Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 111
Capítulo 111 - Depoimentos e a Sentença Final!


Notas iniciais do capítulo

Povo lindo do meu coração, estou de volta!!

Gostaria de agradecer a todos que comentaram, favoritam e ao pessoal que acompanha dentro e fora da moita!! Muito obrigada!

Quero dizer que esse é o último capítulo com essa fase do julgamento! Eu escutei um OBA? kkkkk

Antes de tudo, quero deixar claro que não entendo nada de psicologia, então relevem o que fora dito na história, assim como toda a parte do julgamento, afinal também não entendo de direito e afins. Apenas desfrutem da viagem ;)

Aahhh sei que estou devendo os nomes já sugeridos dos capítulos, só um pouco de calma que logo atualizo! E sim, ainda estou aceitando sugestões de nomes para o capítulos mais recentes e para os mais antigos que ainda não tem nome ;)

Vamos lá campanha para chegarmos aos mil comentários, restam apenas catorze, ajudem a autora xD ...

Boa leitura!!



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— Todos de pé! – pediu o guarda – Juiz Joseph Banks. – anunciou o mesmo guarda. Todos se sentaram assim que o juiz se sentou em sua cadeira.

— Caso número setecentos e vinte traço zero nove. – começou o assessor assim que recebeu um sinal para iniciar a sessão – Estado versus Lilith Page. A ré é acusada de assassinato qualificado, além de três tentativas de assassinato, assim como suborno e ameaças de morte. – fez uma pausa – Retomando e dando continuidade ao julgamento depois de duas horas de recesso para o almoço. Até o momento tivemos apresentações de provas e relatos de testemunhas. – terminou.

O juiz assentiu com a cabeça – Muito bem, com a palavra a promotoria.

Tamara se levantou e acabou ficando no seu lugar – Meritíssimo, dando continuidade ao caso, apresento provas de que a senhorita Page também é responsável pelo acidente de Emma Swan-Mills. – pegou uma pasta e foi entregar ao juiz – Em um primeiro momento, o acidente fora considerado falha mecânica, assim como o acidente com a senhorita Murray. – fez uma pausa – O policial que estava investigando o caso recebeu um email anônimo com um arquivo de vídeo o qual dizia que poderia ajudar nas investigações. – olhou para o juiz – Por favor, peço novamente o aparelho de multimídia.

— Protesto! – disse Robin – Para que a promotoria quer o aparelho multimídia novamente?

— Para mostrar o vídeo que o policial recebeu anonimamente. – respondeu Tamara ao ver a parede se abrir novamente e o monitor aparecer.

— O que esse vídeo tem a ver com o caso? – questionou novamente.

— Tudo. – respondeu Tamara – Pois ele confirma que o acidente de pick-up com Emma Swan-Mills não foi falha mecânica e sim porque cortaram os cabos de óleo dos freios.

— Protesto negado. – disse o juiz – Continue.

Tamara assentiu – Agora irei passar o vídeo que o policial responsável pelas investigações recebeu... – apertou o botão do controle e imediatamente começou a passar o vídeo. A tela abriu e era uma gravação de câmera de segurança. No canto superior direito tinha a data do dia e a hora que estava gravando, enquanto no canto inferior esquerdo, o número da câmera que estava filmando. A imagem mostrava a rua e seu trânsito habitual. Então viu a pick-up de Emma fazer a curva e estacionar na vaga vazia. Também viu a loira entrando no estabelecimento. Minutos depois Lilith surgiu na filmagem saindo de um beco. Ela segurava um alicate comprido, específico para cortar vergalhão. Ela olhou para todos os lados então entrou de baixo da pick-up. Segundos depois saiu e voltou para o beco. Então dois minutos depois Emma saiu do estabelecimento e entrou na pick-up saindo logo em seguida. Deu pause no vídeo – Podemos ver claramente a vítima Emma Swan-Mills saindo do veículo e entrando no estabelecimento comercial, em seguida vemos nitidamente Lilith Page em posse de um alicate e entrando debaixo do veículo pertencente a Emma Swan-Mills, e saindo logo em seguida. Então Emma entra em seu veículo e sai com o mesmo. – disse a promotora.

— Protesto! – falou Robin – Apesar do que mostrou o vídeo, a promotoria não pode alegar que minha cliente cortou os cabos de óleo do freio do veículo.

— Posso sim. – ela apertou novamente o controle e na imagem seguinte – Iremos ver duas imagens uma antes e uma depois que a pick-up estacionou. A primeira... – apertou o botão e a imagem do vídeo apareceu aumentada na tela – Esse é o lugar que a pick-up irá estacionar, como podem ver não há nenhum sinal de óleo no asfalto. – apertou novamente o botão dando continuidade no vídeo – Agora é o momento que a pick-up estaciona, podemos ver claramente os pés da senhorita Page então minutos depois a pick-up saindo e no asfalto já a evidência de uma pequena mancha de óleo.

— Protesto de novo! A pick-up já poderia estar vazando óleo. – argumentou Robin.

— Não, pois dias antes ela havia passado pela revisão em uma oficina local e sempre frequentada pela vítima, além de ser de confiança. – entregou os papéis sobre a revisão na oficina.

— Protestos negados. – disse o juiz depois de analisar as provas a sua frente.

Tamara sorriu de lado então se virou para o júri – Meus caros colegas do júri, depois de ter os cabos dos freios cortados, minutos mais tarde Emma Swan-Mills acabou sofrendo um acidente grave, só não perdeu a vida, porque não era a hora ainda. – disse usando um tom comovente. Andou até a sua mesa e pegou mais alguns papéis, entregou algumas folhas para o juiz e depois para o representante do júri – Esses papéis são uma cópia do relatório da polícia no local do acidente. Temos o relato do motorista do caminhão o qual a pick-up acabou se chocando, e depois o relato da própria vítima já hospitalizada no dia seguinte. Como podem ver, a vítima alega que no momento do acidente os freios não funcionavam mais.

Sentado na cadeira para o público Sidney sorriu abertamente – A melhor coisa foi eu ter mandado aquele vídeo para Damon. – murmurou.

— O que disse? – perguntou Olsen ao seu lado.

Sidney olhou para o rapaz – Ah meu rapaz, esse vídeo foi me entregue anonimamente, achei que fosse algum tipo de piada, mas depois que o abri e vi que era nitroglicerina pura, não pensei duas vezes. – começou a responder bem baixo – Salvei uma cópia para mim e mandei o arquivo para o policial. – disse anotando alguma coisa no seu caderno.

— Então caros colegas do júri, acho que está mais que provado que senhorita Page foi a responsável pelo acidente que quase tirou a vida a de Emma Swan-Mills. – continuou Tamara, então se virou para o juiz – No momento sem mais, meritíssimo. – disse e caminhou para seu lugar.

— Com a palavra o advogado de defesa. – anunciou Joseph.

Robin se levantou e abotoou seu blazer. Deu alguns passos a frente e parou ao centro – Tanto se falou dessa investigação sobre o acidente de Emma Swan-Mills... – então olhou para as pessoas do júri – Mas ninguém falou que essa investigação foi não oficial.

— Protesto! – disse Tamara ao se levantar – Independente se a investigação foi oficial ou não, o vídeo mostra que a senhorita Page criminosamente cortando os cabos do freio do veículo conduzido por Emma Swan-Mills.

— Mas a investigação continua sendo não oficial. – argumentou Robin.

Tamara respirou fundo – Mas ela se tornou oficial assim que o vídeo surgiu como prova real do crime. Também tem que se levar em consideração que o xerife arquivou o caso a pedido do prefeito. Aliás, agora não mais xerife e nem prefeito, uma vez que os dois foram presos ontem pelo FBI por organização criminosa.

— O que? Meu pai foi preso? – perguntou Lilith surpresa – Não! Ele está viajando segundo o meu advogado.

A promotora olhou com um sorriso malicioso – Oh então foi isso que seu advogado disse? Mas a verdade é essa, Leopold Page foi preso ontem assim que saiu da audiência de divórcio.

Lilith se levantou imediatamente – É mentira! Meu pai não está preso! – o assessor de Robin imediatamente se levantou e segurou a mulher, tentando fazê-la se sentar.

— Não é o que os noticiários dizem. – retrucou Tamara sorrindo de seu lugar ao ver que Lilith começou a se descontrolar com a informação. O alvoroço com o pessoal na parte pública aumentou significativamente.

— Silêncio! Silêncio! – gritou o Joseph batendo seu martelo sobre o apoio na mesa – Ordem no tribunal! – bateu mais algumas vezes o martelo – Ordem! – aos poucos o tumulto começou a se acalmar até finalmente ficar em silêncio – Senhorita Martin-Green peço que contenha seus comentários que não condiz com o caso. – olhou para a mulher que assentiu, então voltou sua atenção para Robin – Senhor Hood Gold, peço que contenha sua cliente. – Robin assentiu – E volto a repetir, mais uma vez que voltar o tumulto no meu tribunal os colocarei para fora. – ameaçou o juiz – Por favor, a defesa pode continuar.

— Como estava dizendo, a investigação não oficial... – começou Robin, mas logo foi interrompido.

— Protesto meritíssimo! – disse Tamara – Antes do tumulto se instalar usei argumentos contra o protesto.

O juiz pediu para o assessor os papéis do julgamento, então passou os olhos sobre os mesmos – Protesto aceito. – disse entregando os papéis para o assessor – Senhor Hood Gold, a investigação passou a ser oficial novamente com o surgimento do vídeo como prova. O júri pode desconsiderar o argumento inicial da defesa. – disse olhando para as pessoas no júri, então olhou para Robin – Por favor, continue.

Robin soltou uma longa respiração – Sem mais meritíssimo. – decidiu não falar mais nada, indo se sentar.

— Com a palavra a promotoria. – anunciou o juiz assim que escreveu alguma coisa em suas anotações.

Tamara se levantou – A promotoria gostaria de chamar a testemunha detetive Jane Rizzoli.

A morena entrou pela mesma porta que outrora entrou Dolores e Will. Ela parou no lugar indicado, enquanto o guarda se aproximou – Coloque sua mão esquerda aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão direita para cima e repita comigo. Jane fez o que foi pedido – Eu, Jane Clementine Rizzoli, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade.

A detetive soltou uma longa respiração pelo seu nome do meio – Eu, Jane Clementine Rizzoli, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade. – assim que terminou se sentou após o guarda se afastar.

Tamara se aproximou da bancada onde a detetive estava sentada – Senhorita Rizzoli, qual a sua ligação com a senhora Emma Swan-Mills.

— Somos amigas. – respondeu direta.

A advogada assentiu com um aceno de cabeça – Pelo que consta nos relatórios, você e seu parceiro Vincent Korsak, estavam em Storybrooke para prenderem a senhorita Page, não?

— Exato. – respondeu direta mais uma vez.

— Gostaria de nos explicar melhor isso? – pediu a promotora.

Jane soltou um longo suspiro – Alguns meses atrás, minha família e eu fosse até a fazenda Vale dos Sonhos, que pertence a Emma e Regina, passar uma semana de folga, por um convite feito a minha ma. Um dia nessa semana, o policial que estava investigando o caso apareceu na fazenda e fez algumas perguntas a Emma, e foi quando eu fiquei sabendo que ela havia sofrido um acidente de pick-up. – fez uma pequena pausa – Mas o que mais me chamou a atenção fora um nome dito ali na conversa.

— Que nome? – perguntou Tamara interessada.

— Lilith Page. – respondeu Jane.

— Por que?

A detetive soltou uma breve respiração – Ele não me era estranho.

— O que aconteceu? – perguntou novamente a promotora.

