Storybrooke escrita por Aquariana Doida


Capítulo 1
Capítulo 1 - Novos Começos


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo lindo voltei com mais uma história! o/

Espero que vocês gostem, pois essa ideia já estava há algum tempo na minha cabeça e eu só precisava desenvolvê-la mais, então por isso a demora em postar assim que terminei a última.

Também não irei colocar prazos para postar os capítulos, mas assim que eles forem ocorrendo eu os postarei.

Não conheço os ramos específicos do direito norte americano, e também não entendo nada sobre criação e comércio de cavalos, fiz apenas algumas pesquisas para não ficar tão fora assim, então relevem se tiver algo errado, lembrando que é uma história fictícia.

Acho que é só isso por enquanto. Boa leitura o/



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— Henry! Eu não irei aceitar! – dizia uma Cora extremamente brava – Eu fiz de tudo para sair daquele buraco de cidade, para agora depois de muitos anos voltar para lá novamente.

— Cora... – ele tentava a todo custo contra-argumentar, mas estava difícil – Eu sei disso, mas eu não posso recusar essa proposta. Esse sempre foi um grande sonho meu, e agora que surgiu essa oportunidade eu não posso deixar passá-la. – alguns dias atrás ele recebeu um telefonema de um velho amigo de infância o qual havia herdado uma fazenda de cavalos do avô, mas agora o dono estava com a saúde debilitada e não tinha mais como administrá-la e como não tinha herdeiros, iria colocar a fazenda a venda, mas lembrou-se que Henry sempre mostrou interesse em comprá-la se um dia ele quisesse vendê-la, e não pensou duas vezes em oferecê-la ao amigo.

— Mas eu não estou te impedindo de realizá-lo... – disse a morena com mágoa na voz – Você pode ir realizar seu sonho, mas eu não voltarei para aquela cidade. Não voltarei para Storybrooke.

— Mas eu queria vocês duas ao meu lado.

— E você sabe que meu sonho era sair daquela cidadezinha horrorosa. – rebateu ela, respirou profundamente mantendo a calma – Eu consegui e estou te deixando livre para você seguir seu sonho.

Henry sempre sonhou em ter uma fazenda de cavalos, criação e competição, mas quando ele conheceu Cora, deixou seu sonho de lado para viver com sua esposa e recém-nascida filha em Boston. Ele havia feito direito e trabalhava no ramo de direito empresarial, construiu uma carreira sólida nesses cinco anos em que vivia ali. Cora se formou em arquitetura, mas se dedicava a apenas alguns projetos que lhe interessava, do resto passava o tempo cuidando de sua filha.

— Então será assim? – perguntou ele triste, apesar das diferenças ele amava muito sua esposa.

— Sim, meu querido. – ela respondeu triste também, apesar de muitas vezes parecer fria, ela amava muito o marido, e sabia quantos sacrifícios ele havia feito para ela realizar seu sonho. E agora, ela estava disposta a fazer esses mesmos sacrifícios para ele realizar o dele – Acho que chegou o momento de você realizar seu sonho, e eu não irei te impedir, mas só não me peça para voltar àquela cidade. – Cora não tinha muitas lembranças boas da cidade que nasceu e cresceu, mas isso é uma história que ficará para outra hora.

— E você? – questionou preocupado.

— Eu recebi uma proposta de emprego em São Francisco... Não tem uma semana... – fez uma pausa – Estou pensando em aceitá-la, e levarei Regina comigo. – fez outra pausa - Ela não voltará para lá, Henry...

— E quando eu quiser vê-la?

— Você poderá. Eu não impedirei. Não é por que não iremos mais compartilhar uma casa que ela não será mais sua filha... Muito pelo contrário, quando ela quiser te ver ou você quiser vê-la, combinaremos.

— Pelo visto já está tudo arrumado.

— Não tem como ser de outro jeito, Henry, você irá realizar seu sonho e eu seguirei com minha vida. – ela disse já sem forças – Mas isso não quer dizer que não te amo, justamente o oposto, por te amar demais que estou te deixando livre para você realizar seu sonho.

Sem palavras Henry se aproximou da mulher e envolveu em um abraço apertado, deixando as lágrimas escorrerem por seu rosto – Eu também te amo. – disse por fim quando se separaram e viu que Cora também tinha os olhos cheios de lágrimas, e a abraçou novamente – Obrigado! – sussurrou ao ouvido da mulher.

