ligo para vocês.

— Recomendações? – quis saber Kathryn olhando para o ultrassom, ainda não acreditando que elas irão ter um menino.

— As mesmas que já passei na consulta passada, e claro, precaução sempre. – disse Emilie – Sono é normal, além de cansaço, a “rivalidade” entre querer comer algo desejosamente e depois não querer nem ver a cor ainda continua, apesar dos enjoos diminuírem consideravelmente de agora em diante.

— Por meus pacientes! Finalmente. – comemorou Ruby – Eu já não aguentava mais esses enjoos.

Emilie sorriu – Só lembrando que é bom maneirar nos desejos para não adquirir muitos quilos a mais nesses próximos meses, afinal não será bom nem para você nem para o bebê.

— Pode deixar doutora que eu me encarrego de continuar vigiando os hábitos alimentares de minha esposa durante a gravidez. – disse Kathryn olhando para Ruby, que apenas suspirou profundamente.

— Ela e minha avó. – resmungou a veterinária.

— Veja por esse lado, pelo menos você não está sozinha nisso, a Rê também está sendo vigiada de perto. – brincou Kathryn com um sorriso arteiro.

Ruby apenas a fuzilou com o olhar – Vai se preparando que quando for a sua vez, sou eu que irei vigiar o que você come.

— Até lá ainda teremos um tempo. – piscou a loira para sua esposa – Quando voltamos? – direcionou sua pergunta para a médica.

Emilie olhou para seu calendário sobre a mesa – Quero vê-las daqui a um mês novamente.

— Tudo bem, daqui a um mês estaremos de volta! – anunciou Kathryn já se levantando e estendendo a mão para sua esposa.

— Até daqui a um mês. – se despediu Ruby aceitando a mão de sua esposa.

— Até. – retribuiu a médica sorrindo para o casal saindo de sua sala.

—SQ-

— Oi morena! – disse Emma ao entrar no escritório a procura de sua esposa, mas ela não estava na mesa Ué? Bah disse que ela estava aqui! Olhou ao redor e viu algumas pastas espalhadas pela mesa de centro. Princesa e Lady deitadas em um canto do sofá, enquanto Eva, Allison e Ortiz estavam brincando mais ao canto da sala Quanta diferença entre eles! Emma procurou novamente e então viu uma porção de cabelo castanho caindo de cima do braço do sofá maior Achei! Um imenso sorriso se abriu nos lábios e sem fazer barulho se aproximou do sofá. Lola e Rapaz se aproximaram também, e meio que sentindo que tinham que fazer silêncio já deitaram junto com Lady e Princesa. A loira se agachou a frente e seu sorriso, como se possível, se abriu mais ainda a ver sua esposa dormindo tranquilamente Tão linda! A gravidez está acentuando ainda mais a beleza da minha morena!

Sua mão lentamente tirou uma mecha de cabelo castanho do rosto de sua esposa. Percorreu a ponta de seu dedo sobre a palma da mão de Regina que estava perto de seu rosto. Depois percorreu a ponta de seu dedo sobre o braço que estava sobre o corpo e sua mão sobre a levemente avantajada barriga. Os olhos de Emma brilharam assim que seu dedo percorreu o contorno da barriga, então sua mão se abriu sobre a barriga com seus bebês gêmeos – Oi criançada. – murmurou – Vocês estão se comportando? – sussurrou enquanto sua mão lentamente acariciava a barriga – Espero que sim. – riu – Não precisam ficar fazendo muita bagunça aí, porque vocês terão muitos irmãos e primos para brincarem aqui fora. – continuou acariciando a barriga. E não percebeu Regina a observando, em silêncio Ah minha loira, como não te amar mais ainda? Quando acho que não tem como, você me mostra que é possível! — Ah vocês não sabem como já estão sendo amados e esperados ansiosamente por toda uma grande família... – sorriu abertamente – Mas principalmente por suas duas mães...

— Essas duas não veem a hora de ter vocês nos braços. – Regina disse fazendo Emma olhá-la surpresa. A morena apenas abriu um imenso sorriso Eu te amo!

Emma acabou não resistindo e abriu um imenso sorriso também Cada dia me pego mais apaixonada pode você! — Com certeza não vemos a hora de vocês nascerem. – confirmou ainda passando a mão sobre a barriga de sua esposa Estamos contando os dias para vocês nascerem! — Você estava me espiando desde quando?

A advogada apenas sorriu travessamente – Eu acordei quando você começou a falar com os nossos bebês. – fez uma pausa – Estava revendo esses contratos e acabei cochilando. – disse a morena se espreguiçando vagarosamente no sofá.

Emma apenas abriu mais ainda seu sorriso, fazendo um carinho nos cabelos castanhos Que vontade de me juntar a você nesse sofá e passar a tarde abraçada a você! — Não se preocupe... Você está bem? – perguntou e Regina apenas assentiu com a cabeça – Que bom. – sorriu amorosamente – Vamos que o almoço está pronto. – disse para depois se inclinar e depositar um selinho nos lábios de sua esposa Estava com saudade de seus beijos!

— Oba! Estou faminta. – respondeu Regina se levantando com a ajuda de sua esposa Porque eu estou carregando dois bebês saquinhos sem fundos! — Esses dois bebês realmente não negam que são seus filhos. – brincou passando os braços ao redor da cintura de Emma e a olhando apaixonada.