— Na semana seguinte, quando voltei ao trabalho, perguntei ao meu parceiro de onde havíamos escutado o nome da senhorita Page. – respondeu – Ele também havia escutado esse nome, então pouco tempo depois meu parceiro apareceu com a pasta do caso da senhorita Murray. – explicou – Nós havíamos investigado o caso até ser arquivado como falha mecânica no veículo.

— Depois disso? – inquiriu a promotora.

— Eu continue mantendo contato com o policial de Storybrooke, e pensando nos dois casos, o qual eram ligados a senhorita Page. – respondeu – Percebi que o modus operandi era praticamente o mesmo nos dois casos, eu pedi a nossa técnica em informática para fazer outra busca nos nomes citados no caso da senhorita Murray. – fez uma pausa – Ali descobrimos coisas sobre Will Scarlet e fomos apenas ter uma conversa com ele. Fora as queixas contra Lilith Page, supostamente foram apagadas do sistema.

— O que aconteceu nessa conversa? – perguntou Tamara fazendo uma nota mental para perguntar depois sobre as queixas no sistema.

— Protesto! – disse Robin – Tudo que a detetive está falando indica que a investigação era não oficial, e com motivo pessoal por ser amiga de Emma Swan.

— Meritíssimo, os polícias em regra geral podem reabrir qualquer investigação já arquivada quando aparece uma nova evidência, e no caso da senhorita Murray, a evidência foi o acidente de Emma Swan-Mills. – Tamara reforçou o sobrenome da loira indicando ao Robin o correto – Juntamente com o vídeo enviado anonimamente.

— Senhorita Rizzoli? – fora o juiz quem perguntou.

— Sim meritíssimo, quando um caso está arquivado e surge uma nova evidência em um primeiro instante temos a autorização para reabrir o caso ser precisar falar com nosso superior. Podemos voltar a conversar com as testemunhas citadas nos mesmos, mas quando vemos que o caso tomou um rumo diferente do inicial, então conversamos com nosso superior apresentando as novas provas e evidências para podermos então aprofundar a investigação. – explicou olhando para o juiz – O que foi que aconteceu com o caso de Fiona Murray.

— E quanto a motivação ser pessoal? – ele questionou.

— Sempre a deixei de lado. A minha única motivação pessoal é resolver o caso seja ele qual for. – respondeu – Independentemente da pessoa eu iria reabrir o caso diante de uma nova evidência, assim como já fiz em muitos casos em minha carreira como detetive.

Juiz ficou breves segundos em silencio analisando as palavras da detetive – Protesto negado. – disse por fim – Por favor, a promotoria pode continuar.

— O que aconteceu na conversa? – Tamara repetiu a pergunta assim que assentiu para o juiz – Você tem uma cópia dessas queixas registradas no sistema?

Jane tirou um pen drive do bolso de sua calca – Aqui estão as queixas e mais algumas coisas que estavam no sistema interno da polícia, de acordo com a nossa assistente técnica, pois elas foram apagadas apenas do sistema superficial. – fez uma pausa – Quanto a conversa, Korsak e eu fomos até a casa de Will. – respondeu Jane – Will não nos disse nada diferente do que havia dito no que estava no relatório.

— Então como fizeram para que ele voltasse a conversar com vocês? – perguntou Tamara.

— Apenas dissemos que se ele estivesse realmente envolvido de alguma forma na morte de Fiona Murray, ele acabaria sendo preso. – respondeu a morena olhando para Tamara.

— Quando o senhor Scarlet voltou a procurar por vocês?

— No dia seguinte. – respondeu Jane – Ali fizemos um acordo para a segurança dele, uma vez que ele temia por sua vida, já que havia sido ameaçado pela senhorita Page e nos contou tudo que está no relatório. Inicialmente ele foi coagido a aceitar a oferta do dinheiro por um testemunho falso em prol da senhorita Page.

— Aquele inútil do Will! – Lilith falou alto o suficiente para ser ouvida, ainda sentada em sua cadeira – Devia ter acabado com a vida dele quando tive a chance. – murmurou alto o suficiente para ouvirem. Robin até tentou, mas em vão fazer com que sua cliente não abrisse a boca.

Os olhos de Tamara se arregalaram diante da confissão inesperada de Lilith. Aquilo fez o pessoal que assistia ao julgamento voltar a balbuciar altamente.

— Silêncio! – pediu o juiz batendo o martelo – Ordem no tribunal! – bateu mais algumas vezes o martelo e dessa vez não demorou a voltar a se fazer silêncio.

— Meritíssimo e caros colegas do júri, acabamos de ter uma pequena confissão da ré. – comentou Tamara com um sorriso de lado – Tudo que Will Scarlet falou acabou de se confirmada por Lilith Page.

— Protesto! – disse Robin – Minha cliente está sob pressão e isso pode afetar seu comportamento. Além do mais ela não confessou nada.

— Ela acabou de dizer que deveria ter acabado com a vida dele. – comentou Tamara – Ou seja, acabar com a vida de Will Scarlet. Então as ameaças recebidas são verdadeiras.

— Protesto negado, pois eu também escutei. – comentou o juiz – O júri pode considerar a fala da ré. – então olhou para Tamara – Pode continuar.

— Depois que o senhor Scarlet confessou, o que aconteceu? – quis saber Tamara.

— Juntamente com meu parceiro fomos conversar com nosso superior, o tenente Sean Cavanaugh e ele entrou em contato com a delegacia de Storybrooke, enquanto viajávamos para a cidade para prender a senhorita Page. – fez uma pausa – Quando chegamos a cidade e depois de conversamos com o policial que era nosso contato descobri que Emma Swan-Mills havia sido alvejada por tiros e estava hospitalizada ainda, depois de passar por cirurgia delicada para a retirada das balas.

— Tiros? – perguntou Tamara – Pode nos esclarecer isso, detetive?

— Sim. Tiros. – falou Jane olhando para Lilith que a olhava enraivecida – Emma fora intencionalmente alvejada por tiros, quase tirando sua vida. O policial Damon, o qual era nosso contato investigou esse crime o qual a senhorita Page é a culpa, pois na arma, que está no nome de seu pai, tinha suas impressões digitais, além de vestígios de pólvora em suas mãos advindas dessa mesma arma. O exame de balística também apontou que os tiros saíram dessa mesma arma.

— Então me deixe retomar tudo, senhorita Rizzoli. – comentou Tamara olhando para o júri – Lilith Page além de ser culpada pelo acidente que resultou na morte de Fiona Murray, também é a causadora do acidente que Emma Swan-Mills sofreu em sua pick-up. – fez uma pausa esperando pela resposta da detetive.

— Sim. – confirmou Jane.

— Além de ser responsável pelos acidentes da pick-up, Lilith Page ainda atirou em Emma Swan-Mills... – comentou indo pegar em sua mesa um papel – Com um rifle de caça... – comentou então leu no papel – Um rifle Marlin Modelo 60SN, calibre 22 LR com a mira.

— Exato. – confirmou Jane mais uma vez. Aquilo fez o pessoal do júri olhar arregalados para Lilith, e o pessoal que assistia soltar um murmuro alto.

— Silêncio! Por meu martelo. – disse o juiz – Mais um murmuro vindo do público os coloco para fora. – ameaçou – A promotoria pode continuar. – pediu quando silêncio pairou no ambiente novamente.

— O que mais aconteceu detetive? – quis saber Tamara.

— Me reuni novamente com meu parceiro e o policial Damon. – respondeu – Chegamos a conclusão de que se a senhorita Lilith soubesse que Emma ainda estava viva, ela tentaria acabar com Emma mais uma vez. – explicou – Então montamos um esquema para caso isso acontecesse, e assim poderíamos pegá-la em flagrante.

— Foi o que aconteceu? – inquiriu Tamara mais uma vez.

— Protesto! – falou Robin – Isso está muito fantasioso. Além do mais quais as provas que vocês têm para que realmente isso tenha acontecido?

— Temos várias testemunhas que são funcionários do hospital, além de policiais e os transeuntes que ali passavam no momento do acontecido. – argumentou Tamara.

— Protesto negado devido a falta de argumento do advogado de defesa. – disse Josph – A promotoria pode continuar.

— Senhorita Rizzoli, o que aconteceu depois que vocês montaram o esquema?

— Ficamos de vigia. – voltou a contar – Mas não esperávamos que a senhorita Page conseguisse uma brecha em nosso esquema e acabou entrando no hospital justamente no momento que Emma saía em alta, acompanhada de sua esposa. – fez uma breve pausa – O esquema era que Korsak ficasse na porta do hospital, Damon patrulhando com a viatura e eu ficaria andando pela praça que há em frente ao hospital. Foi quando eu escutei meu parceiro dizer no rádio que Lilith já estava dentro do hospital e que havia sido jogada para fora por Regina.

— O que aconteceu?

— Eu saí correndo na direção do hospital, meu parceiro tentou parar a senhorita Page assim como o policial Damon, mas não conseguiram. Então a senhorita Page puxou uma pistola da bolsa e atirou contra os policias e então apontou a arma para Emma. – fez outra pausa – Eu consegui derrubar a senhorita Page segundos antes que ela pudesse atirar em Emma, e por fim acabei a prendendo. – olhou para Lilith que espumava de ódio – O até então prefeito veio em minha direção exigindo que soltasse a filha, porque ele era o prefeito e ainda ameaçou acabar com a minha carreira. – terminou.

— Ah não se preocupe que ele irá fazer isso, detetive. – disse Lilith entre os dentes.

— Silêncio! – pediu o juiz – Senhor Hood Gold contenha sua cliente.

— Desculpe meritíssimo. – olhou para a mulher ao seu lado – Lilith, você não pode ficar falando assim! – murmurou Robin entre os dentes, com raiva – Isso só irá piorar as coisas para seu lado.

— Atrás das grades como está agora, eu duvido muito disso. – comentou Jane com um sorriso de lado.

— Detetive, só fale quando for pedido. – disse o juiz olhando para a policial que apenas assentiu com um aceno.

Robin segurou rapidamente Lilith ao perceber que a mulher iria se levantar – Quieta Lilith. – pediu quase colocando a mão na boca da mulher para que ela não falasse novamente – Não complique mais ainda as coisas para você! – pediu.

Tamara olhava a cena com um sorriso de lado – Meritíssimo, sem mais perguntas. – estava satisfeita com tudo que tinha acontecido.

— Com a palavra a defesa. – disse Joseph depois de anotar algumas coisas em suas anotações.

Robin se virou para Lilith – Não abra a boca. – rosnou entre os dentes, então olhou para seu assessor – Não a deixe falar ou fazer nada, entendeu? – questionou entre os dentes também e o outro homem apenas assentiu com a cabeça. Ele se levantou e abotoou seu blazer enquanto caminhava na direção da detetive – Senhorita Rizzoli, como você mesma afirmou que é amiga de Emma Swan... Como podemos ter a certeza de que nessas suas investigações a cerca da minha cliente não houve interesse pessoal?

Jane sorriu de lado – Bonito nariz roxo, foi um soco? – perguntou. Ela sabia o que tinha acontecido no dia anterior.

Robin fechou a cara – Eu bati na porta. – respondeu bravo – E você está fugindo da minha pergunta. Limite-se a responder a pergunta detetive.

Jane segurou uma risada – Isso para mim parece mais um soco, mas já que diz que bateu na porta... – deixou no ar, então soltou uma respiração – Como dito antes, eu iria abrir investigação mesmo que Emma Swan-Mills não fosse minha amiga, pois sou um representante da lei, e é meu dever. – a morena enfatizou o sobrenome da loira.

— Protesto meritíssimo! – disse Tamara assim que Jane respondeu – Esse argumento já fora usado antes, e até Vossa Excelência fez perguntas e acabou negando o protesto feito pela defesa.

