Nova Geração de Heróis escrita por lauragw


Capítulo 2
A rainha dos mortos? AQUI?!


Notas iniciais do capítulo

Obrigada quem comentou e espero que gostem.



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Capítulo anterior...

Quíron olhava curiosamente para a Clara, que estava calmamente comendo lasanha ao lado do Senhor D pelo visto eles já tinham comido metade do que restou da lasanha, todos ficaram extasiados com a situação, ela era a única que não ligava a mínima para saber quem era o seu pai. Mas isso não pareceu intimidá-lo, uma imagem que para mim de fácil interpretação era, brilhou em cima de sua cabeça, enquanto ela comia freneticamente a sua lasanha.

 

 

 

Rainha dos mortos? Aqui?

 

 

 

Ela era filha de Hades.Percebi isso pela chama que tinha simbolizada em cima de sua cabeça. Isso foi surpreendentemente espantoso, tudo bem que minha amiga tinha um gosto pelo estranho, mas nada que se comparasse a isso. Quíron pareceu totalmente assustado e confuso, mas isso não o impediu de manter a calma.

 

- Hades – disse um pouco inseguro.

 

 

Senhor D, parou de comer abruptamente, mas a Clara pareceu não ligar muito. Ele olhou pra ela e depois para o Quíron, admito que isso me deixou um pouco um pouco confusa, mas o Quíron tratou aquilo como se ela fosse filha de um deus menor, com simplicidade.

 

- Certo, vocês vão cada um para o seu Chalé, se familiarizem, conheçam seus irmãos... E por enquanto aproveitem.

 

Isso me pareceu meio sombrio mas não liguei muito, saí animada pronta para conhecer quase todo mundo.

 

- E então? – perguntou-me Percy. – Para qual chalé você precisa ir?

 

- Quíron, não falou nada... – disse

 

- Certo, seu pai ou mãe quem é? – perguntou, e pude sentir uma pitada de curiosidade.

 

- Bem... sou Filha de Apollo – foi estranho pronunciar o nome do meu pai pela primeira vez.

 

- Certo, então vamos para o Chalé 7. – disse dirigindo-se para lá. Não demorou muito para chegarmos. O chalé era lindo, parecia feito de ouro, se não fosse feito. Brilhava e era decorado de claves de sol, assim como o meu vestido, o que me deixou bastante constrangida, afinal eu estava combinando com o meu chalé . – Certo, mais tarde vamos começar as atividades, provavelmente alguém do Chalé vai te ajudar a se localizar e a bom colocar uma roupa mais confortável, a gente se vê. – disse acenando.

 

Eu não sabia bem o que fazer, mas não precisei de muito. Assim que ia entrar uma menina de cabelo escuro preso em um rabo de cavalo,estava saindo, percebi que ela usava um Ray-ban.

 

- Oi, você deve ser campista nova. Sou Giovanna, filha de Apollo. – disse simpaticamente. – Sou a conselheira do Chalé, eu bem... assumi após o ultimo incidente. É filha de Apollo também? – perguntou

 

- Sim.

 

- Certo. Então vamos entrar achar uma roupa pra você e uma cama. – falou abrindo a porta. – Vou procurar alguma coisa, sinta-se à vontade. – Lá dentro o chalé era incrivelmente organizado, o brilho era bem menor. As paredes eram de um mármore mais claro, um amarelo queimado, e as notas musicais enfeitavam-nas ainda. As camas estavam ali, mas o chalé estava vazio, exceto pela vasta opção de instrumentos musicais. – Bem, aqui tem uma camiseta do acampamento e uma calça, deve ficar mais confortável se troque e vamos arranjar uma armadura e ver qual arma você melhor se adapta.

