Maybe we can try again escrita por Evil Swan Regal


Capítulo 19
The storm is here.


Notas iniciais do capítulo

boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/724593/chapter/19

Regina saiu da delegacia a passos largos com Emma colada atrás tentando alcançá-la.
A morena parou na olhando para a direita e logo para a esquerda.

E: O que você está procurando?

R: Um taxi...

E: O que?

R: Eu tenho coisas para fazer na cidade hoje.

E: Não!

R: Perdão?

E: Nós ainda não acabamos de conversar!

R: Eu vim até aqui para te dizer a verdade e eu disse, agora que você já sabe oficialmente por mim, podemos seguir não é?

E: Você está brincando comigo? – Regina apenas olhou para ela – Só pode ser isso!  

Emma estava perdendo a paciência com tudo isso, pegou a morena pelo braço, levando-a até seu carro que estava parado bem ali na entrada da delegacia.

E: Entre no carro!

R: Não!

E: Regina entre na droga do carro!

R: Você está apertando o meu braço Swan! – Emma soltou na mesma hora se repreendendo, aquilo poderia deixar uma marca, ela sabia o quão sensível era a pele da morena.

E: Apenas entre no carro, por favor!

Regina sem hesitar entrou no carro, Emma deu a volta entrando também, ligou o carro dando partida.

R: Para onde estamos indo?

E: Para onde você quer ir?

R: Serio isso? Você me faz entrar no seu carro e ainda me pergunta para onde quero ir?

E: Apenas responda!

R: Leva-me para a casa da Kathryn.

E: Ok!

Todo o resto do trajeto foi em total silencio.
Chegando a casa de Kathryn, Regina desceu do carro batendo a porta com força, Emma bufou saindo também do carro e seguindo os passos da morena.

Regina abriu a porta entrando, Kath tinha dado a ela uma chave, a morena empurrou a porta para que se fechasse, mas antes que ela batesse Emma entrou também. Observou o ambiente onde a amiga da morena morava, era bem grande e espaçoso, com um luxo confortável.

E: Não consigo entender porque você fez isso... – falou enquanto a morena estava de costas para ela.

R: Eu também ainda não consigo entender porque eu fiz isso... – olhou para a loira

E: Você deveria ter contado para mim primeiro e não para as suas amigas! Você me envolveu nisso e não teve nem a consideração de me contar primeiro! Kathryn? Você contou para a Kathryn e não a mim!

R: Eu não tenho tempo para discutir sobre as minhas amigas com você agora, ok?

E: Porque?

R: Porque é isso que você faz Emma! Quando você tem amigos de verdade você conta para eles, quando você precisa de ajuda você pede a eles e quando você  esta com a pessoa que ama eles se alegram por você e não interferem na sua felicidade. Mas acho que você não sabe o que é ter amigos de verdade, não é!

E: Do que você está falando? Eu tenho amigos! Eu tenho a Ruby – Regina soltou um riso irônico – O que?

R: Ruby? Serio?

E: Agora você quer virar o jogo, é isso? Ruby é minha amiga e nada do que você possa dizer vai mudar isso!

R: Oh serio?

E: Sim!

R: Ok...

E: Você tem alguma coisa para me dizer?

R: Não, você já disse tudo, nada do que eu diga ira mudar. Ela é sua amiga, melhor amiga, certo? Você acredita nela... E quer saber eu não me importo, porque ela não vale à pena!

Regina se afastou, mas Emma pegou no seu braço mais uma vez naquele dia.

E: Você esperou tempo demais para me contar, não acha? Não acha que o tempo certo era antes de eu assinar a droga dos papéis do divorcio? 

R: Não vamos voltar para o divorcio! – se soltou da mão de Emma – Eu não vou fazer isso!

E: Oh me desculpe, quanto tempo mais devo esperar para que possamos falar sobre isso?

R: Emma!

E: VOCÊ NÃO ACHA QUE A GRAVIDEZ IRIA INFLUENCIAR NA MINHA DECISAO DE ASSINAR O DIVORCIO?

R: EU SABIA QUE IRIA!!! ACHA QUE QUERO QUE FIQUE COMIGO PELO BEBÊ...

E: Nosso bebê!

R: ODIANDO-ME PELO RESTO DA VIDA?

E: VOCÊ JÁ SE ENCARREGOU PERFEITAMENTE DISSO, NÃO É?

K: Ei gente calma! – Kath apareceu ainda de pijama na sala – Já chega, vocês não estão conversando mais, vocês estão apenas gritando uma com a outra...

E: Não, quer saber? Esta tudo bem, foda-se! – olhou para Regina – Você quer ser o mártir? Quer fingir que fará isso sozinha? Vá em frente! Divirta-se! Esta por sua conta, Regina! Você venceu! Estou fora! Cansei!

