Don't Wanna Know escrita por Queen Jeller


Capítulo 17
Capítulo 17: Everything has changed


Notas iniciais do capítulo

Depois de um tempo sumida, aqui está eu. E exijo que tenha comentáriOs nesse capítulo por conta de... LEIAM PRA SABER hehehe

Ofereço ele a Alice, que com certeza vai se identificar muito com partes deste capítulo. Muito obrigada a todas vocês pelo apoio e pelos 2mil views. Tashian vive graças a vocês!



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Acordei para encontrar meu corpo abraçado ao corpo dele. Era reconfortante sentir a presença dele após acordar na manhã passada sem, e eu sorri encostando meu rosto em suas costas. Deus, como eu estava apegada. Ele estava de costas para mim, com minhas pernas sob sua coxa e sua mão sob minha perna. Imprimi as digitais do meu dedo brincando com sua coluna, até que o senti mexer. Dei um beijo entre sua coluna e sua nuca e ele então virou-se de lado, sorrindo para mim com seus olhos ainda pouco abertos. Ele ficava tão bonito e charmoso com seu olhar recém acordado. Seus lábios encostaram nos meus e então sua voz grave sussurrou.

— Bom dia.

E logo depois foi a vez de seus dedos brincarem, mas com meu cabelo sob os meus ombros. Sorrimos um pro outro pela troca de carinho logo no início da manhã.

— Bom dia.

Ele beijou minha testa, então me aconcheguei um pouco em seu braço, até voltar a brincar embora abraçada com sua coluna. Ele logo virou-se de costas pela massagem que eu estava fazendo. Eu sentei na bunda dele, o que o fez rir pelo meu peso e passei a massagear suas costas. Na segunda vez que passei as mãos de cima pra baixar de suas costas ele relaxou afundando sua cara no travesseiro e suspirando. Eu gostava de passar minhas mãos pelo seu ombro largo e senti suas cicatrizes. Elas contavam a história dele, parte de tudo que ele tinha passado, e aquelas cicatrizes eram apenas as externas. Eu gostava de conhecê-las, de conhecer cada vez mais dele e quebrar todo aquele preconceito que eu havia formado no passado.

— Você torna complicado ter que levantar dessa cama. — Ele disse depois de uns minutos quando meus dedos dançavam sob a parte inferior de sua coluna.

Eu apenas ri, tinha amanhecido dedicada a provocá-lo.

— Se te serve de consolo, você tem que ir encontrar sua filha.

— É um bom ponto. — Ele disse. — E minha irmã também volta nesse final de semana então em algum momento terei que sair daqui.

Resolvi cutucá-lo um pouco.

— Ela não te contou? — Eu disse fazendo-me de surpresa. — Ela e o Weller vão morar em Washington agora.

Senti sua tensão por alguns segundos e comecei a rir pela brincadeira. Sua tensão foi embora com meu riso, dando lugar a um ar de diversão e revanche. Ele virou-me de uma vez na cama, ficando com seu corpo sob o meu. Ele já estava bem mais acordado que alguns minutos atrás, em todos os sentidos.

— Assim é melhor. — Eu disse e juntei suas mãos a minha, beijando-o.

Ri quando nos separamos.

— Você precisava ver sua cara de desespero quando eu falei Washington.

— Isso não foi engraçado. — Ele disse, mas eu fingi que não dei muita bola.

— Definitivamente pra alguma coisa serviu. Você está em cima de mim agora. — Eu disse e então fechei nossa distância, afundando seu pescoço em meus braços e seu corpo no meu.

Ele se separou um pouco de mim quando minha mão estava passeando pela sua barba e a sua em minha nuca sob meus cabelos.

— Estar em cima de você não quer dizer nada porque eu posso não querer fazer nada. — Ele me disse me olhando nos olhos com aquela cor de céu que eu cada vez mais queria flutuar.

Dei uma risada pelo atrevimento dele e o olhei com incredulidade.

— Mesmo? — Eu disse aproximando ainda mais a sua rígida intimidade a minha. — Acha que consegue vencer essa? — Finalizei deslizando minha mão pelo seu pescoço e parando em seu peito.

Logo escutei sua risada, a minha favorita e puxei seu corpo pra mais perto do meu, depositando beijos na sua barba e em seu pescoço.

— Depende do que pra você é ganhar, Tasha.