 

 

                                                       *-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

Assim que saímos, eu me detive para prestar atenção nos outros chalés, eram treze contando com o meu. O de Zeus era de mármore branco e se não me engano vi raios atravessando a porta. Já o que pressupus ser o de Hera, era igualmente branco, mas havia belos pavões deixando as paredes delicadas. Poseidon era comprido, não muito alto e simples, tinham conchas e pedras enfeitando as paredes. O de Deméter era incrivelmente enfeitado, tomates estavam na parede e a cobertura era um gramado. O de Ares era medonho, assim como o mesmo, vermelho mal pintado, com arames farpados. Athena, bom não tinha o que comentar, um belo fruto da arquitetura. Em seguida o de Ártemis que era prateado assim como a lua incrivelmente bela. Hefesto era para mim uma fabrica, era muito semelhante. De Afrodite era cor de rosa, delicado de mais. Se não me engano o próximo era de Hermes, identifiquei por que o Daniel estava na porta, era igual a um chalé de acampamento, pude ver que a única diferença era o caduceu acima da porta. Dionísio era cor de vinho escuro com parreiras desenhadas nas paredes. E o ultimo, onde a minha amiga estava sentada na porta com um menino ao seu lado, era o chalé de Hades, esse de mármore preto, sem janelas e com colunas pesadas, acredito que a porta estava ali por necessidade, tinha caveiras por toda parte, e uma tocha queimando fogo, que não tinha sinais de que se apagaria.  

 

- São apenas treze? – questionei.

 

- Está vendo o de Zeus? – assenti – Após alguns metros de floresta a o acampamento de deuses menores, você poderá velos... – parecia pensar no momento – mais tarde. Mas vamos, precisamos ir as Artes & Ofícios.

 

- O que tem lá? – perguntei

 

- Bom, é um lugar que principalmente estão os filhos de Apollo e Hefesto. É onde são feitas espadas, arcos, escudos, flechas... e onde estudamos arte, dança, pintura, escultura, música e literatura. – falou.

 

 

                                                       *-*-*-*-*-*

 

Depois de feitas as medições necessárias e forjada minha armadura, pesada, mas suportável. Giovanna arrumou um arco e uma flecha para mim e me levou a arena, havia muitas pessoas treinando e a grande maioria era muito boa no que fazia. Paramos na frente de um alvo, peguei o arco e coloquei a flecha, queria parecer confiante mas tudo foi embora quando a minha primeira flecha acertou as costas de um menino que realizava o treino de espadachins e que por sorte estava de armadura.

 

- Bem... bom. – procurou as palavras certas.

 

- Jura? Eu sou péssima! – falei deprimida

 

- Não é tão complicado assim – falou, pegou seu arco e flecha e disparou, atingindo exatamente o meio do alvo. – Prática leva a perfeição!

 

Ficamos treinando a tarde inteira eu já estava cansada, não acertei nenhum alvo. Muitas foram parar longe que nem achamos e outras... bem outras não atingiram nem dois metros de distância. Eu tomei o tempo da Giovanna por nada mas ela insistiu em dizer que estava tudo bem. Eu não queria enrolar muito então fui para o Arsenal, guardei todo o equipamento lá. Tomei um banho e troquei de roupa que arrumaram pra mim, junto com um baú na beirada da cama. Saí do chalé e eram umas seis horas, a Clara continuava na mesma posição da manhã, fui em direção a ela e sentei-me ao seu lado.

 

- Tudo tão diferente não? – comentei

 

- Tudo! Um momento eu não tinha pai, agora ele é Olimpiano e um dos três grandes! Eu passei a tarde falando com o Nico, meu único irmão e temos bastante coisa em comum – ela disse feliz por achar alguém.

 

- Isso é ótimo! – estava feliz por ela – Eu passei a tarde treinando arco e flecha. – falei um pouco desanimada.

 

- E...?

 

- Se metade do acampamento não usasse armadura estaria ferida... e sinto pena da grama que foi furada. – ela sorriu meio zombeteira – A Giovanna, minha irmã e conselheira, disse que está no meu sangue que uma hora conseguirei mas me parece extremamente complicado!

 

- Lola, você sempre desiste! Líderes de torcida, grupo de xadrez, equipe de futebol.... Por favor dessa vez... vá até o fim – disse ela antes que eu cogitasse essa idéia.

 

- Está bem... eu irei! – falei fazendo a sorrir – Vou ir até o lago, nos encontramos no refeitório, vou tentar ficar um pouco sozinha. – disse me levantando.