— Que bom, assim não precisarei pedir exame de DNA para comprovar que são meus. – respondeu Emma em tom de brincadeira, abraçando sua esposa e a beijando antes que a morena pudesse responder algo.

Em silêncio caminharam para fora do escritório, suas mãos unidas e todos os cachorros atrás delas, com exceção de Luna que havia ido com Ruby para o consultório logo que a morena chegou já sem Kathryn – Ah amanhã para o churrasco teremos casa cheia. Todos confirmaram presença. – comentou Emma assim que entraram na cozinha Será uma festança daquelas!

— Maravilha! Adoro quando todos podem vir para o churrasco. – comentou Regina sorrindo para George e Eugenia – Cadê minha mãe? – perguntou curiosa.

— Cora está na cidade. – respondeu George – Ela foi para lá de manhã para ajudar John nos últimos detalhes no escritório para inaugurarem semana que vem. – explicou Já? Como o tempo passou rápido!

— Entendi. – comentou Regina depois de tomar um gole de suco de maçã Será que já sabem alguma coisa da consulta de Katy? — Alguma notícia de Katy?

— Ruby disse que a deixou no escritório de vocês porque precisava resolver alguma papelada e iria aproveitar para almoçar junto com John. Nada mais que isso. – explicou Eugenia terminando de colocar a última travessa com comida na mesa – E Ruby... – continuou, mas fora interrompida.

— Acabou de chegar! – disse a veterinária, entrando pela porta do fundo da cozinha juntamente com Luna, em tom de brincadeira – Acha que eu perderia a oportunidade de almoçar essa maravilhosa comida da minha vó? Nunca! – se sentou ao lado de sua avó e deu um beijo na bochecha.  

— Filha, escutei você falar que teremos casa cheia amanhã para o churrasco... – George iniciou a conversa depois que todos havia se servido.

— Sim! – ela respondeu depois de engolir a garfada que estava mastigando A casa será pequena para tanta gente! Nem tanto, afinal é quase todo o pessoal do casamento de vocês! Tem razão mente!— Por uma conspiração interplanetária e alinhamento dos cosmos todos estarão aqui para o churrasco amanhã...  – explicou em tom de brincadeira Oportunidade única! Tirando o casamento! — Na realidade Jane e família chegam mais ao fim da tarde. Vincent e Kiki também vêm junto com eles. Ângela perguntou se poderia trazer Leonard, eu disse que sim.

— Que coisa boa. – comentou Regina empolgada – Parece que o romance de Ângela e Leonard está começando a aparecer. – comentou e Emma apenas sorriu assentindo com a cabeça – O pessoal da construtora? – quis saber.

— Também confirmaram presença. – respondeu Emma – Elsa trocou o plantão dela com outro médico, a pedido dele, pois ele irá precisar se ausentar no fim de semana que seria o plantão dele e folga dela.

— Entendi. – comentou a advogada dando uma garfada em sua comida Isso meus bebês, devorem toda essa comida que eu sei que estão com fome! Quero ver quando chegar a hora de amamentar, Regina! Será maravilhosa!

— Emma se você quiser eu posso te ajudar agora a tarde a organizar tudo para amanhã. – se voluntariou o homem Sim, eu vou precisar de ajuda para organizar tudo!

— Toda ajuda será bem-vinda. – respondeu Emma antes de tomar um gole de seu suco de laranja – Bah, depois você faz uma lista de tudo que irá precisar, assim já providenciaremos também.

— Eu te ajudo a cozinhar, Bah. – se voluntariou Regina Assim eu deixo um pouco a leitura dos contratos que fazem cair no sono imediatamente! Mas você não pode negligenciá-los, Regina! Eu não vou mente, mas se eu me sentar para lê-los depois do almoço irei dormir a tarde toda!

— Tudo bem menina Emma, depois eu faço a lista com tudo que precisarei. – concordou Eugenia – Eu ficarei feliz tê-la aqui comigo. – sorriu para a Regina.

Ruby olhou imediatamente para a advogada – Ai Regina, eu nunca te pedi nada nessa vida... – começou Lá vem! E como vem Regina! — Mas seria muito eu te pedir para fazer aquela maravilhosa torta de maçã?

— Claro que não. Eu faço com todo prazer. – respondeu Regina sorrindo Eu faço com gosto, pois me deu vontade também! — Nossa, me deu até água na boca agora que você comentou. – suspirou – Acho que vou fazer umas três tortas. – comentou pensativa.

— Acho que o churrasco irá perder lugar para a torta de maçã. – brincou Emma olhando para sua esposa.

Fingindo indignação Regina olhou para sua esposa – Quanto exagero senhorita Swan.

— É senhora Swan-Mills. – corrigiu Emma em tom de brincadeira, fazendo Regina abrir um sorriso apaixonado Com certeza é senhora Swan-Mills! Assim como todos os nossos filhos!

Eugenia olhou para sua neta – Tudo bem, agora que todo o assunto churrasco foi resolvido, eu quero saber como foi a consulta. Ruby? – perguntou na expectativa.

Ruby abriu um imenso sorriso – Então vovó... – começou depois de tomar um gole de suco de laranja – Foi tudo bem. O baby está crescendo bem e tudo dentro do previsto. – explicou.