Rimos e voltamos a nos beijar. Logo minhas mãos estavam explorando muito mais que seu peitoral e sua mão estavam fazendo carinho em outros lugares além da minha nuca. Ele conhecia cada pedaço do meu corpo como um mapa pelo qual ele havia sido feito pra explorar. Eu amava isso. Fazia eu sentir muito mais que prazer ou luxúria, fazia com que eu me sentisse de uma maneira como eu nem sequer sabia explicar porque era algo novo pra mim. Alguns minutos depois ele estava dentro de mim e havíamos esquecido o tempo. Era isso que seu corpo fazia com o meu. Me fazia perder a noção de espaço e tempo.

Corremos pro chuveiro por conta do horário depois de me deixar em êxtase e nos arrumamos juntos. Enquanto passava maquiagem, Roman saiu do quarto. Quando saí pra cozinha, ele já havia feito um pequeno café da manhã pra nós dois.

Me sentei pra comer e ele logo estava ao meu lado. Comecei a comer, mas ele continuou me olhando com um sorriso tímido, mas que marcava suas bochechas de uma forma suave e com aquele olhar cheio de ternura que amolecia cada vez mais meu coração.

— O que foi? — Perguntei rindo e sorrindo pelo seu olhar.

— Eu estou feliz. — Ele respondeu e eu continuei olhando-o para ele prosseguir. — Fez uma semana nessa madrugada que você me beijou e estou feliz que não tenha sido o único beijo durante essa semana.

Eu me aproximei e dei um beijo em sua bochecha.

— Eu também estou feliz.

Sorrimos um pro outro e tomamos café. Por conta do horário, fomos mais rápido pro orfanato. Parei onde havíamos nos acostumado e ele me deu um beijo.

— Você vai vir mais tarde? — Ele perguntou de repente nervoso. — Aubree vai ficar comigo neste final de semana. Eu não sei o que…

— Eu vou aparecer. — Eu o interrompi sorrindo. — A gente decide se vai ser melhor contar a ela logo ou não quando estivermos com ela. Eu sei que com ela e diferente que com o resto dos nossos amigos.

— Eu não duvido que ela descubra antes de todo mundo.

Rimos um pro outro.

— Definitivamente não duvido.

— Tenho curiosidade de saber como ela irá reagir. — Respondi rindo.

— Além de soltar fogos de artifícios e gritar de felicidade para todos os vizinhos escutarem? — Ele disse rindo.

O relógio avisou que era horário do trabalho e ele me deu mais um beijo e se foi.

O dia seguiu normal. Tive um caso de campo, mas nada que tomasse muito o tempo. Saímos mais cedo do trabalho graças a isso e também porque Patterson estava atualizando todo o sistema e não teríamos acesso a nada por conta disso. Havia sido uma semana bem corrida no trabalho e eu estava feliz porque era sexta-feira. Fui pra casa e coloquei algumas roupas para lavar. Era a única coisa que tinha a se fazer já que eu havia passado a semana na casa de Roman e a casa não estava uma bagunça como o habitual. Era começo de noite quando a máquina terminou e eu coloquei as roupas pra secar. Não havia mais nada pra fazer e me joguei no sofá. Aquele era um momento em que algumas semanas atrás eu agradeceria por isso, mas dentro de mim eu estava inquieta.

Eu tinha que encontrar Roman e Aubree. Eles saíam do orfanato em mais ou menos uma hora e eu queria sair pra jantar com eles. Eu porém ainda estava indecisa sobre a contar ou não a Aubree. Não por mim, mas por Roman. Eu não sabia o que ele pensava sobre isso tudo. Dentro de mim, eu gostaria que ela soubesse. Eu sabia que era cedo. Era cedo até demais pra envolver uma criança em algo que nós nem sequer sabíamos nomear, mas eu gostaria que ela soubesse porque ela ficaria feliz, e também porque ela veria que na vida real relacionamentos não são construídos como nos desenhos animados da Disney no qual o rapaz a beija e no outro dia ela já está casada. Queria que ela visse que qualquer relacionamento é construção, que pode ou não dar certo no final, embora eu torcesse para que nesse caso desse. Eu estava investindo tanto nesse relacionamento embora ele fosse tão novo que eu não esperava menos que dar certo. Eu gostava mesmo de estar com Roman, e a prova viva disso é que eu estava a cada dia mais abrindo mão, e gostando de abrir mão, da minha solidão caseira. A solidão caseira junto com ele me parecia mais apreciativa agora, e com certeza ficaria ainda melhor com Aubree. Não seria mais uma solidão.

