Sempre Foi Você escrita por Tricia


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Olá todos, mais uma one Hiccstrid que escrevo sobre esse casal estra fofo e estou torcendo para que gostem.

Boa leitura a todos



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— O Soluço esta no lado norte do acampamento. Todos sabem o que fazer, não é?

Os cavaleiros confirmaram surpreendentemente sem perguntas idiotas.

— Vamos detonar aquele lugar! – os gêmeos disseram ao mesmo tempo com sua costumeira empolgação em poder destruir coisas.

O líder dos caçadores, Viggo, organizou uma segunda equipe de caçadores em uma ilha de pesadelos monstruosos e tinham conseguido capturar Soluço e Banguela.

 Não poderíamos ficar parados.

Com habilidade, devo admito, Melequento se infiltrou como um caçador que capturou um pesadelo monstruoso, tomando conhecimento de todo o local, inclusive o paradeiro de Soluço e Banguela. Um bem longe do outro para que não planejassem nada. Como se isso fosse adiantar muito.

 Escondidos entre as nuvens do céu noturno, vimos uma das tochas do acampamento se apagar. O sinal.

— Esta na hora – disse segurando firmemente a sela de Tempestade – Vamos lá!

Descemos, nos separando. Os gêmeos explodindo os barcos na margem da ilha, Perna de Peixe indo ajudar Melequento a libertar os dragões capturados e derrubar o máximo de caçadores possíveis e, eu fui atrás da jaula mais afastada e vigiada do acampamento.

— Tiro de espinho – mandei antes de pousar saltando das costas de Tempestade com meu machado em mãos – Vocês escolheram um péssimo ramo de trabalho – comentei para os homens caídos se contorcendo de dor pelos espinhos envenenados.

Do seu jeito Banguela sorriu para mim quando abri a porta da jaula o libertando.

— Hora de salvar o Soluço – disse ao dragão.

Corremos rumo ao norte derrubando os que se colocavam em nosso caminho. Chegamos até ele, amarrado a uma árvore com dois caçadores empunhando lanças e uma mulher, se era caçadora é certamente a primeira que vi, andando de um lado ao outro segundo uma espada de lamina fina e pequena, tentando sem sucesso esconder o nervosismo.

Uma grande cabana nos escondia.

— Você fez isso não foi? – ela perguntou embora soasse mais como uma acusação.

Os lábios de Soluço repuxaram em um dos seus típicos sorrisos sarcásticos.

— Como eu poderia fazer algo se estou aqui, amarrado, desde... o momento que o cara de poucos amigos me amarrou. Em falar nisso – ele então se voltou a um dos homens – É um ótimo nó, bem preso, só que isso não facilita muito minha vida. Como farei minha fuga triunfal se não conseguir desamarrar isso?

— Você não ira fugir, Soluço. Nem você e muito menos o seu precioso dragãozinho.

— Eu vou sim e sabe por quê? –a caçadora parou de trocar a espada de mão e andar visivelmente atenta a o que ele iria dizer. E eu também – Eu tenho muito que fazer sabe; ilhas para explorar, dragões para salvar de pessoas como vocês e uma namorada que esta me esperando. Ela inclusive deve estar preocupada comigo. Odeio deixa-la desta forma.

Uma risada debochada e curta deixou os lábios da mulher ao mesmo tempo em que o chão parecia sumir dos meus pés enquanto fitava e ouvia o dialogo dos dois. Melhor que todos, eu sei quando Soluço mente, até em situações de risco. Ele não estava mentindo... 

Inconscientemente apertei com força o cabo do machado ate as juntas dos meus dedos ficarem brancas.

Uma explosão mais alta que as demais ouvimos.

— Senhora Sif – um dos caçadores chamou olhando da mulher para o local da explosão.

Ela bufou.

— Dane-se o Viggo! – vociferou chegando mais perto – Você vai morrer junto com seus amiguinhos cavaleiros. Sua namorada não o vera uma última vez.

— Nem pensar, Banguela e Tempestade!

Os dois atiraram em uma tenda fazendo-a pegar fogo, dois homens saíram de dentro correndo. Percebendo-nos.

— Cavaleiro de dragão – indagou a mulher e um dos que saiu deferiu sua espada contra mim, iniciamos uma luta.

— Tempestade – novamente ela voou lançando espinhos, os que desviavam era acertados pelo fúria da noite.

Formamos uma boa equipe.

— Nem mais um passo ou eu corto a garganta do seu amigo – Sif ameaçou á única de pé, infelizmente.

Banguela rosnou.

— Quer mesmo fazer isso? – questionei parada com meu machado abaixado – Lembrando que se fizer isso terá de se ver com uma viking, um nadder mortal e, claro, um fúria da noite bem furioso – sorri jogando o machado de uma mão para a outra – A escolha é toda sua... Só pra avisar, o Banguela nem sempre é paciente. E eu menos ainda.