— Fico feliz em ouvir isso. – comentou Eugenia mais calma – Deu para saber o sexo?

Um brilho surgiu nos olhos azuis de Ruby – Sim.

— Então nos diga e não nos deixe nessa agonia, a não ser que você queria fazer igual a essas duas desalmadas e anunciará somente amanhã no churrasco. – comentou George ansioso também.

— Olha que seria uma boa opção. – brincou a veterinária com a mão no queixo, pensativa.

— Ruby! – exclamou Eugenia em leve desespero.

— Tudo bem... Não irei dizer amanhã. – brincou sorrindo travessamente – Vocês fizeram alguma aposta? – quis saber. Emma acabou negando com a cabeça – Assim vocês me decepcionam. – fingiu estar triste.

— Ruby! – agora o tom de Eugenia era de impaciência.

— Tudo bem vovó. – disse Ruby tirando algumas fotos do ultrassom do bolso de sua calça e entregou uma para sua avó, uma para Regina  – Como vocês pode ver, é o nosso baby e o que está assinalado é o sexo dele.

— Tudo bem... – comentou Emma olhando a foto que Regina tinha em mãos Mas mesmo assim eu não estou vendo nada além de um círculo vermelho!

— É só eu que não estou vendo nada além de um círculo vermelho em um fundo cinza? – brincou George olhando a foto que Eugenia tinha em mãos. Emma negou com a cabeça Definitivamente não! — Ufa! Que bom! Mas então? – perguntou olhando para Ruby.

Ruby sorriu – Estamos aceitando sugestões de nomes de menino. – respondeu por fim.

— Por meus botões! – exclamou Eugenia toda feliz – Mais um menino. Ai, que emoção mais um bisneto. – seus olhos estavam úmidos. Sem pensar em mais nada ela abraçou sua neta fortemente.

A veterinária recebeu parabéns de todos a mesa, entre brincadeiras e imersos em um conversa leve o almoço transcorreu normalmente. E como havia programado, Regina ajudou Eugenia até a hora que precisava buscar as crianças na escola e levar para as atividades do dia, e George juntamente com Emma fora ao supermercado para providenciar tudo que iriam precisar para o churrasco do dia seguinte, enquanto Ruby voltou para o consultório.

—SQ-

— Korsak na minha sala, assim que você puder. – pediu Sean ao aparecer na sala dos detetives, e sumir logo em seguida.

Jane apenas olhou para seu parceiro, que deu de ombros – Bom, vou ver o que ele quer. – disse Vincent se levantando. Assim que chegou a porta da sala de seu chefe bateu e esperou a permissão para entrar.

— Entre. – veio a voz abafada. Vincent entrou e fechou a porta – Sente-se. – pediu Sean – Bom, vou direto ao assunto. – disse e Korsak apenas assentiu com a cabeça – O seu pedido de aposentadoria foi aceito... – disse com um pequeno pesar, pois iria sentir falta de seu detetive e amigo – Você ainda tem mais quinze dias para completar seu tempo aqui no departamento. – continuou – Depois você está oficialmente aposentado da Homicídios.

Os olhos do detetive se arregalaram surpresos – Achei que iria demorar um pouco mais para sair os papéis. – comentou levemente atônito.

— Para ser sincero eu também... – comentou Sean – Mas as vezes a burocracia anda rápido. – brincou. Vincent apenas sorriu – Agora quanto ao outro pedido ainda estão analisando, e creio que até o final da semana que vem tenho uma resposta para você. – completou ao perceber que Vincent iria perguntar sobre a vaga disponível.

— Tudo bem. – concordou o detetive – Mais alguma coisa? – perguntou olhando para seu chefe.

Sean se recostou em sua cadeira – No momento não... – Korsak apenas assentiu com a cabeça ao se levantar e sair da sala.

— Então? – quis saber Jane ao ver seu parceiro voltar. Ela estava olhando algumas coisas no computador para ver se a hora passava. Esse era o problema, quando não estavam resolvendo um caso, o tempo parecia que não passava.

Vincent se sentou em seu lugar e soltou um suspiro – Minha aposentadoria foi aprovada, tenho apenas mais quinze dias de trabalho. – respondeu.

Jane não conseguiu esconder a tristeza em seu olhar, mas entendia o amigo – Achei que você ficaria conosco por um tempo mais longo...

— Eu também... – disse Vincent em um misto de tristeza e ansiedade.

Jane fechou os olhos e suspirou fundo – Tudo bem, amanhã vamos comemorar a sua aposentadoria no churrasco lá na fazenda. A qual, nós iremos daqui a pouco. – tentou animar o amigo e parceiro. Vincent sorriu e assentiu com a cabeça.

—SQ-

— Finalmente chegamos! – comentou Frankie assim que desceu do carro que vinha com Nina, Korsak e Kiki.

— E dessa vez a Janie não errou o caminho. – zombou Tommy sorrindo travessamente, assim que desceu do carro que estava com sua esposa e filho.

— É que agora ela sabe qual entrada pegar. – brincou Frankie olhando para a irmã.