— Mamãe! Papai! – gritou uma pequena menina saindo de seu quarto com um desenho nas mãos – Olha o que eu desenhei?

— Oi minha princesa! – disse Henry soltando sua esposa e se abaixando para ficar na altura da sua filha – Deixa o papai ver seu desenho.

— Eu desenhei você, mamãe, eu e o meu cachorrinho. – mostrou assim que entregou o desenho para o homem. Regina estava naquela fase de querer um animal de estimação, entoa estava usando todas as suas artimanhas para conseguir um, mas seus pais ainda estavam um pouco irredutíveis quanto a isso.

— Ah que bonito minha princesa. – disse Henry sorrindo – Mas nós não temos um cachorrinho.

— Mas podemos arrumar um. – disse enfática e o olhando sério. Ele sorriu mais ainda, apesar de ser filha dele, Regina havia herdado muitos dos traços e beleza de Cora, inclusive boa parte de seu temperamento.

— Já conversamos sobre isso minha filha. – interveio Cora – E outra, iremos fazer uma viagem e não poderemos levá-lo junto.

— Nós iremos viajar? – seus olhos brilharam, pois eram poucas as vezes que eles viajam juntos.

— Sim! Iremos. – respondeu a mulher mais velha.

— Papai também irá junto? – perguntou mais esperançosa ainda.

— Não minha querida... – ele respondeu tristemente – Papai ficará, pois tenho muito trabalho a fazer no escritório. Então irá só sua mãe e você.

— Tudo bem. – ela disse meio triste.

— Não fique assim, minha princesa, prometo que quando pudermos viajaremos nós três novamente. – ele tentou animá-la.

— Tudo bem! – ela disse um pouco mais feliz – Vou para meu quarto desenhar mais. – dito isso saiu correndo em direção ao quarto.

— Sem correr mocinha. – Cora chamou a atenção, mas a menina já estava em seu quarto, respirou profundamente – Uma hora teremos que contar a ela.

— Quando ela for um pouco maior, nós contaremos. – respondeu Henry se levantando – Bom, voltarei para o escritório, mais tarde ligarei para o Leroy falando que aceito a oferta dele em comprar a fazenda.

— Tudo bem! – ela disse – Eu também tenho que ligar para o escritório em São Francisco e falar que aceito a proposta de emprego deles.

—SQ-

— George, será que dessa vez vamos conseguir achar uma criança para adotarmos? – perguntou Ingrid aflita – Essa é a terceira vez que vamos ao orfanato...

— Meu amor, calma. – interrompeu o homem ao volante – Se não acharmos uma criança que nos apaixonemos a primeira vista, podemos ir a outro orfanato, pois uma hora encontraremos.

George era casado há alguns poucos anos com Ingrid, e depois do casamento descobriram que o marido não podia ter filhos. Era o sonho dos dois, pensaram em inseminação, mas por fim resolveram adotar uma criança. Essa era a terceira vez naquele mês que viajam para Boston, na tentativa de encontrar uma criança para adotar. Eles moravam em Storybrooke, uma cidade pequena e tranquila, e ficava a algumas horas de Boston.

— Chegamos. – anunciou o homem assim que desligou o carro – Lembre-se, se não encontrarmos uma criança aqui, podemos ir a outro orfanato. – sua esposa nada disse, apenas acenou com a cabeça positivamente.

— Boa tarde, senhor e senhora Swan! – cumprimentou a assistente social assim que abriu a porta.

— Boa tarde, Úrsula. – respondeu Ingrid, e seu marido apenas fez um meneio com cabeça.

— Vamos que hoje essa criançada está toda agitada. – brincou a mulher, tirando um sorriso do casal.

Andaram pelo pátio todo, olhando ao redor. Algumas crianças brincavam de bola, outras brincavam de roda. Havia um grupo ouvindo uma voluntária contando histórias, outras estavam desenhando com outro voluntário. Bem ao canto, até um pouco sozinha e escondida, havia uma garotinha loirinha sentada contra a parede e abraçada a suas pernas, sua cabeça estava apoiada em seus joelhos, seu olhar verde longe e melancólico. Não aparentava mais que cinco anos.

— Quem é aquela menina lá no canto? – perguntou Ingrid curiosa assim que seus olhos viram a pequena figura – Pois na outra vez que viemos, ela não estava aqui.

Úrsula olhou para onde a mulher loira apontava e soltou um longo suspiro – É a Emma. Ela não estava porque havia sido adotada...