— Protesto aceito! – confirmou o juiz – A defesa limite-se a não usar argumentos já usados anteriormente.

Robin respirou fundo – Detetive, você disse que Will Scarlet fora no dia seguinte ao departamento, depois de sua “visita”... – fez sinais com os dedos gesticulando aspas – Qual fora a ameaça que fez para ele aparecer no departamento e confessar?

— Protesto! – disse Tamara – Ele está colocando em dúvida o caráter da detetive!

— Eu não usei nenhuma ameaça! Will foi de livre escolha falar conosco e confessar o que sua cliente fez. – Jane respondeu brava – Muito pelo contrário, quem usou de ameaças foi a sua cliente e o querido papai dela. Eu tenho caráter e não preciso desse tipo de artimanhas para fazer o meu trabalho.

— Senhor Hood Gold, não use ironia para fazer as perguntas. – disse Joseph – Protesto aceito, o júri pode desconsiderar a última pergunta da defesa. Prossiga.

Robin soltou um longo suspiro raivoso – Detetive, você mencionou que minha cliente tenha alvejado Emma Swan. Como pode ter certeza de que fora minha cliente e não outra pessoa qualquer?

— Pelos laudos realizados. – respondeu Jane – Exames de balísticas confirmaram que as balas que atingiram Emma saíram do rifle, que pertence a Leopold Page, que é pai de Lilith. Além disso, exames mostrou que havia vestígios de pólvora nas mãos de Lilith, pólvora essa vinda do rifle usado para o mesmo. Na cidade não há nenhum outro registro de porte de arma daquele rifle, apenas o de Leopold. Exames feitos na própria arma afirmaram que haviam digitais de Lilith na mesma.

— Ela poderia apenas ter manuseado a arma. – argumentou Robin – Tudo isso poderia ter sido apenas uma grande coincidência.

— Havia digitais dela no gatilho da arma, indicando que Lilith atirou com a mesma. – confirmou Jane – Você, por ser advogado criminalista, deveria saber que no meu trabalho não existe coincidência, senhor Hood Gold.

— Meritíssimo, eu tenho aqui todos os laudos e exames que a detetive disse. – comentou Tamara se levantando, mas permanecendo em seu lugar, apenas erguendo a pasta com os papéis. O juiz fez um gesto para ela se aproximar, assim como Robin.

— Sei que a palavra é da defesa, mas irei aceitar isso como prova do que a detetive está falando. – comentou o juiz após olhar os papéis dentro da pasta.

— Mas...

— Nada de mas, senhor Hood Gold, já estou me antecipando caso o senhor peça provas do que a testemunha esteja falando seja verdade ou não. – explicou o juiz – Tem uma cópia para o júri? – perguntou e Tamara assentiu – Pode entregar. – a mulher mais que rapidamente o fez e voltou para sua cadeira – A defesa pode prosseguir.

Robin andou de um lado a outro, sem rumo no que perguntar – Detetive, você disse que saiu correndo quando escutou tiros, por que?

— Porque eu estava longe da cena, e escutei tiros em minha escuta. – respondeu Jane.

— Hum, se você estava longe da cena, como pode ter a certeza de minha cliente atirou em dois policiais? E ainda ameaçou outra pessoa? – questionou.

— Porque foi o que meu parceiro escreveu em seu relatório. – respondeu Jane – Além dele, havia o policial Damon, e um terceiro que chegou fazendo com que a senhorita Page atirasse contra também, além de muitas testemunhas ali presentes no local. – fez uma pausa – Quando cheguei a cena eu presenciei a senhorita Page apontando a pistola tanto para Emma, quanto para Regina, sua esposa.

Então uma gargalhada ecoou no tribunal, e todos voltaram suas atenções para Lilith que ainda ria e o assessor tentando fazê-la parar – Aquela mulher não é esposa, pois não passa de um projeto fajuto de fazendeira. Deveria ter atirado nela primeiro. – disse e imediatamente Robin colocou sua mão sobre a boca de Lilith e a olhou enraivecido.

O silêncio pairou no ambiente, e quando o homem teve certeza de que a mulher não falaria mais nada tirou a mão e se voltou para o juiz – Peço que não considerem o que minha cliente acabou de dizer, pois ela está sob muito pressão nesse julgamento e a está afetando.

— Protesto! – falou Tamara – A própria ré acabou de confessar que atirou, ou que pelo menos estava com a intenção de atirar em Emma e em sua esposa.

— O júri pode considerar a fala da ré. – disse o juiz anotando mais alguma coisa em seu papel – A defesa pode prosseguir.

Robin soltou um suspiro enraivecido pelo que Lilith tinha acabado de fazer – Sem mais perguntas, meritíssimo. – anunciou caminhando para seu lugar, uma vez que todas as suas artimanhas foram por água a baixo depois daquilo.

— A testemunha pode se retirar. – anunciou o juiz. Jane assentiu e voltou para a porta que havia saído – Com a palavra a promotoria.

Tamara se levantou e parou no centro – A promotoria gostaria de chamar Emma Swan-Mills.

—SQ-

— Vovó! – gritou Violet assim que desceu do carro e foi de encontro a Glinda, que a recebeu de braços abertos.

— Minha florzinha. – disse a ruiva mais velha dando muitos beijos nos cabelos da menina – Que saudade estava de você! – confessou abraçando mais forte a neta.

— Eu também vovó. – Violet retribuiu o abraço apertado – Em casa fica muito chato quando você não está lá. – disse ao se soltar um pouco.

Glinda abriu um sorriso – Não se preocupe que voltarei com vocês.

— Oba! – a menina comemorou.

— Eu não ganho um abraço não? – perguntou John fingindo estar triste.

Violet abriu um sorriso – Claro que ganha, vovô. – disse a menina envolvendo seus pequenos braços ao redor do homem.

— Ah minha querida, que saudade estava de você também. – disse John ao abraçar a menina que ele também considerava como neta.

— Elsa! – disse Zelena praticamente correndo na direção da loira. No instante seguinte a envolveu em um abraço saudoso. Sem dar tempo para a reação da médica, a ruiva colou seus lábios com os lábios de Elsa em um beijo demorado.

— Oi Lena! – disse Elsa assim que terminaram o beijo – Também estava com saudades de você! – deu um selinho rápido nos lábios da namorada.

— Vem pessoal, vamos entrando. – pediu Kathryn depois que cumprimentou todos.

— Tem certeza de que cabe todo mundo Katy? – perguntou Elsa de mãos dadas com Zelena – Não nos importamos de alugar um quarto de hotel.

— Mas nós nos importamos. – comentou Ruby que tentou ajudar Kristoff com as malas, mas fora impedido pelo rapaz e Anna, que também veio no auxílio do noivo – Se não couber, não se preocupe, faremos caber. – brincou.

— Cora e George? – quis saber Glinda sentindo a falta dos amigos.

— Eles vêm amanhã juntamente com a vovó e o Péppe. – respondeu Ruby olhando para a ruiva mais velha – Acabei de receber uma ligação da minha avó agora a pouco. – explicou quando virou o centro das atenções – Sem Emma ou eu, a fazenda fica a cargo de George. Como provavelmente todos irão voltar no domingo, David consegue tomar conta dela um dia apenas, já que ele tem o bebê e Mary para cuidar. Além de seus pais e os sogros também.

— Entendo. – comentou Glinda – Pena então que David e Mary e o bebê não poderão vir.

— Não se preocupe, outras oportunidades não faltarão. – comentou John fechando a porta atrás de si, ao ser o último a passar por ela.

— Cadê Henry, Tom e Jú? – quis saber Violet de mãos dadas com Glinda desde que começaram a fazer o caminho para o apartamento de Kathryn.

— Eles estão com o TJ lá no restaurante de Ângela. – respondeu Kathryn – Emma e Regina iriam depor agora a tarde no julgamento de Lilith.

— Gente que foi aquilo que aconteceu na cidade? – comentou Anna assim que se sentou no sofá – O FBI apareceu e prendeu o xerife e mais algumas pessoas da prefeitura e causou o maior reboliço lá.

— Isso não é nada. – falou Zelena ao passar seu braço pelos ombros de Elsa quando essa se aconchegou melhor contra a ruiva – Eu vi o FBI prender Leopold, logo que ele saiu da audiência do divórcio.

— Sério? – perguntou Kristoff ao aparecer na sala depois de ter ido usar o banheiro e se sentou ao lado de Anna.

— Sim. – confirmou Zelena – E Regina disse que todo aquele pessoal que estava tramando contra o Blanchard também foram presos assim que saíram da audiência.

— Gente que babado. – comentou Anna – Ai, quero só ver o que o jornal da cidade irá fazer, pois Sidney anunciou que semana que vem sairá uma edição especial só com essas prisões na cidade.

— Eu acho que ele irá fazer uma reportagem com todas as prisões. – corrigiu Zelena – Ele provavelmente sabe da prisão de Leopold e com muita certeza deva estar no julgamento de Lilith nesse momento.

John soltou uma risada, enquanto estava brincando com Violet ao seu lado – Eu acho que essa edição especial será recorde de vendas. Muito mais que a edição sobre a prisão da filha e o passado sujo dela. – comentou continuando brincando com a menina.

— Disso eu não tenho dúvidas, meu pai. – concordou Kathryn – E claro que a nossa imensa família irá contribuir e muito com o aumento no número de vendas. – riu.

— Ah minha cara amiga, eu vou comprar dois exemplares. – comentou Zelena – Pois um eu quero colocar em um quadro e deixar pendurado na parede.

— Credo minha filha. – repreendeu Glinda.

— Tudo bem mamãe não farei isso, mas pode ter certeza que um exemplar eu irei guardar muito bem, quem sabe no futuro eu não fique rica com a venda dele. – piscou para sua mãe, que acabou rindo com a brincadeira da filha.

Continuaram conversando mais um pouco até decidirem finalmente que iriam para o restaurante de Ângela, uma vez que Violet não parava de perguntar se poderia brincar junto com seus amigos.

—SQ-

Emma entrou na sala pela mesma porta que Jane havia saído, acompanhada do guarda se postou no lugar para as testemunhas, ficando em pé – Coloque sua mão esquerda aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão direita para cima e repita comigo. Emma fez o que foi pedido – Eu, Emma Swan-mills, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade.

— Eu, Emma Swan-Mills, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade. – repetiu e o guarda assentiu recolhendo o livro e voltando o seu lugar, enquanto ela se sentou na cadeira.

Antes que todo mundo pudesse falar ou fazer alguma coisa, Lilith imediatamente se levantou passando por trás da cadeira de Robin e correndo na direção da loira – Emma! – falou empolgada. Os olhos de Emma se arregalaram em pânico Não deixem essa mulher chegar perto de mim! — Você veio me tirar daqui? – perguntou abrindo os braços para envolvê-los ao redor da testemunha. Mas antes que Lilith pudesse chegar perto o suficiente, o guarda que estava perto da porta das testemunhas se adiantou e segurou a ré – Me solta! – ela começou a se espernear – Eu quero dar um abraço na minha loira, estava com saudade dela. Emma! – ela gritou tentando se soltar do guarda, enquanto o mesmo a levava de volta ao seu lugar.

— Senhor Hood Gold, ou contenha sua cliente ou serei obrigado a retirá-la do tribunal enquanto a testemunha depõe.

— Desculpe meritíssimo. – disse Robin segurando a mulher no lugar – Lilith de uma vez por toda, fica quieta e não sai do seu lugar. A sua situação já não está boa e você aprontando desse jeito irá piorar ainda mais. – resmungou.

— Mas Robin, é a Emma, eu estava com saudade dela. – mandou beijo para a loira – Ela veio para me levar embora. – disse sorridente.