— Rá! Rá! Rá! Nossa, como vocês são engraçados Tommy e Frankie. – disse Jane com toda a ironia que tinha ao descer do lado do motorista, do carro que vinha com Maura, sua mãe e Leonard – Vocês deveriam formar uma dupla de comediantes... – apontou para seu irmão mais novo – Ton... – então apontou para Frankie – Teira. – terminou sorrindo vitoriosa ao ver a cara fechada dos irmãos.

— Janie! – repreendeu Ângela – Não fale assim de seus irmãos. – então olhou para os seus meninos – E vocês, parem de ficar zombando de Janie. – sorriu.

— Pessoal! – disse Emma aparecendo na porta da casa principal com Regina ao seu lado. Sorrisos estavam estampados nos rostos de todos – Como foram de viagem? – perguntou ao se aproximar do grande grupo, e cumprimentando cada um.

— Foi bem, apenas um pouco cansativa. – respondeu Leonard – E espero que realmente esteja tudo bem a minha presença aqui na fazenda, depois de todo o episódio do tribunal. – comentou ao soltar a mão que Regina estendeu.

— Claro que não tem problema nenhum, senhor Blanchard. – respondeu Regina Afinal já passou e nós ganhamos!

O homem sorriu – Por favor, nada de formalidades, me chame apenas de Leonard. – pediu sorrindo. A advogada apenas assentiu.

— Vamos entrando que o jantar está quase pronto. – disse Emma Vamos atiçar um pouco! — Sei que vocês gostariam de tomar um pouco do café de Eugenia... – a loira sorriu ao ver a cara da maioria em desejo Nossa Emma, que maldade! Nem tanto mente, depois do jantar eles irão tomar café! — Mas acho que vocês não irão se importar se ficar para o café da noite, não? Podem deixar as coisas nos carros que depois acomodaremos todos.

— Não poderemos tomar nem um pouquinho? – perguntou Vincent caminhando ao lado de sua esposa. Kiki apenas o olhou, estranhando seu comportamento – É que você ainda não experimentou o café de Eugenia, depois que experimentar, nenhum outro café será igual.

— Todos falam desse café... – comentou Leonard – E estou muito ansioso para experimentá-lo.

— Aposto que não irá se arrepender. – disse Maura de mãos dadas com Jane – Eu já tomei vários tipos de cafés...

— Todos os cafés chiques, ela quis dizer. – brincou Jane. Maura apenas a olhou, mas depois abriu um sorriso assim que recebeu um beijo em sua bochecha.

— Com dizia, eu já tomei vários tipos de cafés, e posso afirmar sem sombra de dúvidas que o café de Eugenia é sem comparações. Como Vincent disse, não tem igual. – completou Maura ao terminar de subir as escadas. TJ assim que entrou e viu seus amigos brincando com os cachorros, foi correndo na direção deles e se juntou aquela bagunça gostosa.

— Sejam bem-vindos! – desejou Cora ao ver todos ali na cozinha. Ela estava terminando de ajudar Eugenia a cozinhar, assim como George. John e Péppe arrumavam a mesa na sala de jantar, uma vez que a mesa na cozinha, apesar de grande não caberia todos.

— Eugenia, sei que o jantar está quase pronto, mas eu imploro... Tem um pouco de café para uma pobre alma que está desejosamente, sem falar que também está em abstinência de cafeína desde que saiu de Boston. – pediu Jane já caminhando na direção da garrafa térmica Ela deveria ganhar um prêmio de interpretação! Quanto exagero Emma!

A senhora soltou uma gargalhada – Eu adoraria de contribuir para seu vício em cafeína e saciar o desejo de sua pobre alma, mas o restante que tinha, aquela ali... – apontou para Kathryn, que segurava uma caneca – Pegou o que tinha dentro da garrafa.

Sete pares de olhos se viraram na direção de Kathryn, apenas Lídia, por estar grávida, Kiki e Leonard, que ainda não haviam experimentado do líquido preto, não olharam – Café! – murmurou Tommy, digno de filme de zumbi Se prepare mente que o negócio vai esquentar! Emma você não irá ajudar a esposa de sua amiga! Nah, ela tem a defensora dela!

Os olhos de Kathryn se arregalaram – Gente! Calma! – pediu temendo por sua vida – Olha, sei que vocês queriam café... Mas olha aqui. – virou a caneca, mostrando que estava vazia – Não tem mais café. – deu um passo para trás, encontrando a parede a suas costas.

— Vamos mordê-la, quem sabe o corpo ainda tem café! – começou Frankie com o olhar perdido ­Acho melhor ir ajudar Ruby! Melhor mesmo Emma!

Ruby se postou a frente de sua esposa no segundo seguinte – Mais um passo e não hesitarei em usar. E eu falo sério. – ergueu a concha de feijão. Seu olhar era destemido – Tenho o terceiro Dan em manejo de concha de feijão. Com certeza vocês irão se arrepender de se aproximarem.

Sonoras gargalhadas explodiram na cozinha – Sério? Terceiro Dan? – comentou Jane rindo – Em manejo de concha de feijão?

— Juro que estava esperando vocês se atacarem. – comentou Leonard rindo também.

— Acostume-se que esse povo é assim mesmo. – brincou Ângela ao lado de Leonard, se recuperando do ataque de risada.