— O que houve? – agora foi a vez de George perguntar curioso assim que colocou seus olhos sobre a menina.

— Ela foi devolvida... – respondeu tristemente a assistente social – Pela terceira vez. – terminou em um murmuro.

— O que? – questionou Ingrid incrédula, assim como seu marido que apenas arregalou seus olhos – Quantos anos ela tem?

— Ela acabou de completar cinco anos, mas já foi devolvida para nós três vezes. – respondeu Úrsula depois de um longo suspiro.

— Mas eles podem devolver a criança como se fosse um objeto? – perguntou o homem indignado.

— Infelizmente podem enquanto o juiz não dá o veredicto e a papelada oficial não sai. – respondeu a mulher.

— E por que ela foi devolvida três vezes? – perguntou Ingrid estarrecida.

— A primeira vez, a família alegou que ela não se adaptou a casa e aos outros membros da família, uma semana depois ela estava de volta. – fez uma pausa – Na segunda vez, alegaram que ela não era comportada, fazia muita bagunça e assim que descobriram que a mulher estava grávida, no mesmo dia a trouxeram de volta, isso durou duas semanas... Sabem quanto a Emma ser bagunceira e mal educada e não ser comportar acho improvável, pois ela é um doce de criança, e é a mais organizada de todos aqui... – fez mais uma pausa enquanto o casal apenas ouvia inconformado – E a terceira vez foi também porque descobriram que a esposa estava grávida, e essa não durou nem uma semana...    

Aquelas informações despedaçou o coração de Ingrid. Como tinha pessoas capazes de tanta maldade com uma criança? Como tinham coragem em dar um pouco de esperança e depois arrancar sem dó e nem piedade. Como tinham a capacidade de oferecer felicidade e tirá-la assim como se não fosse nada. Aquilo deixou a mulher arrasada – Será que posso me aproximar e tentar falar com ela? – pediu.

— Pode, mas acho que você não conseguirá que ela converse. Desde que ela chegou aqui ontem, não fala com ninguém e só fica ali sentada, separada dos outros.

— Vou tentar do mesmo jeito. – disse Ingrid decidida – Você vem junto George? – ele acenou positivamente com a cabeça chocado com tamanha atrocidade que fizeram com essa menina. Eles se aproximaram devagar para não assustá-la.

— Emma? – chamou Úrsula. A loirinha nem se mexeu, continuou olhando a movimentação do lado de fora do orfanato – Emma? – chamou novamente e colocou sua mão no ombro da criança, fazendo a mesma olhar para ela com os olhos distantes – Emma, esses são Ingrid e George Swan, e eles gostariam de conversar um pouco com você, tudo bem? – a única resposta obtida foi apenas um olhar distante quando Emma olhou para o casal que Úrsula apresentava.

— Você tem um nome muito bonito, Emma. – disse Ingrid ao se sentar de frente para ela – Quantos anos você tem? – perguntou tentando um diálogo com a menina, mas não obteve resposta. – Sabe, quando tinha sua idade, eu também não era de conversar muito, mas agora se me deixarem eu falo sem parar. – brincou ela, sorrindo levemente e ganhou como resposta a atenção da menina – Ele... – apontou para o marido – Se deixar não abre a boca. – brincou novamente e a menina ergueu seu olhar para o homem, que instantaneamente se agachou perto da esposa e olhou sorridente para a menina – E aposto que se deixar você também fala sem parar. – tentou novamente outra vez iniciar um diálogo, e dessa vez recebeu um breve aceno negativo de cabeça de Emma – Então você não é tagarela? – perguntou Ingrid fingindo estar incrédula e recebeu mais breve aceno negativo de cabeça da menina. Úrsula que olhava a cena deu um leve sorriso pela interação das três pessoas, pois naquele momento até George conseguiu um breve aceno positivo de Emma. Ficaram ali mais alguns minutos “conversando” com Emma. Mas prometeram que voltariam no dia seguinte para eles conversarem mais.

— Podemos voltar amanhã? – perguntou Ingrid assim que pararam a porta do prédio.

— Claro. – respondeu Úrsula - Só peço uma coisa, se vocês futuramente tiverem interesse em adotar Emma, peço que não quebrem seus sonhos... Tenham realmente certeza de que querem isso, ela não precisa de mais uma decepção em sua pequena vida.