K: Falei que já chega!

Em um tom profundo e mais escuro os olhos de Emma cravaram na morena por alguns segundos.
Mas ela nada mais disse, ela simplesmente fez o seu caminho até a porta e saiu da casa de Kath.

Regina desabou no mesmo instante, a amiga a abraçou. 

R: Só preciso de um minuto...

K: Você tem todo o tempo que precisar!

Regina separou o abraço tentando controlar as lagrimas.

R: Quando eu descobri, eu não queria contar para ninguém, especialmente para a Emma, eu estava envergonhada, totalmente envergonhada! Eu não pensei nela, eu fui egoísta, eu não falei com ela antes...

K: Ei você não precisa me explicar nada!

R: Mas eu quero... Ela pensa que eu sou a pior pessoa desse mundo!

K: Foi impulsivo e errado, mas você já sabe disso, você já assumiu que foi. Você deveria ter falado com a Emma antes? Sim deveria! Você deveria ter falado comigo? Sim! Mas você não fez isso, por alguma estranha razão que nós desconhecemos agora! Mas isso não quer dizer que seja errado o que você fez!

R: Agora eu sinto como se estivesse estragando tudo, só quero agora proteger esse bebê, mas está tudo arruinado.

Kath olhou para ela com olhos marejados

K: Regina! Você vai ter um bebê!

R: Eu vou – fungou

K: Não está arruinando nada meu amor! – sorriu – É um milagre! É uma nova chance! A inseminação poderia não ter dado certo por qualquer motivo, poderia! Mas funcionou!

R: Sim funcionou – choramingou indo abraçar a Kath – Obrigada...

[...]

Quando Emma chegou ao seu apartamento Graham estava lá esperando por ela.
A loira sentou no sofá com a sua garrafa de whisky, mas Graham tirou das duas mãos, sentando do lado dela.

G: Como foi com a Regina?

E: Não é da sua conta!

Emma tinha contado o que Regina tinha dito a ela na delegacia, apenas isso. Depois de uma hora em silencio, ela tinha os olhos vidrados no vazio da sala, Graham estava ficando nervoso, ele queria saber como tinha sido a conversa delas na casa de Kathryn.

G: Eu tenho todo o dia... – quebrou o silencio

E: Falei que não é da sua conta! – ela levantou do sofá.

G: Bom agora passou a ser, já que fui eu quem começou essa nova guerra entre vocês duas.

E: EU NÃO PRECISO DA SUA AJUDA, OK? PARE DE ACHAR QUE EU PRECISO DE AJUDA! EU NÃO PRECISO!

G: Eu sei que você não precisa, mas eu sou o seu único amigo!

E: Você não é o único!

G: Ah não? Cadê os outros? Porque eu na vejo mais ninguém aqui, você vê? – levantou parando na frente da amiga – Você vai ter um bebê, foi o que ela disse, não foi? – Emma assentiu – Existe uma possibilidade de ela estar falando a verdade? De ela ter feito mesmo a inseminação e não ter engravidado de um cara lá onde ela está morando agora...?

E: Ela está falando a verdade... – fungou – Liguei para a clinica, eles confirmaram o dia que ela fez a inseminação. Também pensei nessa possibilidade, me odiando depois por duvidar dela, Regina pode fugir quando as coisas ficam difíceis, pode ser complicada, mas ela não é mentirosa. Eu sei que ela nunca mentiria pra mim.

G: Então – sorriu repetindo – Você vai ter um bebê! Talvez não seja do jeito que você queria, talvez não seja o momento certo! Certo, você só soube depois, mas isso não importa agora! O que importa é que agora você sabe! Esta acontecendo... e você precisa tomar uma atitude!

Emma e Graham voltaram para o trabalho depois da conversa que tiveram, tinham um caso complicado e eles precisavam realmente focar no trabalho, o que ajudou o dia de Emma passar mais rápido, mergulhar na vida de outra pessoa mesmo que esta já não fizesse parte mais deste mundo a fezela esquecer um pouco a sua.

[...]

Uma chuva intensa caia na cidade de Boston. Regina estava sozinha sentada no sofá lendo um livro. Kathryn tinha plantão essa noite e Belle tinha ligado para avisar que chegaria a qualquer momento.

Uma batida na porta tirou a morena do seu livro, ela levantou indo até a porta atender, achando que fosse Belle.

R: Quem é?

E: Sou eu...

Seu corpo ficou tenso ao ela reconhecer a voz, respirou fundo antes de girar a chave e abrir a porta. Emma tinha os cabelos um pouco molhados e tinha varias gotas espalhadas pela sua jaqueta.