— Agora que a terceira guerra não foi deflagrada por causa de café, chamem as crianças que a comida está pronta. – disse Eugenia sorrindo – E Ruby coloque essa concha na mesa que iremos usá-la.

— Então Ruby, vocês já sabem se o bebê é uma menina ou menino? – quis saber Lídia depois de tomar um gole de suco, todos já acomodados a mesa e servidos de comida – Só estou perguntando, porque no começo da semana fui ao médico e descobri que estou esperando uma menina. – abriu um sorriso imenso.

— Eu vou ter um irmão. – anunciou Meghan antes de suas mães. Um sorriso feliz estava estampado em seus lábios.

— Um menino? Que maravilha! – exclamou Ângela juntando as mãos em comemoração – E vocês, já sabem se é menino ou menina? – perguntou olhando para Regina.

— Ainda temos mais um mês para saber o sexo dos nossos bebês. – respondeu Regina assim que engoliu a comida O qual não vejo a hora de passar para saber o sexo dos nossos bebês!

Jane quase engasgou com a cerveja que estava tomando – Bebês? – perguntou incrédula – No plural mesmo?

— Que notícia maravilhosa. – disse Maura empolgada – São quantos?

— Gêmeos? Trigêmeos? Talvez quadrigêmeos? – arriscou Lídia sorrindo travessamente.

Emma sorriu Vamos ficar com a conta baixa nessa parte de igualdade! — Eu sei que falei que quero muitos filhos, mas não ao ponto de ter três ou quatro de uma vez. – brincou Para começar dois está de bom tamanho! — São gêmeos.

— Que coisa mais fofa. – disse Ângela.

— Ah com certeza a coisa mais fofa, tudo em dobro. – brincou Jane, mas no fundo estava feliz por suas amigas – Roupas em dobro, mamadeiras em dobros... – zombou – E o principal, fraldas sujas em dobros. – sorriu travessa.

— Já eu vejo por outro lado... – Emma rebateu no mesmo tom de brincadeira Apesar de Jane ter razão, mas quero olhar pelo melhor lado! — Dois futuros pacotinhos de pura alegria. – sorriu encantada.

— Viu Janie, toda criança é alegria, duas então é muito mais que alegria, é felicidade. – comentou Ângela – Com suas amigas sendo mães, você não tem vontade de ter filhos?

— Ma? De novo essa conversa? – resmungou Jane passando a mão no rosto em desacordo – Será que podemos mudar o foco da conversa? – pediu olhando para sua mãe – Voltar a falar dos bebês de Regina, Ruby e Lídia?

Ângela sorriu – Claro. – olhou para Regina e Emma – Parabéns pelos bebês. – parabenizou, assim como todo o restante da família de Jane.

— Agora que está tudo resolvido vamos falar de algo muito importante... – começou Frankie em tom brincalhão – Está tudo certo para o churrasco de amanhã?

— Frankie! – repreendeu Nina, que apenas via a interação do pessoal Esse sabe do que falar! Emma! Apenas brincando mente!

— Ah! Não desmerecendo os bebês de Emma e Regina, e o menino que Ruby e Kathryn estão esperando... – ergueu seu copo com cerveja – Parabéns pelas crianças! – parabenizou mais uma vez – Mas eu estou esperando por esse churrasco faz uma eternidade. – ele disse em todo um falso drama típico da família Rizzoli.

— Eu te entendo Frankie, também não vejo a hora do churrasco de amanhã. – comentou Lídia lambendo os beiços só imaginando as gostosuras que comerá no dia seguinte.

— Frankie, esperando uma eternidade é impossível, uma vez que é um conceito filosófico que se refere, no sentido comum, a inexistência do tempo, logo sendo algo infinito. No sentido filosófico, refere-se a algo que não pode ser medido pelo tempo, porquanto o transcende. – começou Maura sem perceber - No sentido mais usual entre os filósofos, corresponde a atemporalidade, ou seja, a algo que não pode ser medido pelo tempo, pois o transcende. Então é impossível isso, já que o último churrasco que você participou faz apenas alguns meses que aconteceu. – parou abruptamente ao perceber que estava falando de mais e ver todos a mesa lhe olhando, soltou um suspiro para recuperar o fôlego – Eu acabei me excedendo mais uma vez, não? – olhou para sua noiva. Jane apenas sorriu carinhosamente e depositou um beijo na bochecha de sua noiva.

— Confesso que eu fico impressionada toda vez que você começa a falar assim, Maura. – comentou Kathryn olhando para médica legista – Porque os detalhes são tão ricos que chego a pensar como é possível? Você tem conhecimento afundo sobre todos os assuntos?

— Não! Mas eu procuro ler bastante coisa que não seja apenas meu trabalho ou coisas que me fascinam. – respondeu Maura.

— Mas respondendo a sua pergunta, Frankie. – comentou Emma sorrindo Vamos voltar ao assunto de amanhã! Emma, você está pior que ele? Ah mente é apenas a ansiedade de reunir todo mundo novamente! Gosto bastante de churrascos assim! — Sim, está tudo pronto para o churrasco amanhã, além de que teremos casa cheia, pois todos confirmaram presença.

— Vai ser muita alegria amanhã! – comentou Cora ao terminar seu suco – Gosto muito quando a casa está cheia assim.

— Ah minha querida amiga, se depender de sua nora e filha, a casa estará cheia rapidinha. – brincou Ângela.