— Nós nunca faríamos isso com ela. – respondeu George – Amanhã estaremos de volta para conversar mais um pouco com Emma. Até amanhã. – se despediram.

Assim que entraram no carro Ingrid foi a primeira a falar – Nós vamos voltar amanhã, não é mesmo? – perguntou esperançosa.

— Claro que vamos. – respondeu seu marido dando partida no carro – E já que vamos voltar amanhã, acho melhor achar um hotel para ficarmos. Eles não sabiam, mas aquela menina acanhada sentada no canto era a criança que eles estavam procurando e finalmente havia encontrado.

—SQ-

No dia seguinte como havia prometido, o casal voltou ao orfanato para conversarem mais uma vez com Emma. Encontraram-na sentada no mesmo lugar e do mesmo jeito do dia anterior, e devagar se aproximaram.

— Oi Emma. – cumprimentou Ingrid assim que se sentou a frente da menina, junto com George. Emma incrédula ergueu os olhos.

— Vocês voltaram mesmo. – sussurrou surpresa.

— Sim. – respondeu o homem – Prometemos que voltaríamos e aqui estamos.

Sem falar nada, Emma pela primeira vez se mexeu da posição em que estava para pegar seu inseparável bichinho de pelúcia. Era um cavalo, mas pelo tempo estava todo gasto e sujo. Apertou ao peito, olhando para o casal a sua frente.

— Olha, você tem um amiguinho. Como ele se chama? – perguntou Ingrid sorrindo.

— Spirit. – disse baixo, ainda olhando desacreditada para o casal a sua frente.

— Igual ao desenho do cavalo chamado Spirit? – perguntou George, que recebeu como resposta um breve aceno positivo de cabeça – Você gosta desse desenho? – novamente um aceno positivo de cabeça por parte de Emma – Eu também gosto desse desenho. Gosto quando passa a parte dos cavalos correndo. Também gosto muito de cavalos.

— Eu também gosto dessa parte... – respondeu baixo novamente e olhou para seu bichinho de pelúcia – E também gosto muito de cavalos.

— O que você quer ser quando for adulta? – indagou Ingrid animada por Emma estar interagindo mais que o dia anterior.

— Doma... doma... – fez uma pausa para pensar como era a palavra e acabou optando por outra – Quero ensinar os cavalos. – respondeu por fim.

— Ah você quer ser domadora de cavalos? – perguntou o homem surpreso. Emma apenas afirmou com a cabeça – Se eu te falar que onde nós moramos tem um monte de cavalos, você acreditaria?

Os olhos verdes de Emma se arregalaram surpresos e pela primeira vez o casal percebeu um brilho naquele olhar – Sério?

— Sim! – respondeu a mulher sorrindo – Onde moramos tem muitos cavalos. Lá nós ensinamos os cavalos, treinamos para eles competirem. As pessoas podem passear neles ou mesmo aprenderem a montar.

— Deve ser muito legal morar onde vocês moram. – comentou ela sorrindo, mas logo seu sorriso se desfez.

— Você gostaria de morar em um lugar assim? – perguntou George. Emma apenas afirmou com a cabeça e seu olhar voltou a ficar longe. Ficaram mais algum tempo ali conversando com Emma, mas voltaram a receber resposta de acenos de cabeça.

Os dias foram passando, e todo dia seguinte o casal estava de volta para conversar com Emma, que aos poucos ia falando mais que acenando de cabeça. Aos poucos conheceram mais Emma e a cada vez se encantavam mais e mais pela menina. O casal mostrou fotos dos cavalos de onde moravam, e ela observava tudo encantada.

— Emma, você gostaria de ir morar conosco? – perguntou Ingrid feliz vendo que Emma estava completamente diferente da primeira vez que a viram. O sorriso que adornava o rosto da menina se desfez assim que escutou a pergunta – O que foi, querida?

A loirinha deu um longo suspiro – Eu gostaria de morar com vocês, mas as pessoas não querem morar comigo. – uma lágrima desceu por sua bochecha.

— Mas se dissermos que nós queremos morar com você. Acreditaria em nós? – perguntou George. Recebeu apenas um aceno afirmativo de cabeça – Então você virá morar conosco. E poderá brincar com todos os cavalos da fazenda.

— Verdade? – ela ergueu seus olhos cheios de lágrimas para o casal a frente.