— Lilith entenda de uma vez por todas, ela não veio te levar embora, ela veio depor contra você. – disse e aquilo fez os olhos de Lilith se arregalarem.

— Mentira. – disse com os lábios trêmulos de choro – Ela não faria uma coisa dessas. Ela me ama.

— Não ela não te ama, e sim ela veio para fazer isso. – disse Robin bravo – Agora se comporte, antes que o juiz te coloque para fora da sala.

Lilith enxugou os olhos úmidos e segurou o choro, seu olhar fixo em Emma, enquanto a loira nem se quer olhava em sua direção.

— Agora que temos silêncio, a promotoria pode começar. – disse o juiz depois de dar uma última olhada em Lilith para ter certeza de que ela não iria aprontar nada.

— Senhora Swan-Mills, você conhece a senhorita Page? – questionou Tamara.

— Infelizmente sim. – respondeu já mais calma. Quando viu Lilith vindo em sua direção, instantaneamente seu coração acelerou e tudo que passou por causa daquela mulher veio a tona, mas Emma segurou a emoção para não demonstrar seus sentimentos para todos ali.

— Apenas isso?

— Não... Também nos envolvemos sexualmente. - respondeu – Mas não tínhamos nenhum relacionamento, apesar de Lilith achar o contrário.

— Por que ela achava isso?

— Eu não sei, pois sempre deixei bem claro que o que tínhamos era bem causal. Quando estávamos a fim, passávamos a noite juntas e era somente isso. – explicou Emma – Ela por outro lado sempre achou que tínhamos um relacionamento.

— Como foi seu envolvimento com a senhorita Page?

— No começo era normal, eu acho... – respondeu Emma – Então Lilith começou a apresentar cenas de ciúmes desnecessárias e sempre arrumando briga comigo, mesmo eu sempre falando que não tínhamos nada além de sexo casual.

— Esse comportamento teve algum ponto que pirou ou melhorou? – quis saber Tamara.

— Acho que só piorou, Regina foi morar na fazenda depois que seu pai morreu. – respondeu Emma – Até aí, ela continuava igual, então depois que passei a namorar Regina a situação complicou, muitas brigas, ameaças e toda vez que acabávamos encontrando Lilith, sempre saía confusão.

— Que tipo de ameaças a senhorita Page fazia? – perguntou Tamara.

— Que ela iria se vingar. Que iria acabar com a minha vida. Que se ela não me tivesse, ninguém mais teria. – respondeu Emma depois de um longo suspiro.

— Você nunca levou a sério essas ameaças?

— Não, pois achava que era coisa de menina mimada que era. – disse Emma.

— Você sabia do passado da senhorita Page? – questionou Tamara mais uma vez.

Emma negou com a cabeça – Não, pois como disse, não tínhamos um relacionamento sério e para mim não era necessário saber o passado dela.

Tamara assentiu com a cabeça – Senhora Swan-Mills, quando ficou sabendo que a senhorita Page fora responsável pelo seu acidente com a pick-up além dos tiros que havia levado?

— Protesto! – disse Robin – A promotoria está afirmando que minha cliente foi responsável pelo acidente e os tiros.

— Os laudos dos exames feito afirmam que fora a senhorita Page quem atirou em Emma, assim como o vídeo que mostra a mesma cortando os cabos de óleo da pick-up dirigida pela senhora Swan-Mills. – retrucou Tamara brava.

— Protesto negado. – disse o juiz – Uso do mesmo argumento novamente. A promotoria pode continuar.

— Você sabe nos dizer quando isso aconteceu? – quis saber Tamara.

Emma soltou um longo suspiro – Foi quando Lilith tentou atirar em mim novamente no dia em que estava saindo do hospital assim que tive alta. – respondeu – Depois que a detetive Rizzoli conseguiu imobilizá-la, eu acabei voltando para dentro do hospital para me acalmar e ver se estava tudo bem comigo, com minha esposa e nosso bebê. – fez uma pequena pausa Ainda bem que não aconteceu nada com minha morena e nosso bebê, pois era capaz de eu acabar com Lilith!

— Bebê? – perguntou Lilith alto o suficiente, muito surpresa – Que bebê?

— Silêncio! – ordenou o juiz fulminando Robin e Lilith com o olhar. Robin abaixou a cabeça e tentou fazer Lilith ficar quieta, pois essa nem viu o olhar fulminante do juiz e encarava Emma com um olhar insano – A testemunha pode continuar.

Mais um longo suspiro saiu dos lábios de Emma – Então dentro da sala de uma médica amiga, foi que eu fiquei sabendo através das investigações do policial Damon, e que Lilith era quem havia causado o acidente da pick-up e também pelos tiros que recebi dentro da fazenda, além da clara ameaça a frente do hospital. – fez uma pequena pausa – Depois disso foi que eu percebi que realmente as ameaças de Lilith eram verdadeiras, e que por causa de sua obsessão eu quase perdi a minha vida.

— Meritíssimo, sem mais perguntas. – anunciou Tamara ao caminhar para seu lugar.

— A palavra é da defesa. – disse o juiz assim que anotou alguma coisa em seu papel.

Robin se levantou depois de deixar bem claro o que o assessor teria que fazer, caminhou até chegar a frente de Emma – Senhorita Swan...

— É senhora Swan-Mills. – corrigiu com um sorriso de lado Isso se contorça de inveja! Aquele mulherão que você esnobou agora é minha e eu vou cuidar muito bem dela! É assim que se fala Emma! Mostre para esse verme quem é você! — O seu nariz está roxo, o que aconteceu, levou um coice? – perguntou ironicamente E foi um belo de um coice!

Aquilo fez Robin avermelhar de raiva – Eu bati na porta. – disse entre os dentes.

— Nossa, eu não sabia que coice de cavala agora era conhecido como bater na porta. – Emma ironizou mantendo seu sorriso de lado Um coice bem dado! Aliás, alguns coices bem dados!

— Não estamos aqui para falar do meu nariz, senhorita Swan...

— Eu já disse que meu nome é Swan-Mills. – corrigiu mais uma vez Coloque dentro dessa sua cabeça de ameba, seu tapado!

— Meritíssimo, protesto! A defesa está propositalmente falando o nome da testemunha errado para irritá-la. – argumentou Tamara.

— Protesto aceito! Senhor Hood Gold, por favor, não erre mais o nome da testemunha, uma vez que o senhor já fora corrigido algumas vezes. – falou o juiz Segura essa no meio do peito seu pulha! O juiz mandou bem, não Emma? Com certeza mandou!

Mesmo a contragosto Robin assentiu – Bom, senhorita... – ele iria falar errado novamente, mas corrigiu antes – Senhora Swan-Mills, sempre fora de ciência das pessoas que você e a minha cliente tinham um relacionamento...

— Não tínhamos. – respondeu Emma interrompendo Robin Por meu chapéu! Lave essas orelhas surdas! — Eu sempre deixei claro que não queria nada sério com Lilith, ela que achava que tínhamos alguma coisa a mais.

— Por que ficar negando algo que todos sabiam? – ele insistiu.

— Não estou negando, principalmente por algo que não existia. – respondeu brava – Muito pelo contrário sempre disse que não tínhamos nada além de sexo casual.

— Isso não deixa de ser um tipo de relacionamento, não? – voltou a insistir no relacionamento.

— Não! Uma vez que você e a outra pessoa definem que não terão nada além de sexo causal, não existe relacionamento, já que eu também saía com outras pessoas e a Liltih também. – disse Emma começando a ficar furiosa com a insistência Acabei de desenhar, vai insistir ainda?

— Protesto! A defesa está usando a mesma pergunta de formas diferente, uma vez que já obteve a resposta para a mesma, e está visivelmente querendo irritar a testemunha ou mesmo mudar a resposta já dita. – argumentou Tamara.

— Senhor Hood Gold, usar a mesma pergunta de formas diferentes não lhe dará respostas diferentes. – comentou o juiz – Protesto aceito. Por favor, dê prosseguimento ao julgamento.

— Como você tem certeza de que fora a minha cliente que lhe causou os dois acidentes? – perguntou Robin começando a se perder mais uma vez.  

— Pois é, eu não tinha...

— Caros colegas do júri, a própria testemunha afirmou que não tinha a ciência de quem fora o causador de seus acidentes. – interrompeu Robin.

— Eu não disse isso! – Emma se pronunciou brava Seu pulha cretino! — E você cortou a minha resposta, eu não sabia até as investigações do policial Damon apontar para Lilith como a responsável pelos mesmos.

— Protesto meritíssimo, a defesa está colocando palavras nas respostas da testemunha em seu próprio favor. – argumentou Tamara mais uma vez, pois ela também estava perdendo a paciência com a insistência ridícula de Robin.

— Protesto aceito. – disse o juiz visivelmente sem paciência para Robin, uma vez que ele não estava desenvolvendo o interrogatório e sim enrolando – O júri pode desconsiderar a última fala da defesa e levar em conta o que a testemunha respondeu. – olhou para Robin – Senhor Hood Gold último aviso, seja profissional e desenvolva o julgamento. Entendeu? – fuzilou Robin com o olhar, o homem engoliu seco e assentiu com a cabeça – Prossiga.

Robin soltou uma longa respiração, então olhou para Emma novamente – Você disse que não importava o passado de minha cliente quando vocês, como posso dizer, mantinha sexo causal, certo?

— Sim. – ela respondeu.

— Mas investir em uma mulher, já compromissada, também não lhe importou saber seu passado. – disse.

Emma soltou uma gargalhada Bingo! Isso é recalque! — Agora entendi. – disse – Você está com o ego ferido porque Regina te deixou para ficar comigo. – riu mais uma vez – Apenas para sua informação, eu nunca investi em Regina enquanto ela era comprometida, só o fiz assim que ela terminou o noivado com você.

— Protesto meritíssimo, a defesa está usando argumentos pessoais no tribunal e fugindo completamente do caso. – argumentou Tamara.

— Protesto aceito, senhor Hood Gold, mantenha o foco no assunto do julgamento e não em desavenças pessoais. – disse o juiz.

Robin assentiu com a cabeça – Então assim que ela desfez o noivado você já investiu para conseguir a fazenda para você, não?

Outra sonora gargalhada saiu dos lábios de Emma Mas é muito cara de pau e sem escrúpulos! — Muito pelo contrário eu nunca quis a fazenda, diferente de você que tentou de todas as formas colocar as mãos no trabalho da vida do senhor Henry para poder viver sem mexer um dedo se quer. – os olhos de Robin se arregalaram imediatamente – Sim, sabemos de tudo que você aprontou para tentar colocar suas mãos sujas na fazenda. Mas já adianto que não conseguiu nem um centavo, pois aqueles papéis que estão em sua posse não são os papéis da fazenda.

— Protesto meritíssimo, virou sessão de lavar roupa suja nesse tribunal. – argumentou Tamara.

— Protesto aceito! Acho que nem preciso argumentar porque aceitei, não senhor Hood Gold? – olhou para o advogado que agora estava pálido.

— Sem mais perguntas. – anunciou e correu para seu lugar Isso corre como o covarde que é, seu boçal!

— A testemunha está dispensada, pode se retirar. – informou o juiz assim que anotou algo em seu papel. Assim que Emma assentiu e se levantou Lilith se levantou também.

— Minha loira, não me deixe aqui, me leve com você. – pediu – Senti saudade de você, você veio me buscar não? Então não me abandone. – Robin acabou segurando Lilith e a fazendo se sentar. Emma a ignorou e saiu pela porta que havia entrado – Maldita! – exclamou ao perceber que Emma nem se importou com ela – Deveria ter acabado com ela de uma vez na frente daquele hospital imundo... – resmungou, o resto não saiu já que Robin havia colocado sua mão sobre a boca de sua cliente para que não dissesse mais nada.