— Quem diria, Tasha, que você ia abrir mão da sua solidão ao lado de um pai solteiro. — Eu disse a mim mesma e ri.

Realmente, eu nunca havia pensado que seria feliz assim, mas apesar do pouco tempo eu estava feliz e esperava continuar assim.

Meu pensamento foi quebrado quando o relógio da cozinha apitou. Era 19 horas.

Decidi me arrumar e ir pro orfanato chamar Aubree e Roman pra sair para jantar. Coloquei um vestido amarelo longo com um abertura ao lado e um casaco, coloquei algumas roupas no carro dentro de uma bolsa apenas pro caso de eu ficar e saí. Cheguei no orfanato pra encontrar Roman saindo com a Aubree. Passei o carro na frente deles e parei e baixei um dos vidros.

— Querem uma carona? — Perguntei destravando o carro e eles entraram.

Aubree estava com um macacão jeans e uma blusa amarela como a minha. Roman sentou-se na parte traseira do carro junto com ela.

— Ei, você ta linda! — Eu disse envaidecendo ela. — Adorei o amarelo!

Ela sorriu e eu estava virada pra ela então ela me olhou.

— Você também está linda! — Ela disse e logo Roman completou.

— Posso concordar que sim.

Ela virou-se pro seu pai.

— É isso aí. — Ela disse. — Estamos parecendo minion de amarelo. Menos o meu pai, ele é meu malvado favorito.

Rimos todos ao mesmo tempo e eu completei.

— Nosso malvado favorito.

Trocamos olhares pelo retrovisor. Roman estava de calças e botas pretas e uma camisa de algodão cinza.

— Então, vocês querem sair pra jantar comigo? — Eu disse.

Todos aceitaram.

— Aubree tem alergia a algum tipo de comida? — Perguntei olhando rapidamente pra Roman pelo retrovisor enquanto dirigia.

— Não. — Eles disseram juntos.

Parei o carro no estacionamento de um restaurante italiano. Eu realmente estava com muita vontade de comer massa italiana. Aquele era um dos meus restaurantes favoritos. Descemos do carro em direção ao restaurante que era do outro lado da rua. Aubree pegou na mão de Roman e eu fiquei ao lado dele. Resolvi ver a reação dela e enquanto caminhávamos pro local eu coloquei minha mão sob a mão de Roman. Ele apertou meus dedos e sorriu pra mim.

Seu sorriso só acabava cada vez mais com qualquer barreira que havia dentro de mim. Alguns segundos depois Aubree percebeu e ficou alternando seu olhar surpreso e observador entre nossas mãos e nós. Roman começou a rir fingindo que não estava vendo e me fiz de desentendida.

—  O que? — Eu perguntei quando ela parou, mas continuou nos olhando.

Ela começou a sorrir nos olhando.

— Por que a senhora está segurando a mão do meu pai? — Ela disse levantando as sobrancelhas

Eu resolvi brincar um pouco com ela.

— Porque vamos atravessar a rua. — Eu disse e ela então pegou na mão dele.

Logo estávamos dentro do restaurante. Ela pediu pra ir no banheiro pois havia ficado super agitada e nós escolhemos uma mesa. Logo que nos sentamos, Roman me olhou e rimos um pro outro.

— Eu definitivamente não esperava que ela fosse ficar tão nervosa assim. — Eu disse.

— Nem eu, mas aposto que ela ta feliz. — Ele disse balançando a cabeça.

— Vamos deixar ela descobrir?

— Melhor. Ela adora descobrir as coisas.

— Aposto 10 dólares que ela descobre essa semana. — Completei.

— Fechado, mas não vale forçar. — Ele finalizou e ela então chegou na mesa.

Uma garçonete chegou e logo Roman pediu dois carbonaras e eu pedi o mesmo. Pedi o mesmo refrigerante de acompanhamento. Embora tivesse com vontade de tomar vinho, estava dirigindo. Logo a garçonete se foi e Aubree ficou me olhando.

— Tia, posso fazer uma pergunta? — Ela começou.