— Sim, minha querida. – disse Ingrid que também tinha lágrimas nos olhos. Inesperadamente Emma se levantou de seu lugar e pulou no colo do casal a sua frente e os abraçou fortemente.

— Quando eu poderei ir? – perguntou assim que se separou.

— Que tal agora mesmo? – respondeu o homem sorrindo feliz. Durante esses dias que eles iam ao orfanato conversar com Emma, também aproveitaram para entrar com a papelada de adoção de Emma.

— Verdade verdade? – perguntou surpresa.

— Sim. – respondeu a mulher – E trouxemos um presente para você. – tirou um embrulho de dentro de uma sacola e entregou a Emma.

— O que é? – questionou curiosa assim que pegou o embrulho.

— Abra e descobrirá. – disse George. No instante seguinte pedaços de papel estavam no chão e Emma olhava surpresa, pois em suas mãos estava uma pelúcia do cavalo do desenho animado que ela tanto amava – Gostou?

— Sim! – respondeu em um murmuro, e uma pequena lágrima escorreu por sua bochecha, mas ela tratou de limpá-la imediatamente – Eu amei. – completou abraçando fortemente a pelúcia.

— Então vamos arrumar suas coisas para irmos embora, e você irá conhecer todos os cavalos lá da fazenda. – disse Ingrid se levantando e oferecendo sua mão para Emma, que prontamente a pegou e foram para o quarto arrumar as coisas da menina. Não levaram muito tempo, pois Emma tinha apenas uma mochila com poucas roupas, dois pares de tênis e agora os dois bichinhos de pelúcia. Ingrid olhou para o marido que entendeu e assim que chegassem na cidade a primeira coisa que fariam era sair para comprar roupas e tudo o mais que Emma precisaria. Pois como haviam passado mais de três semanas lá em Boston, não tiveram tempo para arrumar o quarto para Emma, mas isso logo seria providenciado assim que chegasse a Storybrooke.

— Olha só que está sendo adotada... De novo! – disse um dos meninos que não gostava de Emma que sempre era um dos primeiro a tirar sarro dela todas as vezes que ela voltou – Quanto tempo será que irá durar dessa vez? Uma semana? Cinco dias?

— Acho que amanhã ela estará de volta. – disse outro menino então caíram na gargalhada.

— Ow patinho feio, estaremos te esperando aqui amanhã quando você voltar. – um terceiro menino falou rindo também.

Imediatamente os olhos de Emma se encheram de lágrimas por causa daquelas palavras. Ingrid parou e se agachou para ficar na altura de Emma – Não ligue para eles, Emma. Pois se depender de mim e de George, você nunca mais voltará para esse lugar.

— Isso mesmo. – disse George que também se abaixou para olhar Emma nos olhos – Nós amamos você, e de agora em diante você será a nossa filha. Você acredita em nós? – Emma afirmou com a cabeça – Ótimo! Então vamos embora para sua nova casa. – se levantou e pegou a pequena mochila de Emma em uma mão e na outra ofereceu para a menina, que logo a segurou. Na outra pequena mão ela segurava fortemente as duas pelúcias de cavalos.

Ingrid se levantou e se virou para os meninos que estava rindo ainda – Então aconselho a vocês se sentarem, pois de pé cansarão de esperar, porque Emma nunca mais voltará para cá. – disse e foi para o lado de sua família, deixando os meninos sem reação, parando imediatamente a risada deles.

Dentro do carro Emma olhava para o prédio que acabava de deixar, estava perdida em pensamentos e abraçava fortemente suas pelúcias e pedia com todas as forças que daquela vez fosse diferente, e que realmente ela fosse adotada para sempre.

— O que está pensando, querida? – perguntou Ingrid ao ver Emma longe em pensamento e suas mãozinhas brancas em apertar fortemente as pelúcias.

— Você vão me devolver assim que eu quebrar sem querer alguma coisa ou quando vocês descobrir que a cegonha irá trazer um bebê para vocês? – respondeu ela insegura.

George estacionou o carro na primeira vaga que viu e desligou o carro para poder conversar com Emma – Minha querida escute bem, nós nunca iremos te devolver. A partir de hoje você será a nossa filha até quando você ficar velhinha com netinhos. – sorriu – Mesmo que quebre qualquer coisa, ainda assim continuará sendo nossa filha. Não importa o que aconteça você é e será nossa filha. Entendeu? – Emma afirmou com a cabeça –

— E quanto a cegonha nos trazer um bebezinho? – disse Ingrid – Isso não irá acontecer porque nós não demos nosso endereço para ela, então não tem como ela nos trazer um bebê. – explicou de um jeito fácil para a menina que eles não poderiam ter filhos biológicos – E ainda mais agora que temos você como nossa filha, não daremos mesmo o nosso endereço a ela. – um largo sorriso apareceu nos lábios de Emma, fazendo com que os dois adultos também sorrissem abertamente.