Emma soltou uma gargalhada Não tenha dúvida quanto a isso! — Pode contar com isso.

— Regina. – chamou Kiki – Vincent me disse que a fazenda é de beleza ímpar. – mudou o foco da conversa mais uma vez.

A advogada morena sorriu – Sei que sou suspeita para falar, mas a fazenda tem uma beleza formidável... – confirmou – Amanhã cedo não sei se dará tempo para darmos uma volta pela fazenda, para que você possa conhecê-la e tirar suas conclusões... – fez uma pausa Faz tempo que não passeio pela fazenda também! — Se você quiser, podemos dar esse passeio pela fazenda no domingo de manhã. – sugeriu.

— Eu com certeza irei querer. – concordou Kiki – Você irá junto, Vince? – ela falou para seu marido.

— Passeio pela fazenda não perco por nada. – ele respondeu ao terminar sua cerveja no copo. Emma acabou estendendo o convite a todos a mesa também, que sem pestanejarem aceitaram.

— Prevejo que esse churrasco será muito especial. – comentou Ângela, voltando ao assunto anterior – Afinal será um churrasco de muitas comemorações, não? – olhou para o pessoal da fazenda.

Emma sorriu travessamente Ângela, você está certa mais uma vez! — Sim, o churrasco de amanhã ficará para a história, afinal termos muitas revelações, pois temos muitas notícias que a maioria não sabe ainda. – explicou E irão surtar quando descobrirem! Ou seja, irão brigar pelo posto de padrinhos e madrinhas das três crianças! Quatro mente, tem a menina de Lídia! Sim! Aí a guerra está feita!

— Então eu vou adiantar uma. – brincou Vincent – Minha aposentadoria da Homicídios saiu hoje.

— Para ser sincero não sei se te parabenizo ou dou meus pêsames. – brincou George, fazendo Vincent rir.

— Aí depende do que você achar dessa próxima notícia. – falou o futuro ex-detetive, com um sorriso maroto nos lábios. Nessa altura da conversa as crianças já haviam terminado de jantar e estavam brincando na sala com os cachorros. Apenas Lola e Rapaz não haviam ido, eles estavam perto de suas duas donas.

— Ok, continua que não sou de ferro e quero saber essa próxima notícia. – pediu Eugenia toda ansiosa.

— Eu pedi ao meu chefe o requerimento para preencher a vaga deixada pelo antigo xerife. – informou a todos a mesa.

— Isso é muito bom. – comentou Regina surpresa.

— Então eu te dou os parabéns pela aposentadoria. – comentou George sorrindo feliz pelo amigo.

— Mas eles ainda estão analisando o meu pedido, eu terei uma resposta até o final da semana que vem. – completou Vincent. Ele sorriu diante da parabenização de George.

— Mesmo assim isso é ótimo. Estamos a poucos dias de ter um xerife decente na cidade desde que o Stanley se aposentou. – comentou Giuseppe – Isso jaz faz, pelo menos, uns dez anos.

— Estaremos na torcida para que você consiga a vaga de xerife. – comentou Emma Aos poucos a cidade vai entrando nos trilhos novamente, isso é muito bom!

— Mudando de assunto, esse novo integrante é um fofo. – disse Lídia caindo de amores pelo pequeno cachorro, que estava deitado e encostado na perna de Emma Mais uma fã para os eu fã-clube Rapaz!

A loira abriu um sorriso – Ele e suas duas irmãs estavam a nossa porta quando chegamos de Boston, depois daquela semana de audiências. Esse é o Rapaz e sim, ele conquista seu coração no primeiro olhar. – disse Emma abaixando seu braço e fazendo carinho na cabeça do cachorro – Ele é o meu mais novo fiel escudeiro, claro, depois de Lola. Para onde eu vou ele sempre está junto.

— E essa prótese, o deixa tão charmoso. – disse Maura abrindo um sorriso ao ver Rapaz se encostar mais ainda em Emma para receber o carinho de sua dona.

— Ele com certeza ficará muito mais charmoso ainda com uma roupinha do Red Sox. – comentou Jane também sorrindo e olhando para o cachorrinho.

Emma olhou para seu cachorro Porque não pensei nisso antes?— Você tem razão. Assim que der eu compro uma roupinha dele do Red Sox. – concordou.

— Como está sendo a vida de mãe? Como Meghan está se adaptando a nova família? – quis saber Ângela ao escutar a bagunça que a criançada estava fazendo na sala com os cachorros, e abrir um sorriso.

Kathryn sorriu – Até o momento está sendo maravilhosa, não posso me queixar de nada... Meghan, pelo que estamos vendo, está se adaptando muito bem a nova família, e já caiu de amores pelo irmãozinho. – sorriu amorosamente.

— Então posso presumir que o churrasco também é para comemorar a chegada dela? – arriscou Ângela E mais um ponto para essa mulher mente! Sim Emma!

— Pode contar com isso. – Ruby confirmou abrindo um imenso sorriso.

— Realmente esse churrasco promete ser memorável. – comentou Leonard – Ainda bem que estarei presente para testemunhar, e claro, provar desse churrasco que tanto falam ser delicioso. Coisa que eu não acho muito provável, afinal, nada como o nosso velho e bom churrasco de hambúrguer e salsicha.