Com minha afirmação com a cabeça, ela continuou.

— A senhora tem namorados?

— Aubree! — Disse Roman, que já estava vermelho como a toalha da mesa

Comecei a rir com a situação.

— NamoradOS não, Aubree. Por que?

— Curiosidade! — Ela disse fingindo desinteresse. Nem parecia ser uma criança apenas. — Qual tipo de homem a senhora procura pra namorar?

Olhei de novo pro Roman, que já não sabia mais onde enfiar a cara. Eu me divertia muito com Aubree o deixava assim. Me lembrava sempre quando ela me disse que ele me observava, o que abriu meus olhos em relação a nossa amizade.

— Eu não estou procurando atualmente. — Eu disse olhando pro Roman e depois pra ela. — E você quando for namorar, que tipo de garotinho você vai querer?

Roman me olhou incrédulo e nós duas rimos, até que ela olhou pra ele.

— Daqui 15 anos, quando meu pai deixar eu namorar, eu espero ter alguém que goste de mim tanto quanto ele gosta. — Ela disse.

Roman a abraçou e ela deu um beijo no rosto dele. Os dois estavam com um sorriso que poderia iluminar a cidade inteira caso faltasse energia, e isso reluzia em meu coração, como a luz do sol reluz na luz do luar. Eu sabia que era por isso que eu não me arrependia de estar ali com eles, porque o calor com o qual Roman amava sua filha me aquecia, fazia eu senti que eu poderia amar daquele modo também e também ser amada, e não havia lugar melhor do que estar ali com aqueles dois agora.

Logo a comida chegou e nos deliciamos. Já era quase 10 da noite, horário que Aubree dormia e voltamos pro carro. Passamos por um drive thru e compramos milkshake e então eu parei em frente a casa deles. Roman agradeceu a carona e eu também, mas antes que ele pudesse dizer mais eu desci. Entramos juntos e então Aubree foi ao banheiro. Ficamos só eu e Roman de pé perto do balcão da cozinha.

— Então… — Eu comecei após alguns minutos de silêncio ainda um pouco indecisa pelo que poderia ser sua reação. — Eu sei que podemos ficar algumas noites separados, mas acho que posso ficar aqui hoje. É só acordarmos antes dela e então eu troco de roupa e ela não vai perceber que eu dormi aqui. Eu sei que…

E ele então selou seus lábios nos meus. Um beijo rápido, gelado, mas eu senti gotas de felicidade vindo dele. Seu sorriso logo depois me confirmou o que seu beijo já havia me dito.

— Ficarei feliz em ter você aqui. — Ele disse e então Aubree apareceu.

Ela já estava banhada e de pijama. Com um pijama de unicórnios. Seu cabelo loiro estava amarrado.

— Eu só vim desejar boa noite. — Ela disse e então seu pai se abaixou. Ele olhou se ela havia escovado os dentes e tomado banho da maneira correta e então a beijou no rosto, dando boa noite.

Ela me deu boa noite e eu a abracei. Ela se foi pro quarto do Roman porque sua cama ainda estava lá e fechou a porta que estava ao nosso lado. Eu pedi licença pro Roman pra pegar minhas mudas de roupa e então quando voltei me sentei no sofá ao seu lado. Ficamos apenas contemplando o silêncio da casa, acompanhados da nossa presença. Voltamos a nos beijar e ele estava ainda mais carinhoso e terno que antes, com aquele sabor e aquele desejo que eu só sentia dos seus lábios.

Eu parei pra encará-lo um pouco.

— Uma semana. — Eu sussurrei mais como um pensamento. — Se alguém me contasse um mês atrás que eu estaria beijando você eu diria que a pessoa enlouqueceu.

— Que bom que ninguém contou. — Ele disse rindo.

— Eu sei que é cedo ainda, mas acho que se Aubree souber logo ela vai poder saber que relacionamentos não são como contos de fadas, mas que as pessoas também podem ser felizes.

— Eu gosto em como pensamos iguais.

Sorrimos um pro outro e voltamos a nos beijar, mas logo o horário de dormir chegou. Teríamos que dormir mais cedo se quiséssemos acordar cedo então logo tínhamos tomado banho e estávamos indo pro quarto. Antes de ir porém eu me virei na porta e o olhei.

Lhe dei um beijo e puxei nas mãos com as minhas em direção a cama. Aubree estava num sono profundo ao lado.