— Calada Lilith! – ordenou. Então o silêncio se fez presente.

— Com a palavra a promotoria. – disse o juiz assim que anotou alguma coisa em seu papel.

Tamara tinha um sorriso contido, pois sabia que as coisas para o lado de Robin não estavam indo nem um pouco bem. Ela caminhou lentamente até o centro do tribunal, soltou uma respiração curta – A promotoria gostaria de chamar Regina Swan-Mills.

Da porta que Emma entrou saiu Regina, que foi acompanhada pelo guarda – Coloque sua mão esquerda aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão direita para cima e repita comigo. A advogada fez o que foi pedido – Eu, Regina Swan-Mills, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade.

— Eu, Regina Swan-Mills, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade. – repetiu e se sentou assim que o guarda apenas deu alguns passos para trás. Ele estava pronto para agir caso Lilith voltasse a aprontar mais alguma coisa.

— O que essa vadia está fazendo aqui? – Lilith gritou enraivecida ao ver Regina E vamos começar com as palavras doces e cheias de ternura! Ela realmente é um doce de pessoa, não mente! Com certeza! — Ela roubou a minha loira! Ela acabou com a minha felicidade. – então sua boca fora tampada novamente pela mão de Robin E vamos começar com as lorotas mais uma vez!

— De uma vez por todas, cala essa boca Lilith! – exclamou Robin possesso de raiva – Não quero mais um pio seu, entendeu? – a mulher assentiu com a cabeça – Eu quero só ver. – vagarosamente ele tirou a mão e a mulher permaneceu quieta, mas seus olhos estavam turvos de raiva e insanidade.

— Que bom que entenderam, ou pelo menos parcialmente. – disse o juiz usando um pouco de ironia – A promotoria pode continuar.

— Obrigada meritíssimo. – Tamara disse com um breve aceno de cabeça – Senhora Swan-Mills, antes de você se mudar para a fazenda, você conhecia a senhorita Page?

— Não. – respondeu Regina E gostaria de ter continuado assim, mas infelizmente não foi possível!

— Quando você conheceu a senhorita Page? – questionou Tamara.

— A primeira vez que a vi foi no pub da cidade. – respondeu Que raiva daquela cena do beijo! Clama Regina, agora você está casada com a sua loira quarteirão e aquele beijo ficou no passado! — Eu havia acabado de me mudar para a fazenda, então a minha amiga Katy veio me visitar e acabamos saindo. No meio da noite eu a vi conversando com Emma, mas não sabia quem era. Em uma conversa com sua irmã Zelena, foi que descobri quem era. Então no dia seguinte ela apareceu na minha fazenda junto a sua irmã, e foi então que eu a conheci realmente.

— O que ela fora fazer na fazenda? – quis saber Tamara.

— Tentar me intimidar. – respondeu – Por achar que, na época, estava querendo algo com Emma.

— Você queria?

— Naquela época não, eu era compromissada. – respondeu Regina mais uma vez Coisas do passado que nos arrependemos! Pense que você fez para retribuir a ajuda que o senhor Gold lhe deu! Sim, mente, mas pensando agora eu deveria ter negado, por mais que Robert me ajudou, acho que só piorou o noivado! Pode ser! E como você mesma disse, agora é passado! Ainda bem!

Tamara assentiu – Quando tudo mudou? Quando você passou a se interessar por Emma?

— Logo depois que terminei meu noivado. – disse Então a minha vida começou a ficar mais cheia de alegria, apesar da perda de meu pai!

— E Lilith nessa história toda?

Regina soltou um longo suspiro – Depois desse dia que ela apareceu em minha fazenda, toda vez que a encontrava sempre vinha com uma ameaça ou mesmo querendo me agredir fisicamente. O que não aconteceu porque Emma interveio algumas vezes, ou mesmo a minha cachorra Lola não deixou, mas ela também já quis agredir meus filhos fisicamente, além de tê-los agredidos verbalmente.

— E com relação a Emma? – quis saber a promotora.

— Ela cada vez estava mais obsessiva com a minha esposa. Agia como se nada tivesse acontecido, e então no segundo seguinte fazia ameaças e gritava. – fez uma pausa Cada barraco memorável! — Bom, creio que as investigações provaram que a senhorita Page provocou o acidente de minha esposa com a pick-up, além dos tiros que recebeu, e a clara ameaça na frente do hospital, levando a sério suas ameaças. – respondeu – Isso para mim é agressão física o suficiente, além de serem tentativas de homicídio.

— Protesto! A testemunha não pode opinar sobre isso? – Robin tentou argumentar.

— Pelo contrário, eu tanto posso que estou aqui para isso. Afinal nada do que eu disse é mentira. – respondeu Regina erguendo a sua sobrancelha em seu característico gesto Mas é um inútil mesmo! Como conseguiu se formar? Ah Regina há mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia possa explicar! Nossa mente que filosofa você agora! Ah resumindo: ele se formou na pura sorte! Só assim! — Ou você se esquece que sou formada em direito, apesar da minha especialidade não ser a criminal?

— Protesto negado. – confirmou o juiz sorrindo com a resposta que a morena havia dado a Robin – A promotora pode continuar.

— Senhora Swan-Mills, você estava com sua esposa quando Emma sofreu o acidente com a pick-up? – questionou.

— Não. Eu estava na fazenda e Emma estava voltando para a fazenda quando aconteceu o acidente. – respondeu.

— A senhora estava junto quando Emma foi alvejada pelos tiros?

— Sim. Havíamos ido ver como estavam as obras de expansão da fazenda, Emma foi me mostrar um pouco mais da fazenda rumo ao norte, quando a vi se virar para mim com a mão no abdômen, todo vermelho de sangue... – fez uma pequena pausa, seus olhos imediatamente umedeceram Pensar que eu quase minha perdi a minha loira ali! Tamara foi até a sua mesa e pegou um copo de água.

— Aqui. – disse ao entregar o copo para Regina.

— Mas que teatrinho mais fajuto esse o seu. – disse Lilith desdenhando. Robin imediatamente se virou para ela.

— Por tudo em que você acredita, dá para ficar quieta? Sua situação não está boa, e esses seus comentários não estão ajudando a melhorar nem um pouco, pelo contrário, só estão piorando. – rosnou Robin entre os dentes.

— Obrigada. – agradeceu assim que devolveu o copo, após ter tomado apenas pequenos gole da água – Então vi Emma cair no chão com a perna também toda cheia de sangue, então a árvore atrás de mim recebeu dois tiros e eu apavorada consegui colocar Emma sobre o cavalo que estávamos usando e saí em disparada para o outro lado da fazenda, a procura de alguém que pudesse me ajudar.

— O que aconteceu quando a sua esposa recebeu alta do hospital? – quis saber Tamara.

— A senhorita Page surgiu falando que iria levar a minha esposa para casa e iria cuidar dela. – respondeu Mulher pífia e desaforada! — Nós, minha esposa e eu, dissemos que ela não deveria estar ali, afinal Emma é minha esposa e ela iria comigo. – fez uma pequena pausa Entendeu sua tribufu? Emma é minha esposa! — Então a senhorita Page insistiu e eu acabei usando a força para colocá-la para fora do hospital. Quando achei que estava tudo calmo continuei saindo com minha esposa, nesse momento fomos interceptadas novamente pela senhorita Page falando mais uma vez que levaria Emma, então furiosa tirou uma pistola da bolsa e apontou para nós. – fez uma pequena pausa Com certeza a minha pouca vida ao lado da minha loira passou diante dos meus olhos naquele momento!— E disse que se ela não tivesse Emma, ninguém mais teria.

— O que mais aconteceu?

— O que eu me lembro era de ter visto o detetive Korsak no chão assim como o policial Damon e a senhorita Page atirando no chão perto deles. – fez uma pausa, fechando brevemente os olhos Droga! Essa sensação de que quase perdi a minha loira voltou! Eu já tinha conseguido superar isso! — Então ela apontou novamente a arma para nós, e depois especificamente para Emma. Quando dei por mim, vi a senhorita Page estava no chão com a detetive Rizzoli em cima dela, então tudo foi um borrão. – fez outra pausa – Então nos levaram para dentro do hospital mais uma vez, para se certificarem que estávamos bem, eu, Emma e nosso bebê, pois estou grávida.

— Você sabia que a senhorita Page era a responsável pelos ocorridos com sua esposa? – questionou Tamara.

— Não até estarmos na sala dentro do hospital quando a detetive Rizzoli nos contou tudo. – soltou um longo suspiro – Depois que minha esposa deu entrada no hospital com os dois tiros, ela acabou passando por uma delicada cirurgia, pois a primeira bala acertou o abdômen, ali dentro ela se partiu e um pedaço foi parar em seu útero, em uma medida cautelar o médico acabou retirando o mesmo. – informou Regina. Aquela informação fez algumas mulheres do júri arregalarem os olhos em surpresa.

— Sem mais perguntas, meritíssimo. – anunciou Tamara indo se sentar.

— Com a palavra a defesa. – disse o juiz quando anotou mais alguma coisa em seu papel.

Robin se levantou e abotoou seu blazer enquanto caminhava até Regina – Senhorita Mills...

— É senhora Swna-Mills. – corrigiu Entendeu seu asno! Abra bem esses ouvidos para escutar o meu nome corretamente!

— Meritíssimo, vai começar o joguinho novamente de ficar falando o sobrenome errado a fim de irritar a testemunha, uma vez que ela já fora a noiva dele, o qual terminou o noivado para ficar com a atual esposa. – esclareceu Tamara cansada daquele jogo infantil de Robin. Aquilo fez algumas pessoas na plateia gargalharem.

— Senhor Hood Gold, já passamos por isso, por favor, não repita os mesmos erros. – aconselhou o juiz.

— Senhora Swan-Mills então conheceu a minha cliente em um pub em Storybrooke? – perguntou.

Regina ergueu a sobrancelha e em seus lábios tinha um sorriso de lado Acho que ouvir é um dos seus cinco sentidos que está bem prejudicado! — Gelo ajuda a desinchar seu nariz roxo, o que foi? Levou um coice? – perguntou se esquecendo completamente em responder aquela pergunta idiota Não é a toa que ele perdia casos ganhos, ele é um completa idiota!

— Não! Eu bati na porta. – disse pela terceira vez naquele tribunal o motivo de seu nariz estar roxo – E eu coloquei gelo já. A senhora não respondeu a minha pergunta.

— Isso me parece mais um coice, mas se é isso que lhe faz dormir melhor a noite, quem sou eu para discordar. – sorriu travessamente E eu sei muito bem quem deu esse coice! Foi uma linda cavala loira que sabe me pegar de jeito! Regina agora não é hora para esses tipos de pensamento! Mas mente você vive me recriminando quando não os tenho e agora que os tenho você está reclamando? Mas Regina é que o momento é impróprio para isso, deixes esses pensamentos para quando você for celebrar com Emma o aniversário a sós! — Ah sim, a sua pergunta... – voltou o foco no tribunal antes que o juiz chamasse sua atenção – Creio que já tenha respondido a essa pergunta a promotora.

— A senhora continua se esquivando da minha pergunta. – disse Robin tentando um ar de superioridade Estúpido!

— Muito pelo contrário, eu já respondi a essa mesma pergunta quando a promotora a fez. – voltou a repetir – Mas já que não escutou na primeira vez, sim a vi pela primeira vez no pub.

— Senhora Swan-Mills, por favor, sem uso de ironia. – pediu o juiz.

— Mas meritíssimo, ele fez a mesma pergunta que a promotora. – se defendeu Regina Mesmo minha especialidade não ser a criminal, eu pelo menos tenho ouvidos e sei escutar!