— Jane? – brincou Emma sorrindo arteiramente Vamos lá dona detetive! Fale que estou esperando! Emma como você está terrível hoje!

— Eu tenho que admitir... – soltou um suspiro – Eu também tinha essa concepção, Leonard, mas depois de experimentar o churrasco brasileiro, tenho que tirar o meu chapéu, pois ele realmente é muito bom. – admitiu por fim.

— Calma! – brincou Emma tirando seu celular do bolso Claro que uma zoação básica! — Repete o que você disse que irei gravar.

— Ah vai te catar, sua loira aguada. – Jane jogou o guardanapo na amiga – Eu não vou repetir nada, ouviu, ouviu, se não ouviu, ouvisse. – mostrou a língua para a amiga.

— A conversa está boa, então e vou passar um café para continuarmos a prosa. – disse Eugenia ao se levantar e voltar para a cozinha.

— Sim! Todas as divindades existentes nesse planeta ouviram as minhas preces. – brincou Vincent com os olhos brilhando – Finalmente provarei novamente de elixir maravilhoso.

— O fim de semana promete ser cheio de novidades. – comentou Leonard empolgado.

— Então meu caro, aproveite que é apenas o começo. – brincou John sorrindo. Não muito tempo depois Eugenia colocou duas garrafas de café na mesa, que não demorou muito para serem esvaziadas. Tanto Kiki quanto Leonard se renderam ao delicioso café e brincaram planejando um sequestro de Eugenia para a levarem para Boston apenas para fazer o café.

Depois de um jantar cheio de conversa e descontração, apesar da euforia inicial, as crianças já haviam dormido. Elas foram reunidas todas no quarto de Henry, por insistência delas em querer dormirem todas no mesmo quarto. Depois de todos pegarem as malas e guardarem os carros no galpão, foi feita uma divisão dos visitantes para se acomodarem. Uma que agora também tinha a casa de Kathryn e Ruby. Jane e Maura ficaram no antigo quarto de Kathryn e Ruby, assim como Ângela, Leonard, Vincent e Kiki ficaram na casa de Emma e Regina, enquanto Tommy, Lidia, Frankie e Nina acabaram ficando na casa da advogada e veterinária.

—SQ-

Ruby estava sentada em sua cama, recostada na cabeceira, olhando um ponto no nada. Seu pensamento longe – O que tanto pensa? – quis saber Kathryn ao se deitar ao seu lado, assim que saiu do banheiro. A morena já estava pronta para dormir e estava esperando apenas por sua esposa.

A veterinária olhou e sorriu – Apenas pensando no dia de hoje... E em tudo que aconteceu. Na emoção ao longo do dia. – se deitou também – Estava pensando que nós vamos ter um menino. Na felicidade que Meggie, nossa filha, ficou ao saber que teria um irmão. – respondeu toda emocionada.

— Então? – Meghan perguntou assim que parou a frente das duas mulheres – Vocês já sabem se é menino ou menina? – estava ansiosa. Havia ficado assim o dia todo.

— Sim, sabemos. – respondeu Kathryn tirando uma mecha de cabelo do rosto de sua filha. Ela havia ficado surpresa ao ver sua esposa parada a porta de sua sala no escritório. Ruby havia aproveitado a carona de Emma e George que iam para o supermercado comprar tudo que iriam precisar para o churrasco no dia seguinte.

— Qual é? – perguntou olhando para Ruby cheia de expectativa.

— Você tem alguma preferência por ser menino ou menina? – Ruby perguntou e Meghan imediatamente negou com a cabeça. Os olhos da menina silenciosamente pediram para falar de uma vez – É um menino. Você irá ganhar um irmão.

Aqueles mesmos olhos se arregalaram emocionados – Eu vou ter um irmão. – disse em tom baixo – Eu vou ter um irmãozinho. – sua voz estava embargada pela emoção. Sem dizer mais nada Meghan se aproximou de Ruby e envolveu seus braços ao redor da cintura da veterinária e deitou sua cabeça sobre o ventre levemente avantajado – Oi meu irmão. – disse feliz – Eu sei que não faz muito tempo que nos conhecemos, mas saiba que eu vou cuidar de você, como Jú cuida dos irmãos. Porque é isso que uma irmã mais velha faz, cuida dos irmãos mais novos. E você será o meu irmão mais novo. – fez uma pausa e uma lágrima desceu por sua bochecha – Eu já te amo meu irmãozinho, e vê se não demora para vir brincar comigo. – terminou depositando um beijo amoroso sobre o abdômen de Ruby – Vamos para casa? – pediu olhando para as duas mulheres.

Ruby já estava aos prantos – Ah minha filha, assim você me desmonta toda. – disse limpando as lágrimas que haviam descido por sua bochecha – Isso foi lindo. – sorriu abertamente para a menina.

— Você não quer ir ao clube de leitura? – perguntou Kathryn também visivelmente emocionada com a cena também.

— Ah é! Acabei esquecendo que hoje tinha clube de leitura. – sorriu sapecamente – Eu quero ir sim. – abriu um sorriso amoroso – Eu vou contar para todo lá no clube que eu vou ganhar um irmão.