— Ótimo, então vamos embora que assim que chegarmos a fazenda Eugenia terá um banquete a nossa espera, e ela está ansiosa para te conhecer. – comentou George dando partida novamente no carro e seguindo pelo caminho.

— E como sobremesa poderemos tomar sorvete, o que você acha? – perguntou Ingrid.

— É de chocolate?

— Com certeza é de chocolate.

— Então eu quero. – disse Emma já se esquecendo um pouco da tristeza que havia se abatido.

—SQ-

Os olhos castanhos estavam maravilhados com o que se via frente. São Francisco era muito diferente de Boston. A primeira coisa que a encantou fora o bonde. Nunca havia andado em um, mas com certeza futuramente faria dele um dos seus passatempos preferidos. Em sua visão Boston era praticamente plana, ali era um sobe e desce de ladeiras sem fim, mas que não diminuiu em nada sua vontade conhecer aquele lugar maravilhoso.

— Mamãe? – chamou enquanto olhava para fora da janela do carro.

— Sim, meu amor? – respondeu Cora com a atenção no trânsito, enquanto seguia o GPS com o endereço de sua nova casa.

— Eu vou poder andar em um desses? – perguntou novamente assim que um bonde passou ao lado do carro e, que estavam.

Cora riu – Claro meu bem, você com certeza poderá andar em um desses. – continuou guiando.

— Quando papai vir, ele também poderá andar em um desses? – perguntou novamente admirada olhando outro que vinha subindo a mesma rua que elas.

— Seu pai e você poderão andar em um desses quando quiserem. – ela respondeu amavelmente.

— Oba! – exclamou feliz – E quando ele poderá vir?

— Quando ele tiver uma folga do trabalho, meu anjo. – respondeu assim que estacionou a frente da casa que a partir de hoje seria seu novo lar – E comigo você não ira querer andar? – perguntou a mulher mais velha fingindo estar triste.

— Ai mamãe... – riu a menina – Você é boba, claro que irei querer andar com você no trenzinho. – riu novamente dando um beijo na bochecha de Cora assim que se soltou do sinto de segurança no banco traseiro.

— Não é trenzinho, e sim chamado de bonde. – explicou Cora ao abrir a porta traseira do carro para sua filhar sair – Mas agora vamos entrar e conhecer a nossa nova casa.

— Nova casa? – perguntou Regina elevando uma sobrancelha.

— Sim... Nossa viagem irá demorar um pouco, então em vez de ficarmos em um hotel, ficaremos em uma casa. – respondeu Cora, abrindo a porta da frente assim que subiu um pequeno lance de escada.

— Então eu vou poder ter um quarto só para mim? Como eu tenho lá na nossa casa? – perguntou a pequena morena entusiasmada.

— Um bem grande só para você.

— Então eu posso escolher qual vai ser meu quarto? – disse já subindo o lance de escada que ficava bem de frente para a porta.

— Claro que pode. – disse Cora indo logo atrás de sua filha não contendo o riso diante do entusiasmo de sua pequena.

— E decorá-lo do jeito que eu quero? – perguntou esperançosa.

— A mamãe te ajuda a decorar, pode ser? – disse Cora assim que parou do lado da filha a frente de uma porta – Esse será o seu quarto?

Regina entrou no quarto e olhou minuciosamente cada detalha, a janela, o closet, olhou a vista que sua janela dava para ver boa parte da cidade, pois aquele bairro ficava bem no alto da cidade – Sim, esse será meu quarto. Quando podemos começar a decorá-lo?

— Assim que a mamãe ajeitar as nossas coisas que estão vindo no caminhão... – escutou a campainha tocar – Que acabou de chegar! – disse indo em direção a porta.

Depois de três dias arrumando as coisas e decorando o quarto de sua filha, Cora podia finalmente dizer que já estavam acomodadas. Então era hora de ir atrás da escola de sua filha e finalmente se apresentar para seu chefe e começar um novo ciclo na sua vida.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?

Até o próximo capítulo! o/



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