— O que vai ser Sif? – Soluço se meteu calmamente sem deixar o sarcasmo morrer em seu timbre.

Tempestade pousou ao meu lado em posição de ataque, atenta a qualquer movimento igualmente a Banguela. Outra explosão soou desta vez seguida pelos gritos dos gêmeos. Usando isso a mulher se afastou de Soluço rapidamente saltando para dentro da floresta.

Ele sorriu.

—Tenho a sensação que Viggo não ficara nada contente quando ela contar isso.

— Problema dele – disse parando atrás da arvore e desfazendo o nó bem feito— Vamos.

Outra explosão, risadas e um Melequento furioso fez se presente. Assim como a nossa vitória naquela noite.

 

A única coisa estranha, que na verdade não deveria, foi que tudo parecia normal, em dois dias ninguém agia mais como se Soluço havia sido capturado e em momento algum o mesmo comentou algo sobre a namorada novamente.

Eu poderia esquecer isso, fingir ser coisa da minha cabeça posta por Loki, mas toda vez que o via aquele momento voltava e, em um instinto de autopreservação evitei passar muito tempo com ele da forma que sempre fazíamos.

Chegava a ser um pouco estranho para mim, e aparentemente para os outros também, pois.

— O que aconteceu entre você e o Soluço, Astrid? – Pera de Peixe questionou-me certa tarde quando me encontrou treinando arremesso.

— Nada de mais – dei de ombros.

— Não parece. Você tá assim desde o resgate do Soluço, o que me leva a acreditar que algo aconteceu lá.

Bufei.

— Talvez seja, talvez não, mas isso não importa Perna de Peixe – disse ao loiro da melhor maneira que significasse “eu não quero falar sobre isso”.

Mas antes que o loiro pudesse retrucar com algum de seus argumentos persuasivos (não tão bons quanto os de Soluço) que talvez me fizesse contar, porque de fato precisava conversar com alguém, Soluço apareceu alegando precisar dele. O levando contra gosto para o meu alivio. Infelizmente naquela mesma noite quando levei Tempestade a seu estabulo dormir, ele estava do lado de fora.

— Oi.

— Oi – devolvi pronta para ir em direção a minha cabana, mas as palavras dele me fizeram parar.

— O que eu fiz que te irritou tanto?

— Nada Soluço.

De costas para ele o ouvi bufar.

— Você pode mentir para todos, mas não pode pra mim, Astrid. Sabe disso.

— Quer mesmo saber – disse após alguns segundos, girando para fita-lo de frente. Que Odin me ajude.

— Quero sim, muito na verdade.

Depois de tanto tempo a imagem do menino de 15 anos parecia voltar, distante de certa forma, não me lembrava a ultima vez que o vira sem a armadura de couro avermelhada. E agora estava ele sem ela, com as calças de couro e a blusa verde como antigamente mesmo que sem o colete de couro. Como o antigo Soluço que só queria ser visto e compreendido.

Que agora queria me compreender.

— Por que é estranho... ficar tanto tempo ao seu lado sabendo que tem uma namorada o esperando – e torturante, terminei em pensamento.

— Então é por isso – indagou calmo. É irritante vê-lo não se importar com algo que me importa.

Suspirei pesadamente.

— Você nunca falou sobre ela – comentei escondendo o meu desgosto. Para estar com ele ela tem que ser incrível afinal.

Ele deu de ombros.

 – Realmente, mas ser quer saber ela é uma viking extraordinária, forte, decidida, linda e esta constantemente me surpreendendo para que a ame mais, mesmo que faça inconscientemente.

— É de Berk? – ele acenou em concordância. Talvez uma conhecida minha, há muitas moças em Berk – Quem é?

Ele sorriu. O sorriso travesso e sarcástico que sempre dava quando queria me convencer a acompanha-lo em algo que provavelmente nos meteria em encrencas, mas que eu sempre cedia.

— Você – disse, calmamente, conseguindo mais uma vez fazer meu chão sumir. Prosseguiu mais lentamente – Sempre foi você, Astrid.

—Mas...

— Eu sei que não deveria dizer por ai que é minha namorada, mas soou tão certo e incrível... Por mais que não seja verdade.

Soluço levou a mão a cabeça, enfiando os dedos entre os cabelos, sem graça. Sorri.

— Mas pode ser – aproximei-me tomando o rosto dele entre minhas mãos – É só você querer, Soluço.

Não foi o primeiro beijo que roubei de Soluço, não foi nosso primeiro beijo sem ter alguém observando, mas, foi o primeiro beijo que pude roubar do meu namorado Soluço, o viking que me deixava preocupada, feliz e apaixonada.


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Notas finais do capítulo

Se você chegou ate aqui e gostou, fico muito feliz. E espero poder saber o que achou, me conta nos comentários

Bjss e ate a próxima que certamente vira ^_^
bye bye