O juiz soltou um longo suspiro, pois sabia que Regina tinha razão – Senhor Hood Gold, evite fazer perguntas repetidas. – disse cansado das enrolações do homem.

— Como você pode afirmar que minha cliente agrediu verbalmente seus filhos, e quase agrediu fisicamente os mesmos, e a si própria? – Robin fez a pergunta toda confusa.

Regina franziu o cenho tentando entender a pergunta Por meus sapatos! — Eu estava presente, tanto quando ela tentou me agredir fisicamente... – fez uma breve pausa como se fosse a coisa mais óbvia e acabou tirando algumas risadas do pessoal que assistia ao julgamento. Sidney tinha um amplo sorriso no rosto vendo a queda livre de Lilith – E quanto as agressões verbal e física nos meus filhos, eu também estava presente, assim como a minha esposa.

— Aqueles catarrentos horrorosos. Xinguei mesmo. – Lilith se pronunciou. Aquilo fez Regina apenas sorrir malevolamente, afinal ela estava se entregando Nem precisou de testemunha para provar mais nada, pois a lambisgóia acabou de confessar!

— Acho que temos a confirmação do que eu disse. – comentou Regina olhando para Lilith que estava a ponto de sair de sua cadeira e partir para cima da morena. Só não o fazia porque o assessor a segurou fortemente. Robin olhou para sua cliente e soltou uma longa respiração Acho que seu barco está perdido em alto mar!

— Senhora Swan-Mills... – rosnou levemente ao falar o sobrenome de Regina. Já a advogada tinha um sorriso de lado nos lábios Vamos ver qual vai ser a próxima ótEma pergunta do maravilhoso adEvogado! Nossa Regina quanta ironia! Ai mente ele merece, é um paspalho! — Como você pode ter a certeza de que fora a minha cliente que causou o acidente de pick-up e os tiros que acertaram sua esposa? – perguntou Robin ao se perder mais uma vez em sua linha de raciocínio.

— Eu não sabia...

— Prestigiados colegas do júri, a própria testemunha acabou de afirmar que não tinha a ciência de quem fora o causador dos acidentes de sua esposa. – interrompeu Robin – E, no entanto, afirma que tenha sido a minha cliente.

— Eu não disse isso! – Regina se pronunciou brava Mas que patife! — Você cortou a minha resposta. Além de colocar afirmações que não fiz! – disse indignada Crápula! — Eu não sabia quem era até a senhorita Page nos ameaçar com uma pistola na frente do hospital. Quando estávamos dentro de uma sala médica, foi que a detetive Rizzoli nos disse que as investigações do policial Damon apontaram para a senhorita Page como a responsável pelos mesmos. Que foi quando fiquei sabendo.

— Protesto meritíssimo, a defesa está usando novamente os mesmos argumentos usado com a testemunha anterior, colocando palavras nas respostas da testemunha em seu próprio favor. Além de fazer afirmações que a própria testemunha não fez. – argumentou Tamara mais uma vez ao se levantar, totalmente sem paciência com a insistência ridícula de Robin – Sem dizer que isso está beirando o ridículo com a defesa andando em círculos e repetindo argumentos usados anteriormente, além de distorcer as respostas das testemunhas.

— Protesto aceito! Creio que a promotora Martin-Green tenha explicado. – disse o juiz olhando para Robin – Pode continuar.

— Senhora Swan-Mills... Você não acha muito estranho uma policial amiga investigar algo relacionado a sua esposa? Isso não seria algo com motivação pessoal? – indagou – Principalmente no intuito de acusar injustamente minha cliente.

— Você quer falar de injustiça? Então vamos falar de injustiça. Injusto foi você fazer o meu filho, que tinha cinco anos na época, fazê-lo chorar por ter rasgado o livro preferido dele, mesmo ele sendo sincero em sua resposta. – finalmente soltou aquilo que estava guardado Se prepare que muita coisa ainda está por vir! — Injusto foi não ter deixado Emma te dar um belo de um soco por causa disso, mas agora me sinto melhor ao ver sua cara toda roxa pelos socos que levou dela ontem. – sorriu satisfeita com o olhar de pavor nos olhos de Robin Isso, sinta medo, seu pífio! enquanto um murmurinho percorreu o tribunal – Injusto é o que a sua cliente fez a minha esposa. – disse Regina séria agora – Enquanto estávamos na fase de namoro, a senhorita Page deliberadamente drogou a minha namorada, e depois me mandou fotos das duas na cama indicando que Emma estava me traindo. Tudo para nos separar, além de todas as ameaças e provas aqui já demonstradas, juntamente com as agressões físicas.  – soltou. Aquilo fez Robin a olhar com o rosto pálido Surpreso? Calma que ainda tem mais! — Sim, isso que é injusto! – continuou – Motivação pessoal? A detetive Rizzoli só estava fazendo o trabalho dela, o qual ela jurou assim que se formou na academia policial. Assim como nós, advogados, também juramos ao nos formarmos. Motivação pessoal teve você ao se juntar a senhorita Page e tentar armar esquemas para me separar da minha esposa. Com isso você poderia tentar me reconquistar e viver uma vida boa sem trabalhar, enquanto a senhorita Page tinha a ilusão de que teria Emma de volta. – soltou mais essa. Regina estava furiosa – Sim, nós sabemos de todos os seus planos, pois você fora ingênuo, para não o chamar de burro, você fora ingênuo o suficiente para pedir a minha mãe ajuda para separar Emma de mim. Acreditando que ela não me contaria nada dos seus planos sujos e ainda o ajudaria a causar a infelicidade em sua filha e neto. – fez uma pausa respirando fundo Se acalme Regina, pense no bebê, você não pode se exaltar! Eu sei mente, mas isso tudo me deixou com raiva! — Além de que sabíamos que você e todo seu bando de asseclas, que já foram presos, queriam pegar a minha fazenda e fazer igual fizeram com as indústrias Blanchard, depená-la até não sobrar nada. – olhou furiosa para Robin – Isso que é injustiça! É querer ter algo sem trabalhar por isso. Sem merecer para ter. Então não me venha com esse papinho de advogado de porta de cadeia que você tem e tentar colocar palavras que não foram ditas e muito menos distorcer o que fora dito por mim.

— Senhora Swan-Mills. – interrompeu o juiz, enquanto Robin olhava atônito e esbranquiçado para Regina, sem nenhuma reação além de respirar que era inconsciente - Você está fazendo graves acusações tanto para a senhorita Page, quanto para o senhor Hood Gold. A senhora teria provas do que está falando?

Regina soltou uma longa respiração então olhou para o juiz, com o olhar mais abrandado – Eu sei as acusações que estou fazendo vossa excelência. – respirou – Sim meritíssimo, eu tenho provas de tudo que eu falei aqui. Tanto de conversas entre o senhor Hood Gold com minha mãe, assim como as conversas dele com sua cliente tentando esquematizar planos para me separar da minha esposa. Tenho tudo no pen drive que está aqui no meu bolso. – respondeu e imediatamente os olhos de Robin se arregalaram.

— A senhora poderia nos entregar? – pediu o juiz estendendo a mão na direção da advogada.

— Aqui! – Regina pescou o pen drive de seu bolso e o entregou ao juiz. O homem anotou algumas coisas e entregou o pen drive para seu assessor.

— A defesa pode continuar. – anunciou o juiz que tinha um discreto sorriso nos lábios ao olhar para a figura de Robin paralisada no centro do tribunal Oh acho que estão tirando seus esqueletos do armário senhor Hood Gold!

Tudo estava girando em câmera lenta para Robin, que sem pressa olhou para o juiz, então olhou para Regina. Esta tinha um sorriso de lado nos lábios, então olhou para sua cliente que estava sendo segura por seu assessor para que não voasse para cima da testemunha. Olhou para o pessoal do júri e viu desaprovação na maioria dos olhares, olhou para o público, uns tinham sorriso de escárnio em seus lábios, outros olhares de desaprovação também, poucos olhavam impassivelmente. Soltou um longo suspiro tentando colocar as ideias em ordem, mas em vão, pois não esperava essa reação de Regina diante de todos ali no tribunal – Sem mais perguntas meritíssimo. – anunciou e foi se sentar afundar em sua cadeira.

— A testemunha pode se retirar. – falou o juiz. Regina assentiu e se levantou Não via a hora de sair daqui!

— Isso sua vadia! Vá embora! – berrou Lilith com os braços sendo segurados pelo assessor de Robin – Eu ainda vou ter a Emma de volta para mim. Você não perde por esperar seu projeto de fazendeira fajuta. – então fora silenciada pela mão de Robin em sua boca.

Regina apenas olhou por sobre seu ombro assim que escutou os insultos, abriu um sorriso travesso e voltou sua atenção para frente saindo de uma vez da sala Vá sonhando!

— Com a palavra a promotoria. – anunciou Joseph assim que o silêncio pairou novamente no ambiente.

Tamara se postou novamente ao centro do julgamento – A promotoria pede o uso do aparelho de multimídia mais uma vez. – anunciou e segundos depois o mesmo monitor surgiu na parede – Este é um vídeo gravado em conversa da ré com o psicólogo do estado. – informou e apertou o botão no pequeno controle.

No monitor surgiu a imagem da sala de interrogatório do departamento de polícia. Lilith estava sentada ao lado de seu advogado, enquanto Tamara estava sentada ao lado do psicólogo enviado pelo estado.

— Lilith me fale um pouco sobre você. – pediu o psicólogo.

A mulher apenas olhou o homem – Não tenho muito que falar de mim... Apenas que vivo intensamente. – sorriu.

Ele anotou – Então me fale de seus relacionamentos... Tanto familiares, quanto sociais e até mesmo os amorosos. – pediu e olhou a atentamente.

Lilith abriu um sorriso – Eu amo o meu pai. – então sua feição voltou a ficar sem reação – Não me dou bem nem com minha mãe e nem minha irmã... – parou para pensar – Acho que não tenho amigos, talvez alguns colegas, mas para mim não me importa... – então seus olhos brilharam novamente – Eu tenho a melhor namorada do mundo, que é a Emma, apesar dela sempre viver falando que não estamos namorando e ela ter casado com aquele projeto inútil de fazendeira, mas sei que ela foi obrigada a isso, pois eu sou o seu grande amor.

O psicólogo anotou algumas coisa então olhou para Lilith – É verdade que você ameaçou Emma com uma arma?

— Claro que não! – Lilith disse abismada – Quem poderia fazer algo assim? Eu até fui lá para levar a minha loira embora, mas ela me expulsou e foi com aquela coisa que ela chama de esposa.

— Então você não atirou em Emma? – perguntou o homem e Robin apenas fuzilou-o com o olhar.

Uma sonora gargalhada saiu dos lábios de Lilith – Eles nunca vão descobrir quem atirou, eu fiz tudo bem feito.

— Senhor Ryan, sugiro que troque de assunto. – pediu Robin.

O psicólogo assentiu – Lilith, me fale um pouco da sua antiga namorada, Fiona Murray.

— Aquela desgraçada! – Lilith mudou completamente, surgindo um brilho insano em seus olhos – Eu acabei com a vida daquela mulher!

— Senhor Ryan! – exclamou Robin furioso.

— E a Emma Swan-Mills? Você também atirou nela? Quis matá-la na porta do hospital? – perguntou novamente o psicólogo ignorando Robin por completo.

— Eu queria ter acabado com a vida de Emma, assim como ela fez com a minha. – disse Lilith sombriamente – Ela me humilhou e eu ainda vou me vingar das duas.

— Chega! – disse Robin puxando Lilith consigo – Sem mais entrevista. – anunciou assim que ele bateu a porta e o guarda acompanhou os dois de volta a cela que Lilith ocupava no departamento.