 

 

Não caminhei muito, apenas passei pelo refeitório, não arrisquei chegar muito perto do lago, não sabia o que encontraria lá dentro e tinha medo de cair. Sentei na grama e fiquei pensando. Eu não tinha pai até hoje de manhã, e agora tenho. Era ridículo acreditar naquilo que para mim era um sonho, mas que eu acreditava firmemente. Eu tinha irmãos, irmãos que eu não conhecia, conhecia apenas uma, mas que seria capaz de defendê-los com unhas e dentes. Eu estava sentada, olhando o por do sol e sorrindo, aquele sol era perfeito para encerrar o meu dia turbulento, a ultima imagem do meu pai por hoje.

 

- Atrapalho? – falou alguém, que não tinha identificado ainda.

 

- De maneira alguma. – respondi mesmo sem saber quem era. A pessoa se sentou ao meu lado.

 

- Bonita imagem. – falou sorrindo para mim.

 

- Maravilhosa. – sorri em resposta. – Algo inesquecível.

 

- Dia complicado hoje, Lola? – perguntou.

 

- Cansativo, o seu também, Liam?

 

- Que nada, fiquei jogando cartas com o meu pai. – falou

 

- Dionísio estava por aqui? – perguntei – Que pena que não o vi.

 

- Ele está aqui sempre – olhei-o confusa – Sr. D te diz algo?

 

- Ah cara! Como não reparei! – falei

 

- Eu reparei apenas durante o jogo... – disse disperso. Percebi que ele olhava a mesma coisa que eu, adeus sol, ele se foi no momento em que eu olhei. – Refeitório? – perguntou

 

- Estou aqui há tanto tempo? – perguntei, e ele só assentiu saindo.

 

Fui logo em seguida, quando cheguei no refeitório o meu chalé já estava todo sentado e comendo. Servi-me rapidamente, fiz a oferenda e sentei-me ao lado da Giovanna e um menino, era bastante parecido conosco, cabelos escuros e olhos igualmente escuros.

 

- Oi, sou Paul. – falou

 

- Lola. – disse.

 

- Quietos! Quíron quer falar – falou Giovanna silenciando a nossa mesa e as outras fizeram o mesmo. Logo o refeitório estava silencioso e todos os campistas estavam com os olhos atentos ao Quíron.

 

- Certo, campistas. Como a tradição manda temos novos campistas e a grande maioria não os conhecem então os apresentarei a vocês. – falou – Chalé 7, Apollo, Lola Lutz. – me levantei, meus irmãos me sorriram e outros me encaram sérios e outros ficaram nos murmúrios. , sentei-me rapidamente.  – Chalé 10, Afrodite, Flávia Guess. – ouvi a avaliação dos campistas da minha mesa. – Chalé 11, Hermes, Daniel. – ele se levantou e a mesma coisa se repetiu. – Chalé 12, Dionísio, Liam Winer. – as meninas da minha mesa só faltaram se jogar em cima dele, ele era bonito, realmente bonito, mas era alguém misterioso e quieto. – E por fim – muitos ficaram de cochichos – Chalé 13, Hades, - isso fez todos ficarem incrivelmente quietos. – Clara Wyrda. – Minha amiga levantou e se sentou em segundos, tinha apenas ela e Nico na mesa então não era difícil identificá-la e muitos permaneciam olhando.

 

 

                                               *-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

No dia seguinte eu acordei cedo, mas não cedo o suficiente, muitos já estavam de pé arrumando o chalé para inspeção. Então me levantei para não prejudicá-los e arrumei a minha cama perfeitamente lisa, coisa que jamais faria em casa. Não ficamos para lavar a louça e isso já foi ótimo, mas bater o chalé de Deméter estava em uma lista de coisas impossíveis para fazer antes de morrer! Eles eram organizados, tudo era bem planejado e pra completar o inspetor dos chalés dos grandes era um filho de Nemesis, ele era ético e de acordo com ele é contra a ética dar a vitória para o nosso chalé.