Regina abiu apenas uma fresta da porta

E: Ei... Eu queria me desculpar – falou suave, Regina abriu mais a porta – Eu reagi mal hoje, e vamos ter um bebê... Que não merece nos ter discutindo daquele jeito.

R: É o que eu queria evitar.

E: Eu entendi. – encarou os olhos chocolates que estavam vermelhos – Mais ou menos, digo estou tentando entender. Podemos resolver isso! Não é?

R: Olha eu ia te contar antes, todo esse assunto da inseminação... Quando você falou que achou que íamos tentar de novo, você estava certa!

E: Então porque você foi embora de novo?

R: Eu disse que não falaria nada, mas eu só preciso que você saiba que eu ia te contar antes... Eu entendo que ela estava preocupada com você, porque o que ela falou sobre estar aqui quando eu não estava é uma verdade que dói...

E: Do que você esta falando?

R: Ruby me disse que eu não era boa o suficiente para você, que você faz tudo por mim e esquece-se de você mesma, eu sei que você faz exatamente isso, mas quando ela me disse que você merecia ser feliz e que não tinha mais tanta certeza de que isso era comigo, algo dentro de mim se partiu...
E eu peguei aquelas palavras dela tornando-as minhas verdades, de repente tudo o que ela disse passou a fazer todo o sentido do mundo, quer dizer eu estive um bom tempo longe de você antes da gente se encontrar naquele dia no cemitério... Ela estava certa, Ruby estava certa!

E: Você ia me contar naquele dia?

R: Que eu tinha feito a inseminação? Sim. Que eu estava grávida? Ainda não porque eu não tinha feito o teste e não sabia se tinha dado certo...

E: Não consigo acreditar que a Ruby fez isso – apertou os punhos

R: E depois quando eu comecei a desconfiar eu... Eu me senti envergonhada e com medo e... Eu esperei para te contar porque a ultima vez... Acabou com a gente literalmente. Não conseguimos nos ajudar e todos se machucaram, e eu estava com medo... Eu não quero que isso aconteça de novo com a gente!

A loira fechou os olhos por uns segundos

E: Você ia mesmo ficar e me contar aquele dia? Você não está apenas usando as palavras da Ruby para justificar o seu ato de ter fugido novamente...

R: Perdão. Usando as palavras da Ruby para me justificar?

E: Eu não sei, não fazer a gente passar por tudo isso de novo. Você tinha outras opções! Você não precisava fugir de mim, era só me esperar em qualquer outro lugar! Ligar, mandar a droga de uma mensagem! Agora aquelas atitudes da Ruby justificam perfeitamente o que você fez, ou ao menos você acha que justifica!

R: Serio? – Regina estava irritada – Você consegue ouvir o que está dizendo?

E: Você colocar a culpa na Ruby não vai mudar o seu erro!

R: Eu não estou...

E: E quanto a mim? Você se sentiu atacada, machucada e foi embora enquanto eu fiquei aqui mais uma vez, sozinha!

R: Ah você achou rapidamente companhia! – cuspiu as palavras estava brava com Emma por insinuar e não achar que o Ruby fez foi errado – Aposto que uma diferente para cada noite!

E: Isso não vem ao caso!

R: Claro! Porque só estamos colocando os erros de Regina Mills na mesa!

E: Que outra opção eu tinha? Ficar chorando por você enquanto você estava lá vivendo a sua vidinha, rodeada pelo veterinário e pelos outros que trabalham pra você? Se Graham não tivesse ouvido a  maldita conversa no bar você nem me contaria sobre essa gravidez, não é? Mesmo sabendo que eu tenho direitos e...

R: Você não conta mais aqui! – falou com raiva apertando os dentes

E: O que?

R: Você duvidou de mim! Você ligou para o laboratório para confirmar mesmo se eu tinha feito o procedimento! Eu jamais mentiria pra você! Achei que soubesse disso, mas vejo agora por todos esses seus comentários insinuando coisas... Eu ia fazer isso em uma boa, eu contaria pra você e tudo seria em uma boa, mas agora você não conta!

E: Eu não... Eu sou a outra mãe

R: Sim, você é! Você vai ser a outra mãe quando houver um bebê, mas agora você não tem voz aqui... É o meu corpo, meu bebê!

E: Regina!

R: Você não é mais minha esposa, não estamos mais casadas, neste momento você não tem direitos!

Fechou a porta trancando-a com chave, Emma socou a porta do outro lado assustando a morena. Estava tudo errado, estava tudo ficando cada vez pior...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Relevem erros! thanks!
Tá complicado isso aqui hahaha



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Maybe we can try again" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.