— Então doutor? – perguntou Tamara olhando para o psicólogo assim que ficaram sozinhos na sala.

O homem soltou um longo suspiro – É um caso clássico de obsessão. Sim, ela apresenta grandes riscos para a sociedade, assim para suas vítimas, e muito provavelmente para os familiares, caso haja.

— Você acha que o que ela faz ou fez é devido a algum distúrbio mental? – perguntou Tamara batendo com a ponta do dedo indicador na pasta com os casos.

— Não! Ela fez o que fez intencionalmente. Ela sabia o que estava fazendo. – respondeu o psicólogo – A senhorita Page apesar desses pequenos momentos de instabilidade emocional que apresenta quando toca em pontos sensíveis a ela, sabe muito bem o que está fazendo e falando. E o pior é que não apresenta culpa pelas suas ações. Acha que o fez está certo e com certeza faria novamente se precisasse.

— Há tratamento? – quis saber a promotora.

— Tratamento há, mas não há cura se é isso que quer saber. – disse Ryan – E infelizmente ela precisa ficar reclusa, pois se ela ficar livre, a porcentagem dela voltar a fazer algum tipo de mal, por assim dizer, a vítima até conseguir o que quer, é de praticamente noventa e nove vírgula nove por cento. Independente do objetivo dela se é voltar a ter um relacionamento ou mesmo matar a vítima. Mas a porcentagem maior é para o segundo, enquanto ela não ver a vítima morta, muito provavelmente ela não irá sossegar.

— Você tem como transcrever tudo isso para um relatório, doutor? – pediu Tamara.

— Claro, ele estará em sua mesa amanhã a tarde. – disse o psicólogo.

Tamara desligou o monitor assim que o vídeo terminou – Não pudemos continuar a entrevista, pois como vocês viram o advogado tirou sua cliente da sala. E todas as outras vezes que o psicólogo tentou também não demorou mais que alguns minutos. Sei que isso não é embasamento o suficiente, mas pela vasta experiência do psicólogo em casos assim, sua opinião e diagnóstico tem veracidade comprovada. É só pegarem o extenso currículo dele.

— Protesto! – disse Robin – O vídeo fora gravado sem autorização.

— Mentira, que antes de gravarmos o vídeo, tanto você como a senhorita Page assinaram a autorização. – disse Tamara indo até a sua mesa pegar duas pequenas pastas e uma folha de papel – Aqui uma cópia da autorização assinada por você e sua cliente. – Tamara entregou a folha para Robin, que ficou vermelho imediatamente. Então a promotora foi até o juiz e entregou uma das pastas – O laudo do psicólogo juntamente com a autorização para a gravação do vídeo. – informou e foi até o representante do júri entregando a outra pasta. Tamara começou a caminhar de volta para seu lugar – Sem mais, meritíssimo.

— Com a palavra a defesa. – disse o juiz ao olhar Robin com o olhar perdido.

Ele levantou a cabeça – Nada a acrescentar, meritíssimo. – anunciou.

Os olhos do juiz se abriram surpresos, assim como de Tamara – Com a palavra novamente a promotoria. – disse depois de limpar a garganta.

A mulher se levantou e postou no centro do tribunal – A promotoria gostaria de chamar para depor, Lilith Page. – anunciou. Em segundos a balbúrdia voltou ao tribunal.

—SQ-

— Chegamos! – anunciou Kathryn assim que abriu a porta do restaurante, deixando todo mundo passar.

— Sejam bem-vindos! – disse Ângela com um sorriso no rosto.

— Violet! – disseram as quatro crianças assim que viram a menina entrar – Vem brincar com a gente. – chamou Jú. A menina nem esperou por uma resposta de sua mãe e saiu em disparada na direção dos amigos, que assim que estavam juntos foram brincar no lugar de costume.

— Venham e sentem-se. – pediu Ângela cumprimentando a todos – Está faltando gente. – brincou por fim.

— Emma e Regina ainda estão no julgamento. – respondeu Ruby – Vovó, Péppe, Cora e o tio só vêm amanhã. – terminou de explicar.

A matriarca Rizzoli apenas assentiu com a cabeça – Vou buscar café para nós. – falou.

— Eu ajudo. – se ofereceu Glinda indo logo atrás da dona do restaurante. Minutos depois as duas mulheres estavam de volta com o café e xícaras.

— Cadê a prole? – brincou John vendo que o restaurante ainda estava vazio.

— Eles ainda estão trabalhando... – disse olhando no relógio na parede sobre o balcão – Mas logo estarão aqui. – sorriu – Não se preocupem, ainda temos um tempinho até abrirmos o restaurante também.

— Oi! – disse Blanchard assim que abriu a porta do restaurante e foi recepcionado de volta, mas o que mais lhe encantou foi o sorriso que recebeu de Ângela – Sei que o restaurante só abre mais tarde, mas como estava por perto e já não tinha mais nada a se fazer no escritório, pensei em adiantar a minha vinda. – explicou depois de cumprimentar todo mundo e dar um leve beijo no rosto de Ângela.

— Então você chegou na hora certa meu amigo. – disse John sorrindo para o homem – Pois também acabamos de chegar. Fique a vontade, a mesa é pequena, mas é igual a coração de mãe, sempre cabe mais um. – brincou tirando risadas de todos.

— Mas está faltando gente ainda, não? – perguntou ao se sentar ao lado de Ângela.

— Logo eles estarão aqui. – piscou para o homem – Então Elsa, minha querida como foi de viagem?

Elsa sorriu – Foi bem, apesar de parecer que demorou mais que o normal para chegarmos. – riu e se aconchegou melhor no abraço de Zelena, enquanto a mão da ruiva fazia pequenos afagos nas loiras madeixas.

— Isso é devido a ansiedade em chegar logo. – comentou Glinda – Mas o que importa é que vocês estão aqui e amanhã tem aniversário.

— Por falar nisso, Ângela, está tudo bem mesmo fazermos a festa aqui amanhã? – perguntou Ruby ainda um pouco preocupada.

— Claro que não tem problema. – respondeu a cozinheira – Eu fico muito feliz que recebê-los para essa data importante. E também fico muito feliz em participar desse momento com vocês.

— Ah Angie, não se preocupe, vocês agora fazem parte da família. – disse Kathryn – Então sempre participarão de momentos assim. – então olhou para Zelena e família – Vocês também fazem parte da nossa imensa família, independentemente se meu pai não namorasse Glinda..

— Quem disse que estamos namorando? – perguntou Glinda seriamente. Então todos os olhares caíram sobre ela.

— Não estamos? – John perguntou receoso – Mas... Mas eu... Mas eu achei que estávamos... – disse em tom de derrota.

Um maroto sorriso surgiu nos lábios de Glinda – Nós não estamos porque você não me pediu em namoro. – piscou – Pelo menos não oficialmente.

— Então eu preciso reparar esse meu deslize. – disse o pai de Kathryn. Ele saiu de sua cadeira e se ajoelhou a frente de ruiva mais velha, pegando uma das mãos da mulher – Glinda, você me daria a honra de ser a minha namorada.

A mulher riu mais uma vez – Vou pensar... – respondeu e aquilo fez John murchar – Claro que eu aceito. – a mulher sorriu amplamente e segurou o rosto de John com as duas mãos e se inclinou dando um carinhoso beijo em seus lábios.

John sorriu depois que terminaram o beijo – Não me assuste assim. – brincou – O coração é fraco. – piscou – Minha namorada. – depositou um beijo na bochecha assim que voltou a se sentar em seu lugar.

— Está vendo senhor John, isso é por você ter assustado até a alma da minha esposa. – disse Kathryn rindo. Mas estava amando toda aquela demonstração de carinho entre os dois.

— Bota susto nisso. Eu jurava que Ruby iria molhar as calças. – riu o homem loiro ao se lembrar da cena.

— Eu nem vou falar nada. – disse Ruby fazendo um leve bico. Kathryn caiu mais ainda de amores, não resistindo depositou um beijo no bico de sua esposa.

— Pena que a família Swan-Mills perdeu esse pedido. – comentou Anna suspirando. Ela achava essas coisas muito bonitas.

— Nós também perdemos muitos pedidos deles. – John retrucou brincalhão – Chumbo trocado não dói. – comentou, fazendo o pessoal rir e assim a conversa continuou até dar a hora do restaurante abrir.

—SQ-

 - Protesto! – disse Robin – Vocês não podem chamar a minha cliente para depor. – tentou argumentar – Sem falar que não estava no pré-relatório.

— Tanto posso como chamei. – disse Tamara – Sim, no pré-relatório não estava, mas estava no pós-relatório junto com a autorização para uso das mensagens de telefone.

O juiz pegou o pós-relatório e confirmou – Protesto negado, a testemunha queira se apresentar. – falou. Imediatamente o guarda da porta se aproximou. Lilith apenas olhou para Robin que assentiu com a cabeça. Ela se levantou e foi acompanhada pelo guarda até o lugar das testemunhas.

— Coloque sua mão esquerda aqui. – indicou o livro que segurava – E sua mão direita para cima e repita comigo. Lilith fez o que foi pedido – Eu, Lilith Page, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade.

— Eu, Lilith Page, prometo neste tribunal dizer nada mais que a verdade e somente a verdade. – repetiu e se sentou assim que o guarda apenas deu alguns passos para trás, voltando ao seu lugar junto a porta.

— Senhorita Page, você sabe que a sua situação não é uma das melhores no momento, não? – disse a promotora.

— Minha situação é ótima. – disse Lilith dando a mínima – Meu pai daqui a pouco conseguirá me tirar daqui.

— Sinto, mas acho que seu pai detrás das grades não poderá fazer muita coisa por ele, e muito menos por você. – comentou Tarama.

— Você não sabe de nada! Meu pai é prefeito e tem muita influência. – falou Lilith olhando fixamente para a promotora – Eu não ficarei muito tempo aqui.

— Por que tanta convicção nisso? – quis saber.

— Porque eu não fiz nada. – respondeu tranquilamente.

— Então você jura que não tirou a vida de Fiona Murray? – perguntou Tamara olhando fixamente para Lilith.

Um insano sorriso surgiu nos lábios de Lilith – Ela teve o que mereceu! – disse sem remorso ou culpa – Não deixei barato mesmo... Eu falei que ela iria pagar por ter me trocado por aquela barata albina que ela chamava de namorada.

— Protesto! – disse Robin – A promotora está induzindo a testemunha falar coisas sem pensar e concordar com ela.

— Pelo contrário, meritíssimo, eu apenas fiz uma pergunta e a testemunha está respondendo. – argumentou Tamara.

— Protesto negado, pois a promotora apenas fez uma pergunta sem duplo sentido ou induzindo a testemunha a responder o que quer. – informou o juiz – Promotora prossiga.

— E quanto a Emma Swan-Mills? – quis saber Tamara.

— O que tem ela? – Lilith perguntou, seus olhos voltando a ficarem apaixonados – Ela voltará para me tirar daqui? Cadê ela? – procurou por todos os cantos da sala.

— Não senhorita Page, Emma não voltará. – respondeu Tamara.

Em questão de segundos as feições de Lilith mudaram novamente, agora estavam frias e insanas – Aquela ingrata! Sabia que não poderia depender dela para nada... Ainda mais depois que aquele projeto mal acabado de fazendeira apareceu. – respirou fundo – Mas tudo bem, eu dei um jeito nela, pena que não a matou, mas eu já estou preparando outro esquema... – então se virou para seu advogado – Ah Robin precisamos conversar e ver como faremos para separar a minha Emma da sua Regina.

Tamara sorriu de lado – Senhorita Page, ouvi uma história sobre você ter simulado que passou a noite com Emma, não quer me contar?