— Faça isso. – incentivou Ruby sorrindo segurando a mão de sua filha de um lado e Kathryn do outro. Sem dizerem mais nada as três mulheres caminharam para o carro da loira, e logo partiram na direção da biblioteca para o clube de leitura.

— Vamos abaixar as emoções, afinal agora é hora do descanso. – disse Kathryn olhando para sua esposa.

Ruby sorriu – Sim, eu sei, mas as vezes quando percebo já estou pensando nisso outra vez. – confessou.

— Eu sei que hoje foi um dia cheio de emoções, mas você não pode extrapolar. – comentou, então fez uma pausa – Sabe Ruby, estava pensando... – disse Kathryn ao se virar de lado e olhar para sua esposa, apoiando sua cabeça em sua mão, quebrando o silêncio que havia pairado no quarto – A diferença de idade entre Meggie e nosso menino é um pouco grande... – começou – E com isso eles não irão aproveitar muito, pois logo a nossa menina entra na fase da adolescência e já viu... – riu juntamente com sua morena.

— Nem me fale, pois acho que não estou preparada para lidar com um Meggie adolescente ainda. Vamos deixá-la criança ainda. – sorriu e fez uma pausa – O que você está pensando, hein, minha loira estonteante? – Ruby perguntou passando o dorso dos dedos na bochecha de sua esposa, carinhosamente, quebrando silêncio que havia pairado por alguns segundos.

— É apenas um pensamento, que fique desde já esclarecido. – disse Kathryn assim que depositou um breve beijo nos dedos que fizeram carinho em seu rosto – Que talvez mais a frente possamos adotar mais uma criança, com idade entre Meggie e nosso menino... Assim a diferença não fica muito grande... O que acha? – quis saber.

Ruby ficou alguns segundos em silêncio – Olha que é uma ótima ideia, mas claro que primeiro precisamos esperar o nosso baby nascer, e ganharmos em definitivo a guarda de Meggie. – respondeu – Para depois podermos conversar sobre uma nova adoção.

— Claro, concordo com tudo. – Kathryn disse sorrindo – Foi como eu disse, é apenas um pensamento no momento. – suspirou – Vamos dormir que amanhã o dia será cheio.

Ruby se inclinou e beijou sua esposa nos lábios – Eu te amo, minha loira. Eu te amo muito. – confessou. Voltou a se deitar e se virou de lado, dando suas costas para sua esposa.

Kathryn sorriu abertamente, desligou o abajur ao lado da cama e abraçou sua esposa por trás – Eu também te amo muito Ruby. – e se aconchegou contra a veterinária. Geralmente era Ruby quem abraçava Kathryn por trás, mas ultimamente por causa da barriga avantajada elas estavam invertendo essa posição. No silêncio do quarto as duas mulheres se deixaram levar pela canseira do dia caindo no sono rapidamente.

—SQ-

— Essas crianças são uma organização criminosa. – brincou Emma assim que se sentou na cama, depois de se preparar para dormir E eu faço parte! Com certeza faz! Ela já havia cuidado dos cachorros, havia passado no quarto de Henry para uma última olhada nas crianças e se encaminhou para o quarto delas – Não vejo a hora dos nossos dois bebês se juntarem a eles nessa organização.

— Os nossos gêmeos e o bebê de Ruby. Além da menina de Lídia. – comentou Regina terminando de passar creme em seus braços – Que será um menino, o bebê de Ruby.

— Jú e Meghan irão sofrer com tantos meninos. – brincou Emma abrindo seus braços para receber Regina que se não se fez de rogada e se aconchegou no carinhoso abraço de sua esposa, depositando a cabeça sobre o peito da loira, escutando o coração bater vigorosamente – Qual o seu palpite para o sexo dos nossos bebês? – quis saber.

A loira soltou um suspiro – Ainda não tenho nenhum palpite, mas torço que seja pelo menos uma menina, assim dá uma equilibrada nas coisas. – brincou Porque esse monte de menino irá dar muito trabalho! Só um pouco mente! Deixarei você acreditar nisso, Emma!

— Acho que independentemente já podemos começar a pensar na decoração do quarto dos gêmeos. – comentou Regina Agora que sabemos quantos são, podemos começar a organizar toda a decoração e comprar os moveis e roupinhas! Ah agora entendi, você quer é comprar isso sim, Regina! Culpada mente, mas você não pode me condenar por isso! Não, porque com certeza será muito divertido comprar as coisas para os bebês!

— Isso eu concordo, mas só me diz que você não irá decorar o quarto todo rosa se forem meninas, ou todo azul se vierem meninos. – pediu Emma em um leve resmungo Nada desse clichê, por favor!

— De jeito nenhum que eu quero isso, pois penso que cor não tem sexo. – comentou Regina – Podemos pensar em uma cor mais neutra e que agrade as duas. O que acha?

— Gostei dessa sugestão. – concordou Emma soltando um bocejo – Acho que está na nossa hora... – mais um bocejo – Vamos dormir que amanhã o dia será agitado.

— Sim, será memorável também. – falou Regina soltando um bocejo. As duas mulheres fecharam os olhos e sem muita demora estavam dormindo. Descansando para o agitado dia que será amanhã. Um dia que promete muitas emoções e com certeza muitas brincadeiras e conversas, afinal, praticamente todos os amigos estarão presentes para a festividade.