 

A manhã passou calma, a tarde foi um pouco mais movimentada. Fui convidada para jogar vôlei e foi algo que fiz muito bem, joguei com alguns outros campistas que foram bem legais comigo. Já na tarde eu fui para o treino espadachim que era para ser com o chalé de Ares, mas a Annabeth assumiu o meu treinamento dizendo que era nova e que precisaria de um desconto, ela me ensinou alguns golpes, que me esforcei para aprender e consegui me defender algumas vezes, mas ela poderia ter me ferido ou até mesmo me matado a qualquer momento que cometi erros. Ela disse que eu deveria ser melhor em ataques de longa distancia do que corpo a corpo, mas que mesmo assim eu deveria treinar.

 

Lá pelas quatro da tarde, eu encontrei Clarice, uma menina extremamente prepotente e que se julgava a melhor do acampamento. Não sei bem o que fiz mas eu estava buscando meu arco e flecha por que tinha aceitado as provocações da Clarice e a desafiado. A Giovanna estava feliz, mas preocupada ela disse que eu não deveria feito isso por que se eu perdesse... Ela não concluiu a frase. Cheguei a Arena e a Clarice estava lá, não havia muita gente o que me fez bem feliz. Ela falou que seriam dez flechadas em alvos diferentes, que acertasse mais próximo do centro ganhava. Eu já estava com 5 flechas perdidas e a Clarice com 6 dela no alvo, mas um pouco distante do alvo, mais outras 3 perdidas para o meu lado, e a décima flecha dela ficou bem próxima ao alvo, minha única chance seria acertar o alvo perfeitamente. A sua risada irritou cada centímetro do meu corpo e me controlei para não meter a flecha na cabeça dela. Canalizei minha raiva no arco e na flecha e deixei meu sentidos me guiarem soltei a flecha no momento certo, com a força certa e acertei o lugar que precisava. O sorriso presunçoso que carregava nos lábios desapareceu após ver que tinha acertado, eu estava surpresa e a Giovanna que não me largou por um segundo.

 

Depois de um dia conturbado eu encontrei a Flávia, ela tentava subir a parede de escalada, cuja qual soltava pedras e lava incandescente. Surpreendi-me ao ver aquela menina que para mim deveria estar em um shopping comprando milhares de roupas, suada e exausta, deveria estar subindo o dia inteiro quando me viu lá em baixo ela deu um salto e pousou ao meu lado.

 

- Oi! – falou animada – Já estou indo, vai treinar? – perguntou

 

- Não, imagina pode ficar. Eu só estou dando uma volta.

 

- Certo, vamos até a casa grande? Quero ver a Rachel. – falou já caminhando.

 

- Quem? – questionei

 

- Rachel, ela é o oráculo, ela fala quando teremos novas missões ou coisas do tipo. Eu estou querendo ir a uma, então vou lá todo o dia, quem saiba saia algo para mim? – falou espontaneamente.

 

                                       *-*-*-*-*-*-*-*-*-*

 

Chegando na Casa Grande, a Rachel estava sentada em uma cadeira assistindo o jogo de cartas do Senhor D e de Quíron. Seus cabelos eram ruivos e seus olhos de um verde esmeralda. Ela sorriu assim que viu a Flávia. 

 

- Oi Flávia, nada ainda... – falou decepcionada

 

- Oi! Sem problemas, vou ficar de companhia também. Tudo bem Senhor D? Quíron? – perguntou aos dois absortos no jogo das cartas.

 

- Tanto faz, já está aqui mesmo. – disse o Senhor D.

 

- Claro. Olá meninas. – falou Quíron.

 

- Oi. – falei

 

No momento em que falei, Rachel pareceu ficar distante seus olhos verdes agora estavam sem foco.

 

- “A filha imprópria a tona virá.

   E cabe aos Olimpianos a decisão tomar.

  Três falharão

  Mas apenas cinco irão.

 No reino dos mortos, começarão.”

 

 

Eu estava confusa, a Flávia estava feliz, Senhor D. indiferente, Rachel que agora parecia em si sorria e Quíron, bem Quíron...

 

- Eu já desconfiava, reuniremos os líderes dos chalés e tomaremos uma decisão. - falou Quíron.


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Notas finais do capítulo

*Quem serão os cinco?
*Quais três falharam?
*Quem é a filha imprópria?

AH tanta coisa... mas a gente parte para missão no próximo capítulo. bjbj obrigado por comentarem. e comeenteem novamente hehehe.