— Protesto! A promotora está usando subterfúgios para tirar proveito da situação que minha cliente se encontra. – argumentou Robin.

— Tudo bem meritíssimo, eu mudo a minha pergunta. – se adiantou Tamara – Lilith você drogou Emma?

— Sim. – ela disse abrindo um sorriso – Coloquei sonífero na cerveja dela, com a ajuda de Sebastian.

— Quem é Sebastian? – perguntou Tamara.

— É um empregado do pub. Eu ofereci dinheiro para ele colocar sonífero na cerveja de Emma e ele aceitou. – soltou toda feliz – Então quando Emma apagou, eu a levei para o muquifo que chamam de pensão e a coloquei na cama e me deitei junto a ela.

— O que mais você fez?

— Me deitei junto a ela sem roupa e tirei várias fotos e mandei para a namoradinha dela mostrando o quanto Emma era infiel. – soltou uma gargalhada louca – Estava tudo dando certo até que elas voltaram novamente. – soltou uma longa respiração brava.

Tamara andou de um lado a outro – Você também fez outras coisas com Emma?

— Eu queria ter feito algo a mais, mas não teve como, pois Emma estava apagada. – Lilith disse tristemente.

— Não, eu digo algo parecido com o que você fez a Fiona? – mudou sua pergunta.

— Protesto! A promotora está induzindo a minha cliente a responder o que ela quer. – argumentou Robin desesperado vendo sua cliente abrir a boca e falar o que não deveria.

— Eu não estou induzindo ninguém a responder o que me convém. A testemunha está respondendo o que acha o que tem que dizer. – contra-argumentou.

— Protesto negado. – disse o juiz soltando um longo suspiro – As perguntas não estão com duplo sentido e muito menos induzindo a testemunha a responder em favor da promotoria. – soltou outra respiração longa – A promotora pode continuar.

— Então senhorita Page, você fez algo com Emma parecido com o que fez com Fiona? – perguntou novamente.

Outra sonora gargalhada ecoou pela sala – Eu fiz! Cortei os cabos de óleo daquela maldita pick-up. – confessou – Mas Emma não morreu ali. Então decidi que eu faria outra coisa, depois de uma conversa seria com meu pai. – seu semblante era sério agora – Ele me deu um conselho muito bom e eu o segui.

— Qual conselho ele te deu? – questionou Tamara.

— Que eu já tinha a resposta para o meu problema Emma Swan. – respondeu Lilith séria.

— Qual foi a resposta que você chegou? – perguntou mais uma vez.

Lilth abriu um sorriso maldoso – Acabar com a vida de Emma Swan.

Tamara andou de um lado a outro – O que você fez para colocar em prática esse seu plano?

— Peguei o rifle de caça do meu pai e atirei em Emma. – respondeu simplesmente como se aquilo não fosse nada.

— Protesto! A minha cliente está fora de si devido a pressão que está sofrendo nesse tribunal. – argumentou Robin mais uma vez – Não está falando coisa com coisa.

— Sinceramente, todos os réus sofrem pressão no tribunal e mesmo assim não ficam fora de si, e creio que sua cliente também não está fora de si, vejo muita lucidez em suas respostas. – retrucou Tamara.

O juiz soltou mais um longo suspiro – Protesto negado! A promotoria pode continuar.

Tamara assentiu – Senhorita Page, o que você fez assim que ficou sabendo que Emma não havia morrido com os tiros que levou?

Os olhos de Lilith turvaram em raiva – Peguei outra arma e fui para o hospital acabar de vez com ela. Já que ela não seria minha, então não seria de ninguém.

— Você conseguiu?

— Quando estava prestes a puxar o gatilho aquela maldita detetive me jogou no chão. – respondeu soltando um longo suspiro bravo.

Tamara olhou para a testemunha – Uma última pergunta senhorita Page... Se você tivesse a oportunidade, você acabaria com Emma Swan-Mills?

— Sim! – respondeu furiosa – Acabaria com ela, com aquele projeto fracassado de fazendeira que ela chama de esposa, e todos os catarrentinhos que ela chama de filhos.

Tamara soltou um suspiro – Sem mais perguntas meritíssimo. – anunciou e caminhou até a sua cadeira.

— Com a palavra a defesa. – falou o juiz depois de anotar muitas coisas em seu papel.

Robin soltou um longo suspiro derrotado, se levantou e permaneceu em seu lugar – A defesa não fará nenhuma pergunta. A defesa dispensa a testemunha. – se sentou pesadamente em sua cadeira.

— A testemunha está dispensada. – falou o juiz e imediatamente o guarda veio até Lilith e a escoltou até seu lugar ao lado de Robin.

— De acordo com os autos do julgamento essa foi a última testemunha a se apresentar, assim como também as provas. – começou o juiz – Tanto a defesa quanto a promotoria ainda querem acrescentar alguma coisa, antes de discursarem as palavras finais?

Tamara se levantou – Não meritíssimo, tudo que tinha que ser apresentado o foi. – se sentou novamente.

— Defesa?

— Nada a acrescentar. – disse Robin ao se levantar e sentar rapidamente, afundando mais uma vez em seu assento.

— Muito bem, então abro espaço para as palavras finais. – disse Joseph olhando para os dois advogados – A promotoria pode começar.

Tamara se levantou e andou até o centro do tribunal e olhou para o júri – Caros colegas do júri, depois de tudo o que foi mostrado e provado, nada mais deixa em dúvida a culpa de Lilith Page tanto na morte de Fiona Murray, quanto nos acidentes sofridos por Emma Swan-Mills. A própria ré confessou aqui para vocês a poucos segundos atrás que fora a responsável por trás de todas as artimanhas, além de contar com a ajuda do próprio advogado para tentarem separar Emma de sua esposa. – fez uma pausa – Lilith foi capaz de tudo, desde drogar até cortar os cabos dos freios, além de atirar ao ver que seus planos anteriores não deram certo. Tudo isso por que? Por capricho! Pelo ego ferido! Por achar que tudo tem que girar ao seu redor, que ela tem que ser o centro das atenções. Tanto Fiona quanto Emma não quiseram manter uma relação com a ré e em retaliação, o que Lilith Page fez? Vingou-se da forma mais crua e vil possível. Fez ameaças. Agrediu física e verbalmente e em último ato de sua suposta sentença vingativa recorreu a morte para ambos os casos, sendo que somente em um ela teve êxito completo. – olhou para todo o júri – Tudo isso sem pensar duas vezes, ou mesmo sentir culpa ou remorso. Fez tudo em plena consciência e frieza possível, como se estivesse decidindo o que levar um produto de uma prateleira de supermercado. – fez uma pequena pausa, tomando fôlego – Em minha última pergunta, a senhorita Page ainda nos confessou que se tiver a chance não hesitará em acabar com Emma e sua família. Vocês foram testemunha das reações da ré quando Regina Swan-Mills apareceu na sala, e principalmente pelas reações quando Emma Swan-Mills apareceu na sala. Vocês mesmos podem tirar suas conclusões sobre isso. – soltou uma respiração longa – Por mais que a senhorita Page tenha algum distúrbio e seja passível de tratamento, ela não tem condições de ficar impune e muito menos livre. O próprio psicólogo alegou que ela é uma ameaça a sociedade, assim como para a vítima e sua família, e ela não irá parar enquanto não ver o fim de Emma Swna-Mills e sua família. – soltou um suspiro – Se existir justiça, que ela seja feita hoje. Peço que se haja justiça para tudo que a senhorita Page fez a Fiona Murray, que morreu por não concordar em continuar seu relacionamento com a ré. Justiça para as dores que causou em Emma Swan-Mills e sua família, tudo porque Emma também não queria um relacionamento com ela. – deu um passo a frente para ficar mais perto do júri – Pensem se fossem com vocês? Se fosse com uma filha ou filho de vocês que isso acontecesse? Ou mesmo se fosse vocês no lugar das duas vítimas? Vocês teriam um momento de paz se quer, sabendo que a pessoa que causou muito mal a pessoa que você ama ou a você, ainda estivesse solta e a espera da oportunidade ideal para terminar o que não conseguiu? – olhou para o júri – Reflitam se é isso que gostariam que acontecesse. Que a pessoa saísse impune por tudo que fez? – fez outra pausa olhou a cada vez que olhava para um membro do júri a promotora dizia junto pense, e assim o fez com todos. Fez um pequeno silêncio de alguns segundos para causar que o júri realmente refletisse sobre tudo que fora dito – Sem mais, meritíssimo. – anunciou e se encaminhou para sua cadeira.

— Com a palavra a defesa. – disse o juiz anotando alguma coisa em seu papel.

Robin se levantou sem pressa, e caminhou do mesmo jeito até o centro do tribunal – Meus colegas do júri. Hoje foi um dia cheio de emoções e isso pode afetar a qualquer pessoa. E não foi diferente com a minha cliente. Quem nunca quis namorar a pessoa dos sonhos? Quem nunca tentou ser feliz com quem achava que era a pessoa ideal? Minha cliente pode ter cometido erros, não estou aqui afirmando que ela foi a culpada. Erros acontecem. Sejam compassivos e se coloquem no lugar dela e veja que ela não teve culpa. Ela foi forçada a uma vida sem amor por parte de sua mãe e irmã, restando apenas o amor de seu pai. – fez uma pausa soltando um suspiro longo – Isso pode acabar com qualquer pessoa. Lilith sempre desejou o amor da mãe e da irmã e quando não o teve buscou o amor em outras pessoas... – Robin começou a se perder – Quando não o encontrou nessas pessoas, ela apenas reagiu de forma errada, mas sua intenção nunca fora machucar quem ela amava. Apenas tentar reconquistar o amor. – soltou outro suspiro – Peço que pensem compassivamente dessa alma tão machucada com a de Lilith Page. Deixo o meu apelo ao sentimento de vocês. – olhou para todos do júri, então se virou para o juiz – Sem mais, meritíssimo. – anunciou e foi se sentar pesadamente em sua cadeira mais uma vez.

— Quanto tempo o júri acha que consegue chegar a um veredito? – perguntou o juiz depois que seu assessor entregou uma cópia de todas as anotações do juiz ao representante do júri.

— Vossa Excelência, creio que em uma hora, no máximo duas horas chegamos a um veredito. – disse a mulher que representava o júri e segurava tudo que for entregue para eles analisarem.

— Muito bem, esse tribunal estará em recesso por uma hora e meia, e quando voltarmos teremos o veredito final. – anunciou o juiz batendo o martelo em seguida se levantando e saindo pela porta de costume.

 


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Notas finais do capítulo

Sei que o capítulo ficou maior que o normal, mas confesso que eu não aguentava mais essas audiências e julgamento, então deu a louca em mim e resolvi acabar de vez nesse capítulo, deixando para o próximo apenas o veredito final – UFAAA – Caraca que loucura kkkk Tivemos os depoimentos de Jane, Emma e Regina, que não teve medo e soltou o verbo para cima de Robin (achei é pouco), também tivemos as loucas reações de Lilith durante todo o julgamento e nas presenças de Emma e Regina. E claro que Tamara não deixaria a oportunidade de ter Lilith como testemunha para depor, para desespero de Robin, que não soube de onde veio a cacetada que levou de Regina. E óbvio que Lilith abrindo a boca e cavando a própria cova, e eles estão afundando cada vez mais (adoro e não era sem tempo). Gostaria de ter colocado mais gente para depor, mas ae isso não iria acabar mais xD

Tivemos o pedido oficial de John para namorar Glinda, e Blanchard cada vez mais encantado com Ângela.

Bom, como disse no próximo capítulo ficou apenas o veredito final e então voltaremos a nossa programação normal de cenas do cotidiano do povo YEAH!! o/

Até a próxima!