— Boa noite. — Eu sussurrei logo que nos deitamos.

— Eu estou na companhia da minha filha e da mulher que eu gosto. Não tem como ser uma má noite. — Ele respondeu colocando um sorriso no meu rosto, o que parecia ser a coisa que ele mais sabia fazer ultimamente.

 

POV AUBREE

 

Havia ido dormir porque estava cansada pensando no meu pai e na minha tia. Eu tinha tanta certeza que eles se gostavam. Eu adorava o jeito com o qual eles se olhavam. Por que então eles não estavam juntos? Queria que minha tia visse como meu pai me fazia bem, e que ele poderia fazer ela assim também.

E se ela já soubesse? Eu desconfiava que sim. Ela havia segurado na mão dele. Ela sabia que ele poderia cuidar dela. Ela colocava um sorriso no meu rosto e no dele também, só poderia esperar que ela percebesse antes que meu pai conhecesse outra mulher.

Eu tinha medo que meu pai arrumasse uma mãe pra mim e que eu não gostasse dela, mas quando eu conheci a tia Tasha? Eu soube exatamente que ela poderia ser minha mãe e eu ia gostar muito disso. Acho que meu pai também ia gostar. Ele gosta de estar perto dela.

Antes de adormecer profundamente, pedi novamente ao meu anjo da guarda que tia Tasha pudesse ver o meu pai exatamente como eu o via, que ela pudesse gostar dele como eu gostava.

 

Acordei com vontade de fazer xixi. Havia tomado muito milkshake. Me levantei devagar pois odiava acordar o pai antes do horário dele então fui andando devagar até o banheiro sem olhar pra trás. Quando voltei, vi que ele estava de costa, ele não havia me visto e agradeci porque senão ele ia brigar comigo porque eu estava sem meus chinelos e o chão estava gelado. Pés. Olhei pros pés do meu pai e havia mais de um pé fora do lençol. Era um pé pequeno. Parecia o pé… Será que eu estava sonhando?

Fui andando lentamente pro outro lado da cama pra ver que era tia Tasha que estava enrolada no lençol com meu pai. Meu anjo da guarda havia me escutado. Bem que a tia Jane havia me dito que meu anjo era legal e eu nem sabia como agradecê-lo.

Eu ainda estava em dúvida se era um sonho ou não, mas resolvi comprovar me deitando ao lado deles. Eles deixavam um espaço na cama. Tia Tasha se mexeu, mas não acordou então eu fiquei olhando eles dois. Eles estavam bonito abraçados. Meu pai protegendo ela como sempre me protegia. Aquilo tudo parecia tão bonito como eu pedia ao meu anjo, mas a tia Tasha havia dito que não estava procurando. E se aquilo fosse um sonho?

Comecei a chorar imaginando que aquilo podia ser um sonho e eles então acordaram. Tia Tasha logo estava sentada e meu pai me olhava assustado.

— Aubree… — Ela disse me puxando pro seu colo. — O que aconteceu?

— O que está acontecendo, bebê? — Disse meu pai.

Eu continuei chorando, até que consegui dizer.

— A tia Tasha disse que não tava procurando um namorado então isso aqui é só um sonho. — Eu disse me meio ao choro então ela me abraçou e sorriu olhando pro meu pai.

Eu adorava quando ela fazia isso. Eles eram felizes.

— Aubree. — Escutei sua voz dizendo. — Olhe pra mim.

Eu olhei com um pouco de receio, mas eu já estava mais ciente que aquilo era de verdade.

Meu pai beijou a testa dela e então eles sorriram novamente.

— Eu disse que não estava procurando alguém porque eu já achei seu pai.

Eu abracei eles dois e então beijei o rosto do meu pai, o que fez os dois sorrir. Logo voltei a bocejar, pois ainda estava com sono e então tia Tasha me colocou entre eles dois.

— Você pode dormir aqui. — Ela disse colocando a mão sob mim e me cobrindo. Meu pai colocou a mão sob a dela e eles trocaram um beijo acima de mim.

Eu fechei meus olhos e sorri, mas não sem antes agradecer ao meu anjo da guarda, porque ele finalmente havia feito os meus últimos sonhos real.


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Notas finais do capítulo

O que acharam do POV da Aubree? Quero saber